PARÓQUIAS
DE NISA
Segunda,
28 de dezembro de 2020
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LITURGIA
SEGUNDA-FEIRA,
4º dia da Oitava do Natal
Santos Inocentes, mártires – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 1, 5 – 2, 2; Sal 123 (124), 2-3. 4-5. 7b-8
Ev Mt 2, 13-18
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto
a exequial.
SANTOS
INOCENTES, mártires
Nota Histórica
«Hoje celebramos o nascimento para o Céu
das crianças que foram assassinadas por Herodes, o rei cruel» (S. Cesário de
Arles).
Ao
venerar estas crianças, que proclamaram a glória de Deus, não com palavras mas
com o seu sangue, a Igreja quer, em primeiro lugar, levar-nos à sua imitação
sendo testemunhas de Cristo, através do martírio silencioso do cumprimento do
dever quotidiano. Ao lembrar, em plena quadra natalícia, o sacrifício destas
«flores dos mártires que se fecharam para sempre no seio do frio da
infidelidade» (Sto. Agostinho), quer também dirigir um apelo para que se
respeite a vida, em todas as suas manifestações, desde a sua origem até ao seu
termo. Na verdade, como lembrou o Concílio Vaticano II, «Deus, Senhor da Vida,
confiou aos homens a nobre missão de protegê-la: missão, que deve ser cumprida
de modo digno do homem. Por isso, a vida, desde a concepção, deve ser amparada
com o máximo cuidado: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (GS.
51).
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA
As crianças inocentes morreram por Cristo;
agora seguem o Cordeiro Imaculado
e cantam sem cessar: Glória a Vós, Senhor.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que neste dia fostes glorificado
não pelas palavras mas pelo sangue dos Mártires Inocentes,
fazei que a nossa vida dê testemunho
da fé que os nossos lábios professam.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 1, 1-5 – 2, 2
«O sangue de Jesus purifica-nos de todo o pecado»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Caríssimos:
Esta é a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo
e vos anunciamos:
Deus é luz e n’Ele não há trevas.
Se dissermos que estamos em comunhão com Ele
e andarmos nas trevas,
mentimos e não praticamos a verdade.
Mas se caminharmos na luz,
como Ele vive na luz,
estamos em comunhão uns com os outros
e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados,
Ele é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados
e nos purificar de toda a maldade.
Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso
e a sua palavra não está em nós.
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis.
Mas se alguém pecar,
nós temos Jesus Cristo, o Justo,
como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados,
e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 123 (124), 2-3.4-5.7b-8 (R. cf. 7 ou
Salmo 141 (142), 7c)
Refrão: Como pássaro liberto do laço dos
caçadores,
a nossa vida foi salva pelo Senhor.
Ou: O Senhor nos liberta daqueles que nos
perseguem.
Se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos, no furor da sua ira.
As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós:
sobre nós teriam passado as águas impetuosas.
Quebrou-se a armadilha e nós ficámos livres.
A nossa protecção está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se.
Nós Vos louvamos, ó Deus;
nós Vos bendizemos, Senhor.
O exército resplandecente dos Mártires
canta os vossos louvores. Refrão
EVANGELHO Mt 2, 13-18
«Herodes mandou matar todos os meninos de Belém»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Depois de os Magos partirem,
o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe:
«Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe
e foge para o Egipto;
fica lá até que eu te diga,
pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».
José levantou-se de noite,
tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes,
para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta:
«Do Egipto chamei o meu filho».
Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos,
encheu-se de grande furor
e mandou matar em Belém e no seu território
todos os meninos de dois anos ou menos,
conforme o tempo que os Magos lhe tinham indicado.
Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer:
«Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim:
Raquel chora seus filhos
e não quer ser consolada, porque eles já não existem».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que santificais também as crianças
que ainda não podem conhecer-Vos,
aceitai os dons dos vossos fiéis
e dai-nos a pureza de corpo e alma,
para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
Por Nosso Senhor.
Prefácio do Natal I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Ap 14, 4
Foram resgatados de entre os homens,
como primícias para Deus e para o Cordeiro.
Agora seguem o Cordeiro para onde quer que Ele vá.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pai de misericórdia,
abri os tesouros da redenção
aos fiéis que receberam os santos mistérios
na festa dos Santos Inocentes,
que, ainda sem falar, professaram a fé no vosso Filho
e foram glorificados pela graça do seu nascimento.
