sexta-feira, 23 de agosto de 2019





PARÓQUIAS DE NISA

Sábado, 24 de agosto de 2019








Sábado da XX semana do tempo comum



Ofício da memória



SÁBADO da semana XX

S. Bartolomeu, Apóstolo – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos Apóstolos.

L 1 Ap 21, 9b-14; Sal 144 (145), 10-11. 12-13. 17-18
Ev Jo 1, 45-51

* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.



S. BARTOLOMEU, Apóstolo


Nota Histórica
Nasceu em Caná. O apóstolo Filipe conduziu o a Jesus. Diz a tradição que depois da ascensão do Senhor pregou o Evangelho na Índia e aí recebeu a coroa do martírio.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 95, 2.3
Anunciai em toda a terra a salvação de Deus,
proclamai entre os povos a sua glória.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, fortalecei em nós a fé
pela qual o apóstolo São Bartolomeu
se consagrou de coração sincero a Cristo vosso Filho
e concedei, por sua intercessão, que a vossa Igreja
seja o sacramento de salvação para todos os povos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I
Ap 21, 9b-14
«Na muralha da cidade estavam escritos os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro»

Leitura do Apocalipse de São João

O Anjo falou-me, dizendo:
«Vou mostrar-te a noiva, a esposa do Cordeiro».
Transportou-me em espírito
ao cimo de uma alta montanha
e mostrou-me a cidade santa de Jerusalém,
que descia do Céu, da presença de Deus,
resplandecente da glória de Deus.
O seu esplendor era como o de uma pedra preciosíssima,
como uma pedra de jaspe cristalino.
Tinha uma grande e alta muralha,
com doze portas e, junto delas, doze Anjos;
tinha também nomes gravados,
os nomes das doze tribos dos filhos de Israel:
três portas ao oriente, três portas ao norte,
três portas ao sul e três portas ao ocidente.
A muralha da cidade tinha na base doze reforços salientes
e neles doze nomes: os dos doze Apóstolos do Cordeiro.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 144 (145), 10-11.12-13.17-18 (R. cf. 12a)
Refrão: Aqueles que Vos amam, Senhor,
proclamem a glória do vosso reino.

Graças Vos deem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino
e anunciem os vossos feitos gloriosos;

Para darem a conhecer aos homens o vosso poder,
a glória e o esplendor do vosso reino.
O vosso reino é um reino eterno,
o vosso domínio estende-se por todas as gerações.

O Senhor é justo em todos os seus caminhos,
perfeito em todas as suas obras.
O Senhor está perto de quantos O invocam,
de quantos O invocam em verdade.

ALELUIA cf. Jo 1, 49b
Refrão: Aleluia. Repete-se

Senhor, Vós sois o Filho de Deus,
Vós sois o Rei de Israel. Refrão


EVANGELHO Jo 1, 45-51
«Eis um verdadeiro israelita, em quem não há fingimento»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
Filipe encontrou Natanael e disse-lhe:
«Encontrámos Aquele de quem está escrito na Lei de Moisés
e nos Profetas.
É Jesus de Nazaré, filho de José».
Disse-lhe Natanael:
«De Nazaré pode vir alguma coisa boa?».
Filipe respondeu-lhe: «Vem ver».
Jesus viu Natanael, que vinha ao seu encontro, e disse:
«Eis um verdadeiro israelita,
em quem não há fingimento».
Perguntou-lhe Natanael: «De onde me conheces?».
Jesus respondeu-lhe:
«Antes que Filipe te chamasse,
Eu vi-te quando estavas debaixo da figueira».
Disse-lhe Natanael:
«Mestre, Tu és o Filho de Deus,
Tu és o Rei de Israel!».
Jesus respondeu:
«Porque te disse: ‘Eu vi-te debaixo da figueira’, acreditas.
Verás coisas maiores do que estas».
E acrescentou:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Vereis o Céu aberto
e os Anjos de Deus subindo e descendo
sobre o Filho do homem».
 
Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, este sacrifício de louvor,
ao celebrarmos a festa do apóstolo São Bartolomeu,
e concedei-nos, por sua intercessão, o auxílio da vossa graça.
Por Nosso Senhor.


