segunda-feira, 12 de agosto de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Terça, 13 de agosto de 2019





TERÇA-FEIRA da semana XIX

S. Ponciano, papa, e S. Hipólito, presbítero, mártires – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha

L 1 Deut 31, 1-8; Sal Deut 32, 3-4a. 7. 8. 9 e 12
Ev Mt 18, 1-5. 10. 12-14

* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Marcos de Aviano, presbítero, da I Ordem – MF
* Na Congregação dos Missionários do Coração de Maria – Bb. Filipe de Jesus Munárriz e Companheiros, mártires – MO.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 73, 20.19.22.23
Lembrai-Vos, Senhor, da vossa aliança,
não esqueçais para sempre a vida dos vossos fiéis.
Levantai-Vos, Senhor, defendei a vossa causa,
escutai a voz daqueles que Vos procuram.


ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente,
a quem podemos chamar nosso Pai,
fazei crescer o espírito filial em nossos corações
para merecermos entrar um dia na posse da herança prometida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Deut 31, 1-8
«Sê forte e valoroso, Josué. És tu que introduzirás o povo nessa terra»


Leitura do Livro do Deuteronómio

Naqueles dias, Moisés dirigiu estas palavras aos filhos de Israel: «Tenho hoje cento e vinte anos; já não posso ir e vir. Além disso, o Senhor disse-me: ‘Não passarás o Jordão’. É o Senhor, vosso Deus, que há de passá-lo à vossa frente, Ele é que destruirá as nações que tendes diante de vós e as conquistará. Josué irá à vossa frente, como disse o Senhor. O Senhor tratará essas nações como tratou os reis amorreus Sicon e Og e as suas terras que arrasou. O Senhor vo-las entregará nas vossas mãos e vós as tratareis em tudo segundo as ordens que vos dei. Sede fortes, sede valorosos, não receeis nem tremais diante deles. O Senhor, vosso Deus, irá convosco e não vos desamparará nem abandonará». Depois Moisés chamou Josué e disse-lhe na presença de todo o Israel: «Sê forte e valoroso, porque hás-de entrar com este povo na terra que o Senhor jurou dar a seus pais; és tu que o introduzirás nessa herança. O Senhor avançará à tua frente e estará contigo; não te desamparará nem te abandonará. Não temas nem te assustes».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Deut 32, 3-4a.7.8.9 e 12 (R. 9a)
Refrão: A herança do Senhor é o seu povo. Repete-se


Vou invocar o nome do Senhor:
dai glória ao nosso Deus.
A obra de Deus é perfeita
e rectos são os seus caminhos. Refrão

Lembra-te dos dias de outrora,
considera os anais do passado,
interroga o teu pai e ele te contará,
os teus avós e eles te ensinarão. Refrão

Quando o Altíssimo deu às nações a sua herança
e espalhou os filhos dos homens pela terra,
estabeleceu as fronteiras dos povos,
segundo o número dos seus filhos. Refrão

Mas a herança do Senhor foi o seu povo,
Jacob foi a porção da sua herança.
Só o Senhor o conduzia,
nenhum poder estranho estava com Ele. Refrão


ALELUIA Mt 11, 29ab
Refrão: Aleluia Repete-se

Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor,
e aprendei de Mim,
que sou manso e humilde de coração. Refrão


EVANGELHO Mt 18, 1-5.10.12-14
«Vede bem: não desprezeis um só destes pequeninos»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquela hora, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-Lhe: «Quem é o maior no reino dos Céus?». Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse-lhes: «Em verdade vos digo: Se não vos converterdes e não vos tornardes como as crianças, não entrareis no reino dos Céus. Quem for humilde como esta criança, esse será o maior no reino dos Céus. E quem acolher em meu nome uma criança como esta, acolhe-Me a Mim. Vede bem. Não desprezeis um só destes pequeninos. Eu vos digo que os seus Anjos vêem constantemente o rosto de meu Pai que está nos Céus. Jesus disse ainda: «Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se tresmalhar, não deixará as noventa e nove nos montes para ir procurar a que anda tresmalhada? E se chegar a encontrá-la, em verdade vos digo que se alegra mais por causa dela do que pelas noventa e nove que não se tresmalharam. Assim também, não é da vontade de meu Pai que está nos Céus que se perca um só destes pequeninos».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor,
os dons que Vós mesmo concedestes à vossa Igreja
e transformai-os, com o vosso poder,
em sacramento da nossa salvação.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 147,12.14
Louva, Jerusalém, o Senhor,
que te saciou com a flor da farinha.

Ou Jo 6, 52
O pão que Eu vos darei, diz o Senhor,
é a minha carne pela vida do mundo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor,
que a comunhão do vosso sacramento nos salve
e nos confirme na luz da vossa verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«A cegueira também consiste nisto: viver num mundo onde já se perdeu a esperança»


José Saramago





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS:  Deut 31, 1-8: À morte de Moisés, Josué é constituído seu sucessor. Substituem-se as pessoas, mas a missão continua, porque é sempre Deus quem conduz o seu povo, através de todas as gerações.

