PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 17 de outubro de 2021
XXVIX domingo do tempo comum
LITURGIA
DOMINGO XXIX DO TEMPO
COMUM
Verde – Ofício do domingo
(Semana I do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Is 53, 10-11; Sal 32 (33), 4-5. 18-19. 20 e 22
L2 Hebr 4, 14-16
Ev Mc 10, 35-45 ou Mc 10, 42-45
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Começa a Semana Nacional da Educação
Cristã.
* Nas Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor – Santíssimo Redentor, Titular da
Congregação – SOLENIDADE
* Na Diocese do Funchal (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja
Catedral.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
Lembrar aos fiéis que, no próximo domingo, o ofertório é para as Missões.
MISSA:
ANTÍFONA DE
ENTRADA Salmo 16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 53, 10-11
«Se oferecer a sua vida como sacrifício
de expiação,
terá uma descendência duradoira»
Leitura do Livro
de Isaías
Aprouve ao Senhor esmagar o seu servo pelo
sofrimento. Mas, se oferecer a sua vida como sacrifício de expiação, terá uma
descendência duradoira, viverá longos dias, e a obra do Senhor prosperará em
suas mãos. Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua
sabedoria. O justo, meu servo, justificará a muitos e tomará sobre si as suas
iniquidades.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 4-5.18-19.20.21 (R. 22)
Refrão: Desça sobre nós a vossa misericórdia,
porque em Vós esperamos, Senhor. Repete-se
A palavra do Senhor é reca,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão
Os olhos do Senhor estão voltados
para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão
A nossa alma espera o Senhor:
Ele é o nosso amparo e protetor.
Venha sobre nós a vossa bondade,
porque em Vós esperamos, Senhor. Refrão
LEITURA II Hebr 4, 14-16
«Vamos cheios de confiança ao trono da graça»
Leitura da
Epístola aos Hebreus
Irmãos: Tendo
nós um sumo sacerdote que penetrou os Céus, Jesus, Filho de Deus, permaneçamos
firmes na profissão da nossa fé. Na verdade, nós não temos um sumo sacerdote
incapaz de se compadecer das nossas fraquezas. Pelo contrário, Ele mesmo foi
provado em tudo, à nossa semelhança, exceto no pecado. Vamos, portanto, cheios
de confiança ao trono da graça, a fim de alcançarmos misericórdia e obtermos a graça
de um auxílio oportuno.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Mc 10, 45
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Filho do homem veio para servir
e dar a vida pela redenção de todos. Refrão
EVANGELHO – Forma longa Mc 10, 35-45
«O Filho do homem veio para dar a vida pela redenção de todos»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele
tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe:
«Mestre, nós queremos que nos faças o que Te vamos pedir». Jesus
respondeu-lhes: «Que quereis que vos faça?». Eles responderam: «Concede-nos
que, na tua glória, nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda».
Disse-lhes Jesus: «Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que Eu vou
beber e receber o batismo com que Eu vou ser batizado?». Eles responderam-Lhe:
«Podemos». Então Jesus disse-lhes: «Bebereis o cálice que Eu vou beber e sereis
batizados com o batismo com que Eu vou ser batizado. Mas sentar-se à minha
direita ou à minha esquerda não Me pertence a Mim concedê-lo; é para aqueles a
quem está reservado». Os outros dez, ouvindo isto, começaram a indignar-se
contra Tiago e João. Jesus chamou-os e disse-lhes: «Sabeis que os que são
considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes
fazem sentir sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre
vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o
primeiro, será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Palavra da salvação.
EVANGELHO – Forma breve Mc 10, 42-45
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele
tempo, Jesus chamou os Doze e disse-lhes: Sabeis que os que são considerados
como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes fazem sentir
sobre elas o seu poder. Não deve ser assim entre vós: quem entre vós quiser
tornar-se grande, será vosso servo, e quem quiser entre vós ser o primeiro,
será escravo de todos; porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas
para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor,
que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade,
nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: Is 53, 10-11: Esta
leitura é um dos chamados “Cânticos do Servo de Deus” do Livro de Isaías. Este
Servo apresenta-se como alguém que leva o seu espírito de serviço até ao ponto
de dar a própria vida pela salvação da multidão. Jesus há-de realizar, da
maneira mais perfeita que se possa imaginar, esta figura do Servo de Deus, e
ensinou que este é o único caminho para entender a sua missão e a nossa, como
seus discípulos e membros do seu povo.
Hebr 4, 14-16:
Por uma coincidência feliz, esta
leitura liga-se hoje muito bem às outras duas. Fala-nos ela de Cristo como
nosso Sacerdote. Ele não só Se ofereceu a Si mesmo ao Pai por nós, mas, como
fruto dessa oblação, Ele mesmo, em sua humanidade, penetrou nos Céus e lá
colocou, à direita do Pai, a nossa pobre humanidade, por Ele salva. Aí Ele
continua a ser o Sacerdote da humanidade, por quem sempre intercede junto do
Pai. Podemos, por isso, aproximar-nos confiantes de Deus, que nos acolhe com a
sua graça.
