sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sábado, 01 de janeiro de 2022

 

Mãe de Deus

DIA DA PZ

 

 

 

LITURGIA

 

 

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS – SOLENIDADE


Branco – Ofício da solenidade. Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. de Nossa Senhora.

L1: Num 6, 22-27; Sal 66 (67), 2-3. 5- 6 e 8
L2: Gal 4, 4-7
Ev: Lc 2, 16-21

* Proibidas todas as Missas de defuntos, mesmo a exequial.
* LV Dia Mundial da Paz.
* Na Ordem Hospitaleira de S. João de Deus – Aniversário da aprovação do Instituto da Hospitalidade, mais tarde designado Ordem Hospitaleira (1572).
* Na Congregação dos Padres Marianos da Imaculada Conceição
– Santa Maria, Mãe de Deus, Padroeira do Vicariato Português – SOLENIDADE
* Nas Dioceses de Cabo Verde – Ofertório para a Obra da Santa Infância.
* I Vésp. da Epifania do Senhor – Compl. dep. I Vésp. dom.

 

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

  

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Sedúlio
Salvé, Santa Mãe, que destes à luz o Rei do céu e da terra.

Ou cf. Is 9, 2.6; Lc 1,33
Hoje sobre nós resplandece uma luz: nasceu o Senhor.
O seu nome será admirável, Deus forte, Pai da eternidade,
Príncipe da paz. E o seu reino não terá fim.
Diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que, pela virgindade fecunda de Maria Santíssima,
destes aos homens a salvação eterna,
fazei-nos sentir a intercessão daquela
que nos trouxe o Autor da vida, Jesus Cristo, vosso filho.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I Num 6, 22-27
«Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei»


Leitura do Livro dos Números


O Senhor disse a Moisés: «Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo: ‘O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’. Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei».

 
Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 (R. 2a)
Refrão: Deus Se compadeça de nós
e nos dê a sua bênção. Repete-se

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os seus caminhos
e entre os povos a sua salvação. Refrão

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra. Refrão

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra. Refrão

LEITURA II Gal 4, 4-7 «Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas

 
Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei, para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos. E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: «Abá! Pai!». Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.


Palavra do Senhor.

ALELUIA Hebr 1, 1-2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho. Refrão

EVANGELHO Lc 2, 16-21
«Encontraram Maria, José e o Menino.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino. E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam. Maria conservava todos estes acontecimentos, meditando-os em seu coração. Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado. Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.


Palavra da salvação.

Diz-se o Credo.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que dais origem a todos os bens
e os levais à sua plenitude,
nós vos pedimos,
nesta solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus:
Assim como celebramos festivamente as primícias da vossa graça,
tenhamos também a alegria de receber os seus frutos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Prefácio de Nossa Senhora I [na maternidade]
No Cânone Romano diz-se o communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) próprio. Nas Orações Eucarísticas II e III faz-se também a comemoração própria do Natal.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Hebr 13, 8
Jesus Cristo, ontem e hoje e por toda a eternidade.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor nosso Deus,
recebemos com alegria os vossos sacramentos
nesta solenidade em que proclamamos
a Virgem Santa Maria, Mãe do vosso Filho e Mãe da Igreja:
fazei que esta comunhão nos ajude a crescer para a vida eterna.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: Num 6, 22-27: Recitada sobre o povo, que se havia reunido para o sacrifício da manhã, esta bênção sacerdotal é um augúrio de paz para os filhos de Israel. Esta «paz», que em si concentra todos os bens, é um dom de Deus. Invadiu o mundo com o Nascimento de Jesus, pois o Salvador, realizando em Si as promessas divinas de salvação, reconciliou-nos com o Pai e estabeleceu relações fraternais entre os homens. Mas esta Paz, que se fundamenta na Paternidade divina, é também uma conquista do homem. Na verdade, a paz, antes de ser uma realidade externa, é uma disposição interior. «Se antes não se travassem guerras em milhões de corações, também se não travariam no campo de batalha». Cada um de nós deve ser, pois, construtor da paz verdadeira.

Gal 4, 4-7: O Mistério da Incarnação realiza-se na plenitude dos tempos, no termo duma longa expectativa da humanidade, numa maravilhosa manifestação da benevolência divina. Em Cristo, com efeito, Deus cumula os homens de todas as bênçãos, concedendo-lhes a filiação divina e libertando-os da escravidão da lei mosaica. Para produzir, porém, este duplo efeito, a Encarnação realiza-se pela via normal dos homens e da lei. Cristo aceita um nascimento humano e a submissão à lei. A lei situa-O na História da Salvação, na História do Seu Povo; Maria situa-O entre os homens, Seus irmãos, que vem libertar e salvar, tornando-os, à Sua semelhança, filhos do Pai. Maria assume assim um papel insubstituível nesta revelação da Paternidade divina. É a Mãe de Deus, que concebe Seu Filho por obra e graça do Espírito Santo. É a Mãe da Igreja, Corpo de Cristo na terra.

