PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta-feira,
31 de dezembro de 2020
Sétimo dia da oitava de Natal
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LITURGIA
QUINTA-FEIRA,
7º dia da Oitava do Natal
Branco – Ofício como
nos dias 25 e 31. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13
Ev Jo 1, 1-18
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial e no primeiro
aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Silvestre I, papa, como se indica na p. 33,
n. 8.
* I Vésp. de Santa Maria, Mãe de Deus – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Is 9, 6
Um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado.
Tem o poder sobre os seus ombros
e será chamado Conselheiro admirável.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que estabelecestes o início e a plenitude da
verdadeira religião no nascimento do vosso Filho, concedei-nos a graça de
sermos contados entre os membros d’Aquele que resume em Si a salvação do mundo,
Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 18-21
«Tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência»
Leitura da
Primeira Epístola de S. João
Meus filhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que há de vir o Anticristo.
Pois bem, surgiram já muitos anticristos e por isso sabemos que é a última
hora. Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se fossem dos
nossos, teriam ficado connosco. Assim sucedeu para ficar bem claro que nem
todos eram dos nossos. Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo e todos
possuís a ciência. Não vos escrevo por ignorardes a verdade, mas porque a
conheceis e porque nenhuma mentira provém da verdade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2.11-12.13 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a
terra. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
anunciai dia a dia a sua salvação. Refrão
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém.
Exultem os campos e quanto neles existe
alegrem-se as árvores dos bosques. Refrão
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade. Refrão
ALELUIA Jo 1, 14a.12a
Refrão: Aleluia Repete-se
O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Àqueles que O receberam deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 1, 1-18
«O Verbo fez-Se carne»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus. No
princípio, Ele estava com Deus. Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi
feito. N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens. A luz brilha nas
trevas e as trevas não a receberam. Apareceu um homem enviado por Deus, chamado
João. Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos
acreditassem por meio dele. Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da
luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu. Veio para o
que era seu e os seus não O receberam. Mas àqueles que O receberam e
acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes
não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas
de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória,
glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste que eu dizia: ‘O que vem
depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’». Na verdade,
foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça. Porque, se a
Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus
Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do
Pai, é que O deu a conhecer.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação
Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios
reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que n’Ele tenhamos a vida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro, com os auxílios da
vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho,
se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor.
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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS – 1
Jo 2, 18-21: O Santo é Jesus: a unção é a Palavra de
Deus que vem d’Ele, a Palavra que Se fez carne para poder ser escutada pelos
homens. Essa Palavra dá-nos o conhecimento íntimo de Deus e o sentido profundo
da vida e das coisas. Foi para que A escutássemos que Ela Se fez carne.
Jo
1, 1-18: Começamos hoje a ler o Evangelho de S. João de forma
contínua, e, para tal, repetimos hoje a leitura da missa do Dia de Natal. É o
hino com que abre o Evangelho sacramental de S. João. Tudo nele é revelação e
aprofundamento do mistério do Verbo feito carne.
AGENDA DO DIA
18.00
horas: Missa em Nisa
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A VOZ DO PASTOR:
Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
NOTA SOBRE O DOMINGO DA PALAVRA DE
DEUS
O Domingo da Palavra de Deus, que o Papa Francisco quis que fosse
celebrado todos os anos no Domingo III do Tempo Comum,[1] recorda a todos, Pastores e fiéis, a importância e o valor da
Sagrada Escritura para a vida cristã, bem como a relação entre Palavra de Deus
e liturgia: «Como cristãos, somos um só povo que caminha na história,
fortalecido pela presença no meio de nós do Senhor que nos fala e alimenta. O
dia dedicado à Bíblia pretende ser, não “uma vez no ano”, mas uma vez por todo
o ano, porque temos urgente necessidade de nos tornar familiares e íntimos da
Sagrada Escritura e do Ressuscitado, que não cessa de partir a Palavra e o Pão
na comunidade dos crentes. Para tal, precisamos de entrar em confidência
assídua com a Sagrada Escritura; caso contrário, o coração fica frio e os olhos
permanecem fechados, atingidos, como somos, por inumeráveis formas de
cegueira».[2]
Este Domingo constitui, por isso, uma boa ocasião para reler
alguns documentos eclesiais[3] e sobretudo os Praenotanda (Preliminares)
do Ordo Lectionum Missae (Ordenamento das Leituras da Missa), que
apresentam uma síntese dos princípios teológicos, celebrativos e pastorais
acerca da Palavra de Deus proclamada na Missa, mas válidos também em cada
celebração litúrgica (Sacramentos, Sacramentais, Liturgia das Horas).
