PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 11 de dezembro de 2020
Sexta da II semana do Advento
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LITURGIA:
SEXTA-FEIRA
da semana II
S. Dâmaso I, papa – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Mt 11, 16-19
* Na Diocese de Aveiro – Aniversário da restauração da Diocese (1938).
* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Maria Maravilhas de Jesus, virgem – MF
* Na Ordem de Cister – B. David, monge – MF
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA
O Senhor virá no esplendor da sua glória
visitar o seu povo e dar-lhe a paz e a vida eterna.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, ao povo que aguarda a vinda do vosso Filho, um espírito
vigilante, para que, seguindo os ensinamentos do Salvador, vamos ao seu
encontro com as lâmpadas da fé acesas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 48, 17-19
«Se tivesses ouvido as minhas ordens...»
Esta primeira leitura foi escolhida para acompanhar a do Evangelho, como vai
acontecer nos dias que se seguem, em razão da leitura do Evangelho estar sempre
ligada à figura de S. João Baptista. Hoje, Deus lamenta-Se por causa da
incredulidade do seu povo. Este deixou de se alimentar da sua palavra; por
isso, se extravia e definha. Se a tivesse escutado e posto em prática, a sua
vida seria como o deslizar suave de um rio a caminho do mar. O lamento de Deus
na boca do Profeta é um apelo e uma oferta para o homem.
Leitura do Livro
de Isaías
Eis o que diz o Senhor, o teu redentor, o
Santo de Israel: «Eu sou o Senhor, teu Deus, que te ensino o que é para teu bem
e te conduzo pelo caminho que deves seguir. Se tivesses atendido às minhas
ordens, a tua paz seria como um rio e a tua justiça como as ondas do mar. A tua
descendência seria como a areia e como os seus grãos a tua posteridade. Nunca o
teu nome seria tirado nem riscado da minha presença».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. cf. Jo 8, 12)
Refrão: Quem Vos segue, Senhor, terá a luz da vida. Repete-se
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores
nem toma parte na reunião dos maldizentes;
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite. Refrão
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como a palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor está perto, ide ao seu encontro;
Ele é o príncipe da paz. Refrão
EVANGELHO Mt 11, 16-19
Não ouvem João nem o Filho do homem
O lamento de Deus no Antigo Testamento em relação ao povo do tempo dos
profetas, encontramo-lo agora na boca do próprio Jesus em relação à gente do
seu tempo, que podia escutar da própria boca do Filho de Deus a palavra da
vida, e não a sabia apreciar. Com toda a sorte de desculpas, os ouvintes de
Jesus esquivavam-se a escutá-l’O e a segui-l’O. Mas a Sabedoria de Deus, que
encarnou em Jesus Cristo, triunfará da indiferença superficial dos que não Lhe
prestam atenção, como crianças desatentas e caprichosas.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É
como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo:
‘Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes’. Veio
João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele.
Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo
de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para as nossas humildes ofertas e orações e, como
diante de Vós não temos méritos, ajudai-nos com a vossa misericórdia. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
Prefácio do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Filip 3, 20-21
Esperamos o nosso Salvador, Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo mortal
à imagem do seu corpo glorioso.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Saciados com o alimento espiritual, humildemente Vos pedimos, Senhor, que, pela
participação neste sacramento, nos ensineis a apreciar com sabedoria os bens da
terra e a amar os bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1.
Leitura: - Lê, respeita,
situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3.
Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS Is
48, 17-19: Esta primeira leitura foi escolhida para
acompanhar a do Evangelho, como vai acontecer nos dias que se seguem, em razão
da leitura do Evangelho estar sempre ligada à figura de S. João Baptista. Hoje,
Deus lamenta-Se por causa da incredulidade do seu povo. Este deixou de se
alimentar da sua palavra; por isso, se extravia e definha. Se a tivesse escutado
e posto em prática, a sua vida seria como o deslizar suave de um rio a caminho
do mar. O lamento de Deus na boca do Profeta é um apelo e uma oferta para o
homem.
