PARÓQUIAS
DE NISA
Domingo,
18 de agosto de 2019
XX domingo do tempo comum
Ofício do domingo
DOMINGO
XX DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do
domingo (Semana IV do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 38, 4-6. 8-10; Sal 39 (40), 2-3. 4. 18
L 2 Hebr 12, 1-4
Ev Lc 12, 49-53
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para a Pastoral da Mobilidade Humana (Migrações, Apostolado do Mar, Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos e Refugiados).
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – I Vésp. de S. João Eudes.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.
L 1 Jer 38, 4-6. 8-10; Sal 39 (40), 2-3. 4. 18
L 2 Hebr 12, 1-4
Ev Lc 12, 49-53
* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Em todas as Dioceses de Portugal – Ofertório para a Pastoral da Mobilidade Humana (Migrações, Apostolado do Mar, Obra Nacional da Pastoral dos Ciganos e Refugiados).
* Na Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor – I Vésp. de S. João Eudes.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 83,
10-11
Senhor Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 38, 4-6.8-10
«Geraste-me como homem de discórdia para toda a terra» (Jer 15, 10)
Leitura do Livro de Jeremias
Senhor Deus, nosso protetor,
ponde os olhos no rosto do vosso Ungido.
Um dia em vossos átrios vale mais de mil longe de Vós.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que preparastes bens invisíveis para aqueles que Vos amam,
infundi em nós o vosso amor,
para que, amando-Vos em tudo e acima de tudo,
alcancemos as vossas promessas, que excedem todo o desejo.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Jer 38, 4-6.8-10
«Geraste-me como homem de discórdia para toda a terra» (Jer 15, 10)
Leitura do Livro de Jeremias
Naqueles dias, os ministros disseram ao rei de Judá: «Esse Jeremias deve morrer, porque semeia o desânimo entre os combatentes que ficaram na cidade e também todo o povo com as palavras que diz. Este homem não procura o bem do povo, mas a sua perdição». O rei Sedecias respondeu: «Ele está nas vossas mãos; o rei não tem poder para vos contrariar». Apoderaram-se então de Jeremias e, por meio de cordas, fizeram-no descer à cisterna do príncipe Melquias, situada no pátio da guarda. Na cisterna não havia água, mas apenas lodo, e Jeremias atolou-se no lodo. Entretanto, Ebed-Melec, o etíope, saiu do palácio e falou ao rei: «Ó rei, meu senhor, esses homens procederam muito mal tratando assim o profeta Jeremias: meteram-no na cisterna, onde vai morrer de fome, pois já não há pão na cidade». Então o rei ordenou a Ebed-Melec, o etíope: «Leva daqui contigo três homens e retira da cisterna o profeta Jeremias, antes que ele morra».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 39 (40), 2.3.4.18 (R. 14b)
Refrão: Senhor, socorrei-me sem demora. Repete-se
Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Ouviu o meu clamor
e retirou-me do abismo e do lamaçal,
assentou os meus pés na rocha
e firmou os meus passos. Refrão
Pôs em meus lábios um cântico novo,
um hino de louvor ao nosso Deus.
Vendo isto, muitos hão-de temer
e pôr a sua confiança no Senhor. Refrão
Eu sou pobre e infeliz:
Senhor, cuidai de mim.
Sois o meu protetor e libertador:
ó meu Deus, não tardeis. Refrão
LEITURA II Hebr 12, 1-4
«Corramos com perseverança
para o combate que se apresenta diante de nós»
Leitura da Epístola aos Hebreus
Irmãos: Estando nós rodeados de tão grande número de testemunhas, ponhamos de parte todo o fardo e pecado que nos cerca e corramos com perseverança para o combate que se apresenta diante de nós, fixando os olhos em Jesus, guia da nossa fé e autor da sua perfeição. Renunciando à alegria que tinha ao seu alcance, Ele suportou a cruz, desprezando a sua ignomínia, e está sentado à direita do trono de Deus. Pensai n’Aquele que suportou contra Si tão grande hostilidade da parte dos pecadores, para não vos deixardes abater pelo desânimo. Vós ainda não resististes até ao sangue, na luta contra o pecado.
