PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 06 de dezembro de 2021
Segunda-feira da II semana do Advento
LITURGIA
Segunda-feira
da semana II
S. Nicolau, bispo – MF
Roxo ou br. – Ofício da féria ou da
memória.
Missa da féria ou da memória, pf. I do Advento.
L 1 Is 35, 1-10; Sal 84 (85), 9ab-10. 11-12. 13-14
Ev Lc 5, 17-26
* Na Arquidiocese de Braga – S. Geraldo, bispo de Braga, Padroeiro principal da
cidade. Em Braga – SOLENIDADE (transferida).
* Na Ordem Beneditina – S. Sabas, abade – MF; S. Nicolau, bispo – MF
* Na Ordem Franciscana (Comunidade de Braga) – S. Geraldo, bispo – SOLENIDADE
(transferida).
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Jer
31, 10; Is 35, 4
Ouvi, ó povos, a palavra do Senhor
e proclamai-a até aos confins da terra.
Não temais. Deus vem salvar-nos.
ORAÇÃO COLECTA
Acolhei benignamente, Senhor, a nossa oração e suscitai nos vossos servos o
desejo sincero de chegar, de coração purificado, ao grande mistério da
Encarnação do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
LEITURA I Is 35, 1-10
«Deus vem salvar-nos»
Leitura do Livro
de Isaías
Alegrem-se
o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, cubra-se de flores
como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á dada a glória do
Líbano, o esplendor do Carmelo e de Saron. Verão a glória do Senhor, o
esplendor do nosso Deus. Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei os joelhos
vacilantes. Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem, não temais: Aí está
o vosso Deus, que vem para fazer justiça e dar a recompensa. Ele próprio vem
salvar-vos». Abrir-se-ão os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos. Então o
coxo saltará como um veado e a língua do mudo cantará de alegria. As águas
brotarão no deserto e as torrentes na aridez da planície; a terra seca
transformar-se-á em lago e a terra sequiosa em nascentes de água. No covil dos
chacais crescerão canas e juncos. Aí haverá uma estrada, que se chamará
«caminho sagrado»; nenhum homem impuro passará por ele e nele os insensatos não
se perderão. Nesse caminho não haverá leões, nem andarão por ali animais
ferozes. Por ele caminharão os resgatados e voltarão os que tiver libertado o
Senhor. Hão-de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna felicidade a
iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e o contentamento e acabarão a dor e
os gemidos.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Sal. 84 (85), 9ab-10.11-12.13-14 (R. Is 35,
4d)
Refrão: O Senhor, nosso Deus, vem
salvar-nos. Repete-se
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra. Refrão
Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu. Refrão
O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Eis que vem o Rei, Senhor de toda a terra,
libertar-nos do jugo do nosso cativeiro. Refrão
EVANGELHO Lc 5, 17-26
«Hoje vimos maravilhas»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Certo dia, enquanto Jesus ensinava, estavam entre a assistência fariseus e
doutores da Lei, que tinham vindo de todas as povoações da Galileia, da Judeia
e de Jerusalém; e Ele tinha o poder do Senhor para operar curas. Apareceram
então uns homens, trazendo num catre um paralítico; tentavam levá-lo para
dentro e colocá-lo diante de Jesus. Como não encontraram modo de o introduzir,
por causa da multidão, subiram ao terraço e, através das telhas, desceram-no
com o catre, deixando-o no meio da assistência, diante de Jesus. Ao ver a fé
daquela gente, Jesus disse: «Homem, os teus pecados estão perdoados». Os
escribas e fariseus começaram a pensar: «Quem é este que profere blasfémias?
