PARÓQUIAS
DE NISA
Sábado,
31 de agosto de 2019
Sábado da XXI semana do tempo comum
Ofício da féria
SÁBADO da semana
XXI
Santa
Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Tes 4, 9-11; Sal 97 (98), 1. 7-8. 9
Ev Mt 25, 14-30
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 1 Tes 4, 9-11; Sal 97 (98), 1. 7-8. 9
Ev Mt 25, 14-30
* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 85, 1-3
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Tes 4, 9-11
«Vós mesmos aprendestes de Deus
a amar-vos uns aos outros»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Inclinai o vosso ouvido e atendei-me, Senhor,
salvai o vosso servo, que em vós confia.
Tende compaixão de mim, Senhor,
que a Vós clamo o dia inteiro.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor Deus,
que unis os corações dos fiéis num único desejo,
fazei que o vosso povo ame o que mandais
e espere o que prometeis,
para que, no meio da instabilidade deste mundo,
fixemos os nossos corações
onde se encontram as verdadeiras alegrias.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Tes 4, 9-11
«Vós mesmos aprendestes de Deus
a amar-vos uns aos outros»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos: Sobre o amor fraterno, não precisais que vos escreva, porque vós mesmos aprendestes de Deus a amar-vos uns aos outros. E assim fazeis com todos os irmãos na Macedónia. Nós vos exortamos, irmãos, a progredir cada vez mais, tendo como ponto de honra viver em paz, ocupando-vos dos vossos assuntos e trabalhando com as vossas próprias mãos, como vos ordenámos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 97 (98), 1.7-8.9 (R. 9)
Refrão: O Senhor julgará os povos com justiça. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo
pelas maravilhas que Ele operou.
A sua mão e o seu santo braço
Lhe deram a vitória. Refrão
Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria. Refrão
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra:
julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade. Refrão
ALELUIA Jo 13, 34
Refrão: Aleluia Repete-se
Dou-vos um mandamento novo, diz o Senhor:
amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Refrão
EVANGELHO Mt 25, 14-30
«Foste fiel em coisas pequenas:
vem tomar parte na alegria do teu Senhor»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «Um homem, ao partir de viagem, chamou os seus servos e confiou-lhes os seus bens. A um entregou cinco talentos, a outro dois e a outro um, conforme a capacidade de cada qual; e depois partiu. O que tinha recebido cinco talentos fê-los render e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois talentos ganhou outros dois. Mas, o que recebera um só talento foi escavar a terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Muito tempo depois, chegou o senhor daqueles servos e foi ajustar contas com eles. O que recebera cinco talentos aproximou-se e apresentou outros cinco, dizendo: ‘Senhor, confiaste-me cinco talentos: aqui estão outros cinco que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera dois talentos e disse: ‘Senhor, confiaste-me dois talentos: aqui estão outros dois que eu ganhei’. Respondeu-lhe o senhor: ‘Muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas, confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu senhor’. Aproximou-se também o que recebera um só talento e disse: ‘Senhor, eu sabia que és um homem severo, que colhes onde não semeaste e recolhes onde nada lançaste. Por isso, tive medo e escondi o teu talento na terra. Aqui tens o que te pertence’. O senhor respondeu-lhe: ‘Servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde nada lancei; devias, portanto, depositar no banco o meu dinheiro e eu teria, ao voltar, recebido com juro o que era meu. Tirai-lhe então o talento e dai-o àquele que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, dar-se-á mais e terá em abundância; mas, àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. Quanto ao servo inútil, lançai-o às trevas exteriores. Aí haverá choro e ranger de dentes’».
Palavra do salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que pelo único sacrifício da cruz,
formastes para Vós um povo de adopção filial,
concedei à vossa Igreja o dom da unidade e da paz.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 103, 13-15
Encheis a terra, Senhor, com o fruto das vossas obras.
Da terra fazeis brotar o pão
e o vinho que alegra o coração do homem.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Realizai em nós plenamente, Senhor,
a acção redentora da vossa misericórdia
e fazei-nos tão generosos e fortes
que possamos agradar-Vos em toda a nossa vida.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«O
ensinamento mais importante que
transmitimos é aquele que vivemos».
S.
Francisco de Assis
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1. Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS 1 Tes 4, 9-11: S.
Paulo exorta os Tessalonicenses à caridade cada vez maior de uns para com os
outros, ainda que eles já assim vivessem habitualmente. Respira-se nesta
passagem a paz e a alegria em que as primitivas comunidades cristãs viviam,
como novidade que tinham aprendido do próprio Deus, pelo Evangelho de seu
Filho, Jesus Cristo. Esta santidade de vida manifesta-se, no dia a dia, nas
ocupações normais da vida de cada um, na caridade fraterna, na vida em paz, no
trabalho feito com as próprias mãos.
