PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 02 de outubro de 2021
Sábado da XXVI semana do tempo comum
LITURGIA
Santos
Anjos da Guarda – MO
Branco
– Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Bar 4, 5-12. 27-29; Sal 68 (69), 33-35. 36-37
Ev Lc 10, 17-24
ou
L 1 Ex 23, 20-23a; Sal 90 (91), 1-2. 3-4. 5-6. 10-11
Ev Mt 18, 1-5. 10 (próprio)
* Na Diocese de Bragança-Miranda – Aniversário da Ordenação episcopal e tomada
de posse de D. José Manuel Garcia Cordeiro (2011).
* Na Ordem Beneditina – Santos Anjos da Guarda – MF
* Na Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei – Santos Anjos da Guarda, Padroeiros –
SOLENIDADE
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
SANTOS
ANJOS DA GUARDA
Nota
Histórica:
Com o Sacrifício
da Cruz, realizou-se a unidade entre todas as criaturas espirituais e
materiais. Em virtude dessa unidade profunda do mundo em Jesus Cristo, os
espíritos superiores, que são os Anjos, estão presentes à vida do homem,
auxiliam-no, guardam-no e protegem-no.
É-nos impossível descobrir, com os sentidos, a sua acção e descrever a natureza
da sua ajuda. «Contudo, a orientação do conjunto da nossa vida depende deles,
em parte. Os Anjos podem agir na nossa maneira de julgar, intervir nas nossas
decisões, apresentar-
-nos valores sobrenaturais» (Gustavo Thils).
A Igreja recomenda, por isso, que recorramos à
intercessão dos Anjos da Guarda, especialmente nos momentos críticos da nossa
vida.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Dan 3, 58
Anjos do Senhor, bendizei o Senhor,
louvai-O e exaltai-O para sempre.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que na vossa admirável providência
enviais os Anjos para nos guardarem,
ouvi as nossas súplicas
e fazei que sejamos sempre defendidos pela sua protecção
e gozemos eternamente da sua companhia.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Ex 23, 20-23a
«O meu Anjo irá à tua frente»
Leitura do Livro
do Êxodo
Eis o que diz o Senhor:
«Vou enviar um Anjo à tua frente,
para que te proteja no caminho
e te conduza ao lugar que preparei para ti.
Respeita a sua presença e escuta a sua voz;
não lhe desobedeças.
Ele não perdoaria as vossas transgressões,
porque fala em meu nome.
Mas, se ouvires a sua voz
e fizeres tudo o que Eu te disser,
serei inimigo dos teus inimigos
e perseguirei os que te perseguirem.
O meu Anjo irá à tua frente».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 90 (91) 1-2. 3-4. 5-6. 10-11 (R. 11)
Refrão: O Senhor mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.
Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo
e moras à sombra do Omnipotente,
diz ao Senhor: «Sois o meu refúgio e a minha cidadela:
meu Deus, em Vós confio».
Ele te livrará do laço do caçador
e do flagelo maligno.
Cobrir-te-á com as suas penas,
debaixo das suas asas encontrarás abrigo.
A sua fidelidade é escudo e couraça:
não temerás o pavor da noite, nem a seta que voa de dia;
nem a epidemia que se propaga nas trevas,
nem a peste que alastra em pleno dia.
Nenhum mal te acontecerá,
nem a desgraça se aproximará da tua morada.
Porque Ele mandará aos seus anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.
ALELUIA Salmo 102 (103), 21
Refrão: Aleluia.
Bendizei o Senhor, todos os seus exércitos,
que estais ao seu serviço e executais a sua vontade.
Refrão
EVANGELHO Mt 18, 1-5. 10
«Os seus Anjos veem nos Céus continuamente
o rosto de meu Pai que está nos Céus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo,
os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe:
«Quem é o maior no reino dos Céus?».
Jesus chamou uma criança,
colocou-a no meio deles e disse-lhes:
«Em verdade vos digo:
Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças,
não entrareis no reino dos Céus.
Quem for humilde como esta criança
esse será o maior no reino dos Céus.
E quem acolher em meu nome uma criança como esta
acolhe-Me a Mim.
Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos.
Eu vos digo que os seus Anjos veem continuamente
o rosto de meu Pai que está nos Céus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, os dons que Vos apresentamos
em honra dos santos Anjos
e concedei-nos que, pela sua contínua protecção,
sejamos livres dos perigos desta vida
e cheguemos à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor.
Prefácio dos Anjos
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 137, 1
Na presença dos Anjos,
eu Vos louvarei, meu Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus, nosso Pai,
que nos alimentais neste admirável sacramento de vida eterna, dirigi os nossos
passos, com a assistência dos santos Anjos,
no caminho da salvação e da paz.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
09.30
horas: Funeral em Nisa
11.00
horas: Casamento e batizado em Nisa – Nossa Senhora da Graça
15.00
horas: Batizado em Nisa – Espírito Santo
15.00
horas; Missa em Salavessa
16.00
horas: Missa no Pé da Serra
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00
horas: Missa em Nisa com batizado – no Espírito Santo
21.00
horas: Reunião de catequista em Nisa.
