PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta,
02 de agosto de 2019
Sexta da XVII semana do tempo comum
Ofício da memória
SEXTA-FEIRA
da semana XVII
S. Eusébio de Vercelas, bispo – MF
S. Pedro Juliano Eymard, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.
L 1 Lev 23, 1. 14-11. 15-16. 27. 34b-37; Sal 80 (81), 2-4. 5-6ab.10-11ab
Ev Mt 13, 54-58
* Na Ordem Agostiniana – B. João de Rieti, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana – Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula – FESTA; no convento dos Anjos (Porto) – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – B. Joana, mãe de S. Domingos – MF
* Na Companhia de Jesus – B. Pedro Fabro, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Na Congregação Salesiana – B. Augusto Czartoryski, presbítero – MF
S. Pedro Juliano Eymard, presbítero – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha.
L 1 Lev 23, 1. 14-11. 15-16. 27. 34b-37; Sal 80 (81), 2-4. 5-6ab.10-11ab
Ev Mt 13, 54-58
* Na Ordem Agostiniana – B. João de Rieti, religioso – MF
* Na Ordem Franciscana – Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula – FESTA; no convento dos Anjos (Porto) – SOLENIDADE
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula – FESTA
* Na Ordem de São Domingos – B. Joana, mãe de S. Domingos – MF
* Na Companhia de Jesus – B. Pedro Fabro, presbítero – MF
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Ofício e Missa votivos da Paixão.
* Na Congregação Salesiana – B. Augusto Czartoryski, presbítero – MF
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 67,
6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Lev 23, 1.4-11.15-16.27.34b-37
«As solenidades do Senhor, as assembleias sagradas
para as quais convocareis os filhos de Israel»
Leitura do Livro do Levítico
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Lev 23, 1.4-11.15-16.27.34b-37
«As solenidades do Senhor, as assembleias sagradas
para as quais convocareis os filhos de Israel»
Leitura do Livro do Levítico
O Senhor falou a Moisés, dizendo: «São estas as solenidades do Senhor, as assembleias sagradas, para as quais, no tempo devido, convocareis os filhos de Israel: No dia catorze do primeiro mês, ao entardecer, é a Páscoa do Senhor; e no dia quinze desse mês, é a Festa dos Pães Ázimos em honra do Senhor. Durante sete dias comereis pães ázimos. No primeiro dia reunireis uma assembleia sagrada: não fareis qualquer trabalho servil. Durante sete dias apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. No sétimo dia reunireis uma assembleia sagrada: Não fareis qualquer trabalho servil». O Senhor falou ainda a Moisés, dizendo: «Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Quando tiverdes entrado na terra que vos darei e aí ceifardes as searas, levareis ao sacerdote um molho de espigas, como primícias da vossa colheita. O sacerdote oferecê-lo-á ao Senhor com o gesto da apresentação, para que Ele vos seja favorável. Esta apresentação será feita no dia a seguir ao sábado. A partir do dia a seguir ao sábado, em que tiverdes trazido o molho de espigas para a apresentação, contareis sete semanas completas. Até ao dia a seguir ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias e apresentareis ao Senhor uma oferenda da nova colheita. No dia dez do sétimo mês, é o dia das Expiações. Reunireis uma assembleia sagrada: fareis penitência e apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. A partir do dia quinze deste sétimo mês, durante sete dias, é a Festa das Tendas em honra do Senhor. No primeiro dia reunireis uma assembleia sagrada: não fareis qualquer trabalho servil. Durante sete dias, apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. No oitavo dia reunireis uma assembleia sagrada: apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. É o dia da última assembleia: não fareis qualquer trabalho servil. São estas as solenidades do Senhor, nas quais reunireis assembleias sagradas, para oferecer ao Senhor oferendas passadas pelo fogo, holocaustos, oblações, sacrifícios e libações, segundo o ritual próprio de cada dia’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 80 (81), 2-4.5-6ab.10-11ab (R. 2a)
Refrão: Alegrai-vos em Deus, que é o nosso auxílio. Repete-se
Ou: Aclamai a Deus, nossa força. Repete-se
Aclamai a Deus, nossa força,
aplaudi ao Deus de Jacob.
Fazei ressoar a trombeta na lua nova
e na lua cheia, dia da nossa festa. Refrão
É uma obrigação para Israel,
é um preceito do Deus de Jacob,
lei que Ele impôs a José,
quando saiu da terra do Egipto. Refrão
«Não terás contigo um deus alheio,
nem adorarás divindades estranhas.
