PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta,
23 de agosto de 2019
Sexta da XX semana do tempo comum
Ofício da memória
SEXTA-FEIRA
da semana XX
S. Rosa de Lima, virgem – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Rut 1, 1-2a. 3-6. 14b-16. 22; Sal 145 (146), 5-6ab. 7. 8. 9. 10 Ev Mt 22, 34-40
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Bernardo de Offida, religioso, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – S. Rosa de Lima, virgem – MO
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Rut 1, 1-2a. 3-6. 14b-16. 22; Sal 145 (146), 5-6ab. 7. 8. 9. 10 Ev Mt 22, 34-40
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Bernardo de Offida, religioso, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – S. Rosa de Lima, virgem – MO
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
83, 10-11
Senhor Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rute 1, 1-2a.3-6.14b-16.22
«Noémi regressou dos campos de Moab, com Rute,a moabita,
e chegou a Belém»
Início do Livro de Rute
Senhor Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Rute 1, 1-2a.3-6.14b-16.22
«Noémi regressou dos campos de Moab, com Rute,a moabita,
e chegou a Belém»
Início do Livro de Rute
No tempo em que os juízes governavam, houve uma fome no país. Certo homem deixou Belém de Judá e emigrou para os campos de Moab, com a mulher e dois filhos. Ele chamava-se Elimelec e a mulher Noémi. Elimelec, marido de Noémi, faleceu e ela ficou só com os seus dois filhos. Ambos casaram com esposas moabitas, uma chamada Orpa e a outra Rute. Permaneceram lá cerca de dez anos. Entretanto os filhos também morreram e Noémi ficou só, sem os dois filhos e sem o marido. Resolveu então voltar dos campos de Moab, juntamente com as noras, por ter sabido, nos campos de Moab, que o Senhor tinha abençoado o seu povo, dando-lhe pão. Orpa despediu-se da sogra e voltou para o seu povo; mas Rute ficou com Noémi. Disse-lhe Noémi: «Olha que a tua cunhada voltou para o seu povo e para o seu deus. Vai também com ela». Rute respondeu-lhe: «Não insistas comigo, para que te deixe e me afaste de ti, pois irei para onde fores e viverei onde viveres. O teu povo será o meu povo e o teu Deus será o meu Deus». Foi assim que Noémi regressou dos campos de Moab, trazendo consigo sua nora Rute, a moabita. Chegaram a Belém no início da ceifa da cevada.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 145 (146), 5-6ab.7.8.9.10 (R. 1)
Refrão: Ó minha alma, louva o Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor, seu Deus,
que fez o céu e a terra, o mar e quanto neles existe. Refrão
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos. Refrão
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos. Refrão
O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores. Refrão
O Senhor reina eternamente;
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações. Refrão
ALELUIA Salmo 24 (25), 4b.5a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos,
guiai-me na vossa verdade. Refrão
EVANGELHO Mt 22, 34-40
«Amarás o Senhor teu Deus e o próximo como a ti mesmo»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, os fariseus, ouvindo dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus, reuniram-se em grupo, e um doutor da Lei perguntou a Jesus, para O experimentar: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Jesus respondeu: «‘Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu espírito’. Este é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, é semelhante a este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Nestes dois mandamentos se resumem toda a Lei e os Profetas».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o que trazemos ao vosso altar,
nesta admirável permuta de dons,
de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes,
mereçamos receber-Vos a Vós mesmo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 129, 7
No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.
Ou Jo 6, 51-52
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste sacramento
nos fizestes participar mais intimamente no mistério de Cristo,
transformai-nos à sua imagem na terra
para merecermos ser associados à sua glória no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Quem não
vive para servir, não serve para viver».
Papa
Francisco
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS Rute 1, 1-2a.3-6.14b-16.22: Rute, estrangeira ao povo de Deus
por sua origem, nele entrou pelo casamento com um filho de israelitas enviuvou,
mas, depois de enviuvar, não quis voltar para o seu povo de origem, os
moabitas, como podia ter feito, mas preferiu voltar com a sogra para a terra
desta, Belém. Aí casou de novo com outro israelita, Booz, e assim veio a
tornar-se uma das ascendentes do rei David, e, por este, do Messias.
Mt 22, 34-40: Não deixa de ser muito
impressionante que toda a Lei de Deus se venha a resumir no amor a Deus e ao
próximo, realizando assim a aliança mais perfeita que jamais existiu, e que é
afinal todo o desígnio de Deus sobre o mundo: uma Aliança de amor perfeita e
eterna.
