PARÓQUIAS DE NISA
Sábado, 24 de outubro de 2020
XXIX semana do
tempo comum
*****************
LITURGIA:
SÁBADO
da semana XXIX
Santa Maria no Sábado – MF
S. António Maria Claret, bispo – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha
L 1 Ef 4, 7-16; Sal 121 (122), 1-2. 3-4a.
4b-5
Ev Lc 13, 1-9
* Na Diocese de Beja (Beja) – S. Sisenando, diácono e mártir, Padroeiro
principal da cidade – SOLENIDADE
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição – Aniversário da fundação
da Congregação (1673).
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – S. António Maria
Claret, bispo, Fundador da Congregação – SOLENIDADE
* Na Congregação Salesiana – S. Luís Guanella, presbítero – MF
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – Dia de acção de graças pela fundação
da Sociedade.
* No Patriarcado de Lisboa (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja
Catedral.
* Na Congregação dos Sagrados Corações – I Vésp. do aniversário da Dedicação da
própria igreja, em todas as igrejas dedicadas da Congregação.
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – I Vésp. de Jesus Cristo,
Caminho, Verdade e Vida, Mestre e Pastor da Humanidade.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Missa
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
16, 6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ef 4, 7-16
«Cresceremos em tudo para Cristo, que é a Cabeça»
A comparação com o corpo para falar da Igreja e da união dos cristãos com
Cristo e entre si é própria de S. Paulo, e é-lhe muito querida. Ela é, de
facto, muito expressiva. Ela põe em relevo a união que existe entre Cristo e os
cristãos, e exprime, de maneira forte, como faz hoje esta passagem, que toda a
vida íntima da Igreja lhe vem de Deus por Cristo.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: A cada um de nós foi concedida a graça, na medida em que recebeu o dom
de Cristo. Por isso diz a Escritura: «Subiu às alturas, sujeitou um grupo de
cativos, concedeu dons aos homens». Que quer dizer «subiu», senão que também
desceu às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é o mesmo que subiu
acima de todos os céus, a fim de encher o universo. Foi Ele também que a uns
constituiu apóstolos, a outros evangelistas e a outros pastores e mestres, para
o aperfeiçoamento dos cristãos em ordem ao trabalho do ministério e à
edificação do Corpo de Cristo, até que cheguemos todos à unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem perfeito, à medida de Cristo
na sua plenitude. Assim, já não somos crianças inconstantes, levados ao sabor
de todas as correntes de doutrina, à mercê da maldade dos homens, da astúcia
com que induzem ao erro. Pelo contrário, praticando a verdade na caridade,
cresceremos em tudo para Cristo, que é a Cabeça. É por Ele que o corpo inteiro,
coordenado e unido por meio de todas as junturas, opera o seu crescimento orgânico,
segundo a atividade de cada uma das partes, a fim de se edificar na caridade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 121 (122), 1-2.3-4a.4b-5 (R. 1)
Refrão: Vamos com alegria para a casa do Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Alegrei-me quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor».
Detiveram-se os nossos passos
às tuas portas, Jerusalém. Refrão
Jerusalém, cidade bem edificada,
que forma tão belo conjunto!
Para lá sobem as tribos,
as tribos do Senhor. Refrão
Segundo o costume de Israel,
para celebrar o nome do Senhor;
ali estão os tribunais da justiça,
os tribunais da casa de David. Refrão
ALELUIA Ez 33, 11
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu não quero a morte do pecador, diz o Senhor,
mas que se converta e viva. Refrão
EVANGELHO Lc 13, 1-9
«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»
Jesus, aproveitando acontecimentos então recentes, exorta os seus ouvintes à
conversão; e por meio de uma breve parábola, convida-os a aproveitarem bem o
tempo que lhes resta para darem os frutos que o Senhor espera. Nós ligamos
facilmente a ideia de prémio ou de castigo aos acontecimentos que temos por
felizes ou infelizes. É um critério superficial. Primeiro, porque, felizes ou
infelizes, só aos olhos de Deus os acontecimentos podem ser assim julgados;
depois, porque a justiça de Deus não se aplica à maneira dos homens. Deus é
sempre amor, espera sempre a hora da conversão, e só esta conversão interior
liberta o homem de infelicidade.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de
certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus
respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus
eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se
não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens,
que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados
do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não
vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a
seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi
procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao
vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os
encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’
Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu,
entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar
frutos. Se não der, mandarás cortá-la».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
. ***********
AGENDA
DO DIA
15.00 horas: Missa em
Salavessa
16.00 horas: Missa em
Pé da Serra
16.00 horas: Missa no
Pardo
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Espírito Santo.
************
A
VOZ DO PASTOR
DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO
Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O
Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e
renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco,
o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e
furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e
desorientados mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a
remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos
todos. Tal como os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a
uma só voz, dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos
de que não podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o
conseguiremos juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a
nossa fragilidade humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação
do mal.
Os governantes atarefam-se em dar as respostas
possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada complexidade.
Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus nos está a
dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a missão da
Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento. Interpela-nos
a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si mesmo, de quem
perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida. Obrigados à
distância física e a permanecer em casa, somos convidados a redescobrir que
precisamos das relações sociais e também da relação comunitária com Deus. Longe
de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria tornar-nos
mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a oração, na
qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de amor, dignidade
e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a criação. A
impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a Eucaristia fez-nos
partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não podem celebrar a
Missa todos os domingos.
Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa
diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós,
podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui,
envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?»
(Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua
misericórdia, interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à
missão, um convite a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma
oportunidade de partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso
e fechado ao “eu” resoluto e renovado pelo dom de si.
Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso
encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua disponibilidade
diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai, foi enviado por
Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A pessoa e a
missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte e
Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um
de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse
movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna
seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal
para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É
assim que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão
de Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes,
as sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.
Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me
aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem
enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a
podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal
de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus
no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos
se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a
ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da
virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os
dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de
testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da
salvação de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo,
edificando a Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a
permanecer sem reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele
que está próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir
por esse mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode
dissociar da oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário
de quem acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas
de todo o mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões
2020, que decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is
6,8).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco
P. S:
Na nossa Diocese,
faremos uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo,
Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões,
associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que todos
os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral procurem
divulgar e participar.
*************
Sem comentários:
Enviar um comentário