PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 19 de outubro de 2020
XXIX semana do
tempo comum
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LITURGIA:
SEGUNDA-FEIRA da semana XXIX
SS. João de Brébeuf e Isaac Jogues,
presbíteros,
e Companheiros, mártires – MF
S. Paulo da Cruz, presbítero – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ef 2, 1-10; Sal 99 (100), 2. 3. 4. 5
Ev Lc 12. 13-21
* Na Arquidiocese de Braga – S. Frutuoso, bispo de Braga – MO
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Pedro de
Alcântara, presbítero, da I Ordem – MO e MF
* Na Companhia de Jesus – SS. João de Brébeuf e Isaac Jogues, presbíteros, e
Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – S. Paulo da Cruz, Fundador da
Congregação – SOLENIDADE
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – B. Timóteo Giaccardo,
presbítero – MO
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 16,
6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ef 2, 1-10
«Restituiu-nos à vida com Cristo
e com Cristo nos fez sentar nos Céus»
É esta uma das mais belas páginas de S. Paulo: em Cristo, Deus fez de nós uma
criação nova: com Ele, fez-nos morrer para o pecado; com Ele, ressuscitou-nos
para uma vida nova; com Ele, elevou-nos ao Céu e sentou-nos junto de Si. E tudo
isto por dom completamente gratuito. Se o que nós agora fazemos em ordem à
nossa salvação é realmente nosso, é, antes de mais, dom de Deus.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Vós estáveis mortos pelas faltas e pecados em que vivestes outrora,
segundo o modo de ser deste mundo e obedecendo ao príncipe do mal que impera
nos ares, esse espírito que atua nos homens rebeldes. Todos nós, que também éramos
como eles, vivíamos antigamente submetidos aos desejos da nossa carne,
satisfazendo os caprichos dos instintos e da imaginação e sendo por natureza
filhos da ira, como os outros. Mas Deus, que é rico em misericórdia, pela
grande caridade com que nos amou, a nós, que estávamos mortos por causa dos
nossos pecados, restituiu-nos à vida com Cristo – é pela graça que fostes
salvos – e com Ele nos ressuscitou e com Ele nos fez sentar nos Céus. Assim
quis mostrar aos séculos futuros a abundante riqueza da sua graça e da sua
bondade para connosco, em Jesus Cristo. De facto, é pela graça que fostes
salvos, por meio da fé. A salvação não vem de vós: é dom de Deus. Não se deve
às obras: ninguém se pode gloriar. Na verdade, nós somos obra de Deus, criados
em Jesus Cristo, em vista das boas obras que Deus de antemão preparou, como
caminho que devemos seguir.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 99 (100), 2.3.4.5 (R. 3b)
Refrão: O Senhor nos criou, pertencemos
ao Senhor. Repete-se
Aclamai o Senhor, terra inteira,
servi o Senhor com alegria,
vinde a Ele com cânticos de júbilo. Refrão
Sabei que o Senhor é Deus,
Ele nos fez, a Ele pertencemos,
somos o seu povo, as ovelhas do seu rebanho. Refrão
Entrai pelas suas portas, dando graças,
penetrai em seus átrios com hinos de louvor,
glorificai-O, bendizei o seu nome. Refrão
Porque o Senhor é bom,
eterna é a sua misericórdia,
a sua fidelidade estende-se de geração em geração. Refrão
ALELUIA Mt 5, 3
Refrão: Aleluia. Repete-se
Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão
EVANGELHO Lc 12, 13-21
«O que preparaste, para quem será?»
A vida vale mais do que as coisas! É assim que, a partir de um caso concreto
que Lhe é apresentado, Jesus previne os seus discípulos contra o apego às
riquezas, e, por meio de uma pequena parábola, lembra como é frágil esta vida.
A lição é hoje tão oportuna como no tempo de Jesus, pois que somos hoje
solicitados, talvez como nunca, para a procura e uso dos bens materiais. O
Senhor nos ensina o equilíbrio que deve haver em relação a esses dons.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu
irmão que reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez
juiz ou árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes: «Vede bem,
guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância
dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O campo dum homem rico tinha produzido
excelente colheita. Ele pensou consigo: ‘Que hei-de fazer, pois não tenho onde
guardar a minha colheita? Vou fazer assim: Deitarei abaixo os meus celeiros
para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus bens.
Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens em depósito para
longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus respondeu-lhe:
‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que preparaste, para
quem será?’ Assim acontece a quem acumula para si, em vez de se tornar rico aos
olhos de Deus».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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AGENDA
DO DIA
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A
VOZ DO PASTOR
DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO
Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O
Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e
renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco,
o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e
furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e
desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a
remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos
todos. Tal como os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a
uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos
de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o
conseguiremos juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a
nossa fragilidade humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação
do mal.
Os governantes atarefam-se em dar as respostas
possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada complexidade.
Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus nos está a
dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da
Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos
a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem
perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à
distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que
precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe
de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos
mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na
qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade
e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A
impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos
partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a
Missa todos os domingos.
Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa
diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós,
podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui,
envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?»
(Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua
misericórdia, interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à
missão, um convite a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma
oportunidade de partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso
e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si.
Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso
encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua disponibilidade
diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai, foi enviado por
Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A pessoa e a
missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte e
Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um
de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse
movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna
seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal
para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É
assim que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão
de Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes,
as sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.
Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me
aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem
enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a
podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal
de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus
no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos
se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a
ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da
virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os
dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de
testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da
salvação de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo,
edificando a Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a
permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele
que está próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir
por esse mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode
dissociar da oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário
de quem acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas
de todo o mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões
2020, que decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is
6,8).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco
P. S:
Na nossa Diocese,
faremos uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo,
Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões,
associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que
todos os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral
procurem divulgar e participar.
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