PARÓQUIAS
DE NISA
Quarta,
07 de agosto de 2019
Quarta da XVIII semana do tempo comum
Ofício da féria ou da memória
QUARTA-FEIRA
da semana XVIII
SS. Sisto II, papa, e Companheiros,
mártires – MF
S. Caetano, presbítero – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Num 13, 1-2. 25 – 14,1.26-29.34-35; Sal 105 (106),6-7a.13-14.21-22.23
Ev Mt 15, 21-28
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Alberto de Trápani, presbítero – FESTA e MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Bb. Agatângelo e Cassiano, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – I Vésp. de S. Domingos.
S. Caetano, presbítero – MF
Verde, verm. ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Num 13, 1-2. 25 – 14,1.26-29.34-35; Sal 105 (106),6-7a.13-14.21-22.23
Ev Mt 15, 21-28
* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Alberto de Trápani, presbítero – FESTA e MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – Bb. Agatângelo e Cassiano, presbíteros e mártires, da I Ordem – MF
* Na Ordem de São Domingos – I Vésp. de S. Domingos.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio,
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.
ORAÇÃO COLECTA
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Num 13, 1-2.25 – 14, 1.26-29.34-35
«Desprezaram a terra de delícias» (Salmo 105, 24)
Antes de o povo entrar na terra Prometida, foi enviado, à sua frente, um grupo de exploradores, para observar o país aonde Deus os conduzia. As notícias não agradaram, e logo começou a murmuração contra Deus e contra Moisés; em consequência, foram consumidos no deserto e nele morreram.
Leitura do Livro dos Números
Deus, vinde em meu auxílio,
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.
ORAÇÃO COLECTA
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos ímpares) Num 13, 1-2.25 – 14, 1.26-29.34-35
«Desprezaram a terra de delícias» (Salmo 105, 24)
Antes de o povo entrar na terra Prometida, foi enviado, à sua frente, um grupo de exploradores, para observar o país aonde Deus os conduzia. As notícias não agradaram, e logo começou a murmuração contra Deus e contra Moisés; em consequência, foram consumidos no deserto e nele morreram.
Leitura do Livro dos Números
Naqueles dias, o Senhor disse a Moisés, no deserto de Parã: «Manda alguns homens observar a terra de Canaã, que Eu vou dar aos filhos de Israel. Envia um homem por cada uma das vossas tribos paternas e todos sejam dos principais entre eles». Passados quarenta dias, os homens regressaram, depois de terem observado a terra. Vieram ter com Moisés, Aarão e toda a comunidade dos filhos de Israel, ao deserto de Parã, em Cades. Fizeram-lhes então o seu relato, a eles e a toda a comunidade, e mostraram-lhes os frutos da terra. Eis o que eles contaram: «Entrámos no país ao qual nos enviaste; é de facto uma terra onde corre leite e mel e aqui estão os seus frutos. Mas o povo que o habita é poderoso, as cidades são muito grandes e fortificadas e até lá vimos descendentes de Anac. Os amalecitas ocupam a região do Negueb; os hititas, os jebuseus e os amorreus vivem na serra; e os cananeus habitam junto ao mar e à beira do Jordão». Caleb procurou acalmar o povo, que começava a sublevar-se contra Moisés, e disse: «Subamos e conquistemos aquele país, porque certamente sairemos vencedores». Mas os homens que tinham ido com ele disseram: «Não podemos avançar contra aquele povo, porque é mais forte do que nós». E começaram a dizer mal da terra que tinham ido observar, dizendo aos filhos de Israel: «A terra que fomos observar é um país que devora os seus habitantes e toda a gente que ali vimos são homens de grande estatura. Vimos lá os gigantes __ os filhos de Anac, descendentes de gigantes __. Ao seu lado nós parecíamos gafanhotos e era assim que eles também nos olhavam». Então toda a comunidade de Israel levantou a voz em altos brados e o povo passou aquela noite a chorar. O Senhor falou a Moisés e a Aarão, dizendo: «Até quando esta comunidade perversa continuará a murmurar contra Mim? Eu ouvi as murmurações dos filhos de Isarel contra Mim. Vai dizer-lhes: ‘Por minha vida __ oráculo do Senhor __ Eu vos tratarei segundo as próprias palavras que pronunciastes aos meus ouvidos. Neste deserto cairão os cadáveres de todos vós que fostes recenseados de vinte anos para cima e murmurastes contra Mim. Vós observastes aquela terra durante quarenta dias. A cada dia corresponderá um ano. Pois bem: durante quarenta anos suportareis o peso das vossas faltas e sabereis quanto custa provocar a minha indignação. Fui Eu, o Senhor, que falei. É assim que tratarei esta comunidade perversa, que se amotinou contra Mim. Serão consumidos neste deserto e nele morrerão’».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 105 (106), 6-7a.13-14.21-22.23 (R. 4a)
Refrão: Lembrai-Vos de nós, Senhor, por amor do vosso povo. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Pecámos como os nossos pais,
fizemos o mal e praticámos a iniquidade.
