segunda-feira, 25 de outubro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Terça, 26 de outubro de 2021

 

Terça-feira da XXX semana do tempo comum

 

 

 

LITURGIA

 

 

 

Segunda-feira da semana XXX

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Rom 8, 12-17; Sal 67 (68), 2 e 4. 6-7ab. 20-21
Ev Lc 13, 10-17

* Na Diocese de Setúbal – Aniversário da Ordenação episcopal e tomada de posse de D. José Ornelas Carvalho (2015).
* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé – SOLENIDADE; nas outras igrejas do Patriarcado – FESTA
* Na Ordem Agostiniana – S. João Stone, mártir – MO
* Na Ordem de Cister – S. Bernardo Calbó, bispo – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Jesus Masiá Ferragut e Companheiras, Mártires Capuchinhas de Valência – MF
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Bb. Bráulio Maria Corres, presbítero, e Companheiros, mártires – MF
* Na Congregação das Missionárias de S. Carlos (Scalabrinianas) – Aniversário da fundação da Congregação (1895).
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Aniversário da Dedicação da igreja própria, em todas as igrejas dedicadas da Congregação – SOLENIDADE

 

MISSA

 ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 104, 3-4
Alegre-se o coração dos que procuram o Senhor.
Buscai o Senhor e o seu poder,
procurai sempre a sua face.

ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade;
e para merecermos alcançar o que prometeis,
fazei-nos amar o que mandais.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I (anos ímpares) Rom 8, 18-25
«As criaturas esperam a revelação dos filhos de Deus»


O homem é o rei da criação. Tornado filho de Deus, ele vive na expectativa da glória de Cristo, que se há-de revelar também nele. E não só o homem, mas toda a criação participará nesta glória, porque tudo foi criado para encontrar a unidade final em Cristo. Esta expectativa é dolorosa, como as dores que acompanham todo o nascimento; mas ela verá finalmente a nova criação em Cristo.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos


Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há de manifestar em nós. Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu, com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo. É em esperança que estamos salvos, pois ver o que se espera não é esperança: quem espera o que já vê? Mas esperar o que não vemos é esperá-lo com perseverança.

 Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 125 (126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R.3)
Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor:
por isso exultamos de alegria. Repete-se
Ou: O Senhor fez maravilhas em favor do seu povo. Repete-se

Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,
parecia-nos viver um sonho.
Da nossa boca brotavam expressões de alegria
e de nossos lábios cânticos de júbilo. Refrão

Diziam então os pagãos:
«O Senhor fez por eles grandes coisas».
Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,
estamos exultantes de alegria. Refrão

Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,
como as torrentes do deserto.
Os que semeiam em lágrimas
recolhem com alegria. Refrão

À ida, vão a chorar,
levando as sementes;
à volta, vêm a cantar,
trazendo os molhos de espigas. Refrão

ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.Refrão

EVANGELHO Lc 13, 18-21
«O grão cresceu e tornou-se árvore»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, disse Jesus: «A que é semelhante o reino de Deus, a que hei de compará-lo? É semelhante ao grão de mostarda que um homem tomou e lançou na sua horta. Cresceu, tornou-se árvore e as aves do céu vieram abrigar-se nos seus ramos». Jesus disse ainda: «A que hei de comparar o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e misturou em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado».

 Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons que Vos apresentamos
e fazei que a celebração destes mistérios
dê glória ao vosso nome.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 19, 6
Celebramos, Senhor, a vossa salvação
e glorificamos o vosso santo nome.

Ou Ef 5, 2
Cristo amou-nos e deu a vida por nós,
oferecendo-Se em sacrifício agradável a Deus.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que os vossos sacramentos
realizem em nós o que significam,
para alcançarmos um dia em plenitude
o que celebramos nestes santos mistérios.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Rom 8, 18-25: O homem é o rei da criação. Tornado filho de Deus, ele vive na expectativa da glória de Cristo, que se há-de revelar também nele. E não só o homem, mas toda a criação participará nesta glória, porque tudo foi criado para encontrar a unidade final em Cristo. Esta expectativa é dolorosa, como as dores que acompanham todo o nascimento; mas ela verá finalmente a nova criação em Cristo.

