quinta-feira, 21 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sexta, 22 de outubro de 2021

 

Sexta-feira da XXIX semana do tempo comum

 

 

LITURGIA

 

 

 

Sexta-feira da semana XXIX

S. João Paulo II, papa – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Rom 7, 18-25a; Sal 118 (119), 66 e 68. 76 e 77. 93 e 94
Ev Lc 12, 54-59

* Na Arquidiocese de Braga – S. Martinho de Dume, bispo de Braga, Padroeiro principal da Arquidiocese – SOLENIDADE
* Na Diocese da Guarda – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Josefina Leroux, virgem e mártir, da II Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Aniversário da Dedicação das igrejas conventuais (nas igrejas em que se desconhece o dia da Dedicação) – SOLENIDADE
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.

 

S. João Paulo II

 

Nota Histórica:

Carlos José Wojtyła nasceu em 1920 no lugar de Wadowice na Polónia. Ordenado sacerdote, continuou os seus estudos teológicos em Roma, depois dos quais regressou ao seu país onde exerceu diversos cargos pastorais e universitários. Foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia, e em 1964 Arcebispo do mesmo lugar. Tomou parte no Concílio Ecuménico Vaticano II. Eleito Papa a 16 de Outubro de 1978, com o nome de João Paulo II, distinguiu-se pela extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo. Entre os muitos frutos mais significativos deixados em herança à Igreja, destaca-se o seu riquíssimo Magistério e a promulgação do Catecismo da Igreja Católica e do Código de Direito Canónico para a Igreja latina e oriental. Morreu piedosamente, em Roma, a 2 de Abril de 2005, na Vigília do II Domingo de Páscoa ou da Divina Misericórdia.

 

Missa

ORAÇÃO DE COLECTA
Deus, rico de misericórdia, que colocastes o papa João Paulo II à frente da vossa Igreja,  fazei que, instruídos pelos seus ensinamentos, abramos confiadamente os nossos corações à graça salvadora de Cristo, único salvador do mundo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Rom 7, 18-25a
«Quem me libertará deste corpo de morte?»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Eu sei que em mim, isto é, na minha natureza, não habita o bem, pois querer o bem está ao meu alcance, mas realizá-lo não está. Na verdade, não faço o bem, que quero, mas pratico o mal, que não quero. Ora, se eu faço o que não quero, já não sou eu que o realizo, mas o pecado que habita em mim. Descubro pois em mim esta lei: ao querer fazer o bem, é o mal que está ao meu alcance. Sinto prazer na lei de Deus, segundo o homem interior. Mas vejo que há outra lei nos meus membros, que luta contra a lei da minha razão; ela torna-me escravo da lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte? Deus, a quem dêmos graças, por Jesus Cristo, nosso Senhor.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 118 (119), 66 e 68.76 e 77.93 e 94 (R. cf. 68b)
Refrão: Ensinai-me, Senhor, os caminhos da vossa lei. Repete-se

Ensinai-me o bem, o discernimento e a ciência,
porque tenho fé nos vossos mandamentos.
Vós sois bom e generoso,
ensinai-me os vossos decretos. Refrão

Console-me a vossa bondade,
segundo a promessa feita ao vosso servo.
Desçam sobre mim as vossas misericórdias e viverei,
porque a vossa lei faz as minhas delícias. Refrão

Jamais esquecerei os vossos decretos,
porque neles me tendes dado a vida.
A Vós pertenço, sede o meu auxílio,
porque sempre quis seguir os vossos preceitos. Refrão

ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão

EVANGELHO Lc 12, 54-59
«Se sabeis discernir o aspeto da terra e do céu,
porque não sabeis discernir o tempo presente?»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 Naquele tempo, dizia Jesus à multidão: «Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: ‘Vem chuva’; e assim acontece. E quando sopra o vento sul, dizeis: ‘Vai fazer muito calor’; e assim sucede. Hipócritas, se sabeis discernir o aspeto da terra e do céu, porque não sabeis discernir o tempo presente? Porque não julgais por vós mesmos o que é justo?». E acrescentou: «Quando fores com o teu adversário ao magistrado, esforça-te por te entenderes com ele no caminho, para que ele não te arraste ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça e o oficial de justiça te meta na prisão. Eu te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Fazei, Senhor, que possamos servir ao vosso altar com plena liberdade de espírito, para que estes mistérios que celebramos nos purifiquem de todo o pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (Mc 10,45)
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais e nos confirme nos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

LEITURAS: Rom 7, 18-25a : S. Paulo faz alusão à luta que todo o homem sente dentro de si, entre o bem que se deseja praticar e não consegue, e o mal que se não desejaria, mas, de facto, se pratica! Mas a graça de Deus é capaz de alcançar a vitória nesta luta interior, como a alcançou sobre a morte de Cristo, ressuscitando-O de entre os mortos e tornando-O, para nós, a fonte da vida nova, pelo Espírito Santo, que nos é dado.

