PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta, 23 de
outubro de 2020
XXIX semana do tempo comum
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LITURGIA:
SEXTA-FEIRA
da semana XXIX
S. João de Capistrano,
presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.
L 1 Ef 4, 1-6; Sal 23 (24), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Lc 12, 54-59
* Dia do Ordinariato Castrense.
* Na Ordem Agostiniana – S. Guilherme, eremita e B. João Bom, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. João de
Capistrano, presbítero, da I Ordem – MO
* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – B. Arnoldo Reche, religioso – MF
* Na Diocese de Beja (Beja) – I Vésp. de S. Sisenando.
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – I Vésp. de S. António
Maria Claret.
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 16,
6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ef 4, 1-6
«Um só Corpo, um só Senhor, uma só fé, um só Batismo»
Depois de ter apresentado o mistério de Cristo, no qual o cristão participa de
maneira íntima, S. Paulo tira agora as consequências para a vida dos cristãos,
que é vida na unidade. Esta passagem é um verdadeiro hino à unidade da Igreja,
que é una e santa, como proclamamos no Credo.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo-vos que vos comporteis
segundo a maneira de viver a que fostes chamados: procedei com toda a
humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade;
empenhai-vos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz. Há um só
Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança na vida a que fostes chamados.
Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que
está acima de todos, atua em todos e em todos Se encontra.
Palavra
do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram
o Senhor. Repete-se
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão
Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão
Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão
ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão
EVANGELHO Lc 12, 54-59
«Se sabeis discernir o aspeto da terra e
do céu,
porque não sabeis discernir o tempo presente?»
A expressão “sinais dos tempos”, que se tornou muito conhecida sobretudo depois
de João XXIII, tem aqui a sua origem. Os aspetos da terra e do céu são,
sobretudo para as pessoas que vivem em contacto com a natureza, sinais por onde
se pode conhecer o tempo que vai fazer. Mas há sinais e coisas ainda maiores:
aqueles que nos revelem a presença e a ação de Deus entre os homens. Jesus
queixa-Se de os seus contemporâneos não os saberem reconhecer e, por isso, não
O reconhecerem também a Ele.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, dizia Jesus à multidão: «Quando vedes levantar-se uma nuvem no
poente, logo dizeis: ‘Vem chuva’; e assim acontece. E quando sopra o vento sul,
dizeis: ‘Vai fazer muito calor’; e assim sucede. Hipócritas, se sabeis
discernir o aspeto da terra e do céu, porque não sabeis discernir o tempo
presente? Porque não julgais por vós mesmos o que é justo?». E acrescentou:
«Quando fores com o teu adversário ao magistrado, esforça-te por te entenderes
com ele no caminho, para que ele não te arraste ao juiz e o juiz te entregue ao
oficial de justiça e o oficial de justiça te meta na prisão. Eu te digo: Não
sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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AGENDA
DO DIA
Pela tarde: Funeral no Cacheiro (hora indeterminada)
18.00 horas: Missa em
Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão.
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A
VOZ DO PASTOR
DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO
Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O
Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e
renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco,
o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e
furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e
desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a
remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos
todos. Tal como os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a
uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos
de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o
conseguiremos juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a
nossa fragilidade humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação
do mal.
Os governantes atarefam-se em dar as respostas
possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada complexidade.
Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus nos está a
dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da
Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos
a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem
perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à
distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que
precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe
de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos
mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na
qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade
e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A
impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos
partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a
Missa todos os domingos.
Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa
diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós,
podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui,
envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?»
(Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua
misericórdia, interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à
missão, um convite a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma
oportunidade de partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso
e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si.
Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso
encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua disponibilidade
diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai, foi enviado por
Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A pessoa e a
missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte e
Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um
de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse
movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna
seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal
para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É
assim que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão
de Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes,
as sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.
Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me
aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem
enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a
podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal
de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus
no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos
se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a
ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da
virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os
dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de
testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da
salvação de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo,
edificando a Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a
permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele
que está próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir
por esse mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode
dissociar da oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário
de quem acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas
de todo o mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões
2020, que decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is
6,8).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco
P. S:
Na nossa Diocese,
faremos uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo,
Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões,
associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que todos
os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral procurem
divulgar e participar.
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