segunda-feira, 26 de agosto de 2019





PARÓQUIAS DE NISA

Terça, 27 de agosto de 2019










Terça da XXI semana do tempo comum



Ofício da memória




TERÇA-FEIRA da semana XXI

S. Mónica – MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Tes 2, 1-8; Sal 138 (139), 1-3. 4-6
Ev Mt 23, 23-26

* Na Ordem Agostiniana – S. Mónica, mãe de S. Agostinho – FESTA; I Vésp. de S. Agostinho.
* Na Arquidiocese de Braga (Sé) – I Vésp. do Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.


S. MÓNICA

Nota Histórica
Nasceu em Tagaste (África) no ano 331, de uma família cristã. Ainda muito jovem foi dada em matrimónio a um homem chamado Patrício. Teve vários filhos, entre os quais Agostinho, por cuja conversão derramou muitas lágrimas e orou insistentemente a Deus. Exemplo de mãe verdadeiramente santa, alimentou a sua fé com uma vida de intensa oração e enriqueceu a com suas virtudes. Morreu em Óstia no ano 387.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA (SL 144,10-11)
Graças Vos dêem, Senhor, todas as criaturas
e bendigam-Vos os vossos fiéis.
Proclamem a glória do vosso reino


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, consolação dos que choram, Vós que atendestes misericordiosamente as lágrimas de Santa Mónica pela conversão do seu filho Agostinho, concedei-nos, pela intercessão da mãe e do filho, que saibamos chorar os nossos pecados para alcançar a graça do vosso perdão. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Sir 26, 1-4.16-21 (gr. 1-4.13-16)
«Como o sol que brilha no alto dos céus,
assim é a beleza da mulher virtuosa, como ornamento da sua casa»


Leitura do Livro de Ben-Sirá

Feliz o homem que tem uma mulher virtuosa, porque será dobrado o número dos seus dias. A mulher forte é a alegria do seu marido: ele passará em paz os anos da sua vida. A mulher virtuosa é uma sorte excelente: é o prémio dos que temem o Senhor. Rico ou pobre, o seu coração será feliz e o seu rosto mostrar-se-á sempre alegre. A graça da esposa diligente alegra o seu marido e fortalece-o a sua sabedoria. É um dom do Senhor a mulher sensata e silenciosa: nada se compara à mulher bem educada. A mulher santa e honesta é uma graça inestimável e não tem preço uma alma casta. Como o sol que brilha no alto dos céus, assim é a beleza da mulher virtuosa, como ornamento da sua casa.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 130 (131), 1.2 e 3
Refrão: Guardai-me na vossa paz, Senhor.
Ou: Guardai-me junto de Vós, na vossa paz, Senhor.

Senhor, não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.

Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.


ALELUIA Jo 8, 12b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor:
Quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


EVANGELHO Lc 7, 11-17
«No sepulcro do seu pensamento, ela apresentava-me a Vós,
para que dissésseis ao filho da viúva: ‘Jovem, Eu te digo: levanta-te’»
(S. Agostinho, Conf. l. VI, c.1)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, dirigia-Se Jesus para uma cidade chamada Naim; iam com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou à porta da cidade, levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva. Vinha com ela muita gente da cidade. Ao vê-la, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: «Não chores». Jesus aproximou-Se e tocou no caixão; e os que o transportavam pararam. Disse Jesus: «Jovem, Eu te ordeno: levanta-te». O morto sentou-se e começou a falar; e Jesus entregou-o à sua mãe. Todos se encheram de temor e davam glória a Deus, dizendo: «Apareceu no meio de nós um grande profeta; Deus visitou o seu povo». E a fama deste acontecimento espalhou-se por toda a Judeia e pelas regiões vizinhas.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

Aceitai, Senhor, as nossas orações e, para servirmos dignamente
ao vosso altar, protegei-nos com a intercessão dos vossos santos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO (cf. SL 67,4)
Os justos alegram-se na glória de Deus,
exultam de alegria na sua presença.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus eterno e omnipotente, Pai de toda a consolação e da paz, Iazol
que a vossa família, congregada na memória dos santos para celebrar
louvor do vosso nome, receba na comunhão destes santos mistério',
penhor da redenção eterna. Por Nosso Senhor Jesus. Cristo, VOS~l(l
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.