1. Através das leituras bíblicas proclamadas na liturgia, Deus fala
ao seu povo e o próprio Cristo anuncia o seu Evangelho;[4] Cristo é o centro e a plenitude de toda a Escritura, o Antigo e o
Novo Testamento.[5] A escuta do Evangelho, ponto culminante da Liturgia da Palavra,[6] é caraterizada por uma veneração particular,[7] expressa não apenas pelos gestos e aclamações, mas pelo próprio
livro dos Evangelhos.[8] Uma das modalidades rituais adequadas para este Domingo poderia
ser a procissão de entrada com o Evangeliário[9] ou, se não houver procissão, a sua colocação sobre o altar.[10]
2. O ordenamento das leituras bíblicas disposto pela Igreja no
Lecionário abre ao conhecimento de toda a Palavra de Deus.[11] Por isso, é necessário respeitar as leituras indicadas, sem as
substituir ou suprimir, e utilizando traduções da Bíblia aprovadas para o uso
litúrgico.[12] A proclamação dos textos do Lecionário constitui um vínculo de
unidade entre todos os fiéis que os escutam. A compreensão da estrutura e da
finalidade da Liturgia da Palavra ajuda a assembleia dos fiéis a acolher a
palavra que vem de Deus e que salva.[13]
3. É recomendado o canto do Salmo responsorial, resposta da Igreja
orante (em oração);[14] por isso, deve-se incrementar o serviço do salmista em todas das
comunidades.[15]
4. Na homilia, no decorrer do ano litúrgico e partindo das leituras
bíblicas, expõe-se os mistérios da fé e as normas da vida cristã.[16] «Os Pastores têm, antes de mais, a grande responsabilidade de
explicar e fazer compreender a todos a Sagrada Escritura. Uma vez que é o livro
do povo, todos os que têm a vocação de ser ministros da Palavra devem sentir
fortemente a exigência de a tornar acessível à sua comunidade».[17] Os Bispos, os presbíteros e os diáconos devem sentir o
compromisso de desempenhar este ministério com especial dedicação, valorizando
os meios propostos pela Igreja.[18]
5. O silêncio reveste-se de particular importância, favorecendo a
meditação e permitindo que a Palavra de Deus seja acolhida interiormente por
quem a escuta.[19]
6. A Igreja sempre manifestou uma atenção particular para com aqueles
que proclamam a Palavra de Deus na assembleia: sacerdotes, diáconos e leitores.
Este ministério requer uma preparação específica interior e exterior,
familiaridade com o texto a proclamar e a necessária prática no modo de o
proclamar, evitando qualquer tipo de improvisação.[20] É possível anteceder as leituras com breves e oportunas admonições.[21]
7. Pelo valor que tem a Palavra de Deus, a Igreja convida a cuidar o
ambão donde ela é proclamada;[22] não se trata de uma alfaia funcional, mas do lugar conforme à
dignidade da Palavra de Deus, em correspondência com o altar: com efeito,
falamos da mesa da Palavra de Deus e do Corpo de Cristo, referindo-nos tanto ao
ambão como sobretudo ao altar.[23] O ambão é reservado às leituras, ao canto do Salmo responsorial e
do precónio pascal; daí se podem proferir a homilia e as intenções da oração
universal, sendo menos oportuno aceder a ele para fazer comentários e avisos ou
para reger o canto.[24]
8. Os livros que contêm os trechos da Sagrada Escritura suscitam
naqueles que os escutam a veneração pelo mistério de Deus que fala ao seu povo.[25] Por esta razão, pede-se que se cuide da sua qualidade material e
do seu bom uso. É inadequado recorrer a folhetos, fotocópias, subsídios em
substituição dos livros litúrgicos.[26]
9. Ao aproximar-se o Domingo da Palavra de Deus ou nos dias a seguir
a ele, é conveniente promover encontros formativos para evidenciar o valor da
Sagrada Escritura nas celebrações litúrgicas; pode ser a ocasião para conhecer
melhor o modo como a Igreja em oração lê as Sagradas Escrituras, com leitura
contínua, semicontínua e tipológica, quais os critérios de distribuição
litúrgica dos vários livros bíblicos ao longo do ano e nos seus tempos, a
estrutura dos ciclos dominicais e feriais das leituras da Missa.[27]
10. O Domingo da Palavra de
Deus constitui também uma ocasião propícia para aprofundar a relação entre a
Sagrada Escritura e a Liturgia das Horas, a oração dos Salmos e Cânticos do
Ofício, as leituras bíblicas, promovendo a celebração comunitária de Laudes e
Vésperas.[28]
Entre os numerosos Santos e Santas, todos eles testemunhas do
Evangelho de Jesus Cristo, pode propor-se como exemplo São Jerónimo, devido ao
grande amor que nutriu pela Palavra de Deus. Como recordou recentemente o Papa
Francisco, ele foi um «incansável estudioso, tradutor, exegeta, exímio
conhecedor e fervoroso divulgador da Sagrada Escritura. […] Escutando a Sagrada
Escritura, Jerónimo encontrou-se a si mesmo nela, bem como o rosto de Deus e o
dos irmãos, e apurou o seu amor pela vida comunitária».[29]
Esta Nota pretende contribuir para despertar, à luz do Domingo da
Palavra de Deus, a consciência da importância da Sagrada Escritura para a nossa
vida de crentes, a partir do facto de ressoar na liturgia que nos coloca em
diálogo vivo e permanente com Deus. «A Palavra de Deus escutada e celebrada,
sobretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cristãos e
torna-os capazes de um autêntico testemunho evangélico na vida quotidiana».[30]
Da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,
a 17 de dezembro de 2020.