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
11.00 horas: Funeral
em Nisa
18.00 horas: Missa em
Alpalhão
18.00 horas: Missa em
Nisa
A VOZ DO PASTOR
O DESPORTO NA PEDALADA
DE SANTA MARTA
Quando os animais falavam e as galinhas
tinham dentes, há muito muito tempo, também andei por lá, por essa Betânia do
Lima que se dá pelo nome de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo. A vida,
porém, vai-se mudando, vai exigindo novas respostas e novas formas de estar e
de participar no bem comum. Obriga-nos a mudar de rumo e a entrar por ele
adentro, renunciando a isto e àquilo para se poder assumir outros afazeres e
por outros lugares. O gosto pelo desporto, porém, é sempre uma constante para
crianças, adolescentes e jovens. Não só para esses, claro, mas sobretudo para
esses. Em Seminários por onde passei, ia pertencendo, de quando em vez e à
falta de melhor, como defesa central, à equipa selecionada para enfrentar
outras. O voleibol, os jogos da bandeira e do beto, também os íamos saboreando,
fosse com o gosto de participar fosse sob a obrigação de ter de girar. Porque
não havia Asa delta, Balonismo, Parapente, Para-quedismo, Slide, Kitesurf,
Alpinismo, Rapel ou outros desportos mais radicais, no tempo de canícula e de
dores de barriga em época de exames, tínhamos o raquetebol, assim lhe
chamávamos. Uns campitos cheios de obstáculos, mais ou menos aprimorados,
construídos no chão debaixo das árvores do recreio, segundo o gosto e a
habilidade de cada equipa. Jogava-se com uma pequena bola e uma espécie de
raquete. Havia craques na matéria, podem crer. O ping-pong, as damas e o xadrez
eram sobretudo para os tempos de chuva ou nos recreios da noite. Cartas para
sueca e afins, acho que não existiam.
Quando fui Pároco em Santa Marta
de Portuzelo, Viana do Castelo, com a vontade de que agora é que vai ser, a
realidade local, em estruturas desportivas, e até noutras de serviço à
pastoral, não estava muito famosa e sentia-se a falta. Então, surgiu uma
oportunidade a que a Paróquia, com o entusiasmo e a colaboração de tantos e
tantas de boa vontade, deitou a mão. Conseguiu adquirir um espaço, desde já com
condições para muita coisa, mas com a possibilidade de ir criando outras. E lá
se foi sonhando, construindo e dando resposta, na medida do possível e das
patacas disponíveis. Perante o que muito se ia fazendo com perseverança,
entusiasmo e ajuda de todos, tudo, sobretudo para os mais novos, era sempre
pouco e muito devagar. A rapaziada, e talvez seja essa uma das suas grandes
virtudes, tem sempre pressa, quase nunca tem tempo nem paciência para avaliar
as dificuldades de momento e as forças adversas, tudo lhe parece fácil e
linear: às vezes têm razão! Nessa idade, não raro, pensa-se dominado por duas
ilusões subjacentes: a de que os mais velhos nunca foram jovens, nunca foram
capazes de sonhar como eles, e a de que eles, os mais novos, nunca chegarão a
velhos. Mesmo que seja o sonho a comandar a vida, o tempo, e as vergastadas que
o tempo sabe dar, a todos vai convertendo à realidade e às parcimónias do
próprio tempo... Pior será se os jovens se deixarem morrer aos 18, 19 ou 20
anos, para serem enterrados apenas aos 80 ou 90 anos, isto é, se deixarem de
sonhar e de fazer barulho, não tendo coragem para saltar do sofá e porem a
render os seus talentos, competências e criatividade, como verdadeiros
protagonistas na construção de uma sociedade mais justa, mais humana e
fraterna, mesmo quando feridos por incompreensões, discriminações e injustiças.
Desistir, afogar-se no mundo digital ou amuar frente às dificuldades, não
resulta, empobrece, isola no egoísmo, traz maleitas sem conta...
Uma das coisas que constatei, de
imediato, quando cheguei àquela terra e por lá deambulava, foi o entusiasmo de
um avô, o Sr. Barros, o do seu filho, o Sr. Eduardo Churchill, e o dos seus
netos, Ana e António Barros. Eram uns apaixonados pelo ciclismo, sabiam e
manifestavam isso, mesmo quando abordavam o assunto, com amigos, lá no célebre
buraco de sua casa à volta de uns copitos sociáveis de suprema qualidade.