«Deus é-nos mais íntimo do que nós a nós mesmos».
Santo Agostinho




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia

1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.





AGENDA DO DIA



18.00 horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa




A VOZ DO PASTOR


1 DE SETEMBRO: ORAÇÃO E CONVERSÃO ECOLÓGICA

O Planeta Terra faz soar os seus alarmes, merece atenção, precisa da solidariedade universal, do envolvimento de todos. Cada vez com maior criatividade, o homem sempre usou e transformou a natureza para superar condicionalismos, buscar soluções e dar resposta às perguntas que a luta pela vida e a sua curiosidade aliada à liberdade, inteligência e vontade lhe iam colocando. Desde o primeiro investimento tecnológico em busca das ferramentas básicas para quebrar as nozes, ir à caça ou para outros afazeres de subsistência imediata; desde (talvez!) as “Lomekiwan” até aos nossos dias, o homem, para ajustar os bens da natureza ao seu modo de estar e viver com mais qualidade, foi aguçando o engenho e deitando foguetes face aos avanços que ia conseguindo. Descobriu coisas, inventou coisas, produziu coisas, acumulou conhecimentos, contribuiu sempre para o avanço da ciência e desenvolvimento coletivo. Nestes nossos tempos, lembramos a “máquina a vapor, a ferrovia, o telégrafo, a eletricidade, o automóvel, o avião, as indústrias químicas, a medicina moderna, a informática e, mais recentemente, a revolução digital, a robótica, as biotecnologias e as nanotecnologias” (Laudato Si,102-LS). Alegramo-nos com isso e usufruímos desse progresso que continua a rasgar novos horizontes para ir mais além em busca de novas conquistas. Todas essas aquisições, porém, vão dando ao homem um poder enorme, sobretudo àqueles que detêm o conhecimento e o poder económico para o disfrutar. “Nunca a humanidade teve tanto poder sobre si mesma, e nada garante que o utilizará bem, sobretudo se se considera a maneira como o está a fazer”, como refere o Papa Francisco (id.104). O homem moderno “não foi educado para o reto uso do poder». O imenso crescimento tecnológico “não foi acompanhado por um desenvolvimento do ser humano quanto à responsabilidade, aos valores, à consciência”. E por isso, a sua ”liberdade adoece quando se entrega às forças cegas do inconsciente, das necessidades imediatas, do egoísmo, da violência brutal. Neste sentido, ele está nu e exposto frente ao seu próprio poder que continua a crescer, sem ter os instrumentos para o controlar. Talvez disponha de mecanismos superficiais, mas podemos afirmar que carece de uma ética sólida, uma cultura e uma espiritualidade que lhe ponham realmente um limite e o contenham dentro dum lúcido domínio de si” (id.105). Esta é hoje uma grande preocupação da humanidade. O Planeta Terra “clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la” (id.2). E não somos.

O movimento ecológico mundial tem feito o seu caminho de sensibilização para o problema. Tem havido cimeiras mundiais ainda que aquém das expectativas. As questões ambientais vão ocupando as agendas políticas, o debate público multiplica-se, promove-se o estudo e a proteção dos ecossistemas, luta-se por uma  agricultura mais sustentável e diversificada, por uma gestão mais adequada dos recursos florestais e marinhos e da própria água potável. Procura-se que as energias renováveis, substituam, quanto antes, a tecnologia baseada nos combustíveis fósseis, altamente poluentes. As escolas vão fazendo o seu trabalho, cada um vai sendo sensibilizado para que faça o que pode e deve fazer em favor deste bem coletivo, desta casa comum que é a natureza. Muitas iniciativas vão sendo tomadas, a mudança de hábitos, mesmo que lenta e difícil, vai acontecendo.

O Papa Francisco, numa das suas abordagens a este tema referiu que este cuidado não pode ser apenas tarefa dos ecologistas: “Quando ouvimos falar que as pessoas se reúnem para pensar em como proteger a Criação, podemos dizer: `Mas são ecologistas?` Não, não são ecologistas! Isso é ser Cristão! Um cristão que não preserva a Criação, que não a faz crescer, é um cristão que não se importa com o trabalho de Deus, aquele trabalho que nasceu do Seu amor por nós”.