Lc 13, 18-21: Duas breves parábolas, a do grão de mostarda e a do fermento, sublinham a força interna e o poder de transformação que animam o reino de Deus. Esta vitalidade íntima do reino nunca diminuirá, mesmo que a experiência nem sempre seja igual à que S. Lucas possuía. O reino de Deus só será realidade perfeita no fim dos tempos, que hão de dar o verdadeiro sentido a toda a história; mas ele já está no meio de nós, embora em humildade cheio de vida, como o grão de semente em comparação com a árvore que ele há de vir a ser um dia.

 

AGENDA DO DIA:

11.00 horas: Funeral em Amieira do Tejo

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR:

 

 

 

O AMOR ESTÁ SEMPRE EM MOVIMENTO

 

O que eles viram e ouviram não lhes permitia que se calassem. E quando tiveram de enfrentar uma grande trupe endiabrada que os queria fazer engolir em seco e proibir de anunciar o que tinham visto e ouvido, eles ainda o anunciavam com mais coragem e entusiasmo. Importava mais obedecer a Deus que aos homens (At 5, 29). É verdade que nós, hoje, não vimos, não ouvimos como eles ouviram e viram. Não somos testemunhas de antemão escolhidas (At 10, 41-42), mas estamos no número daqueles que acreditam sem terem visto (Jo 20,29). E acreditamos pelo testemunho dos que viram, ouviram e conviveram com Jesus (cf. At 4,20). No entanto, pode acontecer que hoje, tal como no tempo dos profetas, muitos tapem os olhos para não ver e deixem endurecer o coração para não entenderem nem quererem saber (cf. Is 44, 18). Mas Jesus continua a dizer-nos: “Vós, porém, sois felizes porque os vossos olhos veem e os vossos ouvidos ouvem. Eu vos garanto: muito profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram, e ouvir o que vós ouvis e não ouviram” (Mt 13, 16-17). E São Paulo desafia-nos a que, como discípulos de Jesus, não nos cansemos de levar a Boa Nova a todos, pois, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como poderão invocar aquele em quem não acreditam? E como poderão acreditar nele se nunca dele ouvirem falar? E como poderão ouvir falar dele se não houver quem lhes vá anunciar? E como se poderá anunciar se ninguém lhes for enviado? (cf. Rm 10, 13-15). Ao nos encaminharmos para o fim deste mês dedicado à reflexão sobre a importância de sermos verdadeiramente missionários, a Sagrada Escritura lembra-nos “como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!”.

 

A melhor das notícias que podemos transmitir aos outros é o Evangelho de Jesus Cristo. Essa é a notícia por excelência! Anunciada com alegria e esperança, com a força e a sabedoria do Espírito Santo, ela não deixa ninguém indiferente, embora, tal como outrora, também hoje as atitudes sejam diferentes de pessoa para pessoa. Alguns contentam-se em apenas vê-lo (Lc 19, 1-28). Outros vão ao templo para ver se o encontram (Lc 2, 25-32). Outros apertam-se ao seu redor para o ouvir (Lc 5, 1). Outros alegram-se com todas as maravilhas que Ele realizou e continua a realizar (Lc 13,17). Outros, julgando-se indignos, apenas ousam tocar-lhe, mas logo sentem o seu terno acolhimento (Mc 5, 25-34). Outros continuam a perguntar-se quem é este homem que até perdoa os pecados (Lc 7, 49). Outros, boquiabertos por até os ventos e as águas lhe obedecerem (Lc 8, 25), maravilhados com a sua doutrina (Mc 11, 18) e cheios de espanto com tudo o que Ele diz e faz (Lc 4, 36), deixam tudo para o seguir (Lc 5, 11). Outros contemplam-no como um grande profeta que apareceu entre nós, que é Deus a visitar o seu povo (Lc 7, 16). Outros louvam a  Deus pelo que ouvem e veem (Lc 5, 26) pelo que experimentam e presenciam (Lc 5, 26). Outros, nem que seja de noite como Nicodemos (Jo 3, 2), vão ao seu encontro para Lhe perguntar o que fazer para serem felizes (Mt 19, 16-30). Outros preferem ser mortos a negar a pessoa de Jesus (At 6, 1-70). Outros saltam de alegria por perceberem que Ele se oferece para ficar em sua casa (Lc 19, 10). Outros ainda, permanecem sensíveis ao toque de Jesus a bater à porta pedindo delicadamente licença para entrar e sentar-se com eles à mesa (Ap 3, 20), sendo à mesa que tantas vezes se resolvem as situações mais complicadas da vida e se tomam as opções mais fundamentais... 