Palavra do Senhor.
ALELUIA Jo 10, 27
Refrão: Aleluia. Repete-se
As minhas ovelhas escutam a minha voz,
diz o Senhor;
Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Refrão
EVANGELHO Lc 12, 49-53
«Não vim trazer a paz, mas a desunião»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Eu vim trazer o fogo à terra e que quero Eu senão que ele se acenda? Tenho de receber um batismo e estou ansioso até que ele se realize. Pensais que Eu vim estabelecer a paz na terra? Não. Eu vos digo que vim trazer a divisão. A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, o que trazemos ao vosso altar,
nesta admirável permuta de dons,
de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes,
mereçamos receber-Vos a Vós mesmo.
Por Nosso Senhor .
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 129, 7
No Senhor está a misericórdia,
no Senhor está a plenitude da redenção.
Ou Jo 6, 51-52
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que neste sacramento
nos fizestes participar mais intimamente no mistério de Cristo,
transformai-nos à sua imagem na terra
para merecermos ser associados à sua glória no Céu.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O
pior do mal é que nos habituamos a ele».
Jean Paul Satre
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS: Jer 38, 4-6.8-10: A incompreensão que rodeou Jesus
foi também a que envolveu os profetas, concretamente Jeremias, que é, por isso,
uma figura de Jesus. Se ele tivesse anunciado só o que era agradável de ouvir,
todos o teriam aceitado como profeta; mas porque ele também teve de anunciar o
que não era desejado, todos o acharam falso profeta. Mas Deus também está nas
coisas dolorosas; foi até na Cruz que Jesus deu o maior testemunho da verdade.
Hebr 12, 1-4: Por uma coincidência feliz,
também a segunda leitura se vem articular hoje com as outras duas. Ela põe
diante de nós a multidão daqueles que levaram a bom termo o combate pela sua
fé. Eles nos convidam a nós a seguirmos também o caminho da Cruz, a sermos
capazes de, acima de tudo, pormos os olhos em Jesus que foi fiel até à morte e
que, por isso, “está sentado à direita do trono de Deus”.
Lc 12, 49-53: Jesus vem, sem dúvida, trazer a
paz. Ele disse que nos deixava a sua paz. Mas nem todos sabem aceitar esta paz
que vem d’Ele. Quando o olhar não é límpido e o coração não é recto, o que se
destinava a ser aceite como fonte de paz, pode transformar-se em motivo de
discórdia. E então Jesus acaba por Se tornar ocasião de divisão. Foi assim já
durante a sua vida mortal; continua a sê-lo hoje na sua Igreja.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente.
Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes
de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
09.30 horas: Missa em
Amieira do Tejo
10.00 horas: Missa em
Arez
10.45 horas: Missa em
Tolosa
11.00 horas: Missa em
Nisa
12.00 horas: Missa em
Gáfete
12.00 horas: Missa em
Alpalhão
15.00 horas: Funeral
em Amieira do Tejo
17.00 horas: Missa com
procissão no Arneiro
17.00 horas: Missa com
procissão em Salavessa.
