sexta-feira, 2 de agosto de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Sábado, 03 de agosto de 2019








Sábado da XVII semana do tempo comum



Ofício da féria ou da memória



SÁBADO da semana XVII

Santa Maria no Sábado – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Lev 25, 1. 8-17; Sal 66 (67), 2-3. 5. 7-8
Ev Mt 14, 1-12

* I Vésp. do domingo – Compl. dep. I Vésp. dom.


MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Lev 25, 1.8-17
«No ano do jubileu, cada um tornará a possuir a sua propriedade»


Leitura do Livro do Levítico

O Senhor falou a Moisés, dizendo: «Contareis sete semanas de anos, isto, é, sete vezes sete anos; de maneira que, durante esse período de tempo, serão quarenta e nove anos. No dia dez do sétimo mês, mandarás fazer uma proclamação ao som da trombeta. É o dia das Expiações: tocareis a trombeta por toda a vossa terra. De cinquenta em cinquenta anos promulgareis um ano santo e proclamareis no país a liberdade de todos os habitantes da terra. Será para vós um jubileu: cada um tornará a possuir a sua propriedade e cada um voltará à sua família. O quinquagésimo ano será para vós um ano jubilar: não semeareis, nem ceifareis as espigas que tiverem nascido espontaneamente, nem vindimareis as vinhas não podadas. É um jubileu, que será para vós sagrado: comereis do que os campos forem produzindo. Nesse ano jubilar, cada um tornará a possuir a sua propriedade. Se venderes alguma coisa ao teu próximo, ou se lhe comprares alguma coisa, nenhum de vós prejudique o seu irmão. Comprarás ao teu próximo, tendo em conta o número de anos depois do jubileu; e ele te venderá segundo o número de anos de colheita. Quanto maior for o número de anos, maior será o preço; quanto menor for o número de anos, menor será o preço, pois o que ele te vende é um certo número de colheitas. Nenhum de vós prejudique o seu próximo. Temerás o teu Deus, porque Eu sou o Senhor, vosso Deus».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.7-8 (R. cf.4)
Refrão: Louvado sejais, Senhor, pelos povos de toda a terra. Repete-se


Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

A terra produziu os seus frutos,
o Senhor nosso Deus nos abençoa.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu louvor aos confins da terra. Refrão


ALELUIA Mt 5, 10
Refrão: Aleluia Repete-se

Bem-aventurados os que sofrem perseguição
por amor da justiça,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão


EVANGELHO Mt 14, 1-12
«Herodes mandou decapitar João na cadeia
e os seus discípulos foram dar a notícia a Jesus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, o tetrarca Herodes ouviu falar da fama de Jesus e disse aos seus familiares: «Esse homem é João Baptista que ressuscitou dos mortos. Por isso é que nele se exercem tais poderes miraculosos». De facto, Herodes tinha mandado prender João e algemá-lo no cárcere, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. Porque João dizia constantemente a Herodes: «Não te é permitido tê-la por mulher». E embora quisesse dar-Lhe a morte, tinha receio da multidão, que o considerava como profeta. Ocorreu entretanto o aniversário de Herodes e a filha de Herodíades dançou diante dos convidados. Agradou de tal maneira a Herodes, que este lhe prometeu com juramento dar-lhe o que ela pedisse. Instigada pela mãe, ela respondeu: «Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Baptista». O rei ficou consternado, mas por causa do juramento e dos convidados, ordenou que lha dessem e mandou decapitar João no cárcere. A cabeça foi trazida num prato e entregue à jovem, que a levou a sua mãe. Os discípulos de João vieram buscar o seu cadáver e deram-lhe sepultura. Depois foram dar a notícia a Jesus.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.

Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.





« Procurar o bem em favor do próximo é encontrar o próprio bem».

Platão




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Lev 25, 1.8-17: Entre as instituições que regiam a vida do povo de Deus no Antigo Testamento, havia o jubileu ou ano jubilar, que se celebrava de cinquenta em cinquenta anos. Nesse ano, em que as terras repousavam sem serem cultivadas, as propriedades voltavam aos seus donos primitivos, o que não permitia abusos na posse dos terrenos. Na sinagoga de Nazaré, Jesus apresenta-Se a trazer um verdadeiro ano jubilar, um ano de graça do Senhor, portador do perdão dos pecados.
 