Lc 12, 54-59 : A expressão “sinais dos tempos”, que se tornou muito conhecida sobretudo depois de João XXIII, tem aqui a sua origem. Os aspetos da terra e do céu são, sobretudo para as pessoas que vivem em contacto com a natureza, sinais por onde se pode conhecer o tempo que vai fazer. Mas há sinais e coisas ainda maiores: aqueles que nos revelem a presença e a ação de Deus entre os homens. Jesus queixa-Se de os seus contemporâneos não os saberem reconhecer e, por isso, não O reconhecerem também a Ele.

 AGENDA DO DIA:

15.00 horas: Funeral em Tolosa

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

« Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

 

FRANCISCO CHAMA POR SI... NÓS TAMBÉM!...

É verdade que não estamos em jejum! Tal como outras Dioceses, também nós fizemos um Sínodo diocesano e batalhamos com tais dinâmicas. No entanto, apesar de tanto esforço e trabalho durante alguns anos, se não estamos em jejum, acho que ainda não merecemos o almoço, muito menos com jantar e/ou ceia. Pastoralmente falando, muito se experienciou, se propôs e ofereceu para elaborar um manjar melhorado e mais delicioso, mas todos gostaríamos que a coisa se tivesse enraizado melhor em prol duma ementa diária, mais capaz, geral e inclusiva, como exigência cristã e eclesial! Para chegar aí, à mesa de todos, exige-se muito trabalho e persistência, confiança no Espírito, do qual ninguém tem o monopólio, e confiança nos outros. Exige-se despojamento de certezas e de preconceitos, distribuição de tarefas sem centralizar nem manipular, que os órgãos de corresponsabilidade e participação funcionem, que o entusiasmo e o alegre compromisso se cheguem à frente, dando as mãos, e os pés também!... Estes ingredientes, porém, não se importam diretamente da Tailândia, não se dão nem se vendem nos hipermercados embora estes possam ter “tudo e mais não sei quê”. Adquirem-se com humildade e dedicação, com verdadeiro sentido de Igreja e treino, muito treino, faça frio ou calor, sopre o vento ou caia a chuva...

Em abril de 2021, o Papa Francisco deu início a um caminho sinodal em toda a Igreja, e de forma diferente. Não é sobre um tema como tantos outros, é sobre a identidade mais profunda da Igreja, a sinodalidade. Se em dois mil anos de história da Igreja “é a primeira vez que um evento destes é chamado a envolver todo o Povo de Deus”, não falta quem diga que “este é o evento eclesial mais importante e estratégico depois do Concílio Vaticano II”.

A primeira fase deste Processo Sinodal decorre, em cada diocese de todo o mundo católico, até fins do primeiro trimestre de 2022. Em Roma, a abertura aconteceu no sábado, dia 9 de outubro de 2021. A fase diocesana inicia-se no Domingo, dia 17 de outubro. Entre nós acontecerá em Castelo Branco, o programa está divulgado. Porque não é possível grande aglomeração, esperamos que todos os Sacerdotes, Diáconos, Ministros Extraordinários da Palavra, Secretariados Diocesanos, Movimentos Apostólicos, Confrarias e Irmandades, todos os Agentes da pastoral, falem nos lugares que lhes compete, esclareçam, divulguem, estimulem à participação e se organizem. Depois desta fase em todas as dioceses do mundo, elaborar-se-á o primeiro ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se irão debruçar as sete reuniões continentais: África, Oceânia, Ásia, Médio Oriente, América Latina, Europa e América do Norte. Cada uma destas sete regiões elaborará um ‘Documento Final’. A partir destes sete documentos, será produzir o segundo ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se debruçará a Assembleia Sinodal de outubro de 2023, no Vaticano.

