quinta-feira, 22 de outubro de 2020

 

 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Sexta, 23 de outubro de 2020

 

 

XXIX semana do tempo comum


****************


LITURGIA:

 

SEXTA-FEIRA da semana XXIX

S. João de Capistrano, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.

L 1 Ef 4, 1-6; Sal 23 (24), 1-2. 3-4. 5-6
Ev Lc 12, 54-59

* Dia do Ordinariato Castrense.
* Na Ordem Agostiniana – S. Guilherme, eremita e B. João Bom, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. João de Capistrano, presbítero, da I Ordem – MO
* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – B. Arnoldo Reche, religioso – MF
* Na Diocese de Beja (Beja) – I Vésp. de S. Sisenando.
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – I Vésp. de S. António Maria Claret.

 

Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I
(anos pares) Ef 4, 1-6
«Um só Corpo, um só Senhor, uma só fé, um só Batismo»


Depois de ter apresentado o mistério de Cristo, no qual o cristão participa de maneira íntima, S. Paulo tira agora as consequências para a vida dos cristãos, que é vida na unidade. Esta passagem é um verdadeiro hino à unidade da Igreja, que é una e santa, como proclamamos no Credo.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios


Irmãos: Eu, prisioneiro pela causa do Senhor, recomendo-vos que vos comporteis segundo a maneira de viver a que fostes chamados: procedei com toda a humildade, mansidão e paciência; suportai-vos uns aos outros com caridade; empenhai-vos em manter a unidade de espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança na vida a que fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo. Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos Se encontra.



Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 23 (24), 1-2.3-4.5-6 (R. cf. 6)
Refrão: Esta é a geração dos que procuram o Senhor. Repete-se

Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas. Refrão

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso. Refrão

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob. Refrão


ALELUIA cf. Mt 11, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Refrão


EVANGELHO Lc 12, 54-59
«Se sabeis discernir o aspeto da terra e do céu,
porque não sabeis discernir o tempo presente?»


A expressão “sinais dos tempos”, que se tornou muito conhecida sobretudo depois de João XXIII, tem aqui a sua origem. Os aspetos da terra e do céu são, sobretudo para as pessoas que vivem em contacto com a natureza, sinais por onde se pode conhecer o tempo que vai fazer. Mas há sinais e coisas ainda maiores: aqueles que nos revelem a presença e a ação de Deus entre os homens. Jesus queixa-Se de os seus contemporâneos não os saberem reconhecer e, por isso, não O reconhecerem também a Ele.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 
Naquele tempo, dizia Jesus à multidão: «Quando vedes levantar-se uma nuvem no poente, logo dizeis: ‘Vem chuva’; e assim acontece. E quando sopra o vento sul, dizeis: ‘Vai fazer muito calor’; e assim sucede. Hipócritas, se sabeis discernir o aspeto da terra e do céu, porque não sabeis discernir o tempo presente? Porque não julgais por vós mesmos o que é justo?». E acrescentou: «Quando fores com o teu adversário ao magistrado, esforça-te por te entenderes com ele no caminho, para que ele não te arraste ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça e o oficial de justiça te meta na prisão. Eu te digo: Não sairás de lá, enquanto não pagares o último centavo».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.

Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

. ***********

AGENDA DO DIA

 

Pela tarde: Funeral no Cacheiro (hora indeterminada)

18.00 horas: Missa em Nisa

18.00 horas: Missa em Alpalhão.

 

 

************

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO

 

Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco, o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a nossa fragilidade humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação do mal.

Os governantes atarefam-se em dar as respostas possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada complexidade. Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa todos os domingos.

Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós, podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui, envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?» (Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua misericórdia, interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à missão, um convite a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma oportunidade de partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si. 

Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua disponibilidade diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai, foi enviado por Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A pessoa e a missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte e Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É assim que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão de Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes, as sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.

Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da salvação de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo, edificando a Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele que está próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir por esse mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode dissociar da oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário de quem acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas de todo o mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2020, que decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is 6,8).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco

 

P. S:

Na nossa Diocese, faremos uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões, associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que todos os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral procurem divulgar e  participar.


*************

Sem comentários:

Enviar um comentário