PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 27 de outubro de 2021
Quarta-feira da XXX semana do tempo comum
LITURGIA
Quarta-feira
da semana XXX
B.
Gonçalo de Lagos, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 19, n. 18).
L 1 Rom 8, 26-30; Sal 12 (13), 4-5. 6
Ev Lc 13, 22-30
* Na Arquidiocese de Évora – SS. Vicente, Sabina e Cristeta, mártires,
Padroeiros principais da cidade de Évora. Em Évora – SOLENIDADE; nas outras
igrejas da Arquidiocese – MO
* Na Diocese do Algarve – B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MO; em Lagos –
FESTA
* No Patriarcado de Lisboa – B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MO
* Na Ordem Beneditina – B. Gonçalo de Lagos, presbítero – MF
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofício e Missa da féria.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 26-30
«Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam»
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos:
O Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, porque não sabemos o que
pedir nas nossas orações; mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos
inefáveis.
E Aquele que vê no íntimo dos corações conhece as aspirações do Espírito, pois
é em conformidade com Deus que o Espírito intercede pelos cristãos. Além disso,
nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que
são chamados, segundo o seu desígnio. Porque os que Ele de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que
Ele seja o Primogénito de muitos irmãos. E àqueles que predestinou, também os
chamou; àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou,
também os glorificou.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 12 (13), 4-5.6 (R. 6a)
Refrão: Confio, Senhor, na vossa
misericórdia. Repete-se
Vede e respondei-me, Senhor, meu Deus,
iluminai os meus olhos
para que não adormeça na morte
e o meu inimigo não possa dizer: «Consegui vencê-lo»,
nem meus adversários rejubilem com a minha desgraça. Refrão
Eu, porém, confio na vossa misericórdia;
o meu coração alegra-se com a vossa salvação
e cantarei ao Senhor pelo bem que me fez. Refrão
ALELUIA cf. 2 Tes 2, 14
Refrão: Aleluia. Repete-se
Deus chamou-nos por meio do Evangelho,
para alcançarmos a glória
de Nosso Senhor Jesus Cristo. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 22-30
«Virão muitos do Oriente e do Ocidente
e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, Jesus dirigia-Se para Jerusalém e ensinava nas cidades e aldeias
por onde passava. Alguém Lhe perguntou: «Senhor, são poucos os que se salvam?».
Ele respondeu: «Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo
que muitos tentarão entrar sem o conseguir. Uma vez que o dono da casa se
levante e feche a porta, vós ficareis fora e batereis à porta, dizendo:
‘Abre-nos, senhor’; mas ele responder-vos-á: ‘Não sei donde sois’. Então
começareis a dizer: ‘Comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas nossas
praças’. Mas ele responderá: ‘Repito que não sei donde sois. Afastai-vos de
mim, todos os que praticais a iniquidade’. Aí haverá choro e ranger de dentes,
quando virdes no reino de Deus Abraão, Isaac e Jacob e todos os Profetas, e vós
a serdes postos fora. Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Norte e do Sul,
e sentar-se-ão à mesa no reino de Deus. Há últimos que serão dos primeiros e
primeiros que serão dos últimos».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que
lês.
- Detém-te no conteúdo de
fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza,
dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da
Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica,
escuta.
- Dirige-te a Deus que te
falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Rom 8, 26-30: Tudo na vida é dom de
Deus. Saber reconhecê-lo e aceitá-lo como tal é o princípio da sabedoria, que
assim virá a nascer dentro do coração e depois a manifestar-se em palavras e em
obras, e a inspirar a oração de acção de graças. A esta luz, pode entender-se
como Deus tudo faz concorrer para o bem dos que O amam.
Lc 13, 22-30: A
respeito de Deus e da vida do Além temos sempre a tentação de querer saber
coisas por caminhos “extraordinários”. Jesus, interrogado sobre o número dos
que se salvam, não responde à curiosidade, mas vai direito ao essencial. A
resposta está na vida do presente; ela traz em si a orientação do seu próprio
crescimento para o futuro. E recorda aos seus ouvintes que não basta
apoiarem-se no facto de terem convivido com Ele, de O terem visto e ouvido.