Por Nosso Senhor.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS –
AGENDA DO DIA
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A VOZ DO PASTOR:
Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
NOTA SOBRE O DOMINGO DA PALAVRA DE DEUS
O Domingo da Palavra de Deus, que o Papa Francisco quis que fosse
celebrado todos os anos no Domingo III do Tempo Comum,[1]
recorda a todos, Pastores e fiéis, a importância e o valor da Sagrada Escritura
para a vida cristã, bem como a relação entre Palavra de Deus e liturgia: «Como
cristãos, somos um só povo que caminha na história, fortalecido pela presença
no meio de nós do Senhor que nos fala e alimenta. O dia dedicado à Bíblia
pretende ser, não “uma vez no ano”, mas uma vez por todo o ano, porque temos
urgente necessidade de nos tornar familiares e íntimos da Sagrada Escritura e
do Ressuscitado, que não cessa de partir a Palavra e o Pão na comunidade dos
crentes. Para tal, precisamos de entrar em confidência assídua com a Sagrada
Escritura; caso contrário, o coração fica frio e os olhos permanecem fechados,
atingidos, como somos, por inumeráveis formas de cegueira».[2]
Este Domingo constitui, por isso, uma boa ocasião para reler alguns
documentos eclesiais[3]
e sobretudo os Praenotanda (Preliminares)
do Ordo Lectionum Missae (Ordenamento das Leituras da Missa), que
apresentam uma síntese dos princípios teológicos, celebrativos e pastorais acerca
da Palavra de Deus proclamada na Missa, mas válidos também em cada celebração
litúrgica (Sacramentos, Sacramentais, Liturgia das Horas).
1.
Através das leituras bíblicas proclamadas
na liturgia, Deus fala ao seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho;[4] Cristo é
o centro e a plenitude de toda a Escritura, o Antigo e o Novo Testamento.[5] A escuta
do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra,[6] é
caraterizada por uma veneração particular,[7] expressa
não apenas pelos gestos e aclamações, mas pelo próprio livro dos Evangelhos.[8] Uma das modalidades
rituais adequadas para este Domingo poderia ser a procissão de entrada com o Evangeliário[9] ou, se
não houver procissão, a sua colocação sobre o altar.[10]
2.
O ordenamento das leituras bíblicas
disposto pela Igreja no Lecionário abre ao conhecimento de toda a Palavra de Deus.[11] Por
isso, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem as substituir ou
suprimir, e utilizando traduções da Bíblia aprovadas para o uso litúrgico.[12] A proclamação
dos textos do Lecionário constitui um vínculo de unidade entre todos os fiéis
que os escutam. A compreensão da estrutura e da finalidade da Liturgia da Palavra
ajuda a assembleia dos fiéis a acolher a palavra que vem de Deus e que salva.[13]
3.
É recomendado o canto do Salmo
responsorial, resposta da Igreja orante (em oração);[14] por
isso, deve-se incrementar o serviço do salmista em todas das comunidades.[15]
4.
Na homilia, no decorrer do ano litúrgico
e partindo das leituras bíblicas, expõe-se os mistérios da fé e as normas da vida
cristã.[16] «Os
Pastores têm, antes de mais, a grande responsabilidade de explicar e fazer
compreender a todos a Sagrada Escritura. Uma vez que é o livro do povo, todos
os que têm a vocação de ser ministros da Palavra devem sentir fortemente a
exigência de a tornar acessível à sua comunidade».[17] Os
Bispos, os presbíteros e os diáconos devem sentir o compromisso de desempenhar
este ministério com especial dedicação, valorizando os meios propostos pela
Igreja.[18]
5.
O silêncio reveste-se de particular importância,
favorecendo a meditação e permitindo que a Palavra de Deus seja acolhida interiormente
por quem a escuta.[19]
6.
A Igreja sempre manifestou uma atenção
particular para com aqueles que proclamam a Palavra de Deus na assembleia:
sacerdotes, diáconos e leitores. Este ministério requer uma preparação
específica interior e exterior, familiaridade com o texto a proclamar e a necessária
prática no modo de o proclamar, evitando qualquer tipo de improvisação.[20] É
possível anteceder as leituras com breves e oportunas admonições.[21]
7.
Pelo valor que tem a Palavra de Deus, a
Igreja convida a cuidar o ambão donde ela é proclamada;[22] não se
trata de uma alfaia funcional, mas do lugar conforme à dignidade da Palavra de
Deus, em correspondência com o altar: com efeito, falamos da mesa da Palavra de
Deus e do Corpo de Cristo, referindo-nos tanto ao ambão como sobretudo ao altar.[23] O ambão
é reservado às leituras, ao canto do Salmo responsorial e do precónio pascal; daí
se podem proferir a homilia e as intenções da oração universal, sendo menos
oportuno aceder a ele para fazer comentários e avisos ou para reger o canto.[24]
8.
Os livros que contêm os trechos da Sagrada
Escritura suscitam naqueles que os escutam a veneração pelo mistério de Deus
que fala ao seu povo.[25] Por
esta razão, pede-se que se cuide da sua qualidade material e do seu bom uso. É inadequado
recorrer a folhetos, fotocópias, subsídios em substituição dos livros
litúrgicos.[26]
9.
