quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Sexta, 11 de dezembro de 2020 

 

Sexta da II semana do Advento

  

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LITURGIA:

 

SEXTA-FEIRA da semana II

S. Dâmaso I, papa – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.

L 1 Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Mt 11, 16-19

* Na Diocese de Aveiro – Aniversário da restauração da Diocese (1938).
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria Maravilhas de Jesus, virgem – MF
* Na Ordem de Cister – B. David, monge – MF

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA
O Senhor virá no esplendor da sua glória
visitar o seu povo e dar-lhe a paz e a vida eterna.


ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, ao povo que aguarda a vinda do vosso Filho, um espírito vigilante, para que, seguindo os ensinamentos do Salvador, vamos ao seu encontro com as lâmpadas da fé acesas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 48, 17-19
«Se tivesses ouvido as minhas ordens...»


Esta primeira leitura foi escolhida para acompanhar a do Evangelho, como vai acontecer nos dias que se seguem, em razão da leitura do Evangelho estar sempre ligada à figura de S. João Baptista. Hoje, Deus lamenta-Se por causa da incredulidade do seu povo. Este deixou de se alimentar da sua palavra; por isso, se extravia e definha. Se a tivesse escutado e posto em prática, a sua vida seria como o deslizar suave de um rio a caminho do mar. O lamento de Deus na boca do Profeta é um apelo e uma oferta para o homem.

Leitura do Livro de Isaías

 Eis o que diz o Senhor, o teu redentor, o Santo de Israel: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te ensino o que é para teu bem e te conduzo pelo caminho que deves seguir. Se tivesses atendido às minhas ordens, a tua paz seria como um rio e a tua justiça como as ondas do mar. A tua descendência seria como a areia e como os seus grãos a tua posteridade. Nunca o teu nome seria tirado nem riscado da minha presença».

 
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. cf. Jo 8, 12)
Refrão: Quem Vos segue, Senhor, terá a luz da vida. Repete-se


Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores
nem toma parte na reunião dos maldizentes;
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite. Refrão

É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão

Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como a palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor está perto, ide ao seu encontro;
Ele é o príncipe da paz. Refrão


EVANGELHO Mt 11, 16-19
Não ouvem João nem o Filho do homem


O lamento de Deus no Antigo Testamento em relação ao povo do tempo dos profetas, encontramo-lo agora na boca do próprio Jesus em relação à gente do seu tempo, que podia escutar da própria boca do Filho de Deus a palavra da vida, e não a sabia apreciar. Com toda a sorte de desculpas, os ouvintes de Jesus esquivavam-se a escutá-l’O e a segui-l’O. Mas a Sabedoria de Deus, que encarnou em Jesus Cristo, triunfará da indiferença superficial dos que não Lhe prestam atenção, como crianças desatentas e caprichosas.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo: ‘Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes’. Veio João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele. Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para as nossas humildes ofertas e orações e, como diante de Vós não temos méritos, ajudai-nos com a vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio do Advento I


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Filip 3, 20-21
Esperamos o nosso Salvador, Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo mortal
à imagem do seu corpo glorioso.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Saciados com o alimento espiritual, humildemente Vos pedimos, Senhor, que, pela participação neste sacramento, nos ensineis a apreciar com sabedoria os bens da terra e a amar os bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

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MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA:

 

     1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 

     2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 2020.11.28

 

     3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

 

 

LEITURAS Is 48, 17-19: Esta primeira leitura foi escolhida para acompanhar a do Evangelho, como vai acontecer nos dias que se seguem, em razão da leitura do Evangelho estar sempre ligada à figura de S. João Baptista. Hoje, Deus lamenta-Se por causa da incredulidade do seu povo. Este deixou de se alimentar da sua palavra; por isso, se extravia e definha. Se a tivesse escutado e posto em prática, a sua vida seria como o deslizar suave de um rio a caminho do mar. O lamento de Deus na boca do Profeta é um apelo e uma oferta para o homem.

 

Mt 11, 16-19: O lamento de Deus no Antigo Testamento em relação ao povo do tempo dos profetas, encontramo-lo agora na boca do próprio Jesus em relação à gente do seu tempo, que podia escutar da própria boca do Filho de Deus a palavra da vida, e não a sabia apreciar. Com toda a sorte de desculpas, os ouvintes de Jesus esquivavam-se a escutá-l’O e a segui-l’O. Mas a Sabedoria de Deus, que encarnou em Jesus Cristo, triunfará da indiferença superficial dos que não Lhe prestam atenção, como crianças desatentas e caprichosas.

