PARÓQUIAS
DE NISA
Terça,
20 de agosto de 2019
Terça da XX semana do tempo comum
Ofício da memória
TERÇA-FEIRA
da semana XX
S. Bernardo, abade e doutor da Igreja –
MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Jz 6, 11-24a; Sal 84 (85), 9. 11-12. 13-14
Ev Mt 19, 23-30
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Aniversário da fundação da Pia Sociedade de S. Paulo (1914).
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Jz 6, 11-24a; Sal 84 (85), 9. 11-12. 13-14
Ev Mt 19, 23-30
* Nas Congregações e Institutos da Família Paulista – Aniversário da fundação da Pia Sociedade de S. Paulo (1914).
S. BERNARDO, abade e doutor da
Igreja
Nota
Histórica
Nasceu no ano 1090
perto de Dijon (França) e recebeu uma piedosa educação. Admitido, no ano 1111,
entre os Monges Cistercienses, foi eleito, pouco tempo depois, abade do mosteiro
de Claraval. Com a sua atividade e exemplo exerceu uma notável influência na
formação espiritual dos seus irmãos religiosos. Por causa dos cismas que ameaçavam
a Igreja, percorreu a Europa para restabelecer a paz e a unidade. Escreveu
muitas obras de teologia e ascética. Morreu em 1153.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 91,
13-14
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fizestes de São Bernardo, abade, inflamado no zelo da vossa casa, uma luz que na vossa Igreja arde e ilumina, concedei-nos, por sua intercessão, o mesmo fervor de espírito para vivermos sempre como filhos da luz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jz 6, 11-24a
«Gedeão, vai salvar Israel. Não sou Eu que te envio?»
Leitura do Livro dos Juízes
O justo florescerá como a palmeira,
crescerá como o cedro do Líbano:
plantado na casa do Senhor,
florescerá nos átrios do nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que fizestes de São Bernardo, abade, inflamado no zelo da vossa casa, uma luz que na vossa Igreja arde e ilumina, concedei-nos, por sua intercessão, o mesmo fervor de espírito para vivermos sempre como filhos da luz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Jz 6, 11-24a
«Gedeão, vai salvar Israel. Não sou Eu que te envio?»
Leitura do Livro dos Juízes
Naqueles
dias, o Anjo do Senhor veio sentar-se debaixo do carvalho de Ofra, que
pertencia a Joás, da família de Abiezer. Seu filho Gedeão estava a malhar trigo
no lagar, para o esconder dos madianitas. O Anjo do Senhor apareceu-lhe e
disse-lhe: «O Senhor está contigo, valente guerreiro». Gedeão respondeu-lhe:
«Perdão, meu senhor. Se o Senhor está connosco, porque nos têm sucedido todas
estas desgraças? Onde estão todos esses prodígios, que os nossos pais nos
contaram, dizendo: ‘O Senhor libertou-nos da terra do Egipto’? Mas agora o
Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos de Madiã». Então o Senhor
voltou-Se para ele e disse-lhe: «Vai com essa tua força salvar Israel das mãos
de Madiã. Não sou Eu que te envio?». Gedeão respondeu: «Perdão, meu Senhor.
Como poderei salvar Israel? A minha família é a mais humilde de Manassés e eu
sou o último da casa de meu pai». O Senhor disse-lhe: «Eu estarei contigo e tu
vencerás Madiã como se ele fosse um só homem». Disse Gedeão: «Se encontrei
graça a vossos olhos, dai-me um sinal de que sois Vós que me falais. Não Vos
afasteis daqui, até que eu volte para junto de Vós, trazendo a minha oferta,
para a colocar na vossa presença». O Senhor respondeu: «Ficarei até que
voltes». Gedeão entrou em casa, preparou um cabrito e com uma medida de farinha
fez pães ázimos. Colocou a carne num cesto, deitou o molho num tacho, levou
tudo para debaixo do carvalho e ofereceu-Lho. Disse-lhe o Anjo do Senhor: «Toma
a carne e os pães ázimos, coloca-os sobre essa pedra e derrama o molho sobre
eles». Gedeão assim fez. O Anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na
mão e tocou na carne e nos pães ázimos. Saiu então fogo da rocha e consumiu a
carne e os pães. E o Anjo do Senhor desapareceu da sua vista. Gedeão reconheceu
que era o Anjo do Senhor e disse: «Ai de mim, Senhor Deus! Eu vi face a face o
Anjo do Senhor». Mas o Senhor respondeu-lhe: «A paz esteja contigo. Não tenhas
medo, porque não morrerás». Gedeão ergueu ali um altar ao Senhor e chamou-lhe
«O Senhor é a paz».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 84 (85), 9.11-12.13-14 (R. cf. 9a)
Refrão: O Senhor anuncia a paz ao seu povo. Repete-se
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz
ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem. Refrão
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão
ALELUIA 2 Cor 8, 9
Refrão: Aleluia Repete-se
Jesus Cristo, sendo rico, fez-Se pobre,
para nos enriquecer na sua pobreza. Refrão
EVANGELHO Mt 19, 23-30
«É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha
do que um rico entrar no reino de Deus»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Em verdade vos digo: Um rico dificilmente entrará no reino dos Céus. É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma agulha do que um rico entrar no reino de Deus». Ao ouvirem estas palavras, os discípulos ficaram muito admirados e disseram: «Quem poderá então salvar-se?». Jesus olhou para eles e respondeu: «Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível». Então Pedro tomou a palavra e disse-Lhe: «Nós deixámos tudo para Te seguir. Que recompensa teremos?». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: No mundo renovado, quando o Filho do homem vier sentar-Se no seu trono de glória, também vós que Me seguistes vos sentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Nós Vos oferecemos, Senhor, o sacramento da unidade e da paz, ao celebrarmos a memória de São Bernardo, que, ilustre em palavras e obras, trabalhou incansavelmente pela concórdia na vossa Igreja. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor, que este alimento celeste produza em nós o seu fruto, para que, animados com o exemplo de São Bernardo e instruídos com a sua doutrina, nos dediquemos de todo o coração ao amor do Verbo Encarnado. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«A família está chamada a ser templo de
Deus, casa de oração, de oração simples, cheia de atenção e de ternura».