Nossos pais na terra do Egipto
não entenderam os vossos prodígios. Refrão
Depressa esqueceram os seus feitos grandiosos
e não confiaram nos seus desígnios.
E entregaram-se à orgia no deserto
e tentaram a Deus no descampado. Refrão
Esqueceram a Deus que os salvara,
que realizara prodígios no Egipto,
maravilhas na terra de Cam,
feitos gloriosos no Mar Vermelho. Refrão
E pensava já em exterminá-los,
se Moisés, o seu eleito,
não intercedesse junto d’Ele
e aplacasse a sua ira para não os destruir. Refrão
ALELUIA Lc 7, 16
Refrão: Aleluia Repete-se
Apareceu entre nós um grande profeta:
Deus visitou o seu povo. Refrão
EVANGELHO Mt 15, 21-28
«Mulher, é grande a tua fé»
A mãe do jovem doente era pagã. No plano de Deus, a missão histórica de Jesus confinar-se-ia ao seu povo; os pagãos (a quem frequentemente os judeus deram o tratamento de “cães”) seriam objeto da evangelização feita no futuro pelos Apóstolos. Mas a presença de Jesus despertou a fé desta pagã, e a fé da pagã tocou o coração de Jesus, a fé que até é capaz de transpor montanhas!
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus retirou-Se para os lados de Tiro e Sidónia. Então, uma mulher cananeia, vinda daqueles arredores, começou a gritar: «Senhor, Filho de David, tem compaixão de mim. Minha filha está cruelmente atormentada por um demónio». Mas Jesus não lhe respondeu uma palavra. Os discípulos aproximaram-se e pediram-Lhe: «Atende-a, porque ela vem a gritar atrás de nós». Jesus respondeu: «Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel». Mas a mulher veio prostrar-se diante d’Ele, dizendo: «Socorre-me, Senhor». Ele respondeu: «Não é justo que se tome o pão dos filhos para o lançar aos cachorrinhos». Mas ela insistiu: «É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos». Então Jesus respondeu-lhe: «Mulher, é grande a tua fé. Faça-se como desejas». E, a partir daquele momento, a sua filha ficou curada.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sab 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos Anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do Céu.
Ou Jo 6, 35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovais com o pão do Céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Basta-me a Tua graça».
São
Paulo
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Num 13, 1-2.25 – 14, 1.26-29.34-35:
Antes
de o povo entrar na terra Prometida, foi enviado, à sua frente, um grupo de
exploradores, para observar o país aonde Deus os conduzia. As notícias não
agradaram, e logo começou a murmuração contra Deus e contra Moisés; em
consequência, foram consumidos no deserto e nele morreram.
Mt
15, 21-28 :A mãe do jovem doente era pagã. No plano
de Deus, a missão histórica de Jesus confinar-se-ia ao seu povo; os pagãos (a
quem frequentemente os judeus deram o tratamento de “cães”) seriam objeto da
evangelização feita no futuro pelos Apóstolos. Mas a presença de Jesus
despertou a fé desta pagã, e a fé da pagã tocou o coração de Jesus, a fé que
até é capaz de transpor montanhas!
