PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 22 de outubro de 2020
XXIX semana do
tempo comum
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LITURGIA:
QUINTA-FEIRA da semana XXIX
S. João Paulo II, papa – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Ef 3, 14-21; Sal 32 (33), 1 e 3. 4-5. 11-12. 18-19
Ev Lc 12, 49-53
* Na Arquidiocese de Braga – S. Martinho de Dume, bispo de Braga, Padroeiro
principal da Arquidiocese – SOLENIDADE
* Na Diocese da Guarda – Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral. Na Sé –
SOLENIDADE; nas outras igrejas da Diocese – FESTA
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – B. Josefina Leroux, virgem e mártir, da II
Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – Aniversário da Dedicação das igrejas conventuais
(nas igrejas em que se desconhece o dia da Dedicação) – SOLENIDADE
Missa
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 16,
6.8.9
Respondei-me, Senhor, quando Vos invoco,
ouvi a minha voz, escutai as minhas palavras.
Guardai-me dos meus inimigos, Senhor.
Protegei-me à sombra das vossas asas.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
dai-nos a graça de consagrarmos sempre ao vosso serviço
a dedicação da nossa vontade
e a sinceridade do nosso coração.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Ef 3, 14-21
«Profundamente enraizados na caridade,
sejais totalmente saciados na plenitude de Deus»
Quem é Jesus Cristo e qual o lugar que Ele ocupa na vida dos cristãos é um
mistério, no qual, pouco a pouco se vai penetrando sob a ação do Espírito de
Deus. Conhecer, cada vez mais, esse mistério é uma grande graça, que
insistentemente havemos de pedir, como S. Paulo hoje o faz para aqueles que
evangelizou.
Leitura da
Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos: Eu dobro os joelhos diante do Pai, de quem recebe o nome toda a
paternidade nos céus e na terra, para que Se digne, segundo as riquezas da sua
glória, armar-vos poderosamente pelo seu Espírito, para que se fortifique em
vós o homem interior e Cristo habite pela fé em vossos corações. Assim,
profundamente enraizados na caridade, podereis compreender, com todos os
santos, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo,
que ultrapassa todo o conhecimento, para que sejais totalmente saciados na
plenitude de Deus. Àquele que, pela sua virtude que atua em nós, pode fazer
infinitamente mais do que possamos pedir ou imaginar, a Ele a glória, na Igreja
e em Jesus Cristo, em todas as gerações, pelos séculos dos séculos. Amen.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 32 (33), 1 e 3.4-5.11-12.18-19 (R. 5b)
Refrão: A bondade do Senhor encheu a
terra. Repete-se
Justos, aclamai o Senhor,
os corações retos devem louvá-l’O.
Cantai-Lhe um cântico novo,
cantai-Lhe com arte e com alma. Refrão
A palavra do Senhor é reta,
da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a retidão:
a terra está cheia da bondade do Senhor. Refrão
O plano do Senhor permanece eternamente
e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança. Refrão
Os olhos do Senhor estão voltados para os que O temem,
para os que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas
e os alimentar no tempo da fome. Refrão
ALELUIA Filip 3, 8-9
Refrão: Aleluia. Repete-se
Considero todas as coisas como prejuízo,
para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar. Refrão
EVANGELHO Lc 12, 49-53
«Não vim trazer a paz, mas a divisão»
Há dias, S. Paulo dava a Jesus o nome de Paz. Hoje, é o próprio Senhor que diz
que não veio estabelecer a paz. É preciso que entendamos a maneira forte, muito
ao gosto dos Evangelhos, de apresentar certas ideias fundamentais da doutrina
de Jesus. Ele veio como fogo para iluminar e abrasar; mas, entre aqueles que O
acolhem e aqueles que recusam recebê-l’O, Jesus será ocasião de divisão e
desavença.
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à terra e
que quero Eu senão que ele se acenda? Tenho de receber um batismo e estou
ansioso até que ele se realize. Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra?
Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão. A partir de agora, estarão cinco
divididos numa casa: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos o
pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha
contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que possamos servir ao vosso altar
com plena liberdade de espírito,
para que estes mistérios que celebramos
nos purifiquem de todo o pecado.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 32, 18-19
O Senhor vela sobre os seus fiéis,
sobre aqueles que esperam na sua bondade,
para libertar da morte as suas almas,
para os alimentar no tempo da fome.
Ou Mc 10, 45
O Filho do homem veio ao mundo para dar a vida pela redenção dos homens.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Senhor, que a participação nos mistérios celestes
nos faça progredir na santidade, nos obtenha as graças temporais
e nos confirme nos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo
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AGENDA
DO DIA
12.15 horas: Funeral em Nisa
18.00 horas: Missa em
Nisa
21.00 horas: Adoração
ao Santíssimo na igreja do Espírito Santo
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A
VOZ DO PASTOR
DO “EU” MEDROSO AO “EU” RENOVADO
Mais um Dia Mundial que nos interpela e desafia! O
Papa Francisco exorta-nos a passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” resoluto e
renovado. Na sua Mensagem para este Dia Mundial das Missões, da qual faço eco,
o Papa refere que fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e
furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados
mas, ao mesmo tempo, importantes e necessários: todos chamados a remar juntos,
todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como
os discípulos que, na tempestade do mar da Galileia, falando a uma só voz,
dizem angustiados “vamos perecer”, assim também nós nos apercebemos de que não
podemos continuar a estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos
juntos. E se o sofrimento e a morte nos fazem experimentar a nossa fragilidade
humana, todos temos um forte desejo de vida e de libertação do mal.