Mc 10, 35-45:
Jesus realizou em Si a figura do
Servo de Deus, de que falava a primeira leitura. E, se hoje O reconhecemos como
“Senhor”, foi porque o Pai O exaltou e Lhe deu esse nome, que está acima de
todos os nomes, depois de Ele ter sido obediente até à morte e morte de cruz. O
caminho que O levou à glória foi o do serviço até à morte.
AGENDA DO DIA:
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo.
10.00 horas: Missa em Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em Nisa
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
12.00 horas: Missa em Gáfete
12.20 horas: Funeral no
Cacheiro
15.00 horas: Dia diocesano. Reunião em Castelo Branco
PENSAMENTO DO DIA
« Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR:
FRANCISCO CHAMA POR SI... NÓS TAMBÉM!...
É verdade que
não estamos em jejum! Tal como outras Dioceses, também nós fizemos um Sínodo
diocesano e batalhamos com tais dinâmicas. No entanto, apesar de tanto esforço
e trabalho durante alguns anos, se não estamos em jejum, acho que ainda não
merecemos o almoço, muito menos com jantar e/ou ceia. Pastoralmente falando,
muito se experienciou, se propôs e ofereceu para elaborar um manjar melhorado e
mais delicioso, mas todos gostaríamos que a coisa se tivesse enraizado melhor
em prol duma ementa diária, mais capaz, geral e inclusiva, como exigência
cristã e eclesial! Para chegar aí, à mesa de todos, exige-se muito trabalho e persistência,
confiança no Espírito, do qual ninguém tem o monopólio, e confiança nos outros.
Exige-se despojamento de certezas e de preconceitos, distribuição de tarefas sem
centralizar nem manipular, que os órgãos de corresponsabilidade e participação
funcionem, que o entusiasmo e o alegre compromisso se cheguem à frente, dando
as mãos, e os pés também!... Estes ingredientes, porém, não se importam
diretamente da Tailândia, não se dão nem se vendem nos hipermercados embora estes
possam ter “tudo e mais não sei quê”. Adquirem-se com humildade e dedicação, com
verdadeiro sentido de Igreja e treino, muito treino, faça frio ou calor, sopre
o vento ou caia a chuva...
Em abril de
2021, o Papa Francisco deu início a um caminho sinodal em toda a Igreja, e de
forma diferente. Não é sobre um tema como tantos outros, é sobre a identidade
mais profunda da Igreja, a sinodalidade. Se em dois mil anos de história da
Igreja “é a primeira vez que um evento destes é chamado a envolver todo o Povo
de Deus”, não falta quem diga que “este é o evento eclesial mais importante e estratégico depois do
Concílio Vaticano II”.
A primeira fase
deste Processo Sinodal decorre, em cada diocese de todo o mundo católico, até
fins do primeiro trimestre de 2022. Em Roma, a abertura aconteceu no sábado,
dia 9 de outubro de 2021. A fase diocesana inicia-se no Domingo, dia 17 de
outubro. Entre nós acontecerá em Castelo Branco, o programa está divulgado. Porque
não é possível grande aglomeração, esperamos que todos os Sacerdotes, Diáconos,
Ministros Extraordinários da Palavra, Secretariados Diocesanos, Movimentos
Apostólicos, Confrarias e Irmandades, todos os Agentes da pastoral, falem nos
lugares que lhes compete, esclareçam, divulguem, estimulem à participação e se
organizem. Depois desta fase em todas as dioceses do mundo, elaborar-se-á o
primeiro ‘Instrumento de Trabalho’ sobre o qual se irão debruçar as sete
reuniões continentais: África, Oceânia, Ásia, Médio Oriente, América Latina,
Europa e América do Norte. Cada uma destas sete regiões elaborará um ‘Documento
Final’. A partir destes sete documentos, será produzir o segundo ‘Instrumento
de Trabalho’ sobre o qual se debruçará a Assembleia Sinodal de outubro de 2023,
no Vaticano.
Com palavras
dos documentos e afirmações do Santo Padre, e doutros, que, por este motivo do
Sínodo nos fizeram chegar às mãos e temos divulgado, recordo que um Sínodo não é um faz de conta, um “parlatório”
ou “um parlamento”. Não é “um jogo de maiorias”, onde, para “alcançar um
consenso ou um acordo comum, se recorre à negociação, a pactos ou a
compromissos”, a maioria parlamentares. Não se trata de “uma espécie de
democratização”, pois a Igreja “é um evento do Espírito Santo, seu verdadeiro
protagonista que harmoniza as diferenças, as reconcilia, converge-as na unidade
que é o próprio Cristo vivo e presente na Igreja”. Não é uma
"convenção" eclesial, uma "conferência de estudos", um
"congresso político". Tampouco é para convencer os que não
pensam como nós, ou para provocar uma série de reuniões e debates insonsos sobre
o que nos é proposto refletir em clima do tem que ser. Também “não é um
exercício mecânico de recolha de dados” para produzir mais documentos ou para mostrar
trabalho. É o “Povo de Deus a caminho, uma sinfonia de diversidades que
convergem na unidade para servir ao mundo”. É um “evento de graça”, um "processo de cura
conduzido pelo Espírito", “um espaço protegido no qual a Igreja
experimenta a ação do Espírito Santo”. E o Espírito Santo “fala através da
língua de todas as pessoas que se deixam guiar pelo Deus que surpreende sempre,
pelo Deus que revela aos pequeninos aquilo que esconde aos sábios e aos
entendidos, pelo Deus que criou a lei e o sábado para o homem e não o
contrário, pelo Deus que deixa as noventa e nove ovelhas para ir procurar a
única ovelha tresmalhada, pelo Deus que é sempre maior do que as nossas lógicas
e cálculos”.