ORAÇÃO: Senhor, o teu
caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a
servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a
dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
A VOZ DO PASTOR
DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA
Todos os anos os fogos florestais
atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de
Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos
de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição,
incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil
imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento,
quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e
impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos
Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de
forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.
Considerando o bom trabalho
desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as
Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de
angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a
comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às
famílias vitimadas.
Para o efeito mandatei a Cáritas
Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das
necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está
incluída a recolha de donativos através da
conta
bancária - IBAN: PT50.0036.0057.99100143379.08
para a qual deverão ser canalizados
todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o
desejem fazer.
Também o acompanhamento das pessoas
em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível
afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades
paroquiais afetadas.
Numa situação de emergência ou
catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de
sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão
concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a
rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e
grupos paroquiais de ação social.
A Cáritas Diocesana manterá a
Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.
Que
a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça
encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na
caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.
Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de
Portalegre-Castelo Branco.
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O DESPORTO E A
RESPONSABILIDADE DOS FAMOSOS
O desporto revela a verdade e o sentido da liberdade da
pessoa, mesmo quando se chuta com o pé que se tem mais à mão! A liberdade,
porém, tem os seus caprichos, está ligada à responsabilidade. Uma chatice,
dirão alguns!
Usufruímos da liberdade, sim, não para fazer o que
queremos, mas o que devemos. As livres escolhas acabam por influenciar as
relações interpessoais, a vivência e a convivência social. Se a vida é um jogo,
o jogo tem regras. As regras estimulam a criatividade, tornam o atleta mais
livre e mais criativo, fazem com que se divirta a jogar e enfrente com alegria
o desafio que o jogo oferece.
Aceitando as regras, as estratégias e as táticas de jogo, cada atleta movimenta-se na sua própria liberdade e criatividade para alcançar o objetivo em causa. Claro está que é competindo juntos e em colaboração, embora cada um no seu lugar e a fazer o que lhe compete fazer. Uma equipa é um corpo, no qual nenhum membro pode auto dispensar-se ou dispensar o outro. A harmonia do corpo reclama a boa funcionalidade de todos os seus membros, cada um no seu lugar e a exercer bem a sua função (cf. 1Cor12,21-27).
Assim, livre e
criativo, o atleta, tendo os outros em conta, consegue surpreender o adversário
com as suas técnicas e estratégias inovadoras, tornando-se mais apreciado. Pena
é que, muitas vezes, esta apreciação faça reduzir o atleta a mera mercadoria
lucrativa e o faça levantar voo em busca de novas paragens. Para aguçar o
apetite à leitura, continuo a realçar alguns pensamentos do documento “Dar o
melhor de si”, do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, um documento
sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. Desta vez realço o
capítulo III.
Uma competição desportiva pode ser considerada uma espécie de narração de uma história entre duas ou mais partes concorrentes que competem entre si. As partes concorrentes encenam uma representação estética e artística que tem, inclusive para os espectadores, vários níveis de leitura e interpretação. Tal como “no caso das obras artísticas, a narração desportiva também não tem um conteúdo claro, distinto e unívoco e, por isso, esta aberta a diversas e opostas atribuições de significado ou interpretações”. Deve ser por isso que o desporto enche páginas e páginas de jornais e alimenta debates e mais debates, longos e apaixonados, sobre capacidades, opções, resultados, momentos e dinâmicas desportivas.
O desporto, porém, não
é guerra, serve e educa para a paz. A guerra surge “quando as pessoas pensam
que a cooperação já não é possível e quando não se chega a acordo sobre as
regras fundamentais. No desporto, o adversário é um participante no contexto
codificado das regras, e não um inimigo a aniquilar”. É a presença de um
adversário “que faz emergir o melhor de um atleta, e, por isso, essa
experiência pode ser agradável e fascinante”. E é assim que o desportista
cresce, se torna capaz de construir um ambiente no qual convivem e interagem a
liberdade e a responsabilidade, a criatividade e o respeito pelas regras, o
divertimento e a seriedade, o espírito de colaboração e a ajuda mútua, tudo a
fazer crescer o talento e o caráter da pessoa.