Papa S. João Paulo II
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Jz 6, 11-24a: De origem modesta, Gedeão é
chamado por Deus para salvar o seu povo. É sempre Deus quem salva; basta-Lhe
que os que Ele envia sejam dóceis à sua voz. De facto, a força do homem está na
força de Deus, quando ele se sabe colocar nas suas mãos.
Mt 19, 23-30: O Senhor não condena nem os ricos nem
as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes
entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos
outros Apóstolos é caminho certo para entrar no reino de Deus. O mundo novo que
o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração
do Universo, em que tudo é julgado por outros critérios.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa
A VOZ DO PASTOR
O DESPORTO NA PEDALADA
DE SANTA MARTA
Quando os animais falavam e as galinhas
tinham dentes, há muito muito tempo, também andei por lá, por essa Betânia do
Lima que se dá pelo nome de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo. A
vida, porém, vai-se mudando, vai exigindo novas respostas e novas formas de
estar e de participar no bem comum. Obriga-nos a mudar de rumo e a entrar por
ele adentro, renunciando a isto e àquilo para se poder assumir outros afazeres
e por outros lugares. O gosto pelo desporto, porém, é sempre uma constante para
crianças, adolescentes e jovens. Não só para esses, claro, mas sobretudo para
esses. Em Seminários por onde passei, ia pertencendo, de quando em vez e à
falta de melhor, como defesa central, à equipa selecionada para enfrentar
outras. O voleibol, os jogos da bandeira e do beto, também os íamos saboreando,
fosse com o gosto de participar fosse sob a obrigação de ter de girar. Porque
não havia Asa delta, Balonismo, Parapente, Para-quedismo, Slide, Kitesurf,
Alpinismo, Rapel ou outros desportos mais radicais, no tempo de canícula e de
dores de barriga em época de exames, tínhamos o raquetebol, assim lhe
chamávamos. Uns campitos cheios de obstáculos, mais ou menos aprimorados,
construídos no chão debaixo das árvores do recreio, segundo o gosto e a
habilidade de cada equipa. Jogava-se com uma pequena bola e uma espécie de
raquete. Havia craques na matéria, podem crer. O ping-pong, as damas e o xadrez
eram sobretudo para os tempos de chuva ou nos recreios da noite. Cartas para
sueca e afins, acho que não existiam.
Quando fui Pároco em Santa Marta
de Portuzelo, Viana do Castelo, com a vontade de que agora é que vai ser, a
realidade local, em estruturas desportivas, e até noutras de serviço à
pastoral, não estava muito famosa e sentia-se a falta. Então, surgiu uma
oportunidade a que a Paróquia, com o entusiasmo e a colaboração de tantos e
tantas de boa vontade, deitou a mão. Conseguiu adquirir um espaço, desde já com
condições para muita coisa, mas com a possibilidade de ir criando outras. E lá
se foi sonhando, construindo e dando resposta, na medida do possível e das patacas
disponíveis. Perante o que muito se ia fazendo com perseverança, entusiasmo e
ajuda de todos, tudo, sobretudo para os mais novos, era sempre pouco e muito
devagar. A rapaziada, e talvez seja essa uma das suas grandes virtudes, tem
sempre pressa, quase nunca tem tempo nem paciência para avaliar as dificuldades
de momento e as forças adversas, tudo lhe parece fácil e linear: às vezes têm
razão! Nessa idade, não raro, pensa-se dominado por duas ilusões subjacentes: a
de que os mais velhos nunca foram jovens, nunca foram capazes de sonhar como
eles, e a de que eles, os mais novos, nunca chegarão a velhos. Mesmo que seja o
sonho a comandar a vida, o tempo, e as vergastadas que o tempo sabe dar, a
todos vai convertendo à realidade e às parcimónias do próprio tempo... Pior
será se os jovens se deixarem morrer aos 18, 19 ou 20 anos, para serem
enterrados apenas aos 80 ou 90 anos, isto é, se deixarem de sonhar e de fazer
barulho, não tendo coragem para saltar do sofá e porem a render os seus
talentos, competências e criatividade, como verdadeiros protagonistas na
construção de uma sociedade mais justa, mais humana e fraterna, mesmo quando
feridos por incompreensões, discriminações e injustiças. Desistir, afogar-se no
mundo digital ou amuar frente às dificuldades, não resulta, empobrece, isola no
egoísmo, traz maleitas sem conta...
