quarta-feira, 20 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Quinta, 21 de outubro de 2021

 

Quinta-feira da XXIX semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

 

Quinta-feira da semana XXIX

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).

L 1 Rom 6, 19-23; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Lc 12, 49-53

* Na Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas/La Salle) – B. Nicolau Barré, presbítero, da Ordem dos Mínimos – MF
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – S. Gaspar del Búfalo, presbítero, Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Na Arquidiocese de Braga – I Vésp. de S. Martinho de Dume.
* Na Diocese da Guarda (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Ordem de São Domingos – I Vésp. do aniversário da Dedicação das igrejas conventuais (nas igrejas em que se desconhece o dia da Dedicação).

 MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Rom 6, 19-23
«Agora, libertos do pecado e tornados servos de Deus»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Falo com linguagem humana, por causa da vossa fraqueza: Assim como entregastes os vossos membros como escravos ao serviço da impureza e da desordem, que conduz à revolta contra Deus, colocai agora os vossos membros ao serviço da justiça, que conduz à santidade. Na verdade, quando éreis escravos do pecado, éreis livres em relação à justiça. Mas que fruto colhestes então dessas obras de que atualmente vos envergonhais? De facto, o seu fim é a morte. Mas agora, libertos do pecado e tornados servos de Deus, produzis o fruto que conduz à santificação, cujo fim é a vida eterna. Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Jesus Cristo, nosso Senhor.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4 e 6 (R. Salmo 39, 5a)
Refrão: Feliz o homem que pôs a sua esperança no Senhor. Repete-se

Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
mas antes se compraz na lei do Senhor,
e nela medita dia e noite. Refrão

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo e sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão

ALELUIA Filip 3, 8-9
Refrão: Aleluia. Repete-se
Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar. Refrão

EVANGELHO Lc 12, 49-53
«Não vim trazer a paz, mas a divisão»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda? Tenho de receber um batismo e estou ansioso até que ele se realize. Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão. A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.

Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Rom 6, 19-23: “Escravo” e “liberto” eram palavras bem conhecidas dos Romanos a quem S. Paulo escreve: Escravos eram homens ao serviço de outros, mas de tal maneira que não eram considerados “pessoas”; compravam-se e vendiam-se, como se fossem “coisas”. “Libertos” chamavam-se os que, depois de terem sido escravos, recebiam a liberdade. Assim, o cristão, outrora escravo antes da conversão a Cristo, é agora um liberto por Deus em Cristo Jesus. Há de, portanto, viver agora a liberdade da santidade, e não voltar à escravidão da vida de que foi libertado.

Lc 12, 49-53: Há dias, S. Paulo dava a Jesus o nome de Paz. Hoje, é o próprio Senhor que diz que não veio estabelecer a paz. É preciso que entendamos a maneira forte, muito ao gosto dos Evangelhos, de apresentar certas ideias fundamentais da doutrina de Jesus. Ele veio como fogo para iluminar e abrasar; mas, entre aqueles que O acolhem e aqueles que recusam recebê-l’O, Jesus será ocasião de divisão e desavença.

 

 AGENDA DO DIA:

16.30 horas: Funeral em Gáfete

18.00 horas: Missa em Nisa

21.00horas: Adoração ao Santíssimo n Igreja do Espírito Santo

 

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

« Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

 

FRANCISCO CHAMA POR SI... NÓS TAMBÉM!...