AGENDA DO DIA

 

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

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CELEBRAÇÕES DOMINICAIS

II Domingo do Advento

 

(Sábado, 12)

 

 

P. Floriano

P. Valente

P. Constantino

09.30 horas

Nisa

 

 

10.00 horas

 

Falagueira

Pardo

11.00 horas

 

Monte Claro

 

11.30 horas

 

 

Alpalhão

 

Domingo, 13

 

11

P. Floriano

P. Valente

P. Constantino

09.00 horas

Montalvão

 

 

09.30 horas

 

Amieira

Arneiro

10.30 horas

Arez

 

Cacheiro

10.45 horas

 

Tolosa

 

11.30 horas

 

 

Nisa

12.00 horas

Alpalhão

Gáfete

 


 

 

AVISO:

Devido às novas medidas de combate à pandemia da covid-19, resultantes do Decreto Presidencial que prorroga por mais 15 dias o estado de emergência em Portugal, e, infelizmente, a elevação do Concelho de Nisa para o estado de "Risco Muito elevado", por se verificarem entre 480 e 960 casos por cada 100.000 habitantes, obriga a cada um de nós a consciencialização cívica para o rigoroso cumprimento das medidas que irão entrar em vigor a partir das 00h00 de 24 de novembroNa sequência desta realidade, os serviços pastorais na zona pastoral de Nisa sofrem também alteração de horário nalgumas paróquias, principalmente, no que diz respeito às missas de tarde aos fins-de-semana.

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A VOZ DO PASTOR:

 

UM JUÍZO QUE NOS PEDE JUIZINHO

 

Toda a Festa cristã, mesmo que também tenha um tempo de preparação exterior, reclama também a preparação interior. A este tempo de preparação para a celebração do Natal chamamos Advento. De facto, para um cristão, esta feliz celebração não deve estar eivada do faz de conta, do politicamente correto, de meras aparências com luzes, pinheirinhos, prendas, presépios, foguetes, formigos, rabanadas... Sim, tudo isso é importante, é festa é festa, há que respirar diferente e fazer ruturas com o quotidiano. No entanto, para que seja uma verdadeira festa cristã, não bastam esses sinais exteriores. Trata-se do nascimento de Jesus, do mistério da incarnação e da salvação, do Emmanuel, do Deus connosco, com felizes consequências para cada um e para toda a humanidade. Porque não desiste de nos amar e deseja encontrar-se e estar connosco, Ele continua a bater à porta de cada um para “nascer” e fazer festa, convivendo à mesa do nosso coração e no seio das famílias: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20). Jesus vem e faz-se encontrado na sua Palavra, na comunidade cristã, na oração pessoal, familiar e comunitária, na dinâmica sacramental e nos outros, sobretudo nos mais necessitados.

Este tempo, porém, é imagem desse outro Advento que, vivido ao longo da vida, nos coloca na expectativa da segunda vinda do Senhor que virá para ser glorificado nos seus santos, para ser admirado em todos os que tiverem acreditado, para fazer justiça dando a cada um segundo as suas obras. Será o Juízo Final, sem advogados de defesa ou de acusação, sem apelo a linhagens ou a pergaminhos, o qual reclama que, ao longo desta vida, tenhamos juízo e juizinho!...

Cada um dará contas de si próprio a Deus segundo aquela lei que o próprio Deus escreveu no coração de cada um e à qual se deve obediência. Esta lei é uma espécie de voz amiga que soa, no momento oportuno, a dizer: faz isto, o bem, evita aquilo, o mal. Nesse momento da prestação de contas, será posta a nu a verdade da relação de cada um consigo mesmo, com Deus e com os outros, será o momento em que se revelará como a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças humanas e como o seu amor é mais forte do que a morte (cf. CIgC 1038-1041).

Prestemos atenção a como o então Cardeal Ratzinger, depois Bento XVI, nos falava deste assunto no Congresso dos Catequistas e Professores de Educação Moral e Religiosa Católicas, na viragem do milénio, quando afirmava que um elemento central de qualquer evangelização autêntica é a vida eterna e que deve ser anunciada com renovado vigor na vida quotidiana.