Apresentando o reino de Deus sob a imagem do banquete, anuncia-lhes que muitos
dos de fora, os pagãos, virão tomar parte nesse banquete messiânico, uma vez
tornados filhos do reino, enquanto que muitos dos que tinham sido convidados
desde a primeira hora, como eram eles próprios, poderiam vir a ser excluídos.
AGENDA
DO DIA:
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Tolosa.
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
O
AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO
O
que eles viram e ouviram não lhes permitia que se calassem. E quando tiveram de
enfrentar uma grande trupe endiabrada que os queria fazer engolir em seco e
proibir de anunciar o que tinham visto e ouvido, eles ainda o anunciavam com
mais coragem e entusiasmo. Importava mais obedecer a Deus que aos homens (At 5,
29). É verdade que nós, hoje, não vimos, não ouvimos como eles ouviram e viram.
Não somos testemunhas de antemão escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no
número daqueles que acreditam sem terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo
testemunho dos que viram, ouviram e conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No
entanto, pode acontecer que hoje, tal como no tempo dos profetas, muitos tapem
os olhos para não ver e deixem endurecer o coração para não entenderem nem
quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém,
sois felizes porque os vossos olhos veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos
garanto: muito profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram, e
ouvir o que vós ouvis e não ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a
que, como discípulos de Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos,
pois, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão
invocar aquele em quem não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca
dele ouvirem falar? E como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá
anunciar? E como se poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10,
13-15). Ao nos encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a
importância de sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura
lembra-nos “como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!”.
A
melhor das notícias que podemos transmitir aos outros é o Evangelho de Jesus
Cristo. Essa é a notícia por excelência! Anunciada com alegria e esperança, com
a força e a sabedoria do Espírito Santo, ela não deixa ninguém indiferente,
embora, tal como outrora, também hoje as atitudes sejam diferentes de pessoa
para pessoa. Alguns contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao
templo para ver se o encontram (Lc 2, 25-32). Outros apertam-se ao seu redor
para o ouvir (Lc 5, 1). Outros alegram-se com todas as maravilhas que Ele
realizou e continua a realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas
ousam tocar-lhe, mas logo sentem o seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros
continuam a perguntar-se quem é este homem que até perdoa os pecados (Lc 7,
49). Outros, boquiabertos por até os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8,
25), maravilhados com a sua doutrina (Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o
que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros
contemplam-no como um grande profeta que apareceu entre nós, que é Deus a
visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam a
Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26) pelo que experimentam e presenciam
(Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu
encontro para Lhe perguntar o que fazer para serem felizes (Mt 19, 16-30).
Outros preferem ser mortos a negar a pessoa de Jesus (At 6, 1-70). Outros
saltam de alegria por perceberem que Ele se oferece para ficar em sua casa (Lc
19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis ao toque de Jesus a bater à porta
pedindo delicadamente licença para entrar e sentar-se com eles à mesa (Ap 3,
20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da
vida e se tomam as opções mais fundamentais...
É
certo, também continuará a haver quem diga que o mundo já se tornou adulto, que
Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um mito, que outros deuses são bem mais
dignos de apreço: o poder, o dinheiro fácil, o luxo e o prazer, o conforto do
sofá e dos pés à lareira, o ter e o mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o
descartar... O Deus de Jesus Cristo incomoda, desaconselha a idolatria daqueles
deuses, é um desmancha prazeres para quem assim procede. Por isso, continuam a
armar-lhe ciladas para o prender (Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt
8, 34), entregam-no aos inimigos (Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19,
1-42).
No
entanto, como afirma Francisco na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, “o
amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio
mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41). O grito da
esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e esperança:
«Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).
Tal
como os primeiros cristãos e tantos outros ao longo dos tempos, também nós,
hoje, «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20).
Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade da
Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os
mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira,
porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com
muitas fragilidades» (CV239).
Em
Dia Mundial das Missões “recordamos com gratidão todas as pessoas, cujo
testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de ser
apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles
que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho
pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde
tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar o seu testemunho missionário
impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência, «ao dono da messe que
mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.
Jesus
continua a precisar “de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma
verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e
tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão. E esta chamada, fá-la a
todos nós, embora não da mesma forma. Lembremo-nos que existem periferias que
estão perto de nós, no centro duma cidade ou na própria família. Há também um
aspeto da abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial
(...) Viver a missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo
Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha
irmã”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.
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