O Sínodo agora
em processo, orienta-se pelos princípios de comunhão, participação e missão, e concentra-se
no tema da sinodalidade em si mesma. A sinodalidade é parte integrante da
Igreja. Deve ser assumida “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”.
Esta forma de estar e participar conduz as pessoas “a sonhar com a Igreja que
somos chamados a ser, a fazer florescer as esperanças das pessoas, a estimular
a confiança, a vendar as feridas, a tecer relações novas e mais profundas, a
aprender uns com os outros, a construir pontes, a iluminar mentes, a aquecer
corações e a dar força de novo às nossas mãos para a nossa missão comum”.
Neste sentido, a Igreja, que somos todos os batizados, “caminha
unida para ler a realidade com os olhos da fé e com o coração de Deus”. Questiona-se
“sobre a sua fidelidade ao depósito
da fé, que para ela não representa um museu para visitar ou para salvaguardar,
mas é uma fonte viva na qual a Igreja se dessedenta para matar a sede e
iluminar o depósito da vida”. É o
Espírito Santo quem, neste caminho e busca, nos guia, ilumina e faz com que
ponhamos diante dos nossos olhos não os nossos pareceres pessoais por mais
importantes que possam ser, mas “a fé em Deus, a fidelidade ao magistério, o
bem da Igreja, a salvação das almas que é a lei suprema da Igreja”. Por isso, é preciso
escutar “Deus, até ouvir, com Ele, o grito do povo”, é preciso escutar o “povo,
até respirar, nele, a vontade a que Deus nos chama”. Este foi o caminho que o
Povo de Deus sempre percorreu e percorre conjuntamente. Também Jesus se apresentou
entre nós como «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6), e os cristãos da
primeira hora eram chamados «os discípulos do caminho» (cf. At 9,2).
O
método do Sínodo, segundo Francisco, só pode ser, de facto, um: abrir-se ao
Espírito Santo, com coragem apostólica, com humildade evangélica, com oração
confiante. A coragem apostólica “não se deixa amedrontar diante das
seduções do mundo”, nem sequer “diante do empedernimento de alguns corações”. A humildade evangélica “sabe esvaziar-se das próprias convicções
e preconceitos para ouvir”, sabe que não pode “apontar o dedo contra os outros
para os julgar”, sabe dar-lhes a mão “para os ajudar a levantar-se sem nunca se
sentir superior a eles”. A oração
confiante é a ação do coração que
nos silencia “para ouvir a suave voz de Deus que fala no silêncio. Sem ouvir
Deus, todas as nossas palavras serão unicamente «palavras» que não saciam nem
servem. Sem nos deixarmos guiar pelo Espírito todas as nossas decisões serão
apenas «decorações» que em vez de exaltar o Evangelho o encobrem e escondem”.
Esta consulta que nos está confiada pelo Santo
Padre, nesta primeira fase destina-se, em toda a Igreja, a cada Diocese e às pessoas
de boa vontade que nela residam, mesmo que se sintam ao lado, mas se queiram
inserir, dizendo o que têm a dizer para saber como é que este “caminho em
conjunto” está a acontecer hoje na nossa Igreja diocesana. E que passos é que o
Espírito Santo nos convida a dar para crescermos no nosso “caminhar juntos”.
Caro leitor, mesmo
que tenha de esticar os braços e abrir a boca em jeito de ginástica preguiçosa,
que tantas vezes sabe bem, com o Papa Francisco pedimos-lhe o favor de tirar as
pantufas, saltar do sofá, calçar os sapatos e não ficar à janela a ver passar a
banda. Mas, desafiando outros, vir daí para dar a sua cota parte de
participação, formando um pequeno grupo de reflexão, por exemplo. Caminhando
juntos, é muito mais bonito e proveitoso. Participar, afirma Francisco, é "uma exigência de fé e não de
estilo". Não se trata duma “cosmética eclesial”, para mostrar que somos
"politicamente corretos", capazes de um certo grau de partilha. Trata-se
de uma questão de identidade verdadeiramente eclesial.
Vamos a isso!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 15-10-2021.
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