quinta-feira, 8 de agosto de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Sexta, 09 de agosto de 2019








Sexta da XVIII semana do tempo comum



Ofício da féria ou da memória



SEXTA-FEIRA da semana XVIII
S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir,
Padroeira da Europa – FESTA

Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos mártires.

Leituras próprias indicadas no Leccionário Santoral.

L 1 Os 2, 16b. 21-22
Sal 44, 11-12. 14-15. 16-17
Aleluia
Ev Mt 25,1-13

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), virgem e mártir – FESTA



S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir

Nota Histórica:
Edith Stein, filha de pais judaicos, nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891. Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi batizada no dia 1 de Janeiro de 1922. Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda). No dia 2 de Agosto de 1942 foi presa pelas autoridades que exerciam o poder aterrador na Alemanha e enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polónia), destinado ao genocídio do povo judaico. Aí foi cruelmente morta no dia 9 de Agosto.

MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Gal 6, 14
Toda a minha glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, Deus dos nossos pais,
que conduzistes a mártir Teresa Benedita
ao conhecimento do vosso Filho crucificado
e à sua imitação até à morte,
concedei que, pela sua intercessão,
todos os homens conheçam o Salvador, Jesus Cristo,
e por Ele cheguem à perpétua visão do vosso rosto.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 2, 16b.17b.21-22
«Desposar-te-ei para sempre»


Leitura da Profecia de Oseias

Eis o que diz o Senhor:
«Hei de conduzir Israel ao deserto
e falar-lhe ao coração.
Ali corresponderá como nos dias da sua juventude,
quando saiu da terra do Egipto.
Naquele dia, diz o Senhor,
farei de ti minha esposa para sempre,
desposar-te-ei segundo a justiça e o direito,
com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade
e tu conhecerás o Senhor».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 44 (45), 11-12.14-15.16-17 (R. cf. 11a)
Refrão: Escuta e inclina-te diante do Senhor.

Ouve, filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
Da tua beleza se enamora o Rei,
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.

A filha do Rei avança cheia de esplendor,
de brocados de ouro são os seus vestidos.
Com um manto multicolor é apresentada ao Rei,
seguem-na as donzelas, suas companheiras.

Cheias de alegria e entusiasmo,
entram no palácio do Rei.
Teus filhos substituirão os teus pais,
estabelecê-los-ás príncipes sobre toda a terra.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vem, esposa de Cristo, recebe a coroa de glória,
que o Senhor te preparou para sempre. Refrão


EVANGELHO Mt 25, 1-13
«Aí vem o Esposo: ide ao seu encontro»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens,
que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes,
com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava,
começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado:
‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas
e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes:
‘Dai-nos do vosso azeite,
que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam:
‘Talvez não chegue para nós e para vós.
Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo:
as que estavam preparadas
entraram com ele para o banquete nupcial;
e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu:
‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei e santificai, Senhor,
os dons que trazemos ao vosso altar
na festa de Santa Teresa Benedita, vossa mártir,
Vós que levastes à perfeição todos os sacrifícios da antiga aliança
no único sacrifício que Jesus Cristo, vosso Filho,
Vos ofereceu com o seu sangue.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio do Comum dos Mártires ou das Santas (Religiosas)

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 22, 4-5
Ainda que tenha de passar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Deus clementíssimo,
que, celebrando a festa de Santa Teresa Benedita,
recebamos em nossos corações
os frutos celestes da árvore da cruz,
de modo que, seguindo fielmente a Cristo na terra,
mereçamos comer da árvore da vida no reino celeste.
Por Nosso Senhor.




«Deus não força a nossa vontade mas aceita o que Lhe damos; porém Ele concede-nos tudo depois de Lhe darmos tudo»

Teresa de Ávila





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: 

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA


09.00 horas: Funeral em São Simão do Pé da Serra
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Alpalhão.




A VOZ DO PASTOR


DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA


Todos os anos os fogos florestais atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.

Considerando o bom trabalho desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.

Para o efeito mandatei a Cáritas Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está incluída a recolha de donativos através da

conta bancária - IBAN:  PT50.0036.0057.99100143379.08

para a qual deverão ser canalizados todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o desejem fazer.

Também o acompanhamento das pessoas em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades paroquiais afetadas.

Numa situação de emergência ou catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais de ação social.

A Cáritas Diocesana manterá a Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.

Que a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.


Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


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O DESPORTO E A RESPONSABILIDADE DOS FAMOSOS

O desporto revela a verdade e o sentido da liberdade da pessoa, mesmo quando se chuta com o pé que se tem mais à mão! A liberdade, porém, tem os seus caprichos, está ligada à responsabilidade. Uma chatice, dirão alguns!

Usufruímos da liberdade, sim, não para fazer o que queremos, mas o que devemos. As livres escolhas acabam por influenciar as relações interpessoais, a vivência e a convivência social. Se a vida é um jogo, o jogo tem regras. As regras estimulam a criatividade, tornam o atleta mais livre e mais criativo, fazem com que se divirta a jogar e enfrente com alegria o desafio que o jogo oferece.
 
Aceitando as regras, as estratégias e as táticas de jogo, cada atleta movimenta-se na sua própria liberdade e criatividade para alcançar o objetivo em causa. Claro está que é competindo juntos e em colaboração, embora cada um no seu lugar e a fazer o que lhe compete fazer. Uma equipa é um corpo, no qual nenhum membro pode auto dispensar-se ou dispensar o outro. A harmonia do corpo reclama a boa funcionalidade de todos os seus membros, cada um no seu lugar e a exercer bem a sua função (cf. 1Cor12,21-27).

