domingo, 4 de agosto de 2019




PARÓQUIAS DE NISA


Segunda, 05 de agosto de 2019








Segunda da XVIII semana do tempo comum



Ofício da féria ou da memória




SEGUNDA-FEIRA da semana XVIII

Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha

L 1 Num 11, 4b-15; Sal 80 (81), 12-13. 14-15. 16-17
Ev Mt 14, 13-21


* Na Ordem Cartusiana – Santos e Beatos Mártires da Ordem Cartusiana – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Nossa Senhora de África – FESTA
* Na Diocese de Angra (Sé) – I Vésp. da Transfiguração do Senhor.



DEDICAÇÃO DA BASÍLICA DE SANTA MARIA - MF


Nota Histórica

Depois do Concílio de Éfeso (431), em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Sisto III erigiu em Roma, no monte Esquilino, uma basílica dedicada à Santa Mãe de Deus, mais tarde designada «Santa Maria Maior». É esta a Igreja mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 69, 2.6
Deus, vinde em meu auxílio,
Senhor, socorrei-me e salvai-me.
Sois o meu libertador e o meu refúgio: não tardeis, Senhor.


ORAÇÃO COLECTA
Mostrai, Senhor, a vossa imensa bondade
aos filhos que Vos imploram
e dignai-Vos renovar e conservar os dons da vossa graça
naqueles que se gloriam
de Vos ter por seu criador e sua providência.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos ímpares) Num 11, 4b-15
«Não posso sozinho ter o encargo de todo este povo»


Leitura do Livro dos Números

Naqueles dias, disseram os filhos de Israel: «Quem nos dará carne para comer? Temos saudades do peixe que no Egipto comíamos de graça e dos pepinos, melões, bolbos, cebolas e alhos. Agora temos a garganta seca; falta-nos tudo. Não vemos senão o maná». – O maná era como a semente do coentro e tinha o aspecto da goma-resina. O povo dispersava-se para o apanhar; depois passava-o pelo moinho ou pisava-o no almofariz; por fim cozia-o na panela e fazia bolos. Tinha o sabor dos bolos de azeite. Quando, à noite, o orvalho caía sobre o acampamento, caía também o maná. – Moisés ouviu chorar o povo, agrupado por famílias, cada qual à entrada da sua tenda. A ira do Senhor inflamou-se fortemente e Moisés sentiu um grande desgosto. Dirigiu-se então ao Senhor, dizendo: «Porque tratais mal o vosso servo e não encontrei graça a vossos olhos? Porque me destes o encargo de todo este povo? Porventura fui eu que concebi este povo? Fui eu que o dei à luz, para que me digais: ‘Toma este povo nos braços, como a ama leva a criança ao colo, e leva-o para a terra que Eu jurei dar a seus pais’? Onde poderei encontrar carne para dar a todo este povo, que vem chorar para junto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer’? Não posso sozinho ter o encargo de todo este povo: é excessivamente pesado para mim. Se quereis tratar-me desta forma, dai-me antes a morte. Se encontrei graça a vossos olhos, que eu não veja mais esta desventura!».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 80 (81), 12-13.14-15.16-17 (R. 2a)
Refrão: Alegrai-vos em Deus, que é o nosso auxílio. Repete-se
Ou: Aclamai a Deus, nossa força. Repete-se

O meu povo não ouviu a minha voz,
Israel não Me quis obedecer.
Por isso os entreguei à dureza do seu coração
e eles seguiram os seus caprichos. Refrão

Ah, se o meu povo Me escutasse,
se Israel seguisse os meus caminhos,
num instante esmagaria os seus inimigos,
deixaria cair a mão sobre os seus adversários. Refrão

Os inimigos do Senhor obedeceriam ao meu povo,
tal seria para sempre o seu destino.
Alimentaria o meu povo com a flor da farinha
e saciá-lo-ia com o mel dos rochedos. Refrão

