PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 26 de outubro de 2021
Terça-feira da XXX semana do tempo comum
LITURGIA
Segunda-feira
da semana XXX
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha
L 1 Rom 8, 12-17; Sal 67 (68), 2 e 4. 6-7ab. 20-21
Ev Lc 13, 10-17
* Na Diocese de Setúbal – Aniversário da Ordenação episcopal e tomada de posse
de D. José Ornelas Carvalho (2015).
* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé
– SOLENIDADE; nas outras igrejas do Patriarcado – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – S. João Stone, mártir – MO
* Na Ordem de Cister – S. Bernardo Calbó, bispo – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Jesus Masiá Ferragut e
Companheiras, Mártires Capuchinhas de Valência – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres,
presbítero, e Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação das Missionárias de S. Carlos (Scalabrinianas) – Aniversário
da fundação da Congregação (1895).
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Aniversário da Dedicação da igreja
própria, em todas as igrejas dedicadas da Congregação – SOLENIDADE
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 18-25
«As criaturas esperam a revelação dos filhos de Deus»
O homem é o rei da criação. Tornado filho de Deus, ele vive na expectativa da
glória de Cristo, que se há-de revelar também nele. E não só o homem, mas toda
a criação participará nesta glória, porque tudo foi criado para encontrar a
unidade final em Cristo. Esta expectativa é dolorosa, como as dores que
acompanham todo o nascimento; mas ela verá finalmente a nova criação em Cristo.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a
glória que se há de manifestar em nós. Na verdade, as criaturas esperam
ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas estão sujeitas à vã situação
do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu, com a
esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que
escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que
toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela,
mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente,
esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo. É em esperança que
estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já
vê? Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.
Palavra do
Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.3)
Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor:
por isso exultamos de alegria. Repete-se
Ou: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo. Repete-se
Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo. Refrão
Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria. Refrão
Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria. Refrão
À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.Refrão
EVANGELHO Lc 13, 18-21
«O grão cresceu e tornou-se árvore»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei de
compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua
horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus
ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o reino de Deus? É semelhante
ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar
tudo levedado».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.
Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: Rom 8, 18-25: O homem é o rei da criação. Tornado filho de Deus,
ele vive na expectativa da glória de Cristo, que se há-de revelar também nele.
E não só o homem, mas toda a criação participará nesta glória, porque tudo foi
criado para encontrar a unidade final em Cristo. Esta expectativa é dolorosa,
como as dores que acompanham todo o nascimento; mas ela verá finalmente a nova
criação em Cristo.
Lc 13, 18-21: Duas
breves parábolas, a do grão de mostarda e a do fermento, sublinham a força
interna e o poder de transformação que animam o reino de Deus. Esta vitalidade
íntima do reino nunca diminuirá, mesmo que a experiência nem sempre seja igual
à que S. Lucas possuía. O reino de Deus só será realidade perfeita no fim dos
tempos, que hão de dar o verdadeiro sentido a toda a história; mas ele já está
no meio de nós, embora em humildade cheio de vida, como o grão de semente em
comparação com a árvore que ele há de vir a ser um dia.
AGENDA DO DIA:
11.00 horas: Funeral em Amieira do Tejo
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
PENSAMENTO DO DIA
«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR:
O AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO
O que eles viram e ouviram não lhes
permitia que se calassem. E quando tiveram de enfrentar uma grande trupe
endiabrada que os queria fazer engolir em seco e proibir de anunciar o que
tinham visto e ouvido, eles ainda o anunciavam com mais coragem e entusiasmo.
Importava mais obedecer a Deus que aos homens (At 5, 29). É verdade que nós,
hoje, não vimos, não ouvimos como eles ouviram e viram. Não somos testemunhas
de antemão escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no número daqueles que
acreditam sem terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo testemunho dos que
viram, ouviram e conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No entanto, pode acontecer
que hoje, tal como no tempo dos profetas, muitos tapem os olhos para não ver e
deixem endurecer o coração para não entenderem nem quererem saber (cf. Is 44,
18). Mas Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém, sois felizes porque os vossos
olhos veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos garanto: muito profetas e justos
desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvir o que vós ouvis e não
ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a que, como discípulos de
Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos, pois, todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão invocar aquele em quem
não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca dele ouvirem falar? E
como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá anunciar? E como se
poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10, 13-15). Ao nos
encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a importância de
sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura lembra-nos “como são
belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!”.
A melhor das notícias que podemos transmitir
aos outros é o Evangelho de Jesus Cristo. Essa é a notícia por excelência!
Anunciada com alegria e esperança, com a força e a sabedoria do Espírito Santo,
ela não deixa ninguém indiferente, embora, tal como outrora, também hoje as
atitudes sejam diferentes de pessoa para pessoa. Alguns contentam-se em apenas
vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao templo para ver se o encontram (Lc 2,
25-32). Outros apertam-se ao seu redor para o ouvir (Lc 5, 1). Outros
alegram-se com todas as maravilhas que Ele realizou e continua a realizar (Lc
13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas ousam tocar-lhe, mas logo sentem o
seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros continuam a perguntar-se quem é
este homem que até perdoa os pecados (Lc 7, 49). Outros, boquiabertos por até
os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8, 25), maravilhados com a sua doutrina
(Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam
tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros contemplam-no como um grande profeta que
apareceu entre nós, que é Deus a visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam
a Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26)
pelo que experimentam e presenciam (Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite
como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu encontro para Lhe perguntar o que fazer
para serem felizes (Mt 19, 16-30). Outros preferem ser mortos a negar a pessoa
de Jesus (At 6, 1-70). Outros saltam de alegria por perceberem que Ele se
oferece para ficar em sua casa (Lc 19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis
ao toque de Jesus a bater à porta pedindo delicadamente licença para entrar e
sentar-se com eles à mesa (Ap 3, 20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem
as situações mais complicadas da vida e se tomam as opções mais
fundamentais...
É certo, também continuará a haver quem diga
que o mundo já se tornou adulto, que Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um
mito, que outros deuses são bem mais dignos de apreço: o poder, o dinheiro
fácil, o luxo e o prazer, o conforto do sofá e dos pés à lareira, o ter e o
mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o descartar... O Deus de Jesus Cristo
incomoda, desaconselha a idolatria daqueles deuses, é um desmancha prazeres
para quem assim procede. Por isso, continuam a armar-lhe ciladas para o prender
(Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt 8, 34), entregam-no aos inimigos
(Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19, 1-42).
No entanto, como afirma Francisco na Mensagem
para o Dia Mundial das Missões, “o amor está sempre em movimento e põe-nos em
movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o
Messias» (Jo 1, 41). O
grito da esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e
esperança: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).
Tal como os primeiros cristãos e tantos outros
ao longo dos tempos, também nós, hoje, «não podemos deixar de afirmar o que
vimos e ouvimos» (At 4,
20). Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade
da Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os
mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira,
porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com
muitas fragilidades» (CV239).
Em Dia Mundial das Missões “recordamos
com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o
nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho.
Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e
família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles
ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção.
Contemplar o seu testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir,
com insistência, «ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.
Jesus continua a precisar “de corações
que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que
os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos
de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós, embora não da mesma forma.
Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma
cidade ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor
que não é geográfico, mas existencial (...) Viver a missão é aventurar-se no
cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a
pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.
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