Os governantes atarefam-se em dar as respostas
possíveis às preocupações e dores dos povos, que são muitas e de variada
complexidade. Por sua vez, Francisco refere que a compreensão daquilo que Deus
nos está a dizer nestes tempos de pandemia torna-se um desafio também para a
missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, o isolamento.
Interpela-nos a pobreza de quem morre sozinho, de quem está abandonado a si
mesmo, de quem perde o emprego e o salário, de quem não tem abrigo e comida.
Obrigados à distância física e a permanecer em casa, somos convidados a
redescobrir que precisamos das relações sociais e também da relação comunitária
com Deus. Longe de aumentar a desconfiança e a indiferença, esta condição deveria
tornar-nos mais atentos à nossa maneira de nos relacionarmos com os outros. E a
oração, na qual Deus toca e move o nosso coração, abre-nos às carências de
amor, dignidade e liberdade dos nossos irmãos, bem como ao cuidado por toda a
criação. A impossibilidade de nos reunirmos como Igreja para celebrar a
Eucaristia fez-nos partilhar a condição de muitas comunidades cristãs que não
podem celebrar a Missa todos os domingos.
Atormentados com a pandemia do covid-19, o Papa
diz-nos que o caminho missionário de toda a Igreja, de cada um de nós,
podê-lo-emos encontrar na narração da vocação de Isaías: «Eis-me aqui,
envia-me». É a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem enviarei?»
(Is 6, 8). Esta interpelação brota do coração de Deus, da sua misericórdia,
interpela quer a Igreja quer a humanidade. É um chamamento à missão, um convite
a sairmos de nós mesmos por amor a Deus e ao próximo, é uma oportunidade de
partilha, de serviço, de intercessão, passando do “eu” medroso e fechado ao
“eu” resoluto e renovado pelo dom de si.
Deus que nos criou, amou-nos primeiro e veio ao nosso
encontro. Jesus, em obediência à vontade do Pai, manifestou a sua
disponibilidade diante do Pai: “Eis-Me aqui, envia-Me”. É o Missionário do Pai,
foi enviado por Ele por amor aos homens, a quem criou, amou e se fez próximo. A
pessoa e a missão de Jesus, desde a Encarnação e vida empenhada até à sua Morte
e Ressurreição, manifestam esse amor e misericórdia de Deus por todos e cada um
de nós, um amor sempre em saída de Si próprio para nos dar a vida. Nesse
movimento de amor, Jesus atrai-nos com o seu próprio Espírito que nos torna
seus discípulos, anima toda a Igreja e pede a nossa disponibilidade pessoal
para, saindo também de nós mesmos, nos enviar em missão por toda a parte. É assim
que a Igreja se torna Igreja em saída, prolongando na história a missão de
Jesus qual missionário do amor do Pai a transformar os corações e as mentes, as
sociedades e as culturas, em todo o tempo e lugar.
Por isso, a disponibilidade de cada um, o «Eis-me
aqui, envia-me», é a resposta, sempre nova, à pergunta do Senhor: «Quem
enviarei?». Esta resposta livre e consciente ao chamamento de Deus, porém, só a
podemos sentir e dar, sem fugas ou desculpas, se vivermos numa relação pessoal
de amor com Jesus vivo na sua Igreja. Só assim se conseguirá responder a Deus
no hoje da Igreja e da história. Por isso, Francisco pede que nos perguntemos
se estamos prontos a acolher a presença do Espírito Santo na nossa vida, a
ouvir o chamamento à missão, quer no caminho do matrimónio, quer no da
virgindade consagrada ou do sacerdócio ordenado, quer na vida comum de todos os
dias. Se estamos dispostos a ser enviados para qualquer lugar a fim de
testemunhar a nossa fé em Deus Pai misericordioso, a proclamar o Evangelho da salvação
de Jesus Cristo, a partilhar a vida divina do Espírito Santo, edificando a
Igreja. Se, como Maria, a Mãe de Jesus, estamos prontos a permanecer sem
reservas ao serviço da vontade de Deus, umas vezes junto daquele que está
próximo, seja familiar, vizinho, ou o bem comum, outras vezes a partir por esse
mundo adentro ao encontro de quem precisa. A resposta não se pode dissociar da
oração, da reflexão e da partilha, ajudando o trabalho missionário de quem
acode às necessidades espirituais e materiais dos povos e das Igrejas de todo o
mundo (cf. Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2020, que
decorre em 10 de outubro e se intitula “Eis-me aqui, envia-me”, Is 6,8).
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco
P. S:
Na nossa Diocese, faremos
uma vigília de oração a partir das paróquias do Rossio ao Sul do Tejo,
Abrantes, às 21,30 horas de sábado, dia 17, véspera do Dia Mundial das Missões,
associando-nos a uma iniciativa do Movimento dos Cursilhos de Cristandade. Que
todos os Secretariados Diocesanos, os Movimentos e Serviços da Pastoral
procurem divulgar e participar.
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