PARÓQUIAS DE NISA
Domingo, 13 de dezembro de 2020
III Domingo do Advento
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LITURGIA:
DOMINGO
III DO ADVENTO
Roxo ou rosa – Ofício próprio (Semana III do
Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Credo, pf. I do Advento.
L 1 Is 61, 1-2a. 10-11; Sal Lc 1, 46b-48. 49-50. 53-54
L 2 1 Tes 5, 16-24
Ev Jo 1, 6-8. 19-28
* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* Pode usar-se, neste domingo, a cor de rosa (IGMR 346 f: EDREL 1256 f).
* Na Diocese de Lamego – Ofertório para a Obra da Catequese.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom..
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA cf. Filip 4,
4.5
Alegrai-vos sempre no Senhor.
Exultai de alegria: o Senhor está perto.
Não se diz o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo
esperar fielmente o Natal do Senhor,
fazei-nos chegar às solenidades da nossa salvação
e celebrá-las com renovada alegria.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 61, 1-2a.10-11
«Exulto de alegria no Senhor»
Leitura do Livro
de Isaías
O
espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu e me enviou a
anunciar a boa nova aos pobres, a curar os corações atribulados, a proclamar a
redenção aos cativos e a liberdade aos prisioneiros, a promulgar o ano da graça
do Senhor. Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que
me revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de justiça, como
noivo que cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas
jóias. Como a terra faz brotar os germes e o jardim germinar as sementes, assim
o Senhor Deus fará brotar a justiça e o louvor diante de todas as nações.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Lc 1, 46-48.49-50.53-54 (R. Is 61, 10b)
Refrão: Exulto de alegria no Senhor. Repete-se
Ou: A minha alma exulta no Senhor. Repete-se
A minha alma glorifica o Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
porque pôs os olhos na humildade da sua serva:
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada
todas as gerações. Refrão
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas:
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
sobre aqueles que O temem. Refrão
Aos famintos encheu de bens
e aos ricos despediu-os de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia. Refrão
LEITURA II 1 Tes 5, 16-24
«Todo o vosso ser – espírito, alma e corpo –
se conserve para a vinda do Senhor»
Leitura da
Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as
circunstâncias, pois é esta a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus.
Não apagueis o Espírito, não desprezeis os dons proféticos; mas avaliai tudo,
conservando o que for bom. Afastai-vos de toda a espécie de mal. O Deus da paz
vos santifique totalmente, para que todo o vosso ser – espírito, alma e corpo –
se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. É fiel
Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Espírito do Senhor está sobre mim:
enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres. Refrão
EVANGELHO Jo 1, 6-8.19-28
«No meio de vós está Alguém que não conheceis»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Apareceu
um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar
testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a
luz, mas veio para dar testemunho da luz. Foi este o testemunho de João, quando
os judeus lhe enviaram, de Jerusalém, sacerdotes e levitas, para lhe
perguntarem: «Quem és tu?». Ele confessou a verdade e não negou; ele confessou:
«Eu não sou o Messias». Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?».
«Não sou», respondeu ele. «És o Profeta?». Ele respondeu: «Não». Disseram-lhe
então: «Quem és tu? Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram,
que dizes de ti mesmo?». Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no deserto:
‘Endireitai o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías». Entre os
enviados havia fariseus que lhe perguntaram: «Então, porque batizas, se não és
o Messias, nem Elias, nem o Profeta?». João respondeu-lhes: «Eu batizo na água,
mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim,
a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias». Tudo isto se
passou em Betânia, além do Jordão, onde João estava a batizar.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor, que a oblação deste sacrifício
se renove sempre na vossa Igreja,
de modo que a celebração do mistério por Vós instituído
realize em nós plenamente a obra da salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Is 35, 4
Dizei aos desanimados: Tende coragem e não temais.
Eis o nosso Deus que vem salvar-nos.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, pela vossa bondade,
que este divino sacramento nos livre do pecado
e nos prepare para as festas que se aproximam.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA:
1.
Leitura: - Lê, respeita,
situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2.
Meditação: - Interioriza,
dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua
vida” 2020.11.28
3.
Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS Is
61, 1-2a.10-11: A salvação, que o profeta tem o dever de
anunciar, renova a Aliança com Deus e faz-nos participar da Sua mesma vida. Por
isso, é em nós fonte de alegria. O cristão deve comunicar esta alegria aos seus
irmãos. A unção batismal, infundindo em nós a Fé, a Esperança e a Caridade,
tornou-nos capazes de anunciar a boa notícia da salvação.