Mt
25, 14-30 : Escutamos hoje outra parábola, que
sublinha o sentido que a vida deve tomar, quando se olha para o seu fim. Em
vida, somos administradores dos dons de Deus; por isso, o julgamento recairá
sobre o uso que tivermos feito desses dons. A boa administração dos mesmos,
levar-nos-á à comunhão eterna com a fonte de todos eles, na alegria do Senhor.
ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.
AGENDA DO DIA
09.00 horas: Funeral em
Nisa - Misericórdia
16.00 horas: Missa no
Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa.
A VOZ DO PASTOR
Ao longo da história, sempre existiram pessoas a despertar e a manter viva
a consciência coletiva. Atentas aos sinais dos tempos, sem preconceitos, sabem
apreciar e interpretar os fenómenos sociais e os seus impactos no futuro. Por
isso, sem subserviências e com olhos de ver, tornam-se críticos mordazes do
poder e da governança e nada moles na forma de o fazer. Procuram sacudir, fazer
acordar, forçar a inversão das coisas. Não são pessoas frustradas ou de mal com
a vida, são profetas, e basta!... Por isso, embora sejam indispensáveis no
desenrolar da História, não raro, tornam-se antipáticos, fazem aquecer os
fusíveis dos dormentes e instalados nas suas seguranças, ao ponto de serem fortemente
admoestados, silenciados, perseguidos, presos... Vivem convictos de que o poder
não pertence à essência da humanidade. Mesmo que constituídas em autoridade, as
pessoas são relativas, e quem o tem, exerce um poder delegado e em função do
bem comum. Exerce-o não só para cuidar da prosperidade económica e do bem estar
social, mas também para que a pessoa se realize em plenitude. E a pessoa aspira
à imortalidade, tem dentro de si ambições de infinito, parece-lhe impossível
que para lá do horizonte da História e da complexidade majestosa e bela do
universo, não haja algo que corresponda a esta sua ânsia interior de
sobrevivência e sentido. Para nós, os crentes, a história caminha, de facto, em
direção aos Novos Céus e à Nova Terra (cf. Ap 21,1). Em direção a uma realidade
que nem os olhos viram, nem os ouvidos escutaram, nem qualquer mente humana,
por mais sagaz que seja, pode sequer
imaginar! (cf. 1Cor 2,9).
O sentido último da existência de qualquer autoridade é servir, rasgando
horizontes de alegria e de verdadeira esperança. Não se trata de querer
teocracias ou regimes sagrados. Tampouco se trata de querer ferir a justa
autonomia das realidades terrenas ou de querer que todos pensem e digam a mesma
coisa ou governem de igual forma. Trata-se de um exercício do poder que seja
capaz de promover o bem comum de forma verdadeiramente solidária e fraterna, na
justiça e na paz. Que faça convergir as energias de todos os cidadãos no bom
uso da sua liberdade e na consciência do próprio dever e sentido de
responsabilidade. Esta missão de congregar e conduzir o povo à alegria de viver
com esperança, se reclama competência, também exige humildade e respeito por
todos, tendo presente que todas as formas de absolutismo significam retrocesso
e fiasco. Quando se tem consciência do exercício do poder como responsabilidade
delegada e se age em conformidade, todos, crentes e não crentes, poderemos ir petiscando,
desde já, um pouquinho dessa vida que nós, os crentes, esperamos viver em
plenitude nos Novos Céus e na Nova Terra, onde também esperamos ver, com grande
júbilo e satisfação, os Tomés de hoje, emocionalmente deslumbrados e a
confessar: “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo 20, 28).