Eu, o Senhor, sou o teu Deus,
que te fiz sair da terra do Egipto». Refrão
ALELUIA 1 Pedro 1, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 54-58
«Não é Ele o filho do carpinteiro? Donde Lhe vem tudo isto?»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto?». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
« Quando tiveres de
escolher entre dois caminhos, pergunta-te qual deles tem coração».
Poppol-Vuh
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Lev 23, 1.4-11.15-16.27.34b-37: Na
continuação da leitura da história da salvação no tempo do Antigo Testamento,
são hoje enumeradas as solenidades que marcam o ritmo do ano: a Páscoa e os
Ázimos, na Primavera; a festa das semanas (Pentecostes); e, no Outono, o Dia da
Expiação e a Festa dos Tabernáculos. As solenidades evocam a memória de certos
acontecimentos especialmente importantes na história da salvação, ao mesmo
tempo que são ocasião para renovar a aliança entre Deus e o seu povo.
Mt 13, 54-58: A fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no seu tempo e tão junto de si. Se através dos sinais se não vai até à significação dos mesmos, não se chega à fé, mas apenas ao aspecto material da experiência.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
17h00: Adoração ao Santíssimo em Alpalhão
18h00: Missa em Alpalhão
18h00: Missa em Nisa
A VOZ DO PASTOR
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA
Todos os anos os fogos florestais
atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de
Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos
de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição,
incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil
imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento,
quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e
impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos
Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de
forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho
desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as
Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de
angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a
comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às
famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas
Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das
necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está
incluída a recolha de donativos através da
conta
bancária - IBAN: PT50.0036.0057.99100143379.08
para a qual deverão ser canalizados
todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o
desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas
em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível
afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades
paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou
catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de
sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão
concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a
rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e
grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a
Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que
a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça
encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na
caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.
Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de
Portalegre-Castelo Branco.
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DESPORTO: UM SINAL DOS TEMPOS COM
VALOR DE FESTA
A
vida é um jogo! Um jogo muito mal jogado logo por Adão e Eva. Se vivessem hoje,
não sabemos se eles usariam o sistema tático 4-4-2 ou o
3-5-2
ou qualquer outro dos reconhecidos pela FIFA. Não sabemos
de que club é que eles seriam; se iriam sentir-se pressionados por alguma
claque ou injustiçados por algum árbitro; se contestariam o vídeo-árbitro e se
gostariam de tanta fartura de futebol em debates tão inflamados nas televisões.
O que sabemos é que não cumpriram as regras do jogo e nenhum quis assumir as
responsabilidades. Por isso, embora com a promessa de novos tempos e sem
assaltos à academia, foram expulsos do relvado – um relvado belo como um
jardim! -, que passou a ser guardado por querubins e espada flamejante (cf. Gn
3).
Se
a vida é um jogo, o jogo é desporto e desporto “é uma atividade física em
movimento, individual ou em grupo, de caráter lúdico e competitivo, codificada
mediante um sistema de regras, que gera uma prestação confortável com outras em
condições de iguais oportunidades”. Existe desde o alvorecer da história. É um
fenómeno civilizacional, permeia os estilos e as opções de vida de muita gente.
Faz parte da sociedade e participa nas suas dinâmicas. Ultrapassa as fronteiras
nacionais e a diversidade das culturas. É global, tem alcance planetário, está
no coração de toda a humanidade e também no coração de toda a Igreja.
O
Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, publicou um documento
interessante sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. Tem por
título “Dar o melhor de si”. Pretende falar “a todos aqueles que amam e
promovem o desporto, quer sejam atletas, professores, treinadores, pais ou pessoas
para quem o desporto é uma profissão ou uma vocação”. Aborda “quer as grandes
oportunidades e possibilidades que o desporto oferece, quer os riscos, as
ameaças e os desafios que ele nos apresenta”. O Papa Francisco, a propósito do
Documento, enviou uma mensagem em que realça o desporto como lugar de encontro,
veículo de formação e meio de missão e santificação: “Numa cultura dominada
pelo individualismo e pelo descarte das gerações mais jovens e dos mais idosos,
o desporto é um âmbito privilegiado em torno do qual as pessoas se encontram
sem distinção de raça, sexo, religião ou ideologia e onde podemos experimentar
a alegria de competir para juntos alcançar uma meta”.