Não é só Deus que pode perdoar os pecados?» Mas Jesus, que lia nos seus
pensamentos, tomou a palavra e disse-lhes: «Que estais a pensar nos vossos
corações? Que é mais fácil dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’ ou
‘Levanta-te e anda’? Pois bem, para saberdes que o Filho do homem tem na terra
o poder de perdoar os pecados... Eu te ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa». Logo ele se levantou à vista
de todos, tomou a enxerga em que estivera deitado e foi para casa, dando glória
a Deus. Ficaram todos muito admirados e davam glória a Deus; e, cheios de
temor, diziam: «Hoje vimos maravilhas».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, estes dons que recebemos da vossa bondade e fazei que os
sagrados mistérios que celebramos no tempo presente sejam para nós penhor de
salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Advento I
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 105, 4-5;
Is 38,3
Vinde visitar-nos, Senhor, e dai-nos a paz,
para que nos alegremos de todo o coração na vossa presença.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei frutificar em nós, Senhor, os mistérios que celebramos, pelos quais,
durante a nossa vida na terra, nos ensinais a amar os bens do Céu e a viver
para os valores eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO
DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS:
Is 35, 1-10: Os tempos do Messias são anunciados pelo profeta como um
novo paraíso. O profeta, que é, ao mesmo tempo, um poeta, anuncia, por meio de
imagens cheias de otimismo e beleza, a transformação feliz de todas as coisas:
o deserto será jardim, o que é fraco será revestido de força, o que é árido
tornar-se-á viçoso. São imagens que, já desde longa data, anunciavam a
renovação trazida ao mundo pelo Filho de Deus; agora exprimem o júbilo e a
alegria da Igreja nesta expectativa da vinda do Senhor, que ela celebra no
Advento.
Lc
5, 17-26: A leitura
do Evangelho vem mostrar que as promessas do profeta (I leitura) se cumpriram
em Jesus. O enfermo, jazendo no catre, é imagem de toda a humanidade entregue a
si mesma, sem ter quem a salve. O encontro com Jesus foi para o enfermo a cura
da doença, o perdão dos pecados, a fonte da alegria. E quem o presenciou soube
reconhecer o dom de Deus e proclamar as suas maravilhas. Há de ser assim a
atitude de quem reconhece, no Filho de Deus que vem, o seu Salvador.
AGENDA
DO DIA:
10.00 horas: Funeral em Nisa
PENSAMENTO
DO DIA
«Buscai
primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»
São
João XXIII
A VOZ DO PASTOR
LEVANTA-TE,
JOSÉ, E PÕE-TE A CAMINHO...
E o jovem
José levantou-se... e partiu! Enamorado pela sua jovem esposa e fiel à sua
missão, o sonho que o casal teria sobre a construção de uma vida familiar como
tantas outras famílias do seu tempo, uma família discreta, fiel, simples e
feliz ao jeito de ambos, levou alguns acertos. O facto de um e outro se terem
associado à aventura de Deus na história dos homens fê-los percorrer outros
caminhos que não os que tinham planeado. José, “levanta-te, toma o Menino e sua
Mãe e foge para o Egito!...Herodes vai procurar o Menino para o matar!... José
levantou-se de noite, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egito” (Mt
2,13-14).
Nestes
tempos em que tantos jovens veem os seus planos desfeitos ou não realizáveis
pelos condicionalismos em que vivemos, nestes tempos em que tantos procuram construir
a sua vida ao som de modas, sempre frágeis e transitórias, José pode ser
exemplo e estímulo para quem busca sentido para a vida! Se na vida é importante
não esquecer Jesus e Maria, também é necessário fugir dos perigos, nem que seja
de burriquito, é mais ecológico embora mais gravoso para o solípede!...
Nesta
seriedade e confiança, nem sempre o que nos parece mais fácil, mais agradável e
melhor, nem sempre aquilo que sonhamos ter e ser será o caminho a trilhar. As
tomadas de decisão rápidas, sem reflexão e discernimento, contando apenas com
uma momentânea, pessoal e entusiasmada ‘clarividência’, podem acabar por
frustrar e deixar um vazio interior a influenciar negativamente a vida pessoal,
familiar e social. Abraçar todas as modas como se todas fossem do melhor e mais
barato, adotá-las como se fosse uma exigência da liberdade, pode enganar, pode
ter efeitos contraproducentes, pode fazer olhar muitas vezes ao espelho e
correr em vão. Sendo transitórias, modas há que, se se tornam centro de todos
os interesses e motivações de alguém, podem, enquanto duram, gerar uma certa
miopia e escravizar, logo deixando o vazio e a necessidade de saltar para
outra, gerando inconstância....