Mt 14, 1-12: A perseguição, mais tarde desencadeada contra Jesus, começa já a fazer sentir-se em relação àquele que preparou o seu aparecimento em público, João Baptista. A palavra de Deus projecta luz sobre as trevas dos homens, e, ao mesmo tempo que ilumina os que a acolhem, denuncia os que a rejeitam. E, se aquele que a proclama insiste em a fazer ouvir, não lhe faltará perseguição, mesmo até chegar à morte, como aconteceu a João Baptista.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA


11.00 horas: Casamento em Montalvão
15.00 horas: Missa em Salavessa
16.00 horas: Missa em Pé da Serra
16.00 horas: Missa no Pardo
18.00 horas: Missa em Nisa
19.30 horas: Batismo em Gavião do Ródão





A VOZ DO PASTOR


DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA


Todos os anos os fogos florestais atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.

Considerando o bom trabalho desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.

Para o efeito mandatei a Cáritas Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está incluída a recolha de donativos através da

conta bancária - IBAN:  PT50.0036.0057.99100143379.08

para a qual deverão ser canalizados todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o desejem fazer.

Também o acompanhamento das pessoas em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades paroquiais afetadas.

Numa situação de emergência ou catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais de ação social.

A Cáritas Diocesana manterá a Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.

Que a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.


Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


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DESPORTO: UM SINAL DOS TEMPOS COM VALOR DE FESTA

A vida é um jogo! Um jogo muito mal jogado logo por Adão e Eva. Se vivessem hoje, não sabemos se eles usariam o sistema tático 4-4-2 ou o 3-5-2 ou qualquer outro dos reconhecidos pela FIFA. Não sabemos de que club é que eles seriam; se iriam sentir-se pressionados por alguma claque ou injustiçados por algum árbitro; se contestariam o vídeo-árbitro e se gostariam de tanta fartura de futebol em debates tão inflamados nas televisões. O que sabemos é que não cumpriram as regras do jogo e nenhum quis assumir as responsabilidades. Por isso, embora com a promessa de novos tempos e sem assaltos à academia, foram expulsos do relvado – um relvado belo como um jardim! -, que passou a ser guardado por querubins e espada flamejante (cf. Gn 3).
Se a vida é um jogo, o jogo é desporto e desporto “é uma atividade física em movimento, individual ou em grupo, de caráter lúdico e competitivo, codificada mediante um sistema de regras, que gera uma prestação confortável com outras em condições de iguais oportunidades”. Existe desde o alvorecer da história. É um fenómeno civilizacional, permeia os estilos e as opções de vida de muita gente. Faz parte da sociedade e participa nas suas dinâmicas. Ultrapassa as fronteiras nacionais e a diversidade das culturas. É global, tem alcance planetário, está no coração de toda a humanidade e também no coração de toda a Igreja.
O Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, publicou um documento interessante sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. Tem por título “Dar o melhor de si”. Pretende falar “a todos aqueles que amam e promovem o desporto, quer sejam atletas, professores, treinadores, pais ou pessoas para quem o desporto é uma profissão ou uma vocação”. Aborda “quer as grandes oportunidades e possibilidades que o desporto oferece, quer os riscos, as ameaças e os desafios que ele nos apresenta”. O Papa Francisco, a propósito do Documento, enviou uma mensagem em que realça o desporto como lugar de encontro, veículo de formação e meio de missão e santificação: “Numa cultura dominada pelo individualismo e pelo descarte das gerações mais jovens e dos mais idosos, o desporto é um âmbito privilegiado em torno do qual as pessoas se encontram sem distinção de raça, sexo, religião ou ideologia e onde podemos experimentar a alegria de competir para juntos alcançar uma meta”.
A Igreja, com a sua presença organizada e institucional no sistema desportivo, segue o desporto e procura ajudar a promovê-lo do ponto de vista institucional, pastoral e cultural. Em vários países, existem, há mais de um século, associações e sociedades desportivas eclesiais, plenamente envolvidas nos eventos desportivos de caráter local e nacional. Várias Conferências Episcopais colaboram de perto com associações desportivas nacionais e internacionais. A par da ação de muitos leigos neste campo, há numerosos sacerdotes que estão empenhados em grupos desportivos paroquiais e associações desportivas amadoras ou que prestam serviço como capelães em sociedades desportivas profissionais ou nos Jogos Olímpicos. São belos sinais de uma Igreja em saída!...
São Paulo usava metáforas desportivas para explicar a vida dos cristãos aos gentios. Pensadores cristãos dos primeiros tempos, também pensaram na vida cristã como um desafio competitivo e opunham-se, com determinação, a certas ideologias que desvalorizavam o corpo em nome de uma mal-entendida exaltação do espírito. São Tomás de Aquino escreveu sobre o valor dos jogos e a importância de as pessoas dedicarem tempo ao recreio e aos jogos. Os humanistas do Renascimento e os primeiros jesuítas, no seguimento de São Tomás, acentuaram a importância de haver tempo para o jogo e o recreio no percurso escolar, e assim se foi incluindo nas instituições escolares do ocidente. A revolução industrial, as suas mudanças sociais, políticas e económicas ofereceram condições para favorecer a origem, difusão e afirmação do desporto moderno a nível global. Os meios de comunicação social sempre foram incansáveis na sua difusão. A luta constante pela sua autonomia com a redescoberta das ideias pedagógicas da antiga Grécia, fizeram com que as atividades físicas fossem ganhando cada vez mais estatuto nos percursos da educação, também para promover o reconhecimento da igualdade entre as pessoas e formar para a democracia. Fazer um programa pedagógico global para educar os jovens de todo o mundo, educando para a paz, a democracia, a cultura do encontro e a busca da perfeição humana foi o sonho de Pierre de Coubertin, no fim do século XIX. Foi ele que, sob o lema “citius, altius, fortius” (mais veloz, mais alto, mais forte), levou a cabo a primeira edição das Olimpíadas, a primeira com êxito e reconhecimento internacional, não só com intuito desportivo e competitivo, mas também para celebrar a nobreza e a beleza da humanidade.
Em 1904, São Pio X, fazendo abrir a boca ao mundo mais puritano, acolheu um espetáculo juvenil de ginástica no Vaticano. Tal iniciativa parece que foi areia demais para a cabeça de alguns membros da Cúria romana que, mostrando-se escandalizados, logo um casquinou: “Onde é que nós vamos parar?”. Ao que o Papa terá respondido: “Ao paraíso, meu caro, ao paraíso!”.
Pio XII abriu fortemente o diálogo entre a Igreja e o mundo desportivo. Paulo VI, na mesma linha, reconhecendo a universalidade da experiência do desporto, a sua força comunicativa e simbólica e as suas grandes potencialidades educativas e formativas, interrogava: “Como poderia a Igreja desinteressar-se dele?”
São João Paulo II via o desporto como “um dos fenómenos típicos da modernidade, quase um ‘sinal dos tempos’ capaz de interpretar novas exigências e novas expectativas da humanidade”. Apoiou sempre o desporto e abriu, na Santa Sé, um departamento dedicado ao desporto. Ele acreditava que a Igreja “deve estar na linha da frente para elaborar uma pastoral do desporto adequada às necessidades dos desportistas e, sobretudo, para promover um desporto que crie as condições necessárias a uma vida rica de esperança”. Bento XVI olhou para o desporto como um moderno pátio dos gentios e um areópago onde anunciar o Evangelho, um ginásio de vida em que as virtudes podem ser interiorizadas e feitas próprias, em que é possível encontrar-se com o que é belo, bom e verdadeiro, em que é possível testemunhar a alegria de viver e conferir plenitude à experiência desportiva.
Porque vai começar uma nova época desportiva, e atendendo à importância deste Documento do Dicastério, voltarei a ele, desejando que todo o desporto fomente a sua dimensão de festa e descubra os valores e a moral que o possam ajudar a enfrentar as problemáticas que o afligem, nomeadamente “o doping, a corrupção, a violência dos adeptos e a comercialização desenfreada que avilta a alma do desporto”.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-07-2019.






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