segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

Terça-feira, 29 de dezembro de 2020 

 

Quinto dia da oitava de Natal

 

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LITURGIA

 

TERÇA-FEIRA, 5º dia da Oitava do Natal

Branco – Ofício como nos dias 25 e 29. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.

L 1 1 Jo 2, 3-11; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6
Ev Lc 2, 22-35

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Tomás Becket (de Cantuária), bispo e mártir.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e invisível, que iluminastes as trevas do mundo com a luz da vossa vinda, lançai sobre nós um olhar de paz, para podermos louvar dignamente o glorioso nascimento do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 2, 3-11
«Quem ama o seu irmão permanece na luz»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos: Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz conhecê-l’O mas não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos n’Ele. Quem diz que permanece n’Ele deve também proceder como Ele procedeu. Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. No entanto, é um mandamento novo que vos escrevo – o que é verdadeiro n’Ele e em vós –, porque as trevas estão a passar e já brilha a luz verdadeira. Quem diz que está na luz e odeia o seu irmão ainda se encontra nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e não há nele ocasião de pecado. Mas quem odeia o seu irmão encontra-se nas trevas, caminha nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2a.2b-3.5b-6 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a terra. Repete-se

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. Refrão

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas. Refrão

Foi o Senhor quem fez os céus:
diante d’Ele a honra e a majestade,
no seu templo o poder e o esplendor. Refrão


ALELUIA Lc 2, 32
Refrão: Aleluia Repete-se
Luz para se revelar às nações
e glória do vosso povo Israel. Refrão


EVANGELHO Lc 2, 22-35
«Luz para se revelar às nações»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os pensamentos de todos os corações».

Palavra da salvação.

Não se diz o Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, a oblação que trazemos ao vosso altar nesta admirável permuta de dons, de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes, mereçamos receber-Vos a Vós mesmo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio do Natal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
das alturas nos visitou o sol nascente.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja constantemente fortalecida pela comunhão nos vossos santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

 2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS – Jo 2, 3-11: O acontecimento do Natal é a manifestação aos homens do amor de Deus por eles. Acreditar em Jesus é acreditar no amor de Deus e acolher este amor, para com ele amar os seus irmãos. Não se tem fé viva, se a fé não leva a amar os outros, à imitação do que Deus faz para com os homens. É este o mandamento por excelência que o Senhor nos deixou: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”

 

Lc 2, 22-35: O primeiro acontecimento do Novo Testamento, que já se orientava para o nascimento de Jesus, a anunciação a Zacarias (dia 19), situava-se no templo: no templo terminam hoje os episódios da infância do Senhor, com o encontro de Jesus e de Simeão. Simeão, como já Zacarias o tinha feito, proclama o Senhor como luz, porque Ele vem como Luz de Deus para iluminar os homens, os libertar das trevas e os transferir para a Luz do Reino de Deus.

 

AGENDA DO DIA

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

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A VOZ DO PASTOR:

 

 

Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos

 

NOTA SOBRE O DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS

 

O Domingo da Palavra de Deus, que o Papa Francisco quis que fosse celebrado todos os anos no Domingo III do Tempo Comum,[1] recorda a todos, Pastores e fiéis, a importância e o valor da Sagrada Escritura para a vida cristã, bem como a relação entre Palavra de Deus e liturgia: «Como cristãos, somos um só povo que caminha na história, fortalecido pela presença no meio de nós do Senhor que nos fala e alimenta. O dia dedicado à Bíblia pretende ser, não “uma vez no ano”, mas uma vez por todo o ano, porque temos urgente necessidade de nos tornar familiares e íntimos da Sagrada Escritura e do Ressuscitado, que não cessa de partir a Palavra e o Pão na comunidade dos crentes. Para tal, precisamos de entrar em confidência assídua com a Sagrada Escritura; caso contrário, o coração fica frio e os olhos permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira».[2]

Este Domingo constitui, por isso, uma boa ocasião para reler alguns documentos eclesiais[3] e sobretudo os Praenotanda (Preliminares) do Ordo Lectionum Missae (Ordenamento das Leituras da Missa), que apresentam uma síntese dos princípios teológicos, celebrativos e pastorais acerca da Palavra de Deus proclamada na Missa, mas válidos também em cada celebração litúrgica (Sacramentos, Sacramentais, Liturgia das Horas).