1 Tes 5, 16-24 :«Todo o
vosso ser – espírito, alma e corpo – :A fidelidade de Deus às
Suas promessas exige uma resposta. Por isso, o cristão deve viver na alegria,
na oração, na ação de graças, numa palavra, na santidade, ao longo da sua vida,
na perspetiva da Vinda Gloriosa de Cristo. Na sua marcha, encontrará, por
certo, como todos os homens, a provação e o sofrimento. Mas o nosso Deus é um
Deus de paz, isto é, de felicidade material (sentido de paz no A. T.) e
espiritual (plenitude de vida divina em Jesus Cristo). Há de, portanto,
ajudá-lo a conseguir esta felicidade, pela santidade.
Jo 1, 6-8.19-28:
A palavra de João Baptista conserva toda a sua atualidade: no meio de nós está
Jesus Cristo, mas nós não O reconhecemos. Vemos talvez n’Ele o herói dum
messianismo temporal, o pregador duma fraternidade e duma felicidade puramente
humanas, o taumaturgo extraordinário. Mas o segredo da Sua personalidade de
Homem-Deus e da Sua fidelidade ao Pai, até à morte, escapa-nos. Descobrir
Cristo com o olhar lúcido da fé e mostrá-l’O aos outros – eis a boa notícia, que
nos dá a alegria verdadeira .
AGENDA DO DIA
08.30 horas: Funeral em
Alpalhão
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P. Floriano |
P. Valente |
P. Constantino |
09.30 horas |
Nisa |
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|
10.00 horas |
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Falagueira |
Pardo |
11.00 horas |
|
Monte Claro |
|
11.30 horas |
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|
Alpalhão |
Domingo, 13 |
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P. Floriano |
P. Valente |
P. Constantino |
09.00 horas |
Montalvão |
|
|
09.30 horas |
|
Amieira |
Arneiro |
10.30 horas |
Arez |
|
Cacheiro |
10.45 horas |
|
Tolosa |
|
11.30 horas |
|
|
Nisa |
12.00 horas |
Alpalhão |
Gáfete |
|
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A VOZ DO PASTOR:
UM JUÍZO QUE NOS PEDE
JUIZINHO
Toda a Festa cristã, mesmo que
também tenha um tempo de preparação exterior, reclama também a preparação interior.
A este tempo de preparação para a celebração do Natal chamamos Advento. De
facto, para um cristão, esta feliz celebração não deve estar eivada do faz de
conta, do politicamente correto, de meras aparências com luzes, pinheirinhos,
prendas, presépios, foguetes, formigos, rabanadas... Sim, tudo isso é
importante, é festa é festa, há que respirar diferente e fazer ruturas com o
quotidiano. No entanto, para que seja uma verdadeira festa cristã, não bastam
esses sinais exteriores. Trata-se do nascimento de Jesus, do mistério da
incarnação e da salvação, do Emmanuel, do Deus connosco, com felizes
consequências para cada um e para toda a humanidade. Porque não desiste de nos
amar e deseja encontrar-se e estar connosco, Ele continua a bater à porta de cada
um para “nascer” e fazer festa, convivendo à mesa do nosso coração e no seio
das famílias: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e
abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,20).
Jesus vem e faz-se encontrado na sua Palavra, na comunidade cristã, na oração
pessoal, familiar e comunitária, na dinâmica sacramental e nos outros,
sobretudo nos mais necessitados.
Este tempo, porém, é imagem desse
outro Advento que, vivido ao longo da vida, nos coloca na expectativa da
segunda vinda do Senhor que virá para ser
glorificado nos seus santos, para ser admirado em todos os que tiverem
acreditado, para fazer justiça dando a cada um segundo as suas obras. Será o Juízo Final, sem advogados de defesa ou de acusação,
sem apelo a linhagens ou a pergaminhos, o qual reclama que, ao longo desta
vida, tenhamos juízo e juizinho!...
Cada um dará contas de si próprio a Deus segundo aquela
lei que o próprio Deus escreveu no coração de cada um e à qual se deve obediência.
Esta lei é uma espécie de voz amiga que soa, no momento oportuno, a dizer: faz
isto, o bem, evita aquilo, o mal. Nesse momento da prestação de contas, será
posta a nu a verdade da relação de cada um consigo mesmo, com Deus e com os
outros, será o momento em que se revelará como a justiça de Deus triunfa de
todas as injustiças humanas e como o seu amor é mais forte do que a morte (cf.
CIgC 1038-1041).
Prestemos atenção a como o então
Cardeal Ratzinger, depois Bento XVI, nos falava deste assunto no Congresso dos
Catequistas e Professores de Educação Moral e Religiosa Católicas, na viragem
do milénio, quando afirmava que um elemento central de qualquer evangelização
autêntica é a vida eterna e que deve ser anunciada com renovado vigor na vida
quotidiana.
