terça-feira, 13 de agosto de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Quarta, 14 de agosto de 2019





S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir – MO 

Vermelho – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 Deut 34, 1-12; Sal 65 (66), 1-3a. 5 e 9. 16-17
Ev Mt 18, 15-20


* Na Diocese de Viana do Castelo – Aniversário da tomada de posse de D. Anacleto Cordeiro Gonçalves de Oliveira.
* Na Ordem Franciscana e na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Maximiliano Maria Kolbe, presbítero e mártir, da I Ordem – MO


ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA – SOLENIDADE

QUARTA-FEIRA à tarde

Branco.
Missa da Vigília, Glória, Credo, pf. próprio.

L 1 Cr 15, 3-4. 15-16; 16, 1-2; Sal 131 (132), 6-7. 9-10. 13-14
L 2 1 Cor 15, 54b-57
Ev Lc 11, 27-28


* Nas Dioceses de Cabo Verde – I Vésp. da Assunção da Virgem Santa Maria.
* I Vésperas da solenidade – Compl. dep. I Vésp. dom.



S. MAXIMILIANO MARIA KOLBE, presbítero e mártir

Nota Histórica
Maximiliano Maria Kolbe nasceu na Polónia no dia 8 de Janeiro; ainda adolescente, entrou na Ordem dos Frades Menores Conventuais e foi ordenado sacerdote em Roma no ano 1918. Inspirado pela sua ardente devoção à Virgem Mãe de Deus, fundou uma piedosa associação com o nome de “Milícia de Maria Imaculada”, que se propagou rapidamente, não só na sua pátria mas também noutras regiões. Chegando ao Japão como missionário, empenhou se generosamente na dilatação da fé cristã com o auxílio e sob o patrocínio da Virgem Imaculada. Finalmente, regressado à Polónia, teve de suportar graves tormentos no campo de Oswiecim (al. “Auschwitz”), distrito de Cracóvia, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, e terminou as múltiplas actividades da sua vida oferecendo se em holocausto de caridade, vindo a morrer no dia 14 de Agosto de 1941.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Mt 25, 34.40
Vinde, benditos de meu Pai, diz o Senhor.
Em verdade vos digo:
Tudo o que fizestes ao mais pequenino dos meus irmãos,
a Mim o fizestes.

ORAÇÃO COLECTA
Deus de infinita bondade, que inspirastes a São Maximiliano Maria, presbítero e mártir, uma ardente devoção à Virgem Imaculada e o fortalecestes no zelo das almas e no amor ao próximo, concedei-nos, por sua intercessão, que, trabalhando generosamente pela vossa glória ao serviço dos homens, possamos conformar-nos até à morte com vosso Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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Leituras apropriadas:

LEITURA I 1 Jo 3, 14-18
«Passámos da morte para a vida»


Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos: Nós sabemos que passámos da morte para a vida, porque amamos os nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é homicida e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo em si. Nisto conhecemos o amor: Ele deu a sua vida por nós e nós devemos também dar a vida pelos nossos irmãos. Se alguém possui bens deste mundo e, ao ver o seu irmão passar necessidade, lhe fecha o coração, como pode estar nele o amor de Deus? Meus filhos, não amemos com palavras e com a língua, mas com obras e em verdade.

Palavra do Senhor.

Outra leitura à escolha: Sab 3, 1-9


SALMO RESPONSORIAL Salmo 115 (116), 10-11.12-13.16-17 (R. 15)
Refrão: É preciosa aos olhos do Senhor
a morte dos seus fiéis.

Confiei no Senhor, mesmo quando disse:
«Sou um homem de todo infeliz».
Na minha perturbação exclamei:
«É falsa toda a segurança dos homens».

Como agradecerei ao Senhor
tudo quanto Ele me deu?
Elevarei o cálice da salvação,
invocando o nome do Senhor.

Senhor, sou vosso servo, filho da vossa serva:
quebrastes as minhas cadeias.
Oferecer-Vos-ei um sacrifício de louvor,
invocando, Senhor, o vosso nome.