Dizia ele: “A este ponto, desejaria mencionar apenas um aspeto da pregação de Jesus que hoje, muitas vezes, é negligenciado: o anúncio do Reino de Deus é o anúncio do Deus presente, do Deus que nos conhece, nos ouve; do Deus que entra na história, para fazer justiça. Portanto, esta pregação é também anúncio do juízo, anúncio da nossa responsabilidade. O homem não pode fazer ou deixar de fazer o que lhe apetece. Ele será julgado. Deve prestar contas. Esta certeza é válida tanto para os poderosos como para os simples. Onde ela é honrada, são delineados os limites de qualquer poder deste mundo. Deus faz justiça, e só Ele o pode fazer por último. Nós consegui-lo-emos tanto mais, quanto mais formos capazes de viver sob o olhar de Deus e de comunicar ao mundo a verdade do juízo. Desta forma, o artigo de fé do juízo, a sua força de formação das consciências, é um conteúdo central do Evangelho e é deveras uma Boa Nova. E também o é para todos os que sofrem sob a injustiça do mundo e procuram a justiça. Compreende-se desta forma o nexo entre o Reino de Deus e os "pobres", os que sofrem e todos aqueles dos quais falam as bem-aventuranças do sermão da montanha. Eles são protegidos pela certeza do juízo, pela certeza que existe a justiça. Eis o verdadeiro conteúdo do artigo sobre o juízo, sobre Deus-juiz:  há justiça. As injustiças do mundo não são a última palavra da história. Existe uma justiça. Só quem não quer que haja justiça, se pode opor a esta verdade. Se tomarmos a sério o juízo e a seriedade da responsabilidade que disso nos advém, compreendemos bem o outro aspeto deste anúncio, isto é, a redenção, o facto de que na cruz Jesus assume os nossos pecados; que o próprio Deus na paixão do Filho se torna advogado de nós, pecadores, e desta forma torna possível a penitência, a esperança para o pecador arrependido, esperança expressa maravilhosamente nas palavras de São João: diante de Deus, tranquilizaremos o nosso coração, independentemente do que ele nos reprova. "Deus é maior que os nossos corações e conhece todas as coisas" (1 Jo 3, 20). A bondade de Deus é infinita, mas não devemos reduzir esta bondade a uma pieguice afetada, sem verdade. Só acreditando no justo juízo de Deus, só tendo fome e sede de justiça (cf. Mt 5, 6) é que abrimos o nosso coração, a nossa vida à misericórdia divina. Vê-se:  não é verdade que a fé na vida eterna torna insignificante a vida terrena. Pelo contrário:  só se a medida da nossa vida for a eternidade, também a vida na terra é grande e o seu valor é imenso. Deus não é o concorrente da nossa vida, mas a garantia da nossa grandeza. Desta forma voltamos ao ponto de partida: Deus. Se considerarmos bem a mensagem cristã, não falamos de muitas coisas. Na realidade, a mensagem cristã é muito simples. Falamos de Deus e do homem e, desta forma, dizemos tudo”.

E o Papa Francisco, na Eucaristia da passagem dos símbolos das Jornadas Mundiais, dizia aos jovens: “Com efeito, no momento do juízo final, o Senhor baseia-Se nas nossas escolhas. Quase parece que não julga: separa as ovelhas dos cabritos, mas ser bom ou mau depende de nós. Ele limita-Se a tirar as consequências das nossas escolhas, trá-las à luz e respeita-as. Assim a vida é o tempo das escolhas vigorosas, decisivas e eternas. Escolhas banais levam a uma vida banal; escolhas grandes tornam grande a vida. De facto, tornamo-nos naquilo que escolhemos, tanto no bem como no mal. Se escolhemos roubar, tornamo-nos ladrões; se escolhemos pensar em nós mesmos, tornamo-nos egoístas; se escolhemos odiar, tornamo-nos rancorosos; se escolhemos passar horas no telemóvel, tornamo-nos dependentes. Mas, se escolhermos Deus, vamo-nos tornando dia a dia mais amáveis e, se optarmos por amar, tornamo-nos felizes. É assim, porque a beleza das opções depende do amor: não o esqueçais! Jesus sabe que, se vivermos fechados e na indiferença, ficamos paralisados; mas, se nos gastarmos pelos outros, tornamo-nos livres. O Senhor da vida quer-nos cheios de vida e dá-nos o segredo da vida: só a possuímos, se a dermos. Esta é uma regra de vida: a vida só a possuímos – agora e eternamente –, se a dermos”.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 4-12-2020.

 

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