A
Igreja, com a sua presença organizada e institucional no sistema desportivo,
segue o desporto e procura ajudar a promovê-lo do ponto de vista institucional,
pastoral e cultural. Em vários países, existem, há mais de um século,
associações e sociedades desportivas eclesiais, plenamente envolvidas nos
eventos desportivos de caráter local e nacional. Várias Conferências Episcopais
colaboram de perto com associações desportivas nacionais e internacionais. A
par da ação de muitos leigos neste campo, há numerosos sacerdotes que estão
empenhados em grupos desportivos paroquiais e associações desportivas amadoras
ou que prestam serviço como capelães em sociedades desportivas profissionais ou
nos Jogos Olímpicos. São belos sinais de uma Igreja em saída!...
São
Paulo usava metáforas desportivas para explicar a vida dos cristãos aos
gentios. Pensadores cristãos dos primeiros tempos, também pensaram na vida
cristã como um desafio competitivo e opunham-se, com determinação, a certas
ideologias que desvalorizavam o corpo em nome de uma mal-entendida exaltação do
espírito. São Tomás de Aquino escreveu sobre o valor dos jogos e a importância
de as pessoas dedicarem tempo ao recreio e aos jogos. Os humanistas do
Renascimento e os primeiros jesuítas, no seguimento de São Tomás, acentuaram a
importância de haver tempo para o jogo e o recreio no percurso escolar, e assim
se foi incluindo nas instituições escolares do ocidente. A revolução
industrial, as suas mudanças sociais, políticas e económicas ofereceram
condições para favorecer a origem, difusão e afirmação do desporto moderno a
nível global. Os meios de comunicação social sempre foram incansáveis na sua
difusão. A luta constante pela sua autonomia com a redescoberta das ideias
pedagógicas da antiga Grécia, fizeram com que as atividades físicas fossem
ganhando cada vez mais estatuto nos percursos da educação, também para promover
o reconhecimento da igualdade entre as pessoas e formar para a democracia.
Fazer um programa pedagógico global para educar os jovens de todo o mundo,
educando para a paz, a democracia, a cultura do encontro e a busca da perfeição
humana foi o sonho de Pierre de Coubertin, no fim do século XIX. Foi ele que,
sob o lema “citius, altius, fortius” (mais veloz, mais alto, mais forte), levou
a cabo a primeira edição das Olimpíadas, a primeira com êxito e reconhecimento
internacional, não só com intuito desportivo e competitivo, mas também para
celebrar a nobreza e a beleza da humanidade.
Em
1904, São Pio X, fazendo abrir a boca ao mundo mais puritano, acolheu um
espetáculo juvenil de ginástica no Vaticano. Tal iniciativa parece que foi
areia demais para a cabeça de alguns membros da Cúria romana que, mostrando-se
escandalizados, logo um casquinou: “Onde é que nós vamos parar?”. Ao que o Papa
terá respondido: “Ao paraíso, meu caro, ao paraíso!”.
Pio
XII abriu fortemente o diálogo entre a Igreja e o mundo desportivo. Paulo VI,
na mesma linha, reconhecendo a universalidade da experiência do desporto, a sua
força comunicativa e simbólica e as suas grandes potencialidades educativas e
formativas, interrogava: “Como poderia a Igreja desinteressar-se dele?”
São
João Paulo II via o desporto como “um dos fenómenos típicos da modernidade,
quase um ‘sinal dos tempos’ capaz de interpretar novas exigências e novas
expectativas da humanidade”. Apoiou sempre o desporto e abriu, na Santa Sé, um
departamento dedicado ao desporto. Ele acreditava que a Igreja “deve estar na
linha da frente para elaborar uma pastoral do desporto adequada às necessidades
dos desportistas e, sobretudo, para promover um desporto que crie as condições
necessárias a uma vida rica de esperança”. Bento XVI olhou para o desporto como
um moderno pátio dos gentios e um areópago onde anunciar o Evangelho, um
ginásio de vida em que as virtudes podem ser interiorizadas e feitas próprias,
em que é possível encontrar-se com o que é belo, bom e verdadeiro, em que é
possível testemunhar a alegria de viver e conferir plenitude à experiência
desportiva.
Porque
vai começar uma nova época desportiva, e atendendo à importância deste
Documento do Dicastério, voltarei a ele, desejando que todo o desporto fomente
a sua dimensão de festa e descubra os valores e a moral que o possam ajudar a
enfrentar as problemáticas que o afligem, nomeadamente “o doping, a corrupção,
a violência dos adeptos e a comercialização desenfreada que avilta a alma do
desporto”.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 26-07-2019.
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