segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Terça,28 de dezembro de 2021

 

Terça-feira, 4º dia da Oitava do Natal

 

 

 

LITURGIA

 

 

Santos Inocentes, mártires – FESTA


Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.

L 1 1 Jo 1, 5 – 2, 2; Sal 123 (124), 2-3. 4-5. 7b-8
Ev Mt 2, 13-18

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

 

SANTOS INOCENTES, mártires

 

Nota Histórica

«Hoje celebramos o nascimento para o Céu das crianças que foram assassinadas por Herodes, o rei cruel» (S. Cesário de Arles). Ao venerar estas crianças, que proclamaram a glória de Deus, não com palavras mas com o seu sangue, a Igreja quer, em primeiro lugar, levar-nos à sua imitação sendo testemunhas de Cristo, através do martírio silencioso do cumprimento do dever quotidiano. Ao lembrar, em plena quadra natalícia, o sacrifício destas «flores dos mártires que se fecharam para sempre no seio do frio da infidelidade» (Sto. Agostinho), quer também dirigir um apelo para que se respeite a vida, em todas as suas manifestações, desde a sua origem até ao seu termo. Na verdade, como lembrou o Concílio Vaticano II, «Deus, Senhor da Vida, confiou aos homens a nobre missão de protegê-la: missão, que deve ser cumprida de modo digno do homem. Por isso, a vida, desde a concepção, deve ser amparada com o máximo cuidado: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis» (GS. 51).

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
As crianças inocentes morreram por Cristo;
agora seguem o Cordeiro Imaculado
e cantam sem cessar: Glória a Vós, Senhor.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que neste dia fostes glorificado
não pelas palavras mas pelo sangue dos Mártires Inocentes,
fazei que a nossa vida dê testemunho
da fé que os nossos lábios professam.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 1, 1-5 – 2, 2
«O sangue de Jesus purifica-nos de todo o pecado»


Leitura da Primeira Epístola de São João

 
Caríssimos:
Esta é a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo
e vos anunciamos:
Deus é luz e n’Ele não há trevas.
Se dissermos que estamos em comunhão com Ele
e andarmos nas trevas,
mentimos e não praticamos a verdade.
Mas se caminharmos na luz,
como Ele vive na luz,
estamos em comunhão uns com os outros
e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado,
enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados,
Ele é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados
e nos purificar de toda a maldade.
Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso
e a sua palavra não está em nós.
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis.
Mas se alguém pecar,
nós temos Jesus Cristo, o Justo,
como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados,
e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 123 (124), 2-3.4-5.7b-8 (R. cf. 7 ou Salmo 141 (142), 7c)
Refrão: Como pássaro liberto do laço dos caçadores,
a nossa vida foi salva pelo Senhor.

Ou: O Senhor nos liberta daqueles que nos perseguem.

Se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos, no furor da sua ira.

As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós:
sobre nós teriam passado as águas impetuosas.

Quebrou-se a armadilha e nós ficámos livres.
A nossa protecção está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se.
Nós Vos louvamos, ó Deus;
nós Vos bendizemos, Senhor.
O exército resplandecente dos Mártires
canta os vossos louvores. Refrão


EVANGELHO Mt 2, 13-18
«Herodes mandou matar todos os meninos de Belém»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus


Depois de os Magos partirem,
o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe:
«Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe
e foge para o Egipto;
fica lá até que eu te diga,
pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».
José levantou-se de noite,
tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes,
para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta:
«Do Egipto chamei o meu filho».
Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos,
encheu-se de grande furor
e mandou matar em Belém e no seu território
todos os meninos de dois anos ou menos,
conforme o tempo que os Magos lhe tinham indicado.
Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer:
«Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim:
Raquel chora seus filhos
e não quer ser consolada, porque eles já não existem».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor, que santificais também as crianças
que ainda não podem conhecer-Vos,
aceitai os dons dos vossos fiéis
e dai-nos a pureza de corpo e alma,
para celebrarmos dignamente os santos mistérios.
Por Nosso Senhor.


Prefácio do Natal I


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Ap 14, 4
Foram resgatados de entre os homens,
como primícias para Deus e para o Cordeiro.
Agora seguem o Cordeiro para onde quer que Ele vá.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pai de misericórdia,
abri os tesouros da redenção
aos fiéis que receberam os santos mistérios
na festa dos Santos Inocentes,
que, ainda sem falar, professaram a fé no vosso Filho
e foram glorificados pela graça do seu nascimento.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 

 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

15.00 horas: Funeral em Salavessa. 

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

SEMPRE EM CONSTRUÇÃO ... SEMPRE INACABADA ...

 

Individualmente, em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa. Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar, esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue, sofrimento e morte que a todos envergonha.

Logo a seguir do Natal de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável” (AL66).

Em Nazaré, cada um dos esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se, continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e esperança, com carinho e ternura.

A família, constituída por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da humanidade.

 

Com o Papa Francisco, rezemos pela Família:


“Jesus, Maria e José,

em Vós contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,

tornai também as nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculos de oração,

autênticas escolas do Evangelho

e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,

que nunca mais haja nas famílias

episódios de violência, de fechamento e divisão;

e quem tiver sido ferido ou escandalizado

seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,

fazei que todos nos tornemos conscientes

do carácter sagrado e inviolável da família,

da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,

ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém.”


Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021

 

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