terça-feira, 20 de outubro de 2020

 


 

PARÓQUIAS DE NISA

 

 

Quarta, 21 de outubro de 2020

 

 

XXIX semana do tempo comum

 

 

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LITURGIA:

 

QUARTA-FEIRA da semana XXIX

Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha


L 1 Ef 3, 2-12; Sal Is 12, 2. 3 e 4bcd. 5-6
Ev Lc 12, 39-48

* Nos Irmãos das Escolas Cristãs – B. Nicolau Barré, presbítero, da Ordem dos Mínimos – MF
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – S. Gaspar del Búfalo, presbítero, Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Na Arquidiocese de Braga – I Vésp. de S. Martinho de Dume.
* Na Diocese da Guarda (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* Na Ordem de São Domingos – I Vésp. do aniversário da Dedicação das igrejas conventuais (nas igrejas em que se desconhece o dia da Dedicação).

 

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Missa

 

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Ef 3, 2-12
«Agora foi revelado o mistério de Cristo:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus»

S. Paulo foi o Apóstolo dos gentios, dos pagãos, dos que, não sendo judeus, não eram herdeiros das promessas feitas a Abraão e aos seus descendentes, o povo judeu. Mas, em Cristo, o mistério da salvação é revelado e comunicado aos que escutam a sua palavra e lhe respondem na fé. Todos estes serão também, pela fé, filhos de Abraão. S. Paulo sente-se feliz de ter sido escolhido por Deus para anunciar este mistério precisamente aos pagãos. Por isso, ele é justamente chamado “Apóstolo dos gentios”.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios


Irmãos: Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou a vosso favor: por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo, como já o apresentei sumariamente. Assim podeis compreender o conhecimento que tenho do mistério de Cristo. Nas gerações passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas: os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho. Deste Evangelho me tornei ministro, pelo dom da graça que Deus me concedeu pela força do seu poder. A mim, o último de todos os santos, foi concedida a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo e de manifestar a todos como se realiza o mistério escondido, desde toda a eternidade, em Deus, criador de todas as coisas. E agora é por meio da Igreja, que se dá a conhecer aos principados e potestades celestes a multiforme sabedoria de Deus, realizada, conforme o seu eterno desígnio, em Jesus Cristo, nosso Senhor. Assim, é pela fé em Cristo que podemos aproximar-nos de Deus com toda a confiança.

 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Is 12, 2.3 e 4bcd.5-6 (R. 3)
Refrão: Ireis com alegria às fontes da salvação. Repete-se
Ou: Das fontes da salvação, saciai-vos na alegria. Repete-se

Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação. Refrão

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo. Refrão

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião,
porque é grande no meio de vós o Santo de Israel. Refrão


ALELUIA Mt 24, 42a.44
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e estai preparados,
porque na hora em que não pensais
virá o Filho do homem. Refrão


EVANGELHO Lc 12, 39-48
«A quem muito foi dado, muito será exigido»


Continuam hoje as palavras de Jesus sobre a vigilância, sobretudo a dos responsáveis. A vigilância é atitude que toca a todos; mas sobretudo aos pastores do povo de Deus. Para eles, a vigilância consistirá em apascentar o rebanho, fazendo chegar a cada um o dom que Deus lhes colocou nas mãos para fielmente o distribuírem. Vigilância e fidelidade vêm juntos.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa. Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem». Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?». O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado. Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens. Mas se aquele servo disser consigo mesmo: ‘O meu senhor tarda em vir’; e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis. O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas. Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito acções que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.

Ou
Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

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AGENDA DO DIA

 

17.oo horas: Miss em Gáfete

18.00 horas: Missa em Tolosa

18.00 horas: Missa em Nisa

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A VOZ DO PASTOR

 

 

DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO

 

Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco, o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a nossa fragilidade humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação do mal.

Os governantes atarefam-se em dar as respostas possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada complexidade. Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a Missa todos os domingos.

Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós, podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui, envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?» (Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua misericórdia, interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à missão, um convite a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma oportunidade de partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si. 

Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua disponibilidade diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai, foi enviado por Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A pessoa e a missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte e Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É assim que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão de Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes, as sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.

Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da salvação de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo, edificando a Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele que está próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir por esse mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode dissociar da oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário de quem acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas de todo o mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2020, que decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is 6,8).

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco

 

P. S:

Na nossa Diocese, faremos uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo, Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões, associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que todos os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral procurem divulgar e  participar.

 

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