Mt 18, 1-5.10.12-14: Com esta leitura começamos hoje a ler, no Evangelho de S. Mateus, o discurso de Jesus sobre a regra da vida comunitária da Igreja. Antes de mais, é preciso fazer-se pequeno como uma criança e defender e respeitar os outros na sua humildade, para se poder viver com verdadeiro espírito de comunidade. Os pequeninos são modelo para os discípulos, porque são dóceis e não se levantam contra quem os ensina e conduz.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA



18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Funeral em Tolosa
19.00 horas: Funeral a partir da Capela da Misericórdia





A VOZ DO PASTOR


DESPORTO COM BELEZA E ENCANTO

As atividades e competições desportivas são sempre uma fonte fantástica de arte e beleza, de alegria e emoções. Os verdadeiros adeptos, porém, não atiram a toalha ao chão quando os resultados são menos bons. Sem cara de vinagre, sabem apoiar a sua equipa quando ganha e quando perde. É um gesto bonito e merece aplausos. Igual atitude têm para com os árbitros e sabem fazer festa com os jogadores e adeptos adversários, em qualquer circunstância. É o fair play e a própria educação que o reclamam.

Quando alguns fãs se identificam exageradamente com um atleta ou com uma equipa ou não conseguem enquadrar a derrota, não raro geram tensão, agridem, insultam, denigrem, criam guerra entre as claques, provocam intervenção policial, ninguém lucra nem sai bem na fotografia. 

O desporto, ou aquilo que o envolve, pode, na verdade, ser usado contra a dignidade do ser humano e contra os direitos da pessoa. Na doutrina social da Igreja, não só a política, a economia, a cultura, os meios de comunicação social e a própria ciência devem estar ao serviço da pessoa e do bem comum. O desporto também deve estar. Ele não pode ser um instrumento ao serviço de caprichos, ideologias, orientações políticas, interesses mediáticos, demonstrações de poder ou busca cega de lucros. Tampouco deve alimentar peneiras e piruetas diretivas, nacionalismos ou bairrismos doentios. Embora deva estar liberto e acima de tudo isso, no entanto, vamos constatando que nem sempre está. E tais desvios prejudicam a beleza e a festa desportiva, põem em causa a dignidade e os direitos dos atletas, dos espectadores e dos adeptos.
 Porque vivemos numa sociedade em que a culpa morre sempre solteira e embrulhada, mui carpideira, nos xailes negros da desculpabilização, o desporto deveria ser exceção. Deveria “sentir-se responsável por aquilo que sucede no seu contexto”. Não só os atletas, “também muitas outras figuras como as famílias, os treinadores, os assistentes, os médicos, os dirigentes, os espectadores e as pessoas envolvidas nos outros âmbitos do desporto, incluindo os cientistas, os líderes políticos e económicos e os representantes dos meios de comunicação social”. Há responsabilidades partilhadas em comportamentos nada louváveis na área desportiva. Existe um conjunto de instituições e de costumes que tornam difícil a fidelidade aos valores internos do desporto. Mas são estes que devem ser fomentados em todo o sistema e a todo o custo: “A importância social das diversas organizações desportivas ao nível regional, nacional e internacional é enorme, e assim deve ser também a sua responsabilidade moral. Elas devem estar ao serviço dos valores internos do desporto e do bem da pessoa”.

Além disso, os desportos que provocam danos ao corpo humano e à pessoa não deviam ser valorizados. A busca do mais alto desempenho e a vitória a todo o custo, pressiona imenso os desportistas. Por isso, tentam todas as formas possíveis de melhorar a prestação, não raro de modo moralmente duvidoso, sobretudo quando se reduz o corpo ao estado de objeto, o que não é, de facto, saudável. O Documento “Dar o melhor de si” do Dicastério para os Leigos, a família e a Vida sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana, Documento que temos vindo a realçar nestes três últimos artigos, cita, a este respeito, o testemunho de um antigo jogador de futebol americano: “Percebi, paradoxalmente, que era como se tivesse afastado e eliminado a ideia de que eu era o meu corpo. Conhecia o meu corpo o mais a fundo possível, mas usei-o e pensava nele como uma máquina, uma coisa que devia ser bem oleada, alimentada e mantida para realizar um trabalho específico” (cf. Cap. IV). Este é, muitas vezes, um processo de “automatização” dos atletas que pais, treinadores e dirigentes, “interessados unicamente na especialização unidirecional de um talento singular”, promovem para garantir “o seu êxito e satisfazer as expectativas de medalhas, recordes, bolsas de estudo escolares, contratos de patrocínio e riqueza”.

 Tal maneira de encarar o desporto pode fazer com que os jovens corram “o risco de se alienarem dos seus próprios afetos, comprometendo a própria capacidade de intimidade, um importante elemento de desenvolvimento no crescimento de um jovem adulto. Tudo isto exerce um impacto negativo sobre a sua capacidade de gerir, quer física quer emocionalmente, a sua relação afetiva”. 

Além disso, o doping, físico e mecânico (ciclismo, motociclismo, Fórmula 1), se usado, afeta a compreensão fundamental do desporto. Embora não corresponda aos valores da saúde e do jogo leal, sabe-se que ainda é praticado por atletas individuais e por equipas. Corrompe o desporto, viola as suas regras, degrada o corpo dos desportistas, rasga o fair play. A cura, se está em apelar à moral individual dos atletas, está sobretudo em colocar o travão àquelas fontes de financiamento e de manipulação que tantas vezes estão por detrás do que acontece. A praga da corrupção pode levar muita coisa à ruína, incluindo o desporto. Na busca dos seus interesses, a corrupção tudo explora com burlas e enganos, charlatanices e meias verdades, num submundo a evitar. Os próprios sistemas e políticas desportivas não estão imunes a que muitas das suas decisões ou opções sejam ditadas por estas térmitas, uma espécie de formiga branca, alérgica à luz do dia mas que tudo devora e destrói às escuras. Apesar de haver muita coisa bela e fantástica, é pena, muita pena que isto possa acontecer também no desporto!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-08-2019.




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