 

É certo, também continuará a haver quem diga que o mundo já se tornou adulto, que Deus é uma hipótese inútil, que Jesus é um mito, que outros deuses são bem mais dignos de apreço: o poder, o dinheiro fácil, o luxo e o prazer, o conforto do sofá e dos pés à lareira, o ter e o mandar, o usar e deitar fora, o explorar, o descartar... O Deus de Jesus Cristo incomoda, desaconselha a idolatria daqueles deuses, é um desmancha prazeres para quem assim procede. Por isso, continuam a armar-lhe ciladas para o prender (Jo 8, 1-11). Suplicam-lhe que se afaste (Mt 8, 34), entregam-no aos inimigos (Jo 18, 1-3), condenam-no à morte (Jo 19, 1-42).

No entanto, como afirma Francisco na Mensagem para o Dia Mundial das Missões, “o amor está sempre em movimento e põe-nos em movimento, para partilhar o anúncio mais belo e promissor: «Encontramos o Messias» (Jo 1, 41). O grito da esperança ecoou no mundo desde a primeira hora, gerando alegria e esperança: «Não está aqui; ressuscitou» (Lc 24, 6).

Tal como os primeiros cristãos e tantos outros ao longo dos tempos, também nós, hoje, «não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos» (At 4, 20). Lembra-nos o Papa Francisco que esta missão “é, e sempre foi, a identidade da Igreja: «ela existe para evangelizar» (EN14). Por isso, todos nós, «mesmo os mais frágeis, limitados e feridos podem [ser missionários] à sua maneira, porque sempre devemos permitir que o bem seja comunicado, embora coexista com muitas fragilidades» (CV239).

Em Dia Mundial das Missões “recordamos com gratidão todas as pessoas, cujo testemunho de vida nos ajuda a renovar o nosso compromisso batismal de ser apóstolos generosos e jubilosos do Evangelho. Lembramos especialmente aqueles que foram capazes de partir, deixar terra e família para que o Evangelho pudesse atingir sem demora e sem medo aqueles ângulos de aldeias e cidades onde tantas vidas estão sedentas de bênção. Contemplar o seu testemunho missionário impele-nos a ser corajosos e a pedir, com insistência, «ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2)”.

 

Jesus continua a precisar “de corações que sejam capazes de viver a vocação como uma verdadeira história de amor, que os faça sair para as periferias do mundo e tornar-se mensageiros e instrumentos de compaixão. E esta chamada, fá-la a todos nós, embora não da mesma forma. Lembremo-nos que existem periferias que estão perto de nós, no centro duma cidade ou na própria família. Há também um aspeto da abertura universal do amor que não é geográfico, mas existencial (...) Viver a missão é aventurar-se no cultivo dos mesmos sentimentos de Cristo Jesus e, com Ele, acreditar que a pessoa ao meu lado é também meu irmão, minha irmã”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 22-10-2021.

 

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