Treinavam, participavam em provas e corridas, chamavam a atenção, era bonito e
eu admirava! À medida que nos fomos conhecendo e conversando, achamos por bem
dar um pouco mais de estrutura àquela paixão familiar que, trepando cada vez
mais com mais entusiasmo, já ia contagiando outros e outros e mais outros. E
assim, com tempo e em tempo, resolveu-se, de comum acordo, integrar a Equipa no
Centro Paroquial agora adquirido, onde também se construiu um campo de futebol
e outras coisas se foram e se tem construído ao longo dos tempos, e bem! Graças
a esta família, a outros que se foram ajuntando na pedalada, e a muitos outros
que, sem pedalar, deram as mãos neste projeto, a modalidade foi singrando. Era
e é um desporto caro que exigia patrocínios, estímulo e muita dedicação. As
bicicletas, quanto mais leves, mais caras eram e eram precisas. Quando havia
provas, quase sempre longe, era preciso quem emprestasse os carros, transportasse
e acompanhasse os corredores e o staff necessário, o que sempre acontecia com
invasão aos bolsos dos mais carolas, sempre generosos e prestáveis. Estou a
lembrar-me de tantos nomes que só não cito porque posso falhar algum e não
seria bonito da minha parte. A primeira bicicleta que este Grupo Desportivo do
Centro Paroquial de Santa Marta de Portuzelo comprou acho que, por
conveniência, tenho disso uma vaga ideia, ficou registada em meu nome, mas era
do grupo. Uma vez ou outra, acompanhei os responsáveis ao Palácio dos
Desportos, ao Porto. De resto, tudo era com eles, eu apenas estimulava,
manifestava proximidade e permanecia unido nos momentos bons e menos bons.
Hoje, pelo jornal da Paróquia, vou acompanhando, talvez que já sejam os filhos
daqueles netos, mas vou constatando que os fãs e a garra continuam,
alegrando-me com isso, torcendo por todos.
O Grupo era constituído por uma equipa
masculina e outra feminina, inscrito e acarinhado pela Federação Portuguesa de
Ciclismo. E tal foi a dedicação que, para além da diversidade das provas em que
participavam, a Equipa masculina chegou a correr na Volta a Portugal em
bicicleta, sendo mais conhecida pelos patrocinadores da altura. Corria com o
nome de Tensai/Santa Marta/ Mundial Confiança. Algum dos leitores com certeza
que ainda se devem lembrar. Marco Chagas, grande ciclista no seu tempo e um dos
melhores de sempre no panorama nacional, hoje comentador televiso nessa área,
foi seu técnico. Na parte feminina, um pouco novidade, destacava-se a Anita, a
Ana Barros, que sempre dava o melhor de si nas diversas provas, fora e dentro
da terra. Em 1992, Ana Barros foi chamada a participar nos jogos Olímpicos de
Verão, em Barcelona, mas acabou por sofrer um acidente, na véspera, em treino
naquela cidade, o que não lhe permitiu participar. Foi grande pena para todos
nós com muita maior pena para ela. Na diversidade dos desportos dessas
Olimpíadas, havia representantes de 169 países.
E vem tudo isto a propósito de se
considerar o desporto, “não só para jovens mas também para idosos”, como uma
realidade humana, pessoal e social que deve fazer parte integrante da pastoral
ordinária de cada comunidade. Isso, se houver gente, claro está, coisa que por
estas bandas onde agora me encontro já não é riqueza que se constate muito,
infelizmente! O desporto promove dinâmicas de amizade e convívio, aproxima,
integra, supera fronteiras, educa, ajuda a dar o melhor de si e a crescer na
estima recíproca e fraterna.
Temos vindo a salientar o
Documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sobre a perspetiva
cristã do desporto e da pessoa humana. O Documento tem como título “Dar o
melhor de si” e foi publicado pela Paulinas Editora, em junho de 2018. Termino
estes quatro artigos salientando, com o Documento, a necessidade de uma
pastoral do desporto integrada num processo educativo voltado para a formação
integral da pessoa e apta para fomentar a cultura do encontro e da paz, da
alegria e da festa.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
16-08-2019.
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