Com palavras dos documentos e afirmações do Santo Padre, e doutros, que, por este motivo do Sínodo nos fizeram chegar às mãos e temos divulgado, recordo que um Sínodo não é um faz de conta, um “parlatório” ou “um parlamento”. Não é “um jogo de maiorias”, onde, para “alcançar um consenso ou um acordo comum, se recorre à negociação, a pactos ou a compromissos”, a maioria parlamentares. Não se trata de “uma espécie de democratização”, pois a Igreja “é um evento do Espírito Santo, seu verdadeiro protagonista que harmoniza as diferenças, as reconcilia, converge-as na unidade que é o próprio Cristo vivo e presente na Igreja”. Não é uma "convenção" eclesial, uma "conferência de estudos", um "congresso político". Tampouco é para convencer os que não pensam como nós, ou para provocar uma série de reuniões e debates insonsos sobre o que nos é proposto refletir em clima do tem que ser. Também “não é um exercício mecânico de recolha de dados” para produzir mais documentos ou para mostrar trabalho. É o “Povo de Deus a caminho, uma sinfonia de diversidades que convergem na unidade para servir ao mundo”. É um “evento de graça”, um "processo de cura conduzido pelo Espírito", “um espaço protegido no qual a Igreja experimenta a ação do Espírito Santo”. E o Espírito Santo “fala através da língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que surpreende sempre, pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos entendidos, pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não o contrário, pelo Deus que deixa as noventa e nove ovelhas para ir procurar a única ovelha tresmalhada, pelo Deus que é sempre maior do que as nossas lógicas e cálculos”.

O Sínodo agora em processo, orienta-se pelos princípios de comunhão, participação e missão, e concentra-se no tema da sinodalidade em si mesma. A sinodalidade é parte integrante da Igreja. Deve ser assumida “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Esta forma de estar e participar conduz as pessoas “a sonhar com a Igreja que somos chamados a ser, a fazer florescer as esperanças das pessoas, a estimular a confiança, a vendar as feridas, a tecer relações novas e mais profundas, a aprender uns com os outros, a construir pontes, a iluminar mentes, a aquecer corações e a dar força de novo às nossas mãos para a nossa missão comum”.

Neste sentido, a Igreja, que somos todos os batizados, “caminha unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus”. Questiona-se “sobre a sua fidelidade ao depósito da fé, que para ela não representa um museu para visitar ou para salvaguardar, mas é uma fonte viva na qual a Igreja se dessedenta para matar a sede e iluminar o depósito da vida”. É o Espírito Santo quem, neste caminho e busca, nos guia, ilumina e faz com que ponhamos diante dos nossos olhos não os nossos pareceres pessoais por mais importantes que possam ser, mas “a fé em Deus, a fidelidade ao magistério, o bem da Igreja, a salvação das almas que é a lei suprema da Igreja”. Por isso, é preciso escutar “Deus, até ouvir, com Ele, o grito do povo”, é preciso escutar o “povo, até respirar, nele, a vontade a que Deus nos chama”. Este foi o caminho que o Povo de Deus sempre percorreu e percorre conjuntamente. Também Jesus se apresentou entre nós como «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6), e os cristãos da primeira hora eram chamados «os discípulos do caminho» (cf. At 9,2).

O método do Sínodo, segundo Francisco, só pode ser, de facto, um: abrir-se ao Espírito Santo, com coragem apostólica, com humildade evangélica, com oração confiante. A coragem apostólica “não se deixa amedrontar diante das seduções do mundo”, nem sequer “diante do empedernimento de alguns corações”. A humildade evangélica “sabe esvaziar-se das próprias convicções e preconceitos para ouvir”, sabe que não pode “apontar o dedo contra os outros para os julgar”, sabe dar-lhes a mão “para os ajudar a levantar-se sem nunca se sentir superior a eles”. A oração confiante é a ação do coração que nos silencia “para ouvir a suave voz de Deus que fala no silêncio. Sem ouvir Deus, todas as nossas palavras serão unicamente «palavras» que não saciam nem servem. Sem nos deixarmos guiar pelo Espírito todas as nossas decisões serão apenas «decorações» que em vez de exaltar o Evangelho o encobrem e escondem”. 

Esta consulta que nos está confiada pelo Santo Padre, nesta primeira fase destina-se, em toda a Igreja, a cada Diocese e às pessoas de boa vontade que nela residam, mesmo que se sintam ao lado, mas se queiram inserir, dizendo o que têm a dizer para saber como é que este “caminho em conjunto” está a acontecer hoje na nossa Igreja diocesana. E que passos é que o Espírito Santo nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”.

Caro leitor, mesmo que tenha de esticar os braços e abrir a boca em jeito de ginástica preguiçosa, que tantas vezes sabe bem, com o Papa Francisco pedimos-lhe o favor de tirar as pantufas, saltar do sofá, calçar os sapatos e não ficar à janela a ver passar a banda. Mas, desafiando outros, vir daí para dar a sua cota parte de participação, formando um pequeno grupo de reflexão, por exemplo. Caminhando juntos, é muito mais bonito e proveitoso. Participar, afirma Francisco, é "uma exigência de fé e não de estilo". Não se trata duma “cosmética eclesial”, para mostrar que somos "politicamente corretos", capazes de um certo grau de partilha. Trata-se de uma questão de identidade verdadeiramente eclesial.

Vamos a isso!

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 15-10-2021.

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