Uma das coisas que constatei, de
imediato, quando cheguei àquela terra e por lá deambulava, foi o entusiasmo de
um avô, o Sr. Barros, o do seu filho, o Sr. Eduardo Churchill, e o dos seus
netos, Ana e António Barros. Eram uns apaixonados pelo ciclismo, sabiam e
manifestavam isso, mesmo quando abordavam o assunto, com amigos, lá no célebre
buraco de sua casa à volta de uns copitos sociáveis de suprema qualidade.
Treinavam, participavam em provas e corridas, chamavam a atenção, era bonito e
eu admirava! À medida que nos fomos conhecendo e conversando, achamos por bem
dar um pouco mais de estrutura àquela paixão familiar que, trepando cada vez
mais com mais entusiasmo, já ia contagiando outros e outros e mais outros. E
assim, com tempo e em tempo, resolveu-se, de comum acordo, integrar a Equipa no
Centro Paroquial agora adquirido, onde também se construiu um campo de futebol
e outras coisas se foram e se tem construído ao longo dos tempos, e bem! Graças
a esta família, a outros que se foram ajuntando na pedalada, e a muitos outros
que, sem pedalar, deram as mãos neste projeto, a modalidade foi singrando. Era
e é um desporto caro que exigia patrocínios, estímulo e muita dedicação. As
bicicletas, quanto mais leves, mais caras eram e eram precisas. Quando havia
provas, quase sempre longe, era preciso quem emprestasse os carros,
transportasse e acompanhasse os corredores e o staff necessário, o que sempre
acontecia com invasão aos bolsos dos mais carolas, sempre generosos e
prestáveis. Estou a lembrar-me de tantos nomes que só não cito porque posso
falhar algum e não seria bonito da minha parte. A primeira bicicleta que este
Grupo Desportivo do Centro Paroquial de Santa Marta de Portuzelo comprou acho
que, por conveniência, tenho disso uma vaga ideia, ficou registada em meu nome,
mas era do grupo. Uma vez ou outra, acompanhei os responsáveis ao Palácio dos
Desportos, ao Porto. De resto, tudo era com eles, eu apenas estimulava,
manifestava proximidade e permanecia unido nos momentos bons e menos bons.
Hoje, pelo jornal da Paróquia, vou acompanhando, talvez que já sejam os filhos
daqueles netos, mas vou constatando que os fãs e a garra continuam,
alegrando-me com isso, torcendo por todos.
O Grupo era constituído por uma equipa
masculina e outra feminina, inscrito e acarinhado pela Federação Portuguesa de
Ciclismo. E tal foi a dedicação que, para além da diversidade das provas em que
participavam, a Equipa masculina chegou a correr na Volta a Portugal em
bicicleta, sendo mais conhecida pelos patrocinadores da altura. Corria com o
nome de Tensai/Santa Marta/ Mundial Confiança. Algum dos leitores com certeza
que ainda se devem lembrar. Marco Chagas, grande ciclista no seu tempo e um dos
melhores de sempre no panorama nacional, hoje comentador televiso nessa área,
foi seu técnico. Na parte feminina, um pouco novidade, destacava-se a Anita, a
Ana Barros, que sempre dava o melhor de si nas diversas provas, fora e dentro
da terra. Em 1992, Ana Barros foi chamada a participar nos jogos Olímpicos de
Verão, em Barcelona, mas acabou por sofrer um acidente, na véspera, em treino
naquela cidade, o que não lhe permitiu participar. Foi grande pena para todos
nós com muita maior pena para ela. Na diversidade dos desportos dessas
Olimpíadas, havia representantes de 169 países.
E vem tudo isto a propósito de se
considerar o desporto, “não só para jovens mas também para idosos”, como uma
realidade humana, pessoal e social que deve fazer parte integrante da pastoral
ordinária de cada comunidade. Isso, se houver gente, claro está, coisa que por
estas bandas onde agora me encontro já não é riqueza que se constate muito,
infelizmente! O desporto promove dinâmicas de amizade e convívio, aproxima,
integra, supera fronteiras, educa, ajuda a dar o melhor de si e a crescer na
estima recíproca e fraterna.
Temos vindo a salientar o
Documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sobre a perspetiva
cristã do desporto e da pessoa humana. O Documento tem como título “Dar o melhor
de si” e foi publicado pela Paulinas Editora, em junho de 2018. Termino estes
quatro artigos salientando, com o Documento, a necessidade de uma pastoral do
desporto integrada num processo educativo voltado para a formação integral da
pessoa e apta para fomentar a cultura do encontro e da paz, da alegria e da
festa.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
16-08-2019.
Sem comentários:
Enviar um comentário