A VOZ DO PASTOR
O DESPORTO NA PEDALADA
DE SANTA MARTA
Quando os animais falavam e as galinhas
tinham dentes, há muito muito tempo, também andei por lá, por essa Betânia do
Lima que se dá pelo nome de Santa Marta de Portuzelo, em Viana do Castelo. A
vida, porém, vai-se mudando, vai exigindo novas respostas e novas formas de
estar e de participar no bem comum. Obriga-nos a mudar de rumo e a entrar por
ele adentro, renunciando a isto e àquilo para se poder assumir outros afazeres
e por outros lugares. O gosto pelo desporto, porém, é sempre uma constante para
crianças, adolescentes e jovens. Não só para esses, claro, mas sobretudo para
esses. Em Seminários por onde passei, ia pertencendo, de quando em vez e à
falta de melhor, como defesa central, à equipa selecionada para enfrentar
outras. O voleibol, os jogos da bandeira e do beto, também os íamos saboreando,
fosse com o gosto de participar fosse sob a obrigação de ter de girar. Porque
não havia Asa delta, Balonismo, Parapente, Para-quedismo, Slide, Kitesurf,
Alpinismo, Rapel ou outros desportos mais radicais, no tempo de canícula e de
dores de barriga em época de exames, tínhamos o raquetebol, assim lhe
chamávamos. Uns campitos cheios de obstáculos, mais ou menos aprimorados,
construídos no chão debaixo das árvores do recreio, segundo o gosto e a
habilidade de cada equipa. Jogava-se com uma pequena bola e uma espécie de
raquete. Havia craques na matéria, podem crer. O ping-pong, as damas e o xadrez
eram sobretudo para os tempos de chuva ou nos recreios da noite. Cartas para
sueca e afins, acho que não existiam.
Quando fui Pároco em Santa Marta
de Portuzelo, Viana do Castelo, com a vontade de que agora é que vai ser, a
realidade local, em estruturas desportivas, e até noutras de serviço à
pastoral, não estava muito famosa e sentia-se a falta. Então, surgiu uma oportunidade
a que a Paróquia, com o entusiasmo e a colaboração de tantos e tantas de boa
vontade, deitou a mão. Conseguiu adquirir um espaço, desde já com condições
para muita coisa, mas com a possibilidade de ir criando outras. E lá se foi
sonhando, construindo e dando resposta, na medida do possível e das patacas
disponíveis. Perante o que muito se ia fazendo com perseverança, entusiasmo e
ajuda de todos, tudo, sobretudo para os mais novos, era sempre pouco e muito
devagar. A rapaziada, e talvez seja essa uma das suas grandes virtudes, tem
sempre pressa, quase nunca tem tempo nem paciência para avaliar as dificuldades
de momento e as forças adversas, tudo lhe parece fácil e linear: às vezes têm
razão! Nessa idade, não raro, pensa-se dominado por duas ilusões subjacentes: a
de que os mais velhos nunca foram jovens, nunca foram capazes de sonhar como
eles, e a de que eles, os mais novos, nunca chegarão a velhos. Mesmo que seja o
sonho a comandar a vida, o tempo, e as vergastadas que o tempo sabe dar, a
todos vai convertendo à realidade e às parcimónias do próprio tempo... Pior
será se os jovens se deixarem morrer aos 18, 19 ou 20 anos, para serem
enterrados apenas aos 80 ou 90 anos, isto é, se deixarem de sonhar e de fazer
barulho, não tendo coragem para saltar do sofá e porem a render os seus
talentos, competências e criatividade, como verdadeiros protagonistas na
construção de uma sociedade mais justa, mais humana e fraterna, mesmo quando
feridos por incompreensões, discriminações e injustiças. Desistir, afogar-se no
mundo digital ou amuar frente às dificuldades, não resulta, empobrece, isola no
egoísmo, traz maleitas sem conta...
Uma das coisas que constatei, de
imediato, quando cheguei àquela terra e por lá deambulava, foi o entusiasmo de
um avô, o Sr. Barros, o do seu filho, o Sr. Eduardo Churchill, e o dos seus
netos, Ana e António Barros. Eram uns apaixonados pelo ciclismo, sabiam e
manifestavam isso, mesmo quando abordavam o assunto, com amigos, lá no célebre
buraco de sua casa à volta de uns copitos sociáveis de suprema qualidade.