Prefácio dos Apóstolos I ou II


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 22, 29-30
Preparei para vós um reino, diz o Senhor,
como o Pai o preparou para Mim:
comereis e bebereis à minha mesa no meu reino.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos suplicamos, Senhor,
que o penhor de salvação eterna
que recebemos neste sacramento
ao celebrar a festa do apóstolo São Bartolomeu,
nos fortaleça na vida presente e nos conduza à glória futura.
Por Nosso Senhor.




«Onde está Deus? Está no coração de quem faz a pergunta».

Júlio Labké



ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA

09.00 horas: Funeral em Alpalhão
11.00 horas: Casamento em Nisa
15.00 horas: Missa em Salavessa
15.00 horas: Missa Na Falagueira
16.00 horas: Missa no Monte Claro
16.30 horas: Missa mo Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa






A VOZ DO PASTOR


O DESPORTO NA PEDALADA DE SANTA MARTA

Quando os animais falavam e as galinhas tinham dentes, há muito muito tempo, também andei por lá, por essa Betânia do Lima que se dá pelo nome de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo. A vida, porém, vai-se mudando, vai exigindo novas respostas e novas formas de estar e de participar no bem comum. Obriga-nos a mudar de rumo e a entrar por ele adentro, renunciando a isto e àquilo para se poder assumir outros afazeres e por outros lugares. O gosto pelo desporto, porém, é sempre uma constante para crianças, adolescentes e jovens. Não só para esses, claro, mas sobretudo para esses. Em Seminários por onde passei, ia pertencendo, de quando em vez e à falta de melhor, como defesa central, à equipa selecionada para enfrentar outras. O voleibol, os jogos da bandeira e do beto, também os íamos saboreando, fosse com o gosto de participar fosse sob a obrigação de ter de girar. Porque não havia Asa delta, Balonismo, Parapente, Para-quedismo, Slide, Kitesurf, Alpinismo, Rapel ou outros desportos mais radicais, no tempo de canícula e de dores de barriga em época de exames, tínhamos o raquetebol, assim lhe chamávamos. Uns campitos cheios de obstáculos, mais ou menos aprimorados, construídos no chão debaixo das árvores do recreio, segundo o gosto e a habilidade de cada equipa. Jogava-se com uma pequena bola e uma espécie de raquete. Havia craques na matéria, podem crer. O ping-pong, as damas e o xadrez eram sobretudo para os tempos de chuva ou nos recreios da noite. Cartas para sueca e afins, acho que não existiam.

 Quando fui Pároco em Santa Marta de Portuzelo, Viana do Castelo, com a vontade de que agora é que vai ser, a realidade local, em estruturas desportivas, e até noutras de serviço à pastoral, não estava muito famosa e sentia-se a falta. Então, surgiu uma oportunidade a que a Paróquia, com o entusiasmo e a colaboração de tantos e tantas de boa vontade, deitou a mão. Conseguiu adquirir um espaço, desde já com condições para muita coisa, mas com a possibilidade de ir criando outras. E lá se foi sonhando, construindo e dando resposta, na medida do possível e das patacas disponíveis. Perante o que muito se ia fazendo com perseverança, entusiasmo e ajuda de todos, tudo, sobretudo para os mais novos, era sempre pouco e muito devagar. A rapaziada, e talvez seja essa uma das suas grandes virtudes, tem sempre pressa, quase nunca tem tempo nem paciência para avaliar as dificuldades de momento e as forças adversas, tudo lhe parece fácil e linear: às vezes têm razão! Nessa idade, não raro, pensa-se dominado por duas ilusões subjacentes: a de que os mais velhos nunca foram jovens, nunca foram capazes de sonhar como eles, e a de que eles, os mais novos, nunca chegarão a velhos. Mesmo que seja o sonho a comandar a vida, o tempo, e as vergastadas que o tempo sabe dar, a todos vai convertendo à realidade e às parcimónias do próprio tempo... Pior será se os jovens se deixarem morrer aos 18, 19 ou 20 anos, para serem enterrados apenas aos 80 ou 90 anos, isto é, se deixarem de sonhar e de fazer barulho, não tendo coragem para saltar do sofá e porem a render os seus talentos, competências e criatividade, como verdadeiros protagonistas na construção de uma sociedade mais justa, mais humana e fraterna, mesmo quando feridos por incompreensões, discriminações e injustiças. Desistir, afogar-se no mundo digital ou amuar frente às dificuldades, não resulta, empobrece, isola no egoísmo, traz maleitas sem conta...