ALELUIA Mt 4, 4b
Refrão: Aleluia Repete-se

Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão
No ano A, quando o Evangelho seguinte foi lido no dia anterior (Domingo XVIII) lê-se hoje Mt 14, 22-36, indicado para o dia imediato: p. 882

EVANGELHO Mt 14, 13-21
«Ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção.
Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos
e os discípulos deram-nos à multidão»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, quando Jesus ouviu dizer que João Baptista tinha sido morto, retirou-Se num barco para um local deserto e afastado. Mas logo que as multidões o souberam, deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e, cheio de compaixão, curou os seus doentes. Ao cair da tarde, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Este local é deserto e a hora avançada. Manda embora toda esta gente, para que vá às aldeias comprar alimento». Mas Jesus respondeu-lhes: «Não precisam de se ir embora; dai-lhes vós de comer». Disseram-Lhe eles: «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes». Disse Jesus: «Trazei-mos cá». Ordenou então à multidão que se sentasse na relva. Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e recitou a bênção. Depois partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão. Todos comeram e ficaram saciados. E, dos pedaços que sobraram, encheram doze cestos. Ora, os que comeram eram cerca de cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor, estes dons
que Vos oferecemos como sacrifício espiritual,
e fazei de nós mesmos
uma oblação eterna para vossa glória.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Sab 16, 20
Saciastes o vosso povo com o pão dos Anjos,
destes-nos, Senhor, o pão do Céu.

Ou Jo 6, 35
Eu sou o pão da vida, diz o Senhor.
Quem vem a Mim nunca mais terá fome,
quem crê em Mim nunca mais terá sede.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos renovais com o pão do Céu,
protegei-nos sempre com o vosso auxílio,
fortalecei-nos todos os dias da nossa vida
e tornai-nos dignos da redenção eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.




«Quanto menos possuímos mais podemos dar. Parece contraditório, mas é assim. É a lógica do amor».

Santa Teresa de Calcutá




ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia


1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra


LEITURAS: Num 11, 4b-15: A vida no deserto foi para o povo de Israel uma experiência dura e cheia de provações, que ele nem sempre soube vencer. Moisés, seu chefe, sentiu também limitações diante da sua dura tarefa. Mas o seu olhar nunca deixou de estar fixado em Deus, a Quem apresenta sempre, com humildade e confiança, a sua oração. E o Senhor salvou-o.
 
Mt 14, 13-21: Ao multiplicar os pães no deserto, Jesus apresenta-Se como o novo Moisés, que alimenta o povo de Deus de maneira miraculosa; este pão é ainda o anúncio do pão eucarístico que, a seu tempo, o Senhor há de distribuir aos seus.

ORAÇÃO: Senhor, o teu caminho é difícil e exigente. Pedes que sejamos como Tu, estando dispostos a servir. Ajuda-nos a ser humildes de coração, a ser generosos como Tu, prontos a dar a vida como Tu a deste.




AGENDA DO DIA


21.00 horas: Oração de louvor




A VOZ DO PASTOR


DIOCESE DE PORTALEGRE-CASTELO BRANCO
APELO À AJUDA FRATERNA E SOLIDÁRIA


Todos os anos os fogos florestais atingem de forma dolorosa muitas localidades da nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco. Este ano atingiu de novo os martirizados concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação deixando um enorme rasto de destruição, incluindo, pelo menos, cinco casas de primeira habitação. Não é difícil imaginar quanto desespero e dor isto provoca nas populações, quanto sofrimento, quanta pobreza a curto e a longo prazo. Embora nos sintamos pequeninos e impotentes perante tais calamidades, manifestamos a nossa proximidade junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais e das Juntas de freguesia e, de forma muito particular, junto das queridas populações tão sofridas.

Considerando o bom trabalho desenvolvido, em anos anteriores, pela Cáritas Diocesana conjuntamente com as Paróquias e Autarquias afetadas e, não existindo uma campanha nacional de angariação de fundos, torna-se necessário envolver as comunidades cristãs e a comunidade mais alargada da nossa Diocese, na ajuda fraterna e solidária às famílias vitimadas.