Hoje vivemos
um tempo de modas. Algumas, porém, não vestem bem. Não me refiro às novidades
que o pensamento, a cultura, a ciência, a arte e o progresso nos trazem que são
sempre desejáveis e de aplaudir. Refiro-me a modas ideológicas e outras que
tais. Com a pretensão de tudo construir a partir do zero, ambiciona-se esquecer
o passado e os seus valores civilizacionais. É uma espécie de doença de
Alzheimer provocada. Deseja-se privilegiar e forçar a perda voluntária da
memória e o esforço sofrido de tantos e tantos de que a História nos dá conta.
É fácil, é mesmo muito fácil destruir, sobretudo quando pessoas influentes se
endeusam, pensam e agem como se até o próprio Deus tivesse de lhes pedir
desculpa pelo facto de existir!...
Quando tais
pigmeus se colocam assim em bicos de pés, quando acendem o candelabro da sua
importância na intenção de provocar luz e luz em abundância para darem nas
vistas, o quadro da luz dispara, vai abaixo, os fusíveis não aguentam, as
trevas saltam arrogantes, Babel reaparece porque as antenas humanas deixam de
captar as ondas de Deus.
Nestes
tempos belos que são os nossos, se é preciso que todos tenhamos olho fino e pé
ligeiro para discernir e optar por aquilo que de melhor a vida nos oferece, o
Papa Francisco não deixa de fazer um apelo muito particular aos jovens de todo
o mundo para que se levantem e venham testemunhar aquilo em que acreditam, com
alegria e esperança, com convicção e firmeza, com Jesus e Maria, e a exemplo de
José.
José, no
silêncio de si mesmo e perante as dificuldades e os condicionalismos da sua
situação concreta, não bateu o pé, não encaprichou, não desistiu, não orientou
a sua vida pensando apenas em si. Confiou, arriscou, mas não arriscou como lhe
deu na gana, como fruto de impulsos momentâneos ou confiando apenas nas suas
próprias forças. Colocou-se à escuta de Deus e partilhou com Maria as
dificuldades a vencer, sabendo que Jesus estava presente. Tal atitude
rasgou-lhe horizontes de vida, fê-lo ser fiel a Deus, à família e ao trabalho,
fê-lo dar razões da sua esperança, quer quando teve de emigrar para o Egito,
quer quando viveu nas periferias geográficas de Belém e Nazaré, quer mesmo
trabalhando como humilde carpinteiro entre alegrias e dificuldades. No seio
desta família das periferias nasceu e viveu Jesus. A sua pessoa, porém,
influenciou e beneficiou toda a Humanidade e toda a História, apaixonou pessoas
e povos, transformou e construiu uma nova civilização com valores éticos e
morais jamais apontados, manifestou-se como o princípio e o fim, o alfa e o
ómega, o Filho de Deus, o Salvador, o Caminho, a Verdade e a Vida. Obedecendo
ao seu mandato, os seus discípulos, sobretudo os jovens, foram e continuam a ir
de terra em terra a anunciar o seu reino de justiça, de verdade, de amor e de
paz. Muitos outros o fariam se d’Ele tivessem ouvido falar, o encontrassem e
conhecessem. São Francisco Xavier, aquele que partiu para o oriente e que hoje
celebramos, impressionado com aquelas periferias e desgostado por não lhes
conseguir transmitir tudo quanto elas desejavam saber, chegou a exclamar:
“Muitas vezes me vem ao pensamento ir aos colégios da Europa, levantando a voz
como homem que perdeu o juízo e, principalmente, à Universidade de Paris,
falando na Sorbona aos que têm mais letras que vontade para se disporem a
fortificar com elas”, e a se conformarem mais com a vontade de Deus do que com
as suas próprias inclinações.
No dia 8 de
dezembro, Dia da Imaculada Conceição, Padroeira de Portugal, às quinze horas,
na igreja matriz da paróquia de São José Operário, na cidade de Castelo Branco,
encerramos este Ano dedicado a São José pelo Papa Francisco.
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 03-12-2021.
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