PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 10 de dezembro de
2021
Sexta-feira da II semana do Advento
LITURGIA
PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 10 de dezembro de
2021
Sexta-feira da II semana do Advento
LITURGIA
Sexta-feira
da semana II
Virgem
Santa Maria de Loreto – MF
Roxo ou br. – Ofício da
féria ou da memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 48, 17-19; Sal 1, 1-2. 3. 4 e 6
Ev Mt 11, 16-19
* Na Arquidiocese de Braga – S. Eulália, virgem e mártir – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Arsénio de Trigolo, presbítero, I
Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – B. Marco
António, missionário – MO
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
O Senhor virá no esplendor da sua glória
visitar o seu povo e dar-lhe a paz e a vida eterna.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Senhor, ao povo que aguarda a vinda do vosso Filho, um espírito
vigilante, para que, seguindo os ensinamentos do Salvador, vamos ao seu
encontro com as lâmpadas da fé acesas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I Is 48, 17-19
«Se tivesses ouvido as minhas ordens...»
Leitura do Livro
de Isaías
Eis o que diz o Senhor, o teu redentor, o Santo de Israel: «Eu sou o Senhor,
teu Deus, que te ensino o que é para teu bem e te conduzo pelo caminho que
deves seguir. Se tivesses atendido às minhas ordens, a tua paz seria como um
rio e a tua justiça como as ondas do mar. A tua descendência seria como a areia
e como os seus grãos a tua posteridade. Nunca o teu nome seria tirado nem riscado
da minha presença».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 1, 1-2.3.4.6 (R. cf. Jo 8, 12)
Refrão: Quem Vos segue, Senhor, terá a
luz da vida. Repete-se
Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
não se detém no caminho dos pecadores
nem toma parte na reunião dos maldizentes;
mas antes se compraz na lei do Senhor
e nela medita dia e noite. Refrão
É como árvore plantada à beira das águas:
dá fruto a seu tempo
e a sua folhagem não murcha.
Tudo quanto fizer será bem sucedido. Refrão
Bem diferente é a sorte dos ímpios:
são como a palha que o vento leva.
O Senhor vela pelo caminho dos justos,
mas o caminho dos pecadores leva à perdição. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
O Senhor está perto, ide ao seu encontro;
Ele é o príncipe da paz. Refrão
EVANGELHO Mt 11, 16-19
Não ouvem João nem o Filho do homem
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «A quem poderei comparar esta geração? É
como os meninos sentados nas praças, que se interpelam uns aos outros, dizendo:
‘Tocámos flauta e não dançastes; entoámos lamentações e não chorastes’. Veio
João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele.
Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizem: ‘É um glutão e um ébrio, amigo
de publicanos e pecadores’. Mas a sabedoria foi justificada pelas suas obras».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai benignamente, Senhor, para as nossas humildes ofertas e orações e, como
diante de Vós não temos méritos, ajudai-nos com a vossa misericórdia. Por Nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
Prefácio do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Filip 3, 20-21
Esperamos o nosso Salvador, Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo mortal
à imagem do seu corpo glorioso.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Saciados com o alimento espiritual, humildemente Vos pedimos, Senhor, que, pela
participação neste sacramento, nos ensineis a apreciar com sabedoria os bens da
terra e a amar os bens do Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que
é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
Is 48, 17-19: Esta
primeira leitura foi escolhida para acompanhar a do Evangelho, como vai
acontecer nos dias que se seguem, em razão da leitura do Evangelho estar sempre
ligada à figura de S. João Baptista. Hoje, Deus lamenta-Se por causa da
incredulidade do seu povo. Este deixou de se alimentar da sua palavra; por
isso, se extravia e definha. Se a tivesse escutado e posto em prática, a sua
vida seria como o deslizar suave de um rio a caminho do mar. O lamento de Deus
na boca do Profeta é um apelo e uma oferta para o homem.
AGENDA
DO DIA:
16.00
horas: Funeral em Montalvão
18.00
horas: Missa em Alpalhão
18.00 horas: Missa em Nisa – Espírito Santo.
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
LEVANTA-TE, JOSÉ,
E PÕE-TE A CAMINHO...
E o jovem
José levantou-se... e partiu! Enamorado pela sua jovem esposa e fiel à sua
missão, o sonho que o casal teria sobre a construção de uma vida familiar como
tantas outras famílias do seu tempo, uma família discreta, fiel, simples e
feliz ao jeito de ambos, levou alguns acertos. O facto de um e outro se terem
associado à aventura de Deus na história dos homens fê-los percorrer outros
caminhos que não os que tinham planeado. José, “levanta-te, toma o Menino e sua
Mãe e foge para o Egito!...Herodes vai procurar o Menino para o matar!... José
levantou-se de noite, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egito” (Mt
2,13-14).
Nestes
tempos em que tantos jovens veem os seus planos desfeitos ou não realizáveis
pelos condicionalismos em que vivemos, nestes tempos em que tantos procuram
construir a sua vida ao som de modas, sempre frágeis e transitórias, José pode
ser exemplo e estímulo para quem busca sentido para a vida! Se na vida é
importante não esquecer Jesus e Maria, também é necessário fugir dos perigos,
nem que seja de burriquito, é mais ecológico embora mais gravoso para o
solípede!...