ALELUIA Jo 12, 25
Refrão: Aleluia. Repete-se

Quem renuncia à sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna. Refrão


EVANGELHO Jo 15, 12-16
«Ninguém tem maior amor»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi a meu Pai. Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá».
 
Palavra da salvação.

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LEITURA I (anos ímpares) Deut 34, 1-12
«Morreu Moisés, servo do Senhor,
e nunca mais surgiu outro profeta como ele»


Leitura do Livro do Deuteronómio
 
Naqueles dias, Moisés subiu das planícies de Moab até ao monte Nebo, no cimo do Pisgá, em frente de Jericó. O Senhor mostrou-lhe todo o país: Galaad ate Dã, todo o Naftali, o território de Efraim e de Manassés, todo o território de Judá até ao mar ocidental, o Negueb, o distrito da planície de Jericó, cidade das palmeiras, até Soar. Disse-lhe o Senhor: «Esta é a terra que prometi com juramento a Abraão, a Isaac e a Jacob, dizendo: ‘Dá-la-ei à tua descendência’. Quis que a visses com os teus próprios olhos, mas não entrarás nela». Foi ali, na terra de Moab, que morreu Moisés, servo do Senhor, como o Senhor dissera. Foi sepultado no vale, na terra de Moab, em frente de Bet-Peor, e ninguém, até ao dia de hoje, reconheceu a sua sepultura. Moisés tinha cento e vinte anos quando morreu. A sua vista nunca enfraquecera, nem o seu vigor se tinha quebrado. Os filhos de Israel choraram Moisés nas planícies de Moab durante trinta dias, ao fim dos quais terminaram os dias de pranto por de Moisés. Entretanto, Josué, filho de Nun, estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés tinha imposto as mãos sobre ele. Os filhos de Israel começaram a prestar-lhe obediência, segundo a ordem que o Senhor tinha dado a Moisés. Nunca mais surgiu em Israel outro profeta como Moisés, com quem o Senhor tratava face a face; nem com tantos sinais e prodígios que o Senhor o mandou realizar na terra do Egipto, contra o faraó e contra todos os seus servos e toda a sua terra; nem com tal poder e tão grandes prodígios como os que manifestou Moisés aos olhos de todo o Israel.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 65 (66) l-3a.5 e 9.16-17 (R. cf. 20a e 9a)
Refrão: Bendito seja Deus, que salvou a minha vida. Repete-se


Aclamai o Senhor, terra inteira,
cantai a glória do seu nome,
celebrai os seus louvores, dizei a Deus:
«Maravilhosas são as vossas obras». Refrão

Vinde contemplar as obras de Deus,
admirável na sua acção pelos homens.
Foi Ele quem conservou a nossa vida
e não deixou que nossos pés vacilassem. Refrão

Todos os que temeis a Deus, vinde e ouvi,
vou narrar-vos quanto Ele fez por mim.
Meus lábios O invocaram
e minha língua O louvou. Refrão


ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia Repete-se

Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão


EVANGELHO Mt 18, 15-20
«Se te escutar, terás ganho o teu irmão»



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Se o teu irmão te ofender, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te escutar, terás ganho o teu irmão. Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja; e se também não der ouvidos à Igreja, considera-o como um pagão ou um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na terra será ligado no Céu; e tudo o que desligardes na terra será desligado no Céu. Digo-vos ainda: Se dois de vós se unirem na terra para pedirem qualquer coisa, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos Céus. Na verdade, onde estão dois ou três reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Trazemos ao vosso altar, Senhor, os nossos dons, implorando humildemente a vossa misericórdia, para que, a exemplo de São Maximiliano Maria, aprendamos a oferecer-Vos toda a nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 15, 13
Não há maior prova de amor do que dar a vida pelos amigos.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Humildemente Vos pedimos, Senhor, que a comunhão do vosso Corpo e Sangue nos inflame no fogo da caridade que São Maximiliano Maria recebeu nesta mesa santa. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.
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ASSUNÇÃO DA VIRGEM SANTA MARIA