Ao aproximar-se o Domingo da Palavra
de Deus ou nos dias a seguir a ele, é conveniente promover encontros formativos
para evidenciar o valor da Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas; pode
ser a ocasião para conhecer melhor o modo como a Igreja em oração lê as
Sagradas Escrituras, com leitura contínua, semicontínua e tipológica, quais os
critérios de distribuição litúrgica dos vários livros bíblicos ao longo do ano e
nos seus tempos, a estrutura dos ciclos dominicais e feriais das leituras da Missa.[27]
10. O Domingo da Palavra de Deus
constitui também uma ocasião propícia para aprofundar a relação entre a Sagrada
Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do Ofício, as leituras
bíblicas, promovendo a celebração comunitária de Laudes e Vésperas.[28]
Entre os numerosos Santos e Santas, todos eles testemunhas do
Evangelho de Jesus Cristo, pode propor-se como exemplo São Jerónimo, devido ao grande
amor que nutriu pela Palavra de Deus. Como recordou recentemente o Papa Francisco,
ele foi um «incansável estudioso, tradutor, exegeta, exímio conhecedor e
fervoroso divulgador da Sagrada Escritura. […] Escutando a Sagrada Escritura,
Jerónimo encontrou-se a si mesmo nela, bem como o rosto de Deus e o dos irmãos,
e apurou o seu amor pela vida comunitária».[29]
Esta Nota pretende contribuir para despertar, à luz do Domingo da
Palavra de Deus, a consciência da importância da Sagrada Escritura para a nossa
vida de crentes, a partir do facto de ressoar na liturgia que nos coloca em diálogo
vivo e permanente com Deus. «A Palavra de Deus escutada e celebrada, sobretudo
na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e torna-os capazes
de um autêntico testemunho evangélico na vida quotidiana».[30]
Da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
a 17 de dezembro de 2020.
Robert Card. Sarah, Prefeito
X Arthur Roche, Arcebispo Secretário
[1] Cf. Francisco, Carta
Apostólica sob a forma de Motu próprio Aperuit
illis, 30 de setembro de 2019.
[2] Francisco, Aperuit illis, n. 8; Concílio Vaticano II, Constituição Dei Verbum, n. 25: «É necessário que
todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os
diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da Palavra,
mantenham um contacto assíduo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o
estudo cuidadoso, a fim de que nenhum deles se torne “pregador vão e
superficial da Palavra de Deus, por não a escutar interiormente”, tendo, como
têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as
grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do
mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis,
mormente os religiosos, a que aprendam “a sublime ciência de Jesus Cristo” (Fl
3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque “a ignorância das
Escrituras é ignorância de Cristo”».
[3] Concílio Vaticano
II, Constituição Dei Verbum; Bento XVI, Exortação apostólica
pós-sinodal Verbum Domini.
[4] Cf. Sacrosanctum Concilium, nn. 7, 33; Institutio generalis Missalis Romani (IGMR), n. 29; Ordo lectionum Missae (OLM), n. 12.
[5] Cf. OLM, n. 5.
[6] Cf. IGMR, n. 60; OLM, n. 13.
[7] Cf. OLM, n. 17; Caeremoniale
Episcoporum, n. 74.
[8] Cf. OLM, nn. 36, 113.
[9] Cf. IGMR, nn. 120, 133.
[10] Cf. IGMR, n. 117.
[11] Cf. IGMR, n. 57; OLM, n. 60.
[12] Cf. OLM, nn. 12, 14, 37, 111.
[13] Cf. OLM, n. 45.
[14] Cf. IGMR, n. 61; OLM, n. 19-20.
[15] Cf. OLM, n. 56.
[16] Cf. OLM, n. 24; Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Diretório homilético, n. 16.
[17] Francisco, Aperuit illis, n. 5; Diretório homilético, n. 26.
[18] Cf. Francisco,
Exortação apostólica Evangelii gaudium, nn.
135-144; Diretório homilético.
[19] Cf. IGMR, n. 56; OLM, n. 28.
[20] Cf. OLM, nn. 14, 49.
[21] Cf. OLM, nn. 15, 42.
[22] Cf. IGMR, n. 309; OLM, n. 16.
[23] Cf. OLM, n. 32.
[24] Cf. OLM, n. 33.
[25] Cf. OLM, n. 35; Caeremoniale
Episcoporum, n. 115.
[26] Cf. OLM, n. 37.
[27] Cf. OLM, nn. 58-110; Diretório
homilético, nn. 37-156.
[28] Institutio generalis de
Liturgia Horarum, n. 140: «A leitura da Sagrada Escritura que, segundo a
antiga tradição, é feita publicamente na Liturgia, quer na celebração
eucarística quer no Ofício divino, deve ser tida na maior estima por todos os
cristãos. Esta leitura não é escolhida segundo um critério individual nem para
satisfazer tal ou tal inclinação do espírito; é proposta pela Igreja em ordem
ao mistério que a Esposa de Cristo vai desenrolando através do ciclo anual […].
Além disso, na celebração litúrgica, a leitura da Sagrada Escritura vem sempre
acompanhada da oração».
[29] Francisco, Carta
apostólica Scripturae sacrae affectus,
no XVI centenário da morte de São Jerónimo, 30 de setembro de 2020.
[30] Cf. Francisco,
Exortação apostólica Evangelii gaudium,
n. 174.
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