Nesta
seriedade e confiança, nem sempre o que nos parece mais fácil, mais agradável e
melhor, nem sempre aquilo que sonhamos ter e ser será o caminho a trilhar. As
tomadas de decisão rápidas, sem reflexão e discernimento, contando apenas com
uma momentânea, pessoal e entusiasmada ‘clarividência’, podem acabar por
frustrar e deixar um vazio interior a influenciar negativamente a vida pessoal,
familiar e social. Abraçar todas as modas como se todas fossem do melhor e mais
barato, adotá-las como se fosse uma exigência da liberdade, pode enganar, pode
ter efeitos contraproducentes, pode fazer olhar muitas vezes ao espelho e
correr em vão. Sendo transitórias, modas há que, se se tornam centro de todos
os interesses e motivações de alguém, podem, enquanto duram, gerar uma certa
miopia e escravizar, logo deixando o vazio e a necessidade de saltar para
outra, gerando inconstância....
Hoje vivemos
um tempo de modas. Algumas, porém, não vestem bem. Não me refiro às novidades
que o pensamento, a cultura, a ciência, a arte e o progresso nos trazem que são
sempre desejáveis e de aplaudir. Refiro-me a modas ideológicas e outras que
tais. Com a pretensão de tudo construir a partir do zero, ambiciona-se esquecer
o passado e os seus valores civilizacionais. É uma espécie de doença de
Alzheimer provocada. Deseja-se privilegiar e forçar a perda voluntária da
memória e o esforço sofrido de tantos e tantos de que a História nos dá conta.
É fácil, é mesmo muito fácil destruir, sobretudo quando pessoas influentes se
endeusam, pensam e agem como se até o próprio Deus tivesse de lhes pedir
desculpa pelo facto de existir!...
Quando tais
pigmeus se colocam assim em bicos de pés, quando acendem o candelabro da sua
importância na intenção de provocar luz e luz em abundância para darem nas
vistas, o quadro da luz dispara, vai abaixo, os fusíveis não aguentam, as
trevas saltam arrogantes, Babel reaparece porque as antenas humanas deixam de
captar as ondas de Deus.
Nestes
tempos belos que são os nossos, se é preciso que todos tenhamos olho fino e pé
ligeiro para discernir e optar por aquilo que de melhor a vida nos oferece, o
Papa Francisco não deixa de fazer um apelo muito particular aos jovens de todo
o mundo para que se levantem e venham testemunhar aquilo em que acreditam, com
alegria e esperança, com convicção e firmeza, com Jesus e Maria, e a exemplo de
José.
José, no
silêncio de si mesmo e perante as dificuldades e os condicionalismos da sua
situação concreta, não bateu o pé, não encaprichou, não desistiu, não orientou
a sua vida pensando apenas em si. Confiou, arriscou, mas não arriscou como lhe
deu na gana, como fruto de impulsos momentâneos ou confiando apenas nas suas
próprias forças. Colocou-se à escuta de Deus e partilhou com Maria as
dificuldades a vencer, sabendo que Jesus estava presente. Tal atitude
rasgou-lhe horizontes de vida, fê-lo ser fiel a Deus, à família e ao trabalho,
fê-lo dar razões da sua esperança, quer quando teve de emigrar para o Egito,
quer quando viveu nas periferias geográficas de Belém e Nazaré, quer mesmo
trabalhando como humilde carpinteiro entre alegrias e dificuldades. No seio
desta família das periferias nasceu e viveu Jesus. A sua pessoa, porém,
influenciou e beneficiou toda a Humanidade e toda a História, apaixonou pessoas
e povos, transformou e construiu uma nova civilização com valores éticos e
morais jamais apontados, manifestou-se como o princípio e o fim, o alfa e o
ómega, o Filho de Deus, o Salvador, o Caminho, a Verdade e a Vida. Obedecendo
ao seu mandato, os seus discípulos, sobretudo os jovens, foram e continuam a ir
de terra em terra a anunciar o seu reino de justiça, de verdade, de amor e de
paz. Muitos outros o fariam se d’Ele tivessem ouvido falar, o encontrassem e
conhecessem. São Francisco Xavier, aquele que partiu para o oriente e que hoje
celebramos, impressionado com aquelas periferias e desgostado por não lhes
conseguir transmitir tudo quanto elas desejavam saber, chegou a exclamar:
“Muitas vezes me vem ao pensamento ir aos colégios da Europa, levantando a voz
como homem que perdeu o juízo e, principalmente, à Universidade de Paris,
falando na Sorbona aos que têm mais letras que vontade para se disporem a
fortificar com elas”, e a se conformarem mais com a vontade de Deus do que com
as suas próprias inclinações.
No dia 8 de
dezembro, Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal, às quinze horas,
na igreja matriz da paróquia de São José Operário, na cidade de Castelo Branco,
encerramos este Ano dedicado a São José pelo Papa Francisco.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-12-2021.
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