PENSAMENTO
DO DIA
“Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
pois que a ti me confiou a Piedade divina,
hoje e sempre
me governa, rege, guarda e ilumina.
Ámen”
A VOZ DO PASTOR:
SOBRE ÓRGÃOS SOCIAS E RESPONSÁVEIS PAROQUIAIS
O
amigo leitor sabe o que é um papibaquígrafo? É um trava-línguas. Há muitos, e
este também é: “percebeste? Se percebeste, percebeste, se não percebeste, faz
que percebeste para que eu perceba que tu percebeste, percebeste?” Ora, dado
este rigoroso e total esclarecimento, mesmo que alguém me olhe de soslaio e eu
finja não perceber, vou mesmo parlengar. Sobretudo para ver se ajudo a
destravar outras ideias e outro modo de estar em quem, na matéria em título,
descarrilou.... Vou falar sobre o papel de Responsáveis disto ou daquilo, mais
daquilo do que disto. Não de Órgãos Sociais, ou Equiparados, que o são com
todos os pergaminhos. Perante esses, e pela parte que me toca, curvo-me
respeitosamente e tiro o meu chapéu, mui grato pelo seu serviço e sentido de
corresponsabilidade!... Também não me refiro aos órgãos sociais de instituições
meramente civis, como associações humanitárias, culturais, desportivas,
fundações, sociedades anónimas ou seja lá o que for. Cada uma dessas
organizações sabe bem com que linhas se cose e que espécie de águas por lá
correm: se saudáveis, se inquinadas, se turbas ou assim-assim. Refiro-me aos
Órgãos Sociais de pessoa jurídica canónica ou de pessoa jurídica
canónico-civil, como, por exemplo, Paróquia, Irmandade/Confraria, Centro Social
Paroquial... A grande maioria funciona como deve ser, merece os nossos
aplausos. No entanto, pode haver certos cozinhados que temos de colocar na
beirinha do prato, não apreciamos, é coisa papibaquígrafa! Neste reino de
Portugal e dos Algarves, d’aquém e d’além-mar, por vezes bufa uma aragem
incómoda que chega a sacudir alguns jornais. Leva a crer que há Responsáveis de
uma ou de outra dessas instituições, que o são de direito, mas, de facto, nunca
o foram, não o são, são-no de fachada ou do faz de conta! Embora eleitos ou
propostos e homologados pela autoridade competente com toda a seriedade,
confiança e esperança no seu trabalho, logo são tidos como verbos de encher por
quem tem dificuldade em entender que o exercício da presidência reclama
comunhão corresponsável e respeitosa. Ou, então, são eles mesmos que, por
indigna subserviência, falso respeito ou confiança mal entendida em quem
preside, logo se dispensam de assumir o seu lugar e função. Quem aceita ser
eleito ou nomeado, é nomeado ou eleito para verdadeiramente assumir e exercer a
missão em causa. Não raro, porém, em discreta informação ou em estardalhaço de
guerra aberta, ecoa, de facto, o mal-estar de quem tem as responsabilidades
atribuídas mas se sente marginalizado ou impossibilitado de as levar a cabo, de
forma colegial e complementar. Sabemos que há quem invente, deturpe, exagere,
seja de difícil trato ou de difícil inserção em equipas de trabalho onde sempre
gosta de falar alto, de se impor ou manipular. Por isso, tudo se ouve com
delicadeza e atenção, deita-se água na fervura, não se tiram conclusões
precipitadas. Mas, sem grande demora, incrédulos, crentes ou na dúvida, lá se
procura auscultar o que, no terreno, na verdade se passa. Nem sempre tal
alarido corresponde à verdade, as razões são outras, nem sempre as mais sadias.
Noutras vezes, porém, a coisa é mesmo verdade, fica-se triste, sente-se o dever
de agir, às vezes sem saber bem como... É muito difícil lidar com pessoas que
se julgam donas da verdade e intocáveis. Estão sempre prontas a inventar
desculpas ou a escavar razões sem qualquer espécie de razão!...
Entre
Conselhos Económicos de Paróquias, Irmandades/Confrarias e Centros Sociais
Paroquiais, cujos dirigentes são homologados pela Bispo diocesano, há mais que
muitos. É verdade que os Conselhos para os assuntos económicos das paróquias,
pela força do Direito Canónico são consultivos, mas, na prática, pelo respeito
que nos merecem e pelo serviço que prestam ao povo de Deus e aos próprios
párocos, que são quem os apresenta ao Bispo para serem homologados, devem ser
tidos e respeitados como se de Órgãos Sociais se tratasse, embora diferentes na
sua constituição e missão. Ora, todas as instituições têm direito à boa imagem
e à boa fama, mas também têm o dever de fazer por isso. O mesmo se diga de quem
as serve, generosa e dedicadamente, com espírito de serviço e boa vontade. O
documento que acaba de nos chegar às mãos sobre o próximo Sínodo convocado pelo
Papa Francisco, também coloca essa questão: “como são vividos na Igreja a
responsabilidade e o poder”? Como se convertem “preconceitos e práticas
distorcidas que não estão enraizadas no Evangelho”?