Mt 11, 16-19: O
lamento de Deus no Antigo Testamento em relação ao povo do tempo dos profetas,
encontramo-lo agora na boca do próprio Jesus em relação à gente do seu tempo,
que podia escutar da própria boca do Filho de Deus a palavra da vida, e não a
sabia apreciar. Com toda a sorte de desculpas, os ouvintes de Jesus
esquivavam-se a escutá-l’O e a segui-l’O. Mas a Sabedoria de Deus, que encarnou
em Jesus Cristo, triunfará da indiferença superficial dos que não Lhe prestam
atenção, como crianças desatentas e caprichosas.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
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CELEBRAÇÕES DOMINICAIS
II Domingo do Advento
(Sábado, 12)
|
P. Floriano |
P. Valente |
P. Constantino |
09.30 horas |
Nisa |
|
|
10.00 horas |
|
Falagueira |
Pardo |
11.00 horas |
|
Monte Claro |
|
11.30 horas |
|
|
Alpalhão |
Domingo, 13 |
|||
11 |
P. Floriano |
P. Valente |
P. Constantino |
09.00 horas |
Montalvão |
|
|
09.30 horas |
|
Amieira |
Arneiro |
10.30 horas |
Arez |
|
Cacheiro |
10.45 horas |
|
Tolosa |
|
11.30 horas |
|
|
Nisa |
12.00 horas |
Alpalhão |
Gáfete |
|
AVISO:
Devido às novas medidas de combate à pandemia
da covid-19, resultantes do Decreto Presidencial que prorroga por mais 15 dias
o estado de emergência em Portugal, e, infelizmente, a elevação do Concelho de
Nisa para o estado de "Risco Muito elevado", por se verificarem entre
480 e 960 casos por cada 100.000 habitantes, obriga a cada um de nós a
consciencialização cívica para o rigoroso cumprimento das medidas que irão
entrar em vigor a partir das 00h00 de 24 de novembro. Na
sequência desta realidade, os serviços pastorais na zona pastoral de Nisa
sofrem também alteração de horário nalgumas paróquias, principalmente, no que
diz respeito às missas de tarde aos fins-de-semana.
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A VOZ DO PASTOR:
UM JUÍZO QUE NOS PEDE
JUIZINHO
Toda a Festa cristã, mesmo que
também tenha um tempo de preparação exterior, reclama também a preparação
interior. A este tempo de preparação para a celebração do Natal chamamos Advento.
De facto, para um cristão, esta feliz celebração não deve estar eivada do faz
de conta, do politicamente correto, de meras aparências com luzes,
pinheirinhos, prendas, presépios, foguetes, formigos, rabanadas... Sim, tudo
isso é importante, é festa é festa, há que respirar diferente e fazer ruturas
com o quotidiano. No entanto, para que seja uma verdadeira festa cristã, não
bastam esses sinais exteriores. Trata-se do nascimento de Jesus, do mistério da
incarnação e da salvação, do Emmanuel, do Deus connosco, com felizes
consequências para cada um e para toda a humanidade. Porque não desiste de nos
amar e deseja encontrar-se e estar connosco, Ele continua a bater à porta de
cada um para “nascer” e fazer festa, convivendo à mesa do nosso coração e no seio
das famílias: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e
abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20).
Jesus vem e faz-se encontrado na sua Palavra, na comunidade cristã, na oração
pessoal, familiar e comunitária, na dinâmica sacramental e nos outros,
sobretudo nos mais necessitados.
Este tempo, porém, é imagem desse
outro Advento que, vivido ao longo da vida, nos coloca na expectativa da
segunda vinda do Senhor que virá para ser
glorificado nos seus santos, para ser admirado em todos os que tiverem
acreditado, para fazer justiça dando a cada um segundo as suas obras. Será o Juízo Final, sem advogados de defesa ou de
acusação, sem apelo a linhagens ou a pergaminhos, o qual reclama que, ao longo
desta vida, tenhamos juízo e juizinho!...
Cada um dará contas de si próprio a Deus segundo aquela
lei que o próprio Deus escreveu no coração de cada um e à qual se deve
obediência. Esta lei é uma espécie de voz amiga que soa, no momento oportuno, a
dizer: faz isto, o bem, evita aquilo, o mal. Nesse momento da prestação de
contas, será posta a nu a verdade da relação de cada um consigo mesmo, com Deus
e com os outros, será o momento em que se revelará como a justiça de Deus
triunfa de todas as injustiças humanas e como o seu amor é mais forte do que a
morte (cf. CIgC 1038-1041).
Prestemos atenção a como o então
Cardeal Ratzinger, depois Bento XVI, nos falava deste assunto no Congresso dos
Catequistas e Professores de Educação Moral e Religiosa Católicas, na viragem do
milénio, quando afirmava que um elemento central de qualquer evangelização
autêntica é a vida eterna e que deve ser anunciada com renovado vigor na vida
quotidiana.