Nota Histórica
Ao terminar a Sua missão na terra, Maria, a Imaculada Mãe de Deus, «foi elevada em corpo e alma à glória do céu» (Pio XII), sendo assim a primeira criatura humana a alcançar a plenitude da salvação.
Esta glorificação de Maria é uma consequência natural da Sua Maternidade divina: Deus «não quis que conhecesse a corrupção do túmulo Aquela que gerou o Senhor da vida».
É também o fruto da íntima e profunda união existente entre Maria e a Sua missão e Cristo e a Sua obra salvadora. Plenamente unida a Cristo, como Sua Mãe e Sua serva humilde, associada, estreitamente a Ele, na humilhação e no sofrimento, não podia deixar de vir a participar do mistério de Cristo ressuscitado e glorificado, numa conformação levada até às últimas consequências. Por isso, Maria é «elevada ao Céu em corpo e alma e exaltada por Deus como Rainha, para assim Se conformar mais plenamente com Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte» (LG. 59).
Este privilégio, concedido à Virgem Imaculada, preservada e imune de toda a mancha da culpa original, é «Sinal» de esperança e de alegria para todo o Povo de Deus, que peregrina pela terra em luta com o pecado e a morte, no meio dos perigos e dificuldades da vida. Com efeito, a Mãe de Jesus, «glorificada já em corpo e alma, é imagem e início da Igreja que se há-de consumar no século futuro» (LG. 68).
O triunfo de Maria, mãe e filha da Igreja, será o triunfo da Igreja, quando, juntamente com a Humanidade, atingir a glória plena, de que Maria goza já.
A Assunção de Maria ao Céu, em corpo e alma, é a garantia de que o homem se salvará todo: também o nosso corpo ressuscitará! A Assunção de Maria é o penhor seguro de que o homem triunfará da morte!

MISSA
Missa da Vigília

Esta Missa utiliza-se na tarde do dia 14 de Agosto, antes ou depois das Vésperas I da solenidade.

ANTÍFONA DE ENTRADA
Grandes coisas se dizem de Vós, ó Virgem Santa Maria,
que hoje fostes exaltada sobre os coros dos Anjos
e triunfais com Cristo para sempre.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que, olhando para a humildade da Virgem Maria,
A elevastes à dignidade de ser Mãe do Verbo Encarnado
e neste dia A coroastes de glória,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, salvos pelo mistério da redenção,
mereçamos ser por Vós glorificados.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Cr 15, 3-4.15-16; 16, 1-2
«Levaram a arca de Deus
e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela»


Leitura do Primeiro Livro das Crónicas

Naqueles dias,
David reuniu em Jerusalém todo o povo de Israel,
a fim de trasladar a arca do Senhor
para o lugar que lhe tinha preparado.
Convocou também os descendentes de Aarão e os levitas.
Os levitas transportaram então a arca de Deus,
por meio de varas que levavam aos ombros,
conforme tinha ordenado Moisés, segundo a palavra do Senhor.
David ordenou aos chefes dos levitas
que dispusessem os seus irmãos cantores,
para que, acompanhados por instrumentos de música
– cítaras, harpas e címbalos – ,
entoassem as suas alegres melodias.
Assim trasladaram a arca de Deus
e colocaram-na no meio da tenda
que David mandara levantar para ela.
Depois ofereceram, diante de Deus,
holocaustos e sacrifícios de comunhão.
Quando David acabou de oferecer
os holocaustos e os sacrifícios de comunhão,
abençoou o povo em nome do Senhor.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 131 (132), 6-7.9-10.13-14 (R. 8)
Refrão: Levantai-Vos, Senhor, e entrai no vosso repouso,

Vós e a arca da vossa majestade.

Ouvimos dizer que a arca estava em Éfrata,
encontrámo-la nas campinas de Jaar.
Entremos no seu santuário,
prostremo-nos a seus pés.

Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes,
exultem de alegria os vossos fiéis.
Por amor de David, vosso servo,
não afasteis o rosto do vosso Ungido.

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi».