 Assim, livre e criativo, o atleta, tendo os outros em conta, consegue surpreender o adversário com as suas técnicas e estratégias inovadoras, tornando-se mais apreciado. Pena é que, muitas vezes, esta apreciação faça reduzir o atleta a mera mercadoria lucrativa e o faça levantar voo em busca de novas paragens. Para aguçar o apetite à leitura, continuo a realçar alguns pensamentos do documento “Dar o melhor de si”, do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, um documento sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. Desta vez realço o capítulo III.
 
Uma competição desportiva pode ser considerada uma espécie de narração de uma história entre duas ou mais partes concorrentes que competem entre si. As partes concorrentes encenam uma representação estética e artística que tem, inclusive para os espectadores, vários níveis de leitura e interpretação. Tal como “no caso das obras artísticas, a narração desportiva também não tem um conteúdo claro, distinto e unívoco e, por isso, esta aberta a diversas e opostas atribuições de significado ou interpretações”. Deve ser por isso que o desporto enche páginas e páginas de jornais e alimenta debates e mais debates, longos e apaixonados, sobre capacidades, opções, resultados, momentos e dinâmicas desportivas.

 O desporto, porém, não é guerra, serve e educa para a paz. A guerra surge “quando as pessoas pensam que a cooperação já não é possível e quando não se chega a acordo sobre as regras fundamentais. No desporto, o adversário é um participante no contexto codificado das regras, e não um inimigo a aniquilar”. É a presença de um adversário “que faz emergir o melhor de um atleta, e, por isso, essa experiência pode ser agradável e fascinante”. E é assim que o desportista cresce, se torna capaz de construir um ambiente no qual convivem e interagem a liberdade e a responsabilidade, a criatividade e o respeito pelas regras, o divertimento e a seriedade, o espírito de colaboração e a ajuda mútua, tudo a fazer crescer o talento e o caráter da pessoa. 
Se o desporto permite à pessoa fazer a experiência da beleza, também lhe permite fazer a experiência da tensão entre a força e a fragilidade, a liberdade e a criatividade, a individualidade e a comunidade, o corpo e a alma, as verdades fundamentais sobre si própria e o significado último da própria existência. De facto, o ser humano foi criado para uma felicidade muito maior, a qual se torna possível pela graça de Deus que não vem destruir aquilo que é humano, mas aperfeiçoar a sua natureza. É por isso que ninguém se pode contentar com “um empate medíocre” no jogo da vida, na busca do bem, na Igreja e na sociedade.

O fair play permite que o desporto se torne uma oportunidade de educação para toda a sociedade. Não existe apenas quando se respeitam formalmente as regras. Existe também quando se observa a própria justiça em relação aos próprios adversários, de tal modo que cada concorrente se possa desempenhar bem no jogo. Isto implica que não haja estratégias escondidas nem aproveitamento incorreto dos adversários, mas que o jogo seja, na verdade, uma “ocasião inevitável de praticar as virtudes humanas e cristãs da solidariedade, da lealdade, do comportamento correto e do respeito pelos outros, apontando para mais alto, superando o objetivo da vitória e procurando o desenvolvimento da pessoa no interior de uma comunidade formada por companheiros de equipa e adversários”.
 
São também virtudes e valores presentes no desporto, tal como no jogo da vida, a perseverança no meio dos desafios da dureza, da abnegação e da humildade que o projeto desportivo envolve; o sacrifício exigido para adquirir as competências e as capacidades necessárias em treinos contínuos e estruturados; o regramento no trabalho, na alimentação, no divertimento e no descanso; a harmonia que reclama equilíbrio e bem-estar entre a mente e o corpo e leva a pessoa a procurar o seu próprio desenvolvimento integral; a coragem que se manifesta sobretudo quando já não há possibilidade de vitória mas se tenta fazer a coisa justa do ponto de vista ético ou físico e se procura manter a equipa unida e lutadora até ao fim; o sentido da igualdade e do respeito pela diferença e pela diversidade da condição humana; a solidariedade em favor de um objetivo comum, com respeito e inclusão; as boas maneiras, a lealdade e a amizade que geram empatia e bom ambiente; a alegria que tantas vezes convive e emerge das dificuldades e dos desafios mais duros e que se estende aos apaixonados por esse mundo fora; a superação do egoísmo e do individualismo para, cada um na sua própria singularidade, com os seus dons e talentos, possa contribuir de modo peculiar para o grupo, com espírito de equipa, reconhecendo que tem uma importância única e específica para a tornar mais forte e eficaz.

 Se o atleta der rosto a essas atitudes e convicções, se as incarnar não só na atividade desportiva, mas também no seu ambiente familiar, cívico, cultural e religioso, estará a prestar um enorme contributo à educação dos jovens, onde tantas vezes reina a perda de valores e a desorientação crescente. 

Os atletas, sobretudo os mais famosos, têm uma inevitável responsabilidade social.

Representam uma atividade desportiva que reúne constantemente uma multidão imensa e à qual os meios de comunicação social dedicam muito espaço e tempo. O que eles fazem, a maneira como se apresentam e reagem, o que dizem e não dizem, até a sua própria vida familiar influencia terceiros, sobretudo a juventude. Que bom seria se influenciassem sempre para seguir os melhores caminhos! 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 02-08-2019.




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