Treinavam, participavam em provas e corridas, chamavam a atenção, era bonito e
eu admirava! À medida que nos fomos conhecendo e conversando, achamos por bem
dar um pouco mais de estrutura àquela paixão familiar que, trepando cada vez
mais com mais entusiasmo, já ia contagiando outros e outros e mais outros. E
assim, com tempo e em tempo, resolveu-se, de comum acordo, integrar a Equipa no
Centro Paroquial agora adquirido, onde também se construiu um campo de futebol
e outras coisas se foram e se tem construído ao longo dos tempos, e bem! Graças
a esta família, a outros que se foram ajuntando na pedalada, e a muitos outros
que, sem pedalar, deram as mãos neste projeto, a modalidade foi singrando. Era
e é um desporto caro que exigia patrocínios, estímulo e muita dedicação. As
bicicletas, quanto mais leves, mais caras eram e eram precisas. Quando havia
provas, quase sempre longe, era preciso quem emprestasse os carros,
transportasse e acompanhasse os corredores e o staff necessário, o que sempre
acontecia com invasão aos bolsos dos mais carolas, sempre generosos e
prestáveis. Estou a lembrar-me de tantos nomes que só não cito porque posso
falhar algum e não seria bonito da minha parte. A primeira bicicleta que este
Grupo Desportivo do Centro Paroquial de Santa Marta de Portuzelo comprou acho
que, por conveniência, tenho disso uma vaga ideia, ficou registada em meu nome,
mas era do grupo. Uma vez ou outra, acompanhei os responsáveis ao Palácio dos
Desportos, ao Porto. De resto, tudo era com eles, eu apenas estimulava,
manifestava proximidade e permanecia unido nos momentos bons e menos bons.
Hoje, pelo jornal da Paróquia, vou acompanhando, talvez que já sejam os filhos
daqueles netos, mas vou constatando que os fãs e a garra continuam, alegrando-me
com isso, torcendo por todos.
O Grupo era constituído por uma equipa
masculina e outra feminina, inscrito e acarinhado pela Federação Portuguesa de
Ciclismo. E tal foi a dedicação que, para além da diversidade das provas em que
participavam, a Equipa masculina chegou a correr na Volta a Portugal em
bicicleta, sendo mais conhecida pelos patrocinadores da altura. Corria com o
nome de Tensai/Santa Marta/ Mundial Confiança. Algum dos leitores com certeza
que ainda se devem lembrar. Marco Chagas, grande ciclista no seu tempo e um dos
melhores de sempre no panorama nacional, hoje comentador televiso nessa área,
foi seu técnico. Na parte feminina, um pouco novidade, destacava-se a Anita, a
Ana Barros, que sempre dava o melhor de si nas diversas provas, fora e dentro
da terra. Em 1992, Ana Barros foi chamada a participar nos jogos Olímpicos de
Verão, em Barcelona, mas acabou por sofrer um acidente, na véspera, em treino
naquela cidade, o que não lhe permitiu participar. Foi grande pena para todos
nós com muita maior pena para ela. Na diversidade dos desportos dessas
Olimpíadas, havia representantes de 169 países.
E vem tudo isto a propósito de se
considerar o desporto, “não só para jovens mas também para idosos”, como uma
realidade humana, pessoal e social que deve fazer parte integrante da pastoral
ordinária de cada comunidade. Isso, se houver gente, claro está, coisa que por
estas bandas onde agora me encontro já não é riqueza que se constate muito,
infelizmente! O desporto promove dinâmicas de amizade e convívio, aproxima,
integra, supera fronteiras, educa, ajuda a dar o melhor de si e a crescer na
estima recíproca e fraterna.
Temos vindo a salientar o
Documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida sobre a perspetiva
cristã do desporto e da pessoa humana. O Documento tem como título “Dar o
melhor de si” e foi publicado pela Paulinas Editora, em junho de 2018. Termino
estes quatro artigos salientando, com o Documento, a necessidade de uma
pastoral do desporto integrada num processo educativo voltado para a formação
integral da pessoa e apta para fomentar a cultura do encontro e da paz, da
alegria e da festa.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco,
16-08-2019.
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