O
burburinho que se gera à volta desta ou daquela instituição (Paróquia,
Irmandade/Confraria ou Centro Social Paroquial), fazendo correr cobras e
lagartos sobre ela e sobre quem as dirige, mesmo que possa ser mentira, pode
ter origem na forma de agir, ou de não agir, dos seus Responsáveis. Podem
existir muitos vícios acumulados a provocar, mesmo sem maldade, falta de
transparência e nervosismo em quem, generosa e retamente, se apresentou a colaborar
dentro do normal funcionamento das coisas. De facto, pode haver membros de
Órgãos Sociais ou de Conselhos para os assuntos económicos de paróquias que
nunca exerceram o cargo para o qual foram eleitos ou propostos e homologados.
Tesoureiros que nunca exerceram tal lugar, mas assinam de cruz! Secretários que
nunca fizeram uma ata, mas assinam de cruz! Pode haver quem, por sua própria
culpa, não tenha ou não conheça os Estatutos ou o Compromisso pelos quais a
instituição se rege. Ao aceitar o cargo, era pressuposto tê-los e conhecê-los,
sabendo qual é a sua missão e lugar, bem como qual é o espírito da Instituição
e o perfil pessoal que ela reclama. Pode haver responsáveis, de uma ou de outra
destas instituições, que nunca reuniram, nunca avaliaram, nunca programaram
colegialmente, deixam que tudo vá correndo ao sabor dos ventos, de qualquer
forma, sei lá se até ao fracasso total. Se alguma coisa conversam entre si
sobre algum assunto referente à instituição, é capaz de não ir além de uma mera
conversa no café ou no caminho. Por esse falso respeito, subserviência daninha,
ou seja lá o que for perante quem preside (leigo/a ou sacerdote), os outros
membros da direção, que têm consciência da missão e responsabilidade que lhes
foram confiadas, apesar de sofrerem com isso, deixam-se andar até que o mandato
acabe para se irem embora. Não querem fazer barulho, não contestam as atitudes
de quem preside ou manda, embora reconheçam que ele ou ela se serve deles ou
delas como se de joguetes ou de títeres se tratasse. Promove-se o “eu”,
ignora-se o “nós”. Entre nós, porque é difícil conviver com isso, até se tem
feito formação para que se tenha consciência da igual pertença, para que essa
maneira de ser e estar não aconteça, ou, se existe, seja banida, e haja corresponsabilidade
no cuidado a ter com pessoas, património, obras, arquivos, inventários.... Além
disso, todos os membros dos Órgãos Socias e Equiparados sabem que são
responsáveis e respondem pelos atos que a instituição realiza, pequenos ou
grandes, mesmo quando eles, porventura, partam das ordens arbitrárias de um só.
As boas regras e o senso comum, mandam que, de facto, tudo seja falado e
decidido colegialmente e lavrado em ata para a sua real legalidade e defesa de
todos. Esta praxe, mesmo que o trabalho e as decisões não sejam muitas e o
dinheiro a gerir ainda seja menos, não existe porque os membros da Direção
desconfiam uns dos outros, se têm como inimigos ou se julgam imprevisíveis.
Acontece porque todos se estimam e respeitam, no muito e no pouco, e têm consciência
de que a instituição que representam deve construir a sua história com toda a
dignidade e respeito. É possível que haja instituições com uma história rica e
bela pelo bem que fazem à comunidade, com apreço e garbo. No entanto, pode
acontecer que, desde há anos, não tenham dados para escrever a história: as
atas deixaram de existir, nada fica escrito, é pena!
Se
saltarmos para o espaço da corresponsabilidade pastoral, também temos de
reconhecer quão difícil é a escuta e a programação da mesma em itinerário e
modelo sinodal: “como forma, como estilo e como estrutura da Igreja”. Como é
difícil este “processo eclesial participativo e inclusivo”, não só em relação
“àqueles que, por vários motivos, se encontram à margem”, mas também em relação
àqueles que estão dentro e próximos, mas cuja cultura é colocar-se ao lado,
deixando “de contribuir para colocar em movimento as ideias, as energias e a
criatividade”. Há uma cultura demasiadamente passiva e preconceituosa,
promovida, aliás, ao longo dos tempos. A solicitude pastoral, se assim a posso
chamar, não raro, dispensava os outros e baseava-se mais no querer, no poder e
no mandar, mesmo quando não se sabia. Os efeitos prolongam-se, e porque custa
virar o bico ao prego, continua-se a perguntar se a culpa não será de Adão, ou
de Eva, ou da cobra.... A nossa fragilidade é muito criativa em artimanhas
dessas!...
Seja
como for, o Papa Francisco mostrou-se mais uma vez de mangas arregaçadas e a
deitar as mãos ao arado. Ele insiste, oportuna e inoportunamente, a que dêmos
as mãos nesta tarefa de uma nova sementeira, uma sementeira que comprometa,
promova e dê frutos de liberdade e salvação. Se também deitarmos as mãos ao
arado, sem olharmos para trás, até não faltará quem comece a repetir bem e
muito mais depressa papibaquígrafo e outras coisas mais.... As surpresas de
Deus são constantes e gratificantes!...
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-09-2021.
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