 

1.      Através das leituras bíblicas proclamadas na liturgia, Deus fala ao seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho;[4] Cristo é o centro e a plenitude de toda a Escritura, o Antigo e o Novo Testamento.[5] A escuta do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra,[6] é caraterizada por uma veneração particular,[7] expressa não apenas pelos gestos e aclamações, mas pelo próprio livro dos Evangelhos.[8] Uma das modalidades rituais adequadas para este Domingo poderia ser a procissão de entrada com o Evangeliário[9] ou, se não houver procissão, a sua colocação sobre o altar.[10]

 

2.      O ordenamento das leituras bíblicas disposto pela Igreja no Lecionário abre ao conhecimento de toda a Palavra de Deus.[11] Por isso, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem as substituir ou suprimir, e utilizando traduções da Bíblia aprovadas para o uso litúrgico.[12] A proclamação dos textos do Lecionário constitui um vínculo de unidade entre todos os fiéis que os escutam. A compreensão da estrutura e da finalidade da Liturgia da Palavra ajuda a assembleia dos fiéis a acolher a palavra que vem de Deus e que salva.[13]

 

3.      É recomendado o canto do Salmo responsorial, resposta da Igreja orante (em oração);[14] por isso, deve-se incrementar o serviço do salmista em todas das comunidades.[15]

 

4.      Na homilia, no decorrer do ano litúrgico e partindo das leituras bíblicas, expõe-se os mistérios da fé e as normas da vida cristã.[16] «Os Pastores têm, antes de mais, a grande responsabilidade de explicar e fazer compreender a todos a Sagrada Escritura. Uma vez que é o livro do povo, todos os que têm a vocação de ser ministros da Palavra devem sentir fortemente a exigência de a tornar acessível à sua comunidade».[17] Os Bispos, os presbíteros e os diáconos devem sentir o compromisso de desempenhar este ministério com especial dedicação, valorizando os meios propostos pela Igreja.[18]

 

5.      O silêncio reveste-se de particular importância, favorecendo a meditação e permitindo que a Palavra de Deus seja acolhida interiormente por quem a escuta.[19]

 

6.      A Igreja sempre manifestou uma atenção particular para com aqueles que proclamam a Palavra de Deus na assembleia: sacerdotes, diáconos e leitores. Este ministério requer uma preparação específica interior e exterior, familiaridade com o texto a proclamar e a necessária prática no modo de o proclamar, evitando qualquer tipo de improvisação.[20] É possível anteceder as leituras com breves e oportunas admonições.[21]

 

7.      Pelo valor que tem a Palavra de Deus, a Igreja convida a cuidar o ambão donde ela é proclamada;[22] não se trata de uma alfaia funcional, mas do lugar conforme à dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar: com efeito, falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, referindo-nos tanto ao ambão como sobretudo ao altar.[23] O ambão é reservado às leituras, ao canto do Salmo responsorial e do precónio pascal; daí se podem proferir a homilia e as intenções da oração universal, sendo menos oportuno aceder a ele para fazer comentários e avisos ou para reger o canto.[24]

 

8.      Os livros que contêm os trechos da Sagrada Escritura suscitam naqueles que os escutam a veneração pelo mistério de Deus que fala ao seu povo.[25] Por esta razão, pede-se que se cuide da sua qualidade material e do seu bom uso. É inadequado recorrer a folhetos, fotocópias, subsídios em substituição dos livros litúrgicos.[26]

 

9.      Ao aproximar-se o Domingo da Palavra de Deus ou nos dias a seguir a ele, é conveniente promover encontros formativos para evidenciar o valor da Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas; pode ser a ocasião para conhecer melhor o modo como a Igreja em oração lê as Sagradas Escrituras, com leitura contínua, semicontínua e tipológica, quais os critérios de distribuição litúrgica dos vários livros bíblicos ao longo do ano e nos seus tempos, a estrutura dos ciclos dominicais e feriais das leituras da Missa.[27]

 

10.   O Domingo da Palavra de Deus constitui também uma ocasião propícia para aprofundar a relação entre a Sagrada Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do Ofício, as leituras bíblicas, promovendo a celebração comunitária de Laudes e Vésperas.[28]

 

