PARÓQUIAS DE NISA
Terça, 20 de outubro de 2020
XXIX semana do
tempo comum
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LITURGIA:
TERÇA-FEIRA da semana XXIX
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ef 2, 12-22; Sal 84 (85), 9ab-10.
11-12. 13-14
Ev Lc 12, 35-38
* Na Ordem Agostiniana – S. Madalena de Nagasaki, virgem e mártir – MO
* Na Ordem Franciscana (III Ordem) – B. Contardo Ferrini, da III Ordem – MF
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. Caprásio, mártir – MF
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – Ofício e Missa
votivos do Sagrado Coração de Jesus.
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – I Vésp. de S.
Gaspar del Búfalo.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ef 2, 12-22
«Ele é a nossa paz, que fez de uns e outros um só povo»
Os gentios ou pagãos (às vezes, também se lhes chama «as nações»), são, na
Bíblia, os que ainda não pertencem ao povo de Deus, os que não conhecem a sua
Palavra ou vivem sem a fé e a esperança que essa Palavra nos dá. A última
revelação da Palavra de Deus é Jesus Cristo. Mas Jesus, ao realizar em Si as
promessas feitas aos Judeus, deu a vida por todos os homens, Judeus e não
Judeus, para fazer de todos eles o único povo de Deus, que é a Igreja. Ele faz
a união de todos os homens. Ele é, por isso, a Paz.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: No tempo em que éreis pagãos, vós estáveis sem Cristo, privados do
direito de cidadania em Israel e alheios às alianças da promessa divina, sem
esperança e sem Deus no mundo. Foi em Cristo Jesus que vós, outrora longe de
Deus, vos aproximastes d’Ele, graças ao sangue de Cristo. Cristo é, de facto, a
nossa paz. Foi Ele que fez de judeus e gregos um só povo e derrubou o muro da
inimizade que os separava, anulando, pela imolação do seu corpo, a Lei de
Moisés com as suas prescrições e decretos. E assim, de uns e outros, Ele fez em
Si próprio um só homem novo, estabelecendo a paz. Pela cruz reconciliou com
Deus uns e outros, reunidos num só Corpo, levando em Si próprio a morte à
inimizade. Cristo veio anunciar a boa nova da paz, paz para vós, que estáveis
longe, e paz para aqueles que estavam perto. Por Ele, uns e outros, podemos
aproximar-nos do Pai, num só Espírito. Por isso, já não sois estrangeiros nem
hóspedes, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus,
edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, que tem Cristo como
pedra angular. Em Cristo, toda a construção, bem ajustada, cresce para formar
um templo santo do Senhor; e em união com Ele, também vós sois integrados na
construção, para vos tornardes, no Espírito Santo, morada de Deus.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. cf. 9)
Refrão: O Senhor anuncia a paz ao seu
povo. Repete-se
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra. Refrão
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão
ALELUIA Lc 21, 36
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vigiai e orai em todo o tempo,
para vos apresentardes
sem temor diante do Filho do homem. Refrão
EVANGELHO Lc 12, 35-38
«Felizes os servos,
que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes»
Como na saída do Egipto o povo hebreu esteve de vigília, pronto a partir, assim
Jesus convida agora o novo povo de Deus a estar vigilante para ir ao seu
encontro, quando Ele vier na sua glória. Uma vez por ano, na Vigília Pascal, a
Igreja toma esta atitude de vigilância, na expectativa da vinda do Senhor. Mas
essa atitude, que então é celebrada como num símbolo, é a atitude de toda a
vida cristã em todos os momentos. Esta vida é, portanto, tempo de vigilância e
de alerta, e não tempo de adormecer. Neste sentido, adormece-se sempre que os
interesses terrenos nos impedem de estarmos vigilantes, na expectativa do
Senhor que vai chegar.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende os rins cingidos e as
lâmpadas acesas. Sede como homens que esperam o seu senhor voltar do casamento,
para lhe abrirem logo a porta, quando chegar e bater. Felizes esses servos, que
o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes. Em verdade vos digo: cingir-se-á e
mandará que se sentem à mesa e, passando diante deles, os servirá. Se vier à
meia-noite ou de madrugada felizes serão se assim os encontrar».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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AGENDA
DO DIA
10.00 horas: Reunião
arciprestal em Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
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A
VOZ DO PASTOR
DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO
Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O
Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e
renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco,
o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e
furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e
desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a
remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos
todos. Tal como os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a
uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos
de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o
conseguiremos juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a
nossa fragilidade humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação
do mal.
Os governantes atarefam-se em dar as respostas
possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada complexidade.
Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus nos está a
dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da
Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos
a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem
perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à
distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que
precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe
de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos
mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na
qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade
e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A
impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos
partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a
Missa todos os domingos.
Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa
diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós,
podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui,
envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?»
(Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua
misericórdia, interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à
missão, um convite a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma
oportunidade de partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso
e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si.
Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso
encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua disponibilidade
diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai, foi enviado por
Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A pessoa e a
missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte e
Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um
de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse
movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna
seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal
para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É
assim que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão
de Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes,
as sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.
Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me
aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem
enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a
podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal
de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus
no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos
se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a
ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da
virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os
dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de
testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da
salvação de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo,
edificando a Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a
permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele
que está próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir
por esse mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode
dissociar da oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário
de quem acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas
de todo o mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões
2020, que decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is
6,8).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco
P. S:
Na nossa Diocese,
faremos uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo,
Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões,
associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que todos
os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral procurem
divulgar e participar.
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