Uma das coisas que constatei, de imediato, quando cheguei àquela terra e por lá deambulava, foi o entusiasmo de um avô, o Sr. Barros, o do seu filho, o Sr. Eduardo Churchill, e o dos seus netos, Ana e António Barros. Eram uns apaixonados pelo ciclismo, sabiam e manifestavam isso, mesmo quando abordavam o assunto, com amigos, lá no célebre buraco de sua casa à volta de uns copitos sociáveis de suprema qualidade. Treinavam, participavam em provas e corridas, chamavam a atenção, era bonito e eu admirava! À medida que nos fomos conhecendo e conversando, achamos por bem dar um pouco mais de estrutura àquela paixão familiar que, trepando cada vez mais com mais entusiasmo, já ia contagiando outros e outros e mais outros. E assim, com tempo e em tempo, resolveu-se, de comum acordo, integrar a Equipa no Centro Paroquial agora adquirido, onde também se construiu um campo de futebol e outras coisas se foram e se tem construído ao longo dos tempos, e bem! Graças a esta família, a outros que se foram ajuntando na pedalada, e a muitos outros que, sem pedalar, deram as mãos neste projeto, a modalidade foi singrando. Era e é um desporto caro que exigia patrocínios, estímulo e muita dedicação. As bicicletas, quanto mais leves, mais caras eram e eram precisas. Quando havia provas, quase sempre longe, era preciso quem emprestasse os carros, transportasse e acompanhasse os corredores e o staff necessário, o que sempre acontecia com invasão aos bolsos dos mais carolas, sempre generosos e prestáveis. Estou a lembrar-me de tantos nomes que só não cito porque posso falhar algum e não seria bonito da minha parte. A primeira bicicleta que este Grupo Desportivo do Centro Paroquial de Santa Marta de Portuzelo comprou acho que, por conveniência, tenho disso uma vaga ideia, ficou registada em meu nome, mas era do grupo. Uma vez ou outra, acompanhei os responsáveis ao Palácio dos Desportos, ao Porto. De resto, tudo era com eles, eu apenas estimulava, manifestava proximidade e permanecia unido nos momentos bons e menos bons. Hoje, pelo jornal da Paróquia, vou acompanhando, talvez que já sejam os filhos daqueles netos, mas vou constatando que os fãs e a garra continuam, alegrando-me com isso, torcendo por todos.

O Grupo era constituído por uma equipa masculina e outra feminina, inscrito e acarinhado pela Federação Portuguesa de Ciclismo. E tal foi a dedicação que, para além da diversidade das provas em que participavam, a Equipa masculina chegou a correr na Volta a Portugal em bicicleta, sendo mais conhecida pelos patrocinadores da altura. Corria com o nome de Tensai/Santa Marta/ Mundial Confiança. Algum dos leitores com certeza que ainda se devem lembrar. Marco Chagas, grande ciclista no seu tempo e um dos melhores de sempre no panorama nacional, hoje comentador televiso nessa área, foi seu técnico. Na parte feminina, um pouco novidade, destacava-se a Anita, a Ana Barros, que sempre dava o melhor de si nas diversas provas, fora e dentro da terra. Em 1992, Ana Barros foi chamada a participar nos jogos Olímpicos de Verão, em Barcelona, mas acabou por sofrer um acidente, na véspera, em treino naquela cidade, o que não lhe permitiu participar. Foi grande pena para todos nós com muita maior pena para ela. Na diversidade dos desportos dessas Olimpíadas, havia representantes de 169 países.

E vem tudo isto a propósito de se considerar o desporto, “não só para jovens mas também para idosos”, como uma realidade humana, pessoal e social que deve fazer parte integrante da pastoral ordinária de cada comunidade. Isso, se houver gente, claro está, coisa que por estas bandas onde agora me encontro já não é riqueza que se constate muito, infelizmente! O desporto promove dinâmicas de amizade e convívio, aproxima, integra, supera fronteiras, educa, ajuda a dar o melhor de si e a crescer na estima recíproca e fraterna.

 Temos vindo a salientar o Documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. O Documento tem como título “Dar o melhor de si” e foi publicado pela Paulinas Editora, em junho de 2018. Termino estes quatro artigos salientando, com o Documento, a necessidade de uma pastoral do desporto integrada num processo educativo voltado para a formação integral da pessoa e apta para fomentar a cultura do encontro e da paz, da alegria e da festa.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 16-08-2019.




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