Entre os numerosos Santos e Santas, todos eles testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo, pode propor-se como exemplo São Jerónimo, devido ao grande amor que nutriu pela Palavra de Deus. Como recordou recentemente o Papa Francisco, ele foi um «incansável estudioso, tradutor, exegeta, exímio conhecedor e fervoroso divulgador da Sagrada Escritura. […] Escutando a Sagrada Escritura, Jerónimo encontrou-se a si mesmo nela, bem como o rosto de Deus e o dos irmãos, e apurou o seu amor pela vida comunitária».[29]

 

Esta Nota pretende contribuir para despertar, à luz do Domingo da Palavra de Deus, a consciência da importância da Sagrada Escritura para a nossa vida de crentes, a partir do facto de ressoar na liturgia que nos coloca em diálogo vivo e permanente com Deus. «A Palavra de Deus escutada e celebrada, sobretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida quotidiana».[30]

 

Da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, a 17 de dezembro de 2020.

 

Robert Card. Sarah, Prefeito

X Arthur Roche, Arcebispo Secretário

 

 

 

 



[1] Cf. Francisco, Carta Apostólica sob a forma de Motu próprio Aperuit illis, 30 de setembro de 2019.

[2] Francisco, Aperuit illis, n. 8; Concílio Vaticano II, Constituição Dei Verbum, n. 25: «É necessário que todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da Palavra, mantenham um contacto assíduo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo cuidadoso, a fim de que nenhum deles se torne “pregador vão e superficial da Palavra de Deus, por não a escutar interiormente”, tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam “a sublime ciência de Jesus Cristo” (Fl 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque “a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo”».

[3] Concílio Vaticano II, Constituição Dei Verbum; Bento XVI, Exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini.

[4] Cf.  Sacrosanctum Concilium, nn. 7, 33; Institutio generalis Missalis Romani (IGMR), n. 29; Ordo lectionum Missae (OLM), n. 12.

[5] Cf. OLM, n. 5.

[6] Cf. IGMR, n. 60; OLM, n. 13.

[7] Cf. OLM, n. 17; Caeremoniale Episcoporum, n. 74.

[8] Cf. OLM, nn. 36, 113.

[9] Cf. IGMR, nn. 120, 133.

[10] Cf. IGMR, n. 117.

[11] Cf. IGMR, n. 57; OLM, n. 60.

[12] Cf. OLM, nn. 12, 14, 37, 111.

[13] Cf. OLM, n. 45.

[14] Cf. IGMR, n. 61; OLM, n. 19-20.

[15] Cf. OLM, n. 56.

[16] Cf. OLM, n. 24; Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Diretório homilético, n. 16.

[17] Francisco, Aperuit illis, n. 5; Diretório homilético, n. 26.

[18] Cf. Francisco, Exortação apostólica Evangelii gaudium, nn. 135-144; Diretório homilético.

[19] Cf. IGMR, n. 56; OLM, n. 28.

[20] Cf. OLM, nn. 14, 49.

[21] Cf. OLM, nn. 15, 42.

[22] Cf. IGMR, n. 309; OLM, n. 16.

[23] Cf. OLM, n. 32.

[24] Cf. OLM, n. 33.

[25] Cf. OLM, n. 35; Caeremoniale Episcoporum, n. 115.

[26] Cf. OLM, n. 37.

[27] Cf. OLM, nn. 58-110; Diretório homilético, nn. 37-156.

[28] Institutio generalis de Liturgia Horarum, n. 140: «A leitura da Sagrada Escritura que, segundo a antiga tradição, é feita publicamente na Liturgia, quer na celebração eucarística quer no Ofício divino, deve ser tida na maior estima por todos os cristãos. Esta leitura não é escolhida segundo um critério individual nem para satisfazer tal ou tal inclinação do espírito; é proposta pela Igreja em ordem ao mistério que a Esposa de Cristo vai desenrolando através do ciclo anual […]. Além disso, na celebração litúrgica, a leitura da Sagrada Escritura vem sempre acompanhada da oração».

[29] Francisco, Carta apostólica Scripturae sacrae affectus, no XVI centenário da morte de São Jerónimo, 30 de setembro de 2020.

[30] Cf. Francisco, Exortação apostólica Evangelii gaudium, n. 174.

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