Robert Card. Sarah, Prefeito
X Arthur Roche, Arcebispo Secretário
[1] Cf. Francisco, Carta
Apostólica sob a forma de Motu próprio Aperuit
illis, 30 de setembro de 2019.
[2] Francisco, Aperuit illis, n. 8; Concílio Vaticano II, Constituição Dei Verbum, n. 25: «É necessário que
todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os
diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da Palavra,
mantenham um contacto assíduo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o
estudo cuidadoso, a fim de que nenhum deles se torne “pregador vão e
superficial da Palavra de Deus, por não a escutar interiormente”, tendo, como
têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as
grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do
mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis,
mormente os religiosos, a que aprendam “a sublime ciência de Jesus Cristo” (Fl
3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque “a ignorância das
Escrituras é ignorância de Cristo”».
[3] Concílio Vaticano
II, Constituição Dei Verbum; Bento XVI, Exortação apostólica
pós-sinodal Verbum Domini.
[4] Cf. Sacrosanctum Concilium, nn. 7, 33; Institutio generalis Missalis Romani (IGMR), n. 29; Ordo lectionum Missae (OLM), n. 12.
[5] Cf. OLM, n. 5.
[6] Cf. IGMR, n. 60; OLM, n. 13.
[7] Cf. OLM, n. 17; Caeremoniale
Episcoporum, n. 74.
[8] Cf. OLM, nn. 36, 113.
[9] Cf. IGMR, nn. 120, 133.
[10] Cf. IGMR, n. 117.
[11] Cf. IGMR, n. 57; OLM, n. 60.
[12] Cf. OLM, nn. 12, 14, 37, 111.
[13] Cf. OLM, n. 45.
[14] Cf. IGMR, n. 61; OLM, n. 19-20.
[15] Cf. OLM, n. 56.
[16] Cf. OLM, n. 24; Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Diretório homilético, n. 16.
[17] Francisco, Aperuit illis, n. 5; Diretório homilético, n. 26.
[18] Cf. Francisco,
Exortação apostólica Evangelii gaudium, nn.
135-144; Diretório homilético.
[19] Cf. IGMR, n. 56; OLM, n. 28.
[20] Cf. OLM, nn. 14, 49.
[21] Cf. OLM, nn. 15, 42.
[22] Cf. IGMR, n. 309; OLM, n. 16.
[23] Cf. OLM, n. 32.
[24] Cf. OLM, n. 33.
[25] Cf. OLM, n. 35; Caeremoniale
Episcoporum, n. 115.
[26] Cf. OLM, n. 37.
[27] Cf. OLM, nn. 58-110; Diretório
homilético, nn. 37-156.
[28] Institutio generalis de
Liturgia Horarum, n. 140: «A leitura da Sagrada Escritura que, segundo a
antiga tradição, é feita publicamente na Liturgia, quer na celebração
eucarística quer no Ofício divino, deve ser tida na maior estima por todos os
cristãos. Esta leitura não é escolhida segundo um critério individual nem para
satisfazer tal ou tal inclinação do espírito; é proposta pela Igreja em ordem
ao mistério que a Esposa de Cristo vai desenrolando através do ciclo anual […].
Além disso, na celebração litúrgica, a leitura da Sagrada Escritura vem sempre
acompanhada da oração».
[29] Francisco, Carta
apostólica Scripturae sacrae affectus,
no XVI centenário da morte de São Jerónimo, 30 de setembro de 2020.
[30] Cf. Francisco,
Exortação apostólica Evangelii gaudium,
n. 174.
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