Para o efeito mandatei a Cáritas Diocesana da incumbência de organizar a ajuda, a partir do levantamento das necessidades que se irá iniciar após a fase de rescaldo. Nesta organização está incluída a recolha de donativos através da

conta bancária - IBAN:  PT50.0036.0057.99100143379.08

para a qual deverão ser canalizados todos os donativos angariados pelas paróquias ou que pessoas individualmente o desejem fazer.

Também o acompanhamento das pessoas em especial situação de vulnerabilidade e o respetivo apoio a prestar a nível afetivo, espiritual e religioso, deve ser promovido pelas comunidades paroquiais afetadas.

Numa situação de emergência ou catástrofe está implícita a resolução das necessidades básicas de sobrevivência. Esta missão confiada à Cáritas Diocesana, implica uma gestão concertada, não apenas com as estruturas civis existentes, mas também com a rede Cáritas, seja a nível diocesano, seja a nível local através dos párocos e grupos paroquiais de ação social.

A Cáritas Diocesana manterá a Diocese informada sobre as diligências efetuadas e sobre os resultados obtidos.

Que a oração a Deus Pai, que, em Jesus Cristo, Se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo da experiência da dor e do sofrimento, nos faça encontrar na oração a serenidade e a força interior para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos sentirmos verdadeiramente irmãos e solidários.


Portalegre, 27 de julho de 2019.
Antonino Dias, Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.


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O DESPORTO E A RESPONSABILIDADE DOS FAMOSOS

O desporto revela a verdade e o sentido da liberdade da pessoa, mesmo quando se chuta com o pé que se tem mais à mão! A liberdade, porém, tem os seus caprichos, está ligada à responsabilidade. Uma chatice, dirão alguns!

Usufruímos da liberdade, sim, não para fazer o que queremos, mas o que devemos. As livres escolhas acabam por influenciar as relações interpessoais, a vivência e a convivência social. Se a vida é um jogo, o jogo tem regras. As regras estimulam a criatividade, tornam o atleta mais livre e mais criativo, fazem com que se divirta a jogar e enfrente com alegria o desafio que o jogo oferece.
 
Aceitando as regras, as estratégias e as táticas de jogo, cada atleta movimenta-se na sua própria liberdade e criatividade para alcançar o objetivo em causa. Claro está que é competindo juntos e em colaboração, embora cada um no seu lugar e a fazer o que lhe compete fazer. Uma equipa é um corpo, no qual nenhum membro pode auto dispensar-se ou dispensar o outro. A harmonia do corpo reclama a boa funcionalidade de todos os seus membros, cada um no seu lugar e a exercer bem a sua função (cf. 1Cor12,21-27).

 Assim, livre e criativo, o atleta, tendo os outros em conta, consegue surpreender o adversário com as suas técnicas e estratégias inovadoras, tornando-se mais apreciado. Pena é que, muitas vezes, esta apreciação faça reduzir o atleta a mera mercadoria lucrativa e o faça levantar voo em busca de novas paragens. Para aguçar o apetite à leitura, continuo a realçar alguns pensamentos do documento “Dar o melhor de si”, do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, um documento sobre a perspetiva cristã do desporto e da pessoa humana. Desta vez realço o capítulo III.
 
Uma competição desportiva pode ser considerada uma espécie de narração de uma história entre duas ou mais partes concorrentes que competem entre si. As partes concorrentes encenam uma representação estética e artística que tem, inclusive para os espectadores, vários níveis de leitura e interpretação. Tal como “no caso das obras artísticas, a narração desportiva também não tem um conteúdo claro, distinto e unívoco e, por isso, esta aberta a diversas e opostas atribuições de significado ou interpretações”. Deve ser por isso que o desporto enche páginas e páginas de jornais e alimenta debates e mais debates, longos e apaixonados, sobre capacidades, opções, resultados, momentos e dinâmicas desportivas.