É verdade que não estamos em jejum! Tal como outras Dioceses, também nós fizemos um Sínodo diocesano e batalhamos com tais dinâmicas. No entanto, apesar de tanto esforço e trabalho durante alguns anos, se não estamos em jejum, acho que ainda não merecemos o almoço, muito menos com jantar e/ou ceia. Pastoralmente falando, muito se experienciou, se propôs e ofereceu para elaborar um manjar melhorado e mais delicioso, mas todos gostaríamos que a coisa se tivesse enraizado melhor em prol duma ementa diária, mais capaz, geral e inclusiva, como exigência cristã e eclesial! Para chegar aí, à mesa de todos, exige-se muito trabalho e persistência, confiança no Espírito, do qual ninguém tem o monopólio, e confiança nos outros. Exige-se despojamento de certezas e de preconceitos, distribuição de tarefas sem centralizar nem manipular, que os órgãos de corresponsabilidade e participação funcionem, que o entusiasmo e o alegre compromisso se cheguem à frente, dando as mãos, e os pés também!... Estes ingredientes, porém, não se importam diretamente da Tailândia, não se dão nem se vendem nos hipermercados embora estes possam ter “tudo e mais não sei quê”. Adquirem-se com humildade e dedicação, com verdadeiro sentido de Igreja e treino, muito treino, faça frio ou calor, sopre o vento ou caia a chuva...

Em abril de 2021, o Papa Francisco deu início a um caminho sinodal em toda a Igreja, e de forma diferente. Não é sobre um tema como tantos outros, é sobre a identidade mais profunda da Igreja, a sinodalidade. Se em dois mil anos de história da Igreja “é a primeira vez que um evento destes é chamado a envolver todo o Povo de Deus”, não falta quem diga que “este é o evento eclesial mais importante e estratégico depois do Concílio Vaticano II”.

A primeira fase deste Processo Sinodal decorre, em cada diocese de todo o mundo católico, até fins do primeiro trimestre de 2022. Em Roma, a abertura aconteceu no sábado, dia 9 de outubro de 2021. A fase diocesana inicia-se no Domingo, dia 17 de outubro. Entre nós acontecerá em Castelo Branco, o programa está divulgado. Porque não é possível grande aglomeração, esperamos que todos os Sacerdotes, Diáconos, Ministros Extraordinários da Palavra, Secretariados Diocesanos, Movimentos Apostólicos, Confrarias e Irmandades, todos os Agentes da pastoral, falem nos lugares que lhes compete, esclareçam, divulguem, estimulem à participação e se organizem. Depois desta fase em todas as dioceses do mundo, elaborar-se-á o primeiro ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se irão debruçar as sete reuniões continentais: África, Oceânia, Ásia, Médio Oriente, América Latina, Europa e América do Norte. Cada uma destas sete regiões elaborará um ‘Documento Final’. A partir destes sete documentos, será produzir o segundo ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se debruçará a Assembleia Sinodal de outubro de 2023, no Vaticano.

Com palavras dos documentos e afirmações do Santo Padre, e doutros, que, por este motivo do Sínodo nos fizeram chegar às mãos e temos divulgado, recordo que um Sínodo não é um faz de conta, um “parlatório” ou “um parlamento”. Não é “um jogo de maiorias”, onde, para “alcançar um consenso ou um acordo comum, se recorre à negociação, a pactos ou a compromissos”, a maioria parlamentares. Não se trata de “uma espécie de democratização”, pois a Igreja “é um evento do Espírito Santo, seu verdadeiro protagonista que harmoniza as diferenças, as reconcilia, converge-as na unidade que é o próprio Cristo vivo e presente na Igreja”. Não é uma "convenção" eclesial, uma "conferência de estudos", um "congresso político". Tampouco é para convencer os que não pensam como nós, ou para provocar uma série de reuniões e debates insonsos sobre o que nos é proposto refletir em clima do tem que ser. Também “não é um exercício mecânico de recolha de dados” para produzir mais documentos ou para mostrar trabalho. É o “Povo de Deus a caminho, uma sinfonia de diversidades que convergem na unidade para servir ao mundo”. É um “evento de graça”, um "processo de cura conduzido pelo Espírito", “um espaço protegido no qual a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo”. E o Espírito Santo “fala através da língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que surpreende sempre, pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos entendidos, pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não o contrário, pelo Deus que deixa as noventa e nove ovelhas para ir procurar a única ovelha tresmalhada, pelo Deus que é sempre maior do que as nossas lógicas e cálculos”.