E na sua Carta Encíclica Laudato Si, ao propor algumas linhas de espiritualidade ecológica, ele acrescenta “que alguns cristãos, até comprometidos e piedosos, com o pretexto do realismo pragmático, frequentemente se burlam das preocupações pelo meio ambiente. Outros são passivos, não se decidem a mudar os seus hábitos e tornam-se incoerentes. Falta-lhes, pois, uma conversão ecológica, que lhes permita deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus. Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspeto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa” (id.217).

Tendo em contam a reflexão de inúmeros cientistas, filósofos, teólogos e organizações sociais que foram enriquecendo o pensamento da Igreja, este tema foi abordado muitas vezes pelos últimos Papas. O Papa Francisco recorda isso na Carta Encíclica Laudato Si, tornando presente, em síntese, a preocupação dos seus últimos antecessores. Paulo VI falou da possibilidade de uma “catástrofe ecológica sob o efeito da explosão da civilização industrial”. Entendia que, se o homem não viesse a mudar radicalmente o seu comportamento, ia sofrer graves consequências: “os processos científicos mais extraordinários, as invenções técnicas mais assombrosas, o desenvolvimento económico mais prodigioso, se não estiverem unidos a um progresso social e moral, voltam-se necessariamente contra o homem”. João Paulo II sentiu a necessidade de apelar a uma “conversão ecológica global”, a qual haveria de passar por mudanças profundas “nos estilos de vida, nos modelos de produção e de consumo, nas estruturas consolidadas de poder”. Bento XVI renovou o convite a “eliminar as causas estruturais das disfunções da economia mundial e a corrigir os modelos de crescimento que parecem incapazes de garantir o respeito do meio ambiente”. Esta preocupação também está presente noutras igrejas e comunidades cristãs, bem como noutras religiões. Tem havido trabalho e pronunciamentos interessantes, pois, como afirmava o Patriarca Bartolomeu, “todos, na medida em que causamos danos ecológicos”, somos chamados a reconhecer “a nossa contribuição – pequena ou grande – para a desfiguração e destruição do ambiente” (id. 6-8).

O Papa Francisco, por sua vez, brindou-nos com a sua Carta Encíclica sobre o cuidado da casa comum, Laudato Si, dirigida não só aos cristãos mas a todos os homens e mulheres de boa vontade. Em 6 de agosto de 2015, à semelhança do que já existia na Igreja Ortodoxa, decidiu instituir também, na Igreja Católica, o “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação”, a celebrar anualmente no primeiro dia de setembro, data em que já é comemorado pela Igreja Ortodoxa. É um dia para oferecer “aos fiéis individualmente e às comunidades a preciosa oportunidade de renovar a pessoal adesão à própria vocação de guardas da criação, elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso cuidado, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos”. Com todas as pessoas de boa vontade, vivamos nós também este “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação”, o dia 1 de setembro.

ORAÇÃO DO PAPA FRANCISCO PELA NOSSA TERRA

Deus Omnipotente,
que estais presente em todo o universo
e na mais pequenina das vossas criaturas,
Vós que envolveis com a vossa ternura
tudo o que existe,
derramai em nós a força do vosso amor
para cuidarmos da vida e da beleza.
Inundai-nos de paz,
para que vivamos como irmãos e irmãs
sem prejudicar ninguém.
Ó Deus dos pobres,
ajudai-nos a resgatar
os abandonados e esquecidos desta terra
que valem tanto aos vossos olhos.
Curai a nossa vida,
para que protejamos o mundo
e não o depredemos,
para que semeemos beleza
e não poluição nem destruição.
Tocai os corações
daqueles que buscam apenas benefícios
à custa dos pobres e da terra.
Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa,
a contemplar com encanto,
a reconhecer que estamos profundamente unidos
com todas as criaturas
no nosso caminho para a vossa luz infinita.
Obrigado porque estais connosco todos os dias.
Sustentai-nos, por favor, na nossa luta
pela justiça, o amor e a paz (Laudato Si, 246)

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 23-08-2019.




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