Lc 2, 16-21: E, depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus» De todos aqueles que virão a ser adotados em Cristo como filhos de Deus, os pastores são os primeiros a receberem a Boa Notícia da Salvação. É, porém, junto de Maria, Sua Mãe, a primeira crente, a totalmente disponível a Deus, que encontram o Salvador e, n’Ele, se encontram com Deus. A intervenção discreta de Maria ajudou-os, na verdade, a descobrir o verdadeiro rosto de Seu Filho. «A Virgem Santíssima, predestinada para Mãe de Deus desde toda a eternidade, simultaneamente com a Encarnação do Verbo, por disposição da divina providência foi na terra a nobre Mãe do divino Redentor, a Sua mais generosa cooperadora e a escrava humilde do Senhor – Cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa Mãe na ordem da graça» (LG., 61).

 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

09.30 horas: Missa em Amieira do Tejo.

10.00 horas: Missa em Arez

10.45 horas: Missa em Tolosa

11.00 horas: Missa em Nisa

12.00 horas: Missa em Alpalhão

12.00 horas: Missa em Gáfete

15.00 horas: Missa em Salavessa

15.00 horas: Missa em Pé da Serra

15.30 horas: Missa em Arneiro.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

PARA TODOS: UM ANO ABENÇOADO

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

QUEM DERA QUE NINGUÉM TREPASSE POR AÍ...

 

Quando recebemos coisas de mão beijada, como, por exemplo, a saúde, a paz social, o bem estar familiar, regra geral não damos por isso, não as agradecemos nem lhes damos grande apreço. Logo que as perdemos, ficamos lacrimosos como bebés a quem se lhes retira a chupeta da boca! Sem querer ser acusa-pilatos, e desafiando quem quer que seja a atirar-lhes a primeira pedra, Adão e Eva escaqueiraram a harmonia paradisíaca. A riqueza que receberam, e gratuitamente usufruíam, foi por eles mandada às urtigas. Só depois de a terem perdido, é que lhe reconheceram o valor e a falta. Nada custa imaginar que após essa trágica aventura, possivelmente já em tensão um com o outro, tivessem zarpado lá para o fundo do quintal a carpir as mágoas de tal desgraça, sentados por lá numa qualquer pedra filosofal em jeito de poltrona almofadada e com a cobra feita mirone a gargalhar por ter levado a melhor. Assustados e de olhos arregalados até às orelhas, é de crer que se voltassem um para o outro e dissessem, tristes e amargurados: “eia!..., como a vida está difícil!...”.

Segundo a narração, logo ouviram passos no jardim a martelar-lhes a consciência. “Adão, onde é que tu estás?”. Ora, ora, onde é que ele estaria!... Reconhecendo a borrasca do seu gesto, uma desobediência que os coca-bichinhos gostariam de saber em que é que teria consistido, puseram-se ao fresco e ao largo. Foram-se esconder por entre o arvoredo e a vegetação, com medo e vergonha, sem assumir o erro, esgravatando desculpas. Como criaturas, tinham ultrapassado os limites que livremente deveriam reconhecer e respeitar. Não quiseram viver segundo o Criador. Queriam ser como Ele, mas sem Ele ou em vez d’Ele. Aceitar as leis da criação e as normas morais que regulam o exercício da liberdade não foi coisa que apreciassem. Preferiram optar por si próprios. Esqueceram a sua condição de criaturas, agiram contra todo o equilíbrio ecológico e contra o seu próprio bem. A sua dignidade e sentido existencial foram-se às malvas. Perderam a graça da santidade e da justiça originais que tinham recebido, não só para si, mas para toda a natureza humana. Assim, por um só homem entrou o pecado no mundo, e, pelo pecado, toda a criação ficou sujeita à servidão da corrupção e da morte. Embora não cometido por nós, embora fosse uma falta pessoal de Adão e Eva, e não nossa, todos ficamos privados da santidade e da justiça originais. A esta privação chamamos pecado original. Um pecado que se tornou próprio de cada um de nós. Todos nascemos com ele, por propagação, quer dizer, pela transmissão duma natureza humana privada da santidade e justiça originais. Chama-se pecado por analogia, por ser contraído, não cometido, por ser um estado, não um ato. Mas porquê, assim? Porque todo o género humano é, em Adão, como um só corpo dum único homem. De facto, como refere o Catecismo da Igreja Católica sobre esta matéria, que aconselho a ler desde o número 396 a 412, e donde fiz esta síntese sem preocupação de colocar algumas aspas, a transmissão do pecado original é um mistério que não podemos compreender plenamente, mas cujas consequências jamais deixaram de nos bater à porta.