LEITURA II 1 Cor 15, 54b-57
«Deu-nos a vitória por Jesus Cristo»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Quando este nosso corpo mortal se tornar imortal,
então se realizará a palavra da Escritura:
«A morte foi absorvida na vitória.
Ó morte, onde está a tua vitória?
Ó morte, onde está o teu aguilhão?».
O aguilhão da morte é o pecado
e a força do pecado é a Lei.
Mas dêmos graças a Deus,
que nos dá esta vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Palavra do Senhor.


ALELUIA Lc 11, 28
Refrão: Aleluia. Repete-se

Felizes os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática. Refrão


EVANGELHO Lc 11, 27-28
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre!»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
enquanto Jesus falava à multidão,
uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse:
«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre
e Te amamentou ao seu peito».
Mas Jesus respondeu:
«Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática».

Palavra da salvação.


Diz-se o Credo.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei, Senhor, este sacrifício de reconciliação e de louvor
que celebramos na Assunção da Santa Mãe de Deus,
para que alcancemos o perdão dos pecados
e vivamos em contínua acção de graças.
Por Nosso Senhor.

Prefácio próprio, como na Missa seguinte

ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Lc 11, 27
Bendita seja a Virgem Maria,
que trouxe em seu ventre o Filho de Deus Pai.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
que nos fizestes participar na mesa celeste,
ouvi benignamente as nossas súplicas
e livrai de todo o mal
aqueles que celebram a Assunção da Mãe de Deus.
Por Nosso Senhor.




«Quando amamos imitamos»


Charles de Foucauld





ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS:  Deut 34, 1-12 : Depois da travessia do deserto, Moisés chega ao fim dos seus dias. Numa leitura anterior, ouvimos Deus dizer-lhe que ele não chegaria a entrar na Terra Prometida, devido à falta de fé que ele mostrara em certa altura. Agora, leva-o até ao alto de um monte, donde lhe faz ver, ao longe, toda essa terra. E depois Moisés ali morre. Faltou-lhe a fé total na palavra de Deus, para chegar até ao fim.

Mt 18, 15-20 : Esta leitura tem em vista a vida da comunidade cristã, onde podem acontecer momentos de pecado. A orientação que o Senhor aqui deixa é a correcção fraterna; trata-se, de facto, de uma comunidade de irmãos. Os poderes conferidos a Pedro, como chefe da comunidade, atingem também, até certo ponto, os outros membros da comunidade, que se devem saber reconciliar uns com os outros, sempre que nascerem discórdias. Mas é na oração em comum que todos se hão de reconhecer verdadeiramente irmãos, no meio de quem o Senhor estará.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA



17.00 horas: Missa em Gáfete
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo
18.00 horas: Missa em Tolosa






A VOZ DO PASTOR


DESPORTO COM BELEZA E ENCANTO

As atividades e competições desportivas são sempre uma fonte fantástica de arte e beleza, de alegria e emoções. Os verdadeiros adeptos, porém, não atiram a toalha ao chão quando os resultados são menos bons. Sem cara de vinagre, sabem apoiar a sua equipa quando ganha e quando perde. É um gesto bonito e merece aplausos. Igual atitude têm para com os árbitros e sabem fazer festa com os jogadores e adeptos adversários, em qualquer circunstância. É o fair play e a própria educação que o reclamam.

Quando alguns fãs se identificam exageradamente com um atleta ou com uma equipa ou não conseguem enquadrar a derrota, não raro geram tensão, agridem, insultam, denigrem, criam guerra entre as claques, provocam intervenção policial, ninguém lucra nem sai bem na fotografia. 