 O desporto, porém, não é guerra, serve e educa para a paz. A guerra surge “quando as pessoas pensam que a cooperação já não é possível e quando não se chega a acordo sobre as regras fundamentais. No desporto, o adversário é um participante no contexto codificado das regras, e não um inimigo a aniquilar”. É a presença de um adversário “que faz emergir o melhor de um atleta, e, por isso, essa experiência pode ser agradável e fascinante”. E é assim que o desportista cresce, se torna capaz de construir um ambiente no qual convivem e interagem a liberdade e a responsabilidade, a criatividade e o respeito pelas regras, o divertimento e a seriedade, o espírito de colaboração e a ajuda mútua, tudo a fazer crescer o talento e o caráter da pessoa. 

Se o desporto permite à pessoa fazer a experiência da beleza, também lhe permite fazer a experiência da tensão entre a força e a fragilidade, a liberdade e a criatividade, a individualidade e a comunidade, o corpo e a alma, as verdades fundamentais sobre si própria e o significado último da própria existência. De facto, o ser humano foi criado para uma felicidade muito maior, a qual se torna possível pela graça de Deus que não vem destruir aquilo que é humano, mas aperfeiçoar a sua natureza. É por isso que ninguém se pode contentar com “um empate medíocre” no jogo da vida, na busca do bem, na Igreja e na sociedade.

O fair play permite que o desporto se torne uma oportunidade de educação para toda a sociedade. Não existe apenas quando se respeitam formalmente as regras. Existe também quando se observa a própria justiça em relação aos próprios adversários, de tal modo que cada concorrente se possa desempenhar bem no jogo. Isto implica que não haja estratégias escondidas nem aproveitamento incorreto dos adversários, mas que o jogo seja, na verdade, uma “ocasião inevitável de praticar as virtudes humanas e cristãs da solidariedade, da lealdade, do comportamento correto e do respeito pelos outros, apontando para mais alto, superando o objetivo da vitória e procurando o desenvolvimento da pessoa no interior de uma comunidade formada por companheiros de equipa e adversários”.
 
São também virtudes e valores presentes no desporto, tal como no jogo da vida, a perseverança no meio dos desafios da dureza, da abnegação e da humildade que o projeto desportivo envolve; o sacrifício exigido para adquirir as competências e as capacidades necessárias em treinos contínuos e estruturados; o regramento no trabalho, na alimentação, no divertimento e no descanso; a harmonia que reclama equilíbrio e bem-estar entre a mente e o corpo e leva a pessoa a procurar o seu próprio desenvolvimento integral; a coragem que se manifesta sobretudo quando já não há possibilidade de vitória mas se tenta fazer a coisa justa do ponto de vista ético ou físico e se procura manter a equipa unida e lutadora até ao fim; o sentido da igualdade e do respeito pela diferença e pela diversidade da condição humana; a solidariedade em favor de um objetivo comum, com respeito e inclusão; as boas maneiras, a lealdade e a amizade que geram empatia e bom ambiente; a alegria que tantas vezes convive e emerge das dificuldades e dos desafios mais duros e que se estende aos apaixonados por esse mundo fora; a superação do egoísmo e do individualismo para, cada um na sua própria singularidade, com os seus dons e talentos, possa contribuir de modo peculiar para o grupo, com espírito de equipa, reconhecendo que tem uma importância única e específica para a tornar mais forte e eficaz.

 Se o atleta der rosto a essas atitudes e convicções, se as incarnar não só na atividade desportiva, mas também no seu ambiente familiar, cívico, cultural e religioso, estará a prestar um enorme contributo à educação dos jovens, onde tantas vezes reina a perda de valores e a desorientação crescente. 

Os atletas, sobretudo os mais famosos, têm uma inevitável responsabilidade social.

Representam uma atividade desportiva que reúne constantemente uma multidão imensa e à qual os meios de comunicação social dedicam muito espaço e tempo. O que eles fazem, a maneira como se apresentam e reagem, o que dizem e não dizem, até a sua própria vida familiar influencia terceiros, sobretudo a juventude. Que bom seria se influenciassem sempre para seguir os melhores caminhos! 

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 02-08-2019.



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