O Sínodo agora em processo, orienta-se pelos princípios de comunhão, participação e missão, e concentra-se no tema da sinodalidade em si mesma. A sinodalidade é parte integrante da Igreja. Deve ser assumida “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Esta forma de estar e participar conduz as pessoas “a sonhar com a Igreja que somos chamados a ser, a fazer florescer as esperanças das pessoas, a estimular a confiança, a vendar as feridas, a tecer relações novas e mais profundas, a aprender uns com os outros, a construir pontes, a iluminar mentes, a aquecer corações e a dar força de novo às nossas mãos para a nossa missão comum”.

Neste sentido, a Igreja, que somos todos os batizados, “caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus”. Questiona-se “sobre a sua fidelidade ao depósito da fé, que para ela não representa um museu para visitar ou para salvaguardar, mas é uma fonte viva na qual a Igreja se dessedenta para matar a sede e iluminar o depósito da vida”. É o Espírito Santo quem, neste caminho e busca, nos guia, ilumina e faz com que ponhamos diante dos nossos olhos não os nossos pareceres pessoais por mais importantes que possam ser, mas “a fé em Deus, a fidelidade ao magistério, o bem da Igreja, a salvação das almas que é a lei suprema da Igreja”. Por isso, é preciso escutar “Deus, até ouvir, com Ele, o grito do povo”, é preciso escutar o “povo, até respirar, nele, a vontade a que Deus nos chama”. Este foi o caminho que o Povo de Deus sempre percorreu e percorre conjuntamente. Também Jesus se apresentou entre nós como «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6), e os cristãos da primeira hora eram chamados «os discípulos do caminho» (cf. At 9,2).

O método do Sínodo, segundo Francisco, só pode ser, de facto, um: abrir-se ao Espírito Santo, com coragem apostólica, com humildade evangélica, com oração confiante. A coragem apostólica “não se deixa amedrontar diante das seduções do mundo”, nem sequer “diante do empedernimento de alguns corações”. A humildade evangélica “sabe esvaziar-se das próprias convicções e preconceitos para ouvir”, sabe que não pode “apontar o dedo contra os outros para os julgar”, sabe dar-lhes a mão “para os ajudar a levantar-se sem nunca se sentir superior a eles”. A oração confiante é a ação do coração que nos silencia “para ouvir a suave voz de Deus que fala no silêncio. Sem ouvir Deus, todas as nossas palavras serão unicamente «palavras» que não saciam nem servem. Sem nos deixarmos guiar pelo Espírito todas as nossas decisões serão apenas «decorações» que em vez de exaltar o Evangelho o encobrem e escondem”. 

Esta consulta que nos está confiada pelo Santo Padre, nesta primeira fase destina-se, em toda a Igreja, a cada Diocese e às pessoas de boa vontade que nela residam, mesmo que se sintam ao lado, mas se queiram inserir, dizendo o que têm a dizer para saber como é que este “caminho em conjunto” está a acontecer hoje na nossa Igreja diocesana. E que passos é que o Espírito Santo nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”.

Caro leitor, mesmo que tenha de esticar os braços e abrir a boca em jeito de ginástica preguiçosa, que tantas vezes sabe bem, com o Papa Francisco pedimos-lhe o favor de tirar as pantufas, saltar do sofá, calçar os sapatos e não ficar à janela a ver passar a banda. Mas, desafiando outros, vir daí para dar a sua cota parte de participação, formando um pequeno grupo de reflexão, por exemplo. Caminhando juntos, é muito mais bonito e proveitoso. Participar, afirma Francisco, é "uma exigência de fé e não de estilo". Não se trata duma “cosmética eclesial”, para mostrar que somos "politicamente corretos", capazes de um certo grau de partilha. Trata-se de uma questão de identidade verdadeiramente eclesial.

Vamos a isso!

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 15-10-2021.

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