O desporto, ou aquilo que o envolve, pode, na verdade, ser usado contra a dignidade do ser humano e contra os direitos da pessoa. Na doutrina social da Igreja, não só a política, a economia, a cultura, os meios de comunicação social e a própria ciência devem estar ao serviço da pessoa e do bem comum. O desporto também deve estar. Ele não pode ser um instrumento ao serviço de caprichos, ideologias, orientações políticas, interesses mediáticos, demonstrações de poder ou busca cega de lucros. Tampouco deve alimentar peneiras e piruetas diretivas, nacionalismos ou bairrismos doentios. Embora deva estar liberto e acima de tudo isso, no entanto, vamos constatando que nem sempre está. E tais desvios prejudicam a beleza e a festa desportiva, põem em causa a dignidade e os direitos dos atletas, dos espectadores e dos adeptos.
 Porque vivemos numa sociedade em que a culpa morre sempre solteira e embrulhada, mui carpideira, nos xailes negros da desculpabilização, o desporto deveria ser exceção. Deveria “sentir-se responsável por aquilo que sucede no seu contexto”. Não só os atletas, “também muitas outras figuras como as famílias, os treinadores, os assistentes, os médicos, os dirigentes, os espectadores e as pessoas envolvidas nos outros âmbitos do desporto, incluindo os cientistas, os líderes políticos e económicos e os representantes dos meios de comunicação social”. Há responsabilidades partilhadas em comportamentos nada louváveis na área desportiva. Existe um conjunto de instituições e de costumes que tornam difícil a fidelidade aos valores internos do desporto. Mas são estes que devem ser fomentados em todo o sistema e a todo o custo: “A importância social das diversas organizações desportivas ao nível regional, nacional e internacional é enorme, e assim deve ser também a sua responsabilidade moral. Elas devem estar ao serviço dos valores internos do desporto e do bem da pessoa”.

Além disso, os desportos que provocam danos ao corpo humano e à pessoa não deviam ser valorizados. A busca do mais alto desempenho e a vitória a todo o custo, pressiona imenso os desportistas. Por isso, tentam todas as formas possíveis de melhorar a prestação, não raro de modo moralmente duvidoso, sobretudo quando se reduz o corpo ao estado de objeto, o que não é, de facto, saudável. O Documento “Dar o melhor de si” do Dicastério para os Leigos, a família e a Vida sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana, Documento que temos vindo a realçar nestes três últimos artigos, cita, a este respeito, o testemunho de um antigo jogador de futebol americano: “Percebi, paradoxalmente, que era como se tivesse afastado e eliminado a ideia de que eu era o meu corpo. Conhecia o meu corpo o mais a fundo possível, mas usei-o e pensava nele como uma máquina, uma coisa que devia ser bem oleada, alimentada e mantida para realizar um trabalho específico” (cf. Cap. IV). Este é, muitas vezes, um processo de “automatização” dos atletas que pais, treinadores e dirigentes, “interessados unicamente na especialização unidirecional de um talento singular”, promovem para garantir “o seu êxito e satisfazer as expectativas de medalhas, recordes, bolsas de estudo escolares, contratos de patrocínio e riqueza”.

 Tal maneira de encarar o desporto pode fazer com que os jovens corram “o risco de se alienarem dos seus próprios afetos, comprometendo a própria capacidade de intimidade, um importante elemento de desenvolvimento no crescimento de um jovem adulto. Tudo isto exerce um impacto negativo sobre a sua capacidade de gerir, quer física quer emocionalmente, a sua relação afetiva”. 

Além disso, o doping, físico e mecânico (ciclismo, motociclismo, Fórmula 1), se usado, afeta a compreensão fundamental do desporto. Embora não corresponda aos valores da saúde e do jogo leal, sabe-se que ainda é praticado por atletas individuais e por equipas. Corrompe o desporto, viola as suas regras, degrada o corpo dos desportistas, rasga o fair play. A cura, se está em apelar à moral individual dos atletas, está sobretudo em colocar o travão àquelas fontes de financiamento e de manipulação que tantas vezes estão por detrás do que acontece. A praga da corrupção pode levar muita coisa à ruína, incluindo o desporto. Na busca dos seus interesses, a corrupção tudo explora com burlas e enganos, charlatanices e meias verdades, num submundo a evitar. Os próprios sistemas e políticas desportivas não estão imunes a que muitas das suas decisões ou opções sejam ditadas por estas térmitas, uma espécie de formiga branca, alérgica à luz do dia mas que tudo devora e destrói às escuras. Apesar de haver muita coisa bela e fantástica, é pena, muita pena que isto possa acontecer também no desporto!

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 09-08-2019.





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