Dizia ele: “A este ponto,
desejaria mencionar apenas um aspeto da pregação de Jesus que hoje, muitas
vezes, é negligenciado: o anúncio do Reino de Deus é o anúncio do Deus
presente, do Deus que nos conhece, nos ouve; do Deus que entra na história,
para fazer justiça. Portanto, esta pregação é também anúncio do juízo, anúncio
da nossa responsabilidade. O homem não pode fazer ou deixar de fazer o que lhe
apetece. Ele será julgado. Deve prestar contas. Esta certeza é válida tanto
para os poderosos como para os simples. Onde ela é honrada, são delineados os
limites de qualquer poder deste mundo. Deus faz justiça, e só Ele o
pode fazer por último. Nós consegui-lo-emos tanto mais, quanto mais formos
capazes de viver sob o olhar de Deus e de comunicar ao mundo a verdade do
juízo. Desta forma, o artigo de fé do juízo, a sua força de formação das
consciências, é um conteúdo central do Evangelho e é deveras uma Boa Nova. E
também o é para todos os que sofrem sob a injustiça do mundo e procuram a
justiça. Compreende-se desta forma o nexo entre o Reino de Deus e os
"pobres", os que sofrem e todos aqueles dos quais falam as
bem-aventuranças do sermão da montanha. Eles são protegidos pela certeza do
juízo, pela certeza que existe a justiça. Eis o verdadeiro conteúdo do artigo
sobre o juízo, sobre Deus-juiz: há justiça. As injustiças do mundo não
são a última palavra da história. Existe uma justiça. Só quem não quer que haja
justiça, se pode opor a esta verdade. Se tomarmos a sério o juízo e a seriedade
da responsabilidade que disso nos advém, compreendemos bem o outro aspeto deste
anúncio, isto é, a redenção, o facto de que na cruz Jesus assume os nossos
pecados; que o próprio Deus na paixão do Filho se torna advogado de nós,
pecadores, e desta forma torna possível a penitência, a esperança para o
pecador arrependido, esperança expressa maravilhosamente nas palavras de São
João: diante de Deus, tranquilizaremos o nosso coração, independentemente
do que ele nos reprova. "Deus é maior que os nossos corações e conhece
todas as coisas" (1 Jo 3, 20). A bondade de Deus é infinita, mas
não devemos reduzir esta bondade a uma pieguice afetada, sem verdade. Só
acreditando no justo juízo de Deus, só tendo fome e sede de justiça
(cf. Mt 5, 6) é que abrimos o nosso coração, a nossa vida à misericórdia
divina. Vê-se: não é verdade que a fé na vida eterna torna insignificante
a vida terrena. Pelo contrário: só se a medida da nossa vida for a
eternidade, também a vida na terra é grande e o seu valor é imenso. Deus não é
o concorrente da nossa vida, mas a garantia da nossa grandeza. Desta forma
voltamos ao ponto de partida: Deus. Se considerarmos bem a mensagem
cristã, não falamos de muitas coisas. Na realidade, a mensagem cristã é muito
simples. Falamos de Deus e do homem e, desta forma, dizemos tudo”.
E o Papa Francisco, na Eucaristia
da passagem dos símbolos das Jornadas Mundiais, dizia aos jovens: “Com efeito,
no momento do juízo final, o Senhor baseia-Se nas nossas escolhas. Quase parece
que não julga: separa as ovelhas dos cabritos, mas ser bom ou mau depende de
nós. Ele limita-Se a tirar as consequências das nossas escolhas, trá-las à luz
e respeita-as. Assim a vida é o tempo das escolhas vigorosas, decisivas e
eternas. Escolhas banais levam a uma vida banal; escolhas grandes tornam grande
a vida. De facto, tornamo-nos naquilo que escolhemos, tanto no bem como no mal.
Se escolhemos roubar, tornamo-nos ladrões; se escolhemos pensar em nós mesmos,
tornamo-nos egoístas; se escolhemos odiar, tornamo-nos rancorosos; se
escolhemos passar horas no telemóvel, tornamo-nos dependentes. Mas, se
escolhermos Deus, vamo-nos tornando dia a dia mais amáveis e, se optarmos por
amar, tornamo-nos felizes. É assim, porque a beleza das opções depende do amor:
não o esqueçais! Jesus sabe que, se vivermos fechados e na indiferença, ficamos
paralisados; mas, se nos gastarmos pelos outros, tornamo-nos livres. O Senhor
da vida quer-nos cheios de vida e dá-nos o segredo da vida: só a possuímos, se
a dermos. Esta é uma regra de vida: a vida só a possuímos – agora e eternamente
–, se a dermos”.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 4-12-2020.
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