Deus, porém, nunca desistiu de nós. Foi-nos manifestando a sua presença e cuidado por muitos meios e modos. Como expressão máxima da sua condescendência e pedagogia infinitas, enviou-nos o seu próprio Filho. Jesus é a Palava do Pai, é o Verbo encarnado entre nós! O Criador fez-se criatura para nos falar, para nos revelar o seu amor, para servir a humanidade e dar a vida em resgate de todos, para nos redimir, nos libertar do vínculo da culpa original. E assim, face à unidade de todo o género humano, como pelo pecado de um só veio para todos os homens a condenação, assim também, pela obra de justiça de um só veio para todos a justificação que dá a vida (cf. Rm 5, 18). À universalidade do pecado e da morte, opõe-se a universalidade da salvação em Cristo, onde abundou o pecado, superabundou a graça (cf. Rom 5,20). Todos estamos implicados no pecado de Adão do mesmo modo que todos estamos implicados na justificação de Cristo. Se não fosse coisa séria, como é que Deus Pai, que é infinitamente bom, enviaria o seu Filho à terra sabendo que iria ser morto, por nada, no vexame da cruz? É a partir desta certeza da fé, que a Igreja, em fidelidade a Cristo (Mt 28,18-20), anuncia, aconselha e celebra o Batismo para a remissão dos pecados, mesmo às crianças que não cometeram qualquer pecado pessoal. O Batismo, instituído por Cristo, não se deve adiar sem razão, o Papa Francisco tem insistido nisso. Ele apaga o pecado original, confere a vida da graça, reorienta-nos para Deus, torna-nos membros da Igreja, faz-nos templos do Espírito Santo e socio-cooperadores na construção do Reino de Deus, faz-nos usufruir de todas as graças que o Senhor nos oferece na sua Igreja e pela sua Igreja e das quais não devemos privar as próprias crianças. O Batismo é um dom, e tudo o que é dom de Deus implica colaboração humana. Sim, apesar de redimida por Cristo, a natureza humana ficou e persiste enfraquecida e inclinada para o mal. Dentro da sua liberdade, precisa de se concentrar no essencial, precisa de combate espiritual, precisa de aceitar e seguir a sinalética e as pistas que Jesus apontou para quem quiser trilhar os caminhos duma vida com sentido. Como afirmava São João Paulo II, “Ignorar que o homem tem uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a graves erros no domínio da educação, da política, da ação social e dos costumes”.

Em fim de um ano civil, fazem-se análises e balanços, sempre em busca da verdade. Se há deficit, se há coisas mal feitas, procura-se ver como solucionar e como trepar no futuro. Num outro campo de ação, cada cristão também poderá provocar dentro de si a pergunta que Deus fez a Adão, ouvindo o próprio Deus a chamar-lhe pelo nome e a perguntar-lhe, não já sobre o resultado das empresas e empreendimentos, mas sobre o seu desempenho espiritual: “...onde é que tu estás?” Oxalá não seja a trepar pela infidelidade a Deus, à família, à Igreja, aos deveres laborais e sociais. Oxalá não seja a procurar desculpas para fugir a toda e qualquer espécie de compromisso em favor do bem comum e da boa cidadania. Oxalá ninguém esteja escondido por entre as esquinas do seu dia-a-dia para fazer o que quer e não o que deve. Oxalá ninguém se sinta com medo e vergonha porque despido de dignidade pela vida que leva ou locais que frequenta. Porque ninguém merece destruir-se, é importante dar sentido à vida, estar aberto às surpresas de Deus, agradecer-lhe o seu gesto de misericórdia para connosco e sentir a sua paz, uma paz que nos dinamiza em direção aos outros e na prática do bem.

Por estes dias, lemos, ouvimos e rezamos uma bênção a crescer em três tempos. Segundo os estudiosos da matéria, no original hebraico essa bênção tem três palavras na primeira parte, cinco na segunda e sete na terceira. Na Bíblia, os números ímpares são simbólicos, indicam a perfeição, têm qualidade. Ao iniciarmos um novo ano que todos desejamos seja o mais possível dentro da perfeição e da qualidade, aqui deixo essa bênção em jeito de oração por cada um: “O Senhor te abençoe e te proteja; O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz”.

Os Reis Magos, depois de terem encontrado, adorado e presenteado Jesus, regressaram a casa por outro caminho. Foi sempre assim: quem se deixa guiar pela Estrela e encontra Jesus, regressa sempre a casa por outro caminho, o caminho da conversão, da alegria e da paz dinâmica.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 31-12-2021.

 

 

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