Tudo isto vem a propósito do profeta Elias e da sua ação. Outrora, o grande
império do rei Salomão, por razões da fragilidade humana, dividira-se em dois
reinos. Cada um sem qualquer projeção política e ambos sempre mal servidos. O
profeta Elias constata o mal estar do povo e confronta-se com os desmandos governativos
do rei Acab. Acab tinha-se casado com uma princesa fenícia que logo arrasta
consigo os costumes e a religião dos fenícios, onde o deus Baal era considerado
o senhor da fertilidade e da vida. No entanto, em vez da vida que o povo
esperava, o país, para além da incompetência governativa, sofre uma terrível seca
e, consequentemente, a ruina do povo. Elias mostra que se a situação se deve à débil
governança sem justiça e sem direito, também se deve ao facto de terem voltado
as costas ao Deus da Aliança. Surge assim um forte quiproquó entre Elias e o
rei Acab e os profetas de Baal subservientes ao poder do rei. Elias desmascara
os deuses falsos e aqueles que os servem. Esforça-se por levar o povo à
redescoberta da verdade e a fazer com que ele escolha, de novo, o Deus que dá a
vida e não os ídolos que provocam a morte. O rei Acab não gostou da festa, saiu
ao encontro de Elias considerando-o a ruína de Israel e com vontade de lhe
cortar o pescoço. Elias, porém, responde que «Não, eu não sou a ruína de
Israel. Pelo contrário, tu e a casa de teu pai é que o sois, por terdes
abandonado os preceitos do Senhor”. Empoleirados
nas suas certezas, travam-se de razões e fazem uma aposta para fazer valer cada
um a sua razão e a sua força. Assim, o rei Acab convocou a sua malta e todos os
profetas de Baal e de Achera, centenas deles. Elias, o único profeta do Senhor
que ainda restava, aproximou-se deles e chama-os a atenção pelo facto de
viverem na indecisão, com um pé dentro e outro fora: “Até quando coxeareis com
as duas pernas? Se Javé é o Deus verdadeiro, segui a Javé. Se é Baal, segui a
Baal!» O povo não respondeu a esta tirada de Elias, não sabia o que responder.
Então, Elias coloca sobre a mesa os dados da aposta, um momento com certo humor
que até podemos imaginar e espreitar da nossa janela. Elias pediu dois novilhos
para que eles escolhessem um, o preparassem e colocassem sobre a lenha, mas sem
lhe chegar fogo. Elias ficaria com o outro, prepará-lo-ia e colocá-lo-ia sobre
a lenha, também sem lhe chegar fogo. Invocariam então, cada um o seu Deus e
aquele que respondesse enviando o fogo para consumir a vítima seria reconhecido
como o único Deus verdadeiro. Todos acharam muito bem. Com certeza que
apertaram a mão ou trocaram outro gesto habitual a selar a aposta. E lá chegou
a hora do ajuste de contas. As centenas de profetas de Baal, ligados ao rei
Acab, depois de terem preparado as coisas, foram os primeiros a invocar o seu
deus, Baal. Invocaram-no “desde manhã até ao meio-dia, gritando: «Baal,
escuta-nos!» Mas nenhuma voz se ouviu, nem houve quem respondesse. E dançavam
à volta do altar que tinham levantado. Quando era já meio-dia, Elias
começou a escarnecer deles, dizendo: «Gritai com mais força! Talvez esse
deus esteja entretido com alguma conversa! Ou então estará ocupado, ou anda de
viagem. Talvez esteja a dormir! É preciso acordá-lo!» Então eles gritavam
em voz alta, feriam-se, segundo o seu costume, com espadas e lanças, até
ficarem cobertos de sangue. Passado o meio-dia, continuaram enfurecidos,
até à hora em que era habitual fazer-se a oblação. Mas não se ouviu resposta
nem qualquer sinal de atenção”.
Chegou então a vez de Elias invocar o seu Deus. Todo o povo se aproximou
dele enquanto ele preparava as coisas. Erigiu um altar ao nome do Senhor e
cavou um sulco em volta do altar. Dispôs a lenha e colocou o novinho já esquartejado e
pronto sobre ela, e disse-lhes: «Enchei quatro talhas de água e derramai-a
sobre o holocausto e sobre a lenha.» Depois acrescentou: «Tornai a fazer o
mesmo.» Tendo eles repetido o gesto, acrescentou: «Fazei-o pela terceira
vez.» Eles obedeceram. A água correu à volta do altar até o sulco ficar
completamente cheio. À hora do sacrifício, o profeta Elias aproximou-se, dizendo:
«Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostra hoje que és Tu o Deus em
Israel, que eu sou o teu servo; às tuas ordens é que eu fiz tudo isto. Responde-me,
Senhor, responde-me! Que este povo reconheça que Tu, Senhor, é que és Deus,
aquele que lhes converte os corações.» De repente, o fogo do Senhor caiu do céu
e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras, a lama e até mesmo a própria água
do sulco. Ao ver isto, o povo prostrou-se de rosto por terra, exclamando:
«O Senhor é que é Deus! O Senhor é que é Deus!» (1Reis 18).
Perante tantos deuses que o mundo de hoje nos oferece e entroniza, é bom
que não nos deixemos coxear com as duas pernas, que não andemos também nós com
um pé dentro e outro fora...
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 30-08-2019
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