Se o desporto permite à pessoa fazer a experiência da beleza, também lhe permite fazer a experiência da tensão entre a força e a fragilidade, a liberdade e a criatividade, a individualidade e a comunidade, o corpo e a alma, as verdades fundamentais sobre si própria e o significado último da própria existência. De facto, o ser humano foi criado para uma felicidade muito maior, a qual se torna possível pela graça de Deus que não vem destruir aquilo que é humano, mas aperfeiçoar a sua natureza. É por isso que ninguém se pode contentar com “um empate medíocre” no jogo da vida, na busca do bem, na Igreja e na sociedade.
Se o desporto permite à pessoa fazer a experiência da beleza, também lhe permite fazer a experiência da tensão entre a força e a fragilidade, a liberdade e a criatividade, a individualidade e a comunidade, o corpo e a alma, as verdades fundamentais sobre si própria e o significado último da própria existência. De facto, o ser humano foi criado para uma felicidade muito maior, a qual se torna possível pela graça de Deus que não vem destruir aquilo que é humano, mas aperfeiçoar a sua natureza. É por isso que ninguém se pode contentar com “um empate medíocre” no jogo da vida, na busca do bem, na Igreja e na sociedade.
O fair play permite que o desporto se torne uma
oportunidade de educação para toda a sociedade. Não existe apenas quando se
respeitam formalmente as regras. Existe também quando se observa a própria
justiça em relação aos próprios adversários, de tal modo que cada concorrente
se possa desempenhar bem no jogo. Isto implica que não haja estratégias
escondidas nem aproveitamento incorreto dos adversários, mas que o jogo seja,
na verdade, uma “ocasião inevitável de praticar as virtudes humanas e cristãs
da solidariedade, da lealdade, do comportamento correto e do respeito pelos
outros, apontando para mais alto, superando o objetivo da vitória e procurando
o desenvolvimento da pessoa no interior de uma comunidade formada por
companheiros de equipa e adversários”.
São também virtudes e valores presentes no desporto, tal como no jogo da vida, a perseverança no meio dos desafios da dureza, da abnegação e da humildade que o projeto desportivo envolve; o sacrifício exigido para adquirir as competências e as capacidades necessárias em treinos contínuos e estruturados; o regramento no trabalho, na alimentação, no divertimento e no descanso; a harmonia que reclama equilíbrio e bem-estar entre a mente e o corpo e leva a pessoa a procurar o seu próprio desenvolvimento integral; a coragem que se manifesta sobretudo quando já não há possibilidade de vitória mas se tenta fazer a coisa justa do ponto de vista ético ou físico e se procura manter a equipa unida e lutadora até ao fim; o sentido da igualdade e do respeito pela diferença e pela diversidade da condição humana; a solidariedade em favor de um objetivo comum, com respeito e inclusão; as boas maneiras, a lealdade e a amizade que geram empatia e bom ambiente; a alegria que tantas vezes convive e emerge das dificuldades e dos desafios mais duros e que se estende aos apaixonados por esse mundo fora; a superação do egoísmo e do individualismo para, cada um na sua própria singularidade, com os seus dons e talentos, possa contribuir de modo peculiar para o grupo, com espírito de equipa, reconhecendo que tem uma importância única e específica para a tornar mais forte e eficaz.
Se o atleta der rosto a
essas atitudes e convicções, se as incarnar não só na atividade desportiva, mas
também no seu ambiente familiar, cívico, cultural e religioso, estará a prestar
um enorme contributo à educação dos jovens, onde tantas vezes reina a perda de
valores e a desorientação crescente.
Os atletas, sobretudo os mais famosos, têm uma inevitável responsabilidade social.
Representam uma atividade desportiva que reúne constantemente
uma multidão imensa e à qual os meios de comunicação social dedicam muito
espaço e tempo. O que eles fazem, a maneira como se apresentam e reagem, o que
dizem e não dizem, até a sua própria vida familiar influencia terceiros,
sobretudo a juventude. Que bom seria se influenciassem sempre para seguir os
melhores caminhos!
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 02-08-2019.
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