Dizia ele: “A este ponto,
desejaria mencionar apenas um aspeto da pregação de Jesus que hoje, muitas
vezes, é negligenciado: o anúncio do Reino de Deus é o anúncio do Deus
presente, do Deus que nos conhece, nos ouve; do Deus que entra na história,
para fazer justiça. Portanto, esta pregação é também anúncio do juízo, anúncio
da nossa responsabilidade. O homem não pode fazer ou deixar de fazer o que lhe
apetece. Ele será julgado. Deve prestar contas. Esta certeza é válida tanto
para os poderosos como para os simples. Onde ela é honrada, são delineados os
limites de qualquer poder deste mundo. Deus faz justiça, e só Ele o
pode fazer por último. Nós consegui-lo-emos tanto mais, quanto mais formos
capazes de viver sob o olhar de Deus e de comunicar ao mundo a verdade do
juízo. Desta forma, o artigo de fé do juízo, a sua força de formação das consciências,
é um conteúdo central do Evangelho e é deveras uma Boa Nova. E também o é para
todos os que sofrem sob a injustiça do mundo e procuram a justiça.
Compreende-se desta forma o nexo entre o Reino de Deus e os "pobres",
os que sofrem e todos aqueles dos quais falam as bem-aventuranças do sermão da
montanha. Eles são protegidos pela certeza do juízo, pela certeza que existe a
justiça. Eis o verdadeiro conteúdo do artigo sobre o juízo, sobre
Deus-juiz: há justiça. As injustiças do mundo não são a última palavra da
história. Existe uma justiça. Só quem não quer que haja justiça, se pode opor a
esta verdade. Se tomarmos a sério o juízo e a seriedade da responsabilidade que
disso nos advém, compreendemos bem o outro aspeto deste anúncio, isto é, a
redenção, o facto de que na cruz Jesus assume os nossos pecados; que o próprio
Deus na paixão do Filho se torna advogado de nós, pecadores, e desta forma
torna possível a penitência, a esperança para o pecador arrependido, esperança
expressa maravilhosamente nas palavras de São João: diante de Deus,
tranquilizaremos o nosso coração, independentemente do que ele nos reprova.
"Deus é maior que os nossos corações e conhece todas as
coisas" (1 Jo 3, 20). A bondade de Deus é infinita, mas não devemos
reduzir esta bondade a uma pieguice afetada, sem verdade. Só acreditando no
justo juízo de Deus, só tendo fome e sede de justiça (cf. Mt 5, 6) é
que abrimos o nosso coração, a nossa vida à misericórdia divina. Vê-se:
não é verdade que a fé na vida eterna torna insignificante a vida terrena. Pelo
contrário: só se a medida da nossa vida for a eternidade, também a vida
na terra é grande e o seu valor é imenso. Deus não é o concorrente da nossa
vida, mas a garantia da nossa grandeza. Desta forma voltamos ao ponto de partida: Deus.
Se considerarmos bem a mensagem cristã, não falamos de muitas coisas. Na
realidade, a mensagem cristã é muito simples. Falamos de Deus e do homem e,
desta forma, dizemos tudo”.
E o Papa Francisco, na Eucaristia
da passagem dos símbolos das Jornadas Mundiais, dizia aos jovens: “Com efeito,
no momento do juízo final, o Senhor baseia-Se nas nossas escolhas. Quase parece
que não julga: separa as ovelhas dos cabritos, mas ser bom ou mau depende de
nós. Ele limita-Se a tirar as consequências das nossas escolhas, trá-las à luz
e respeita-as. Assim a vida é o tempo das escolhas vigorosas, decisivas e
eternas. Escolhas banais levam a uma vida banal; escolhas grandes tornam grande
a vida. De facto, tornamo-nos naquilo que escolhemos, tanto no bem como no mal.
Se escolhemos roubar, tornamo-nos ladrões; se escolhemos pensar em nós mesmos,
tornamo-nos egoístas; se escolhemos odiar, tornamo-nos rancorosos; se
escolhemos passar horas no telemóvel, tornamo-nos dependentes. Mas, se
escolhermos Deus, vamo-nos tornando dia a dia mais amáveis e, se optarmos por
amar, tornamo-nos felizes. É assim, porque a beleza das opções depende do amor:
não o esqueçais! Jesus sabe que, se vivermos fechados e na indiferença, ficamos
paralisados; mas, se nos gastarmos pelos outros, tornamo-nos livres. O Senhor
da vida quer-nos cheios de vida e dá-nos o segredo da vida: só a possuímos, se
a dermos. Esta é uma regra de vida: a vida só a possuímos – agora e eternamente
–, se a dermos”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 4-12-2020.
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