PARÓQUIAS DE NISA
Sexta, 31 de dezembro de 2021
Sexta-feira, 7º dia da Oitava do Natal
LITURGIA
Sexta-feira, 7º dia da Oitava do Natal
Branco – Ofício como nos dias 25 e 31. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 18-21; Sal 95 (96), 1-2. 11-12. 13
Ev Jo 1, 1-18
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Silvestre I, papa, como se indica na p. 33,
n.9.
* I Vésp. de Santa Maria, Mãe de Deus – Compl. dep. I Vésp. dom.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Is 9, 6
Um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado.
Tem o poder sobre os seus ombros
e será chamado Conselheiro admirável.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus eterno e omnipotente, que estabelecestes o início e a plenitude da
verdadeira religião no nascimento do vosso Filho, concedei-nos a graça de
sermos contados entre os membros d’Aquele que resume em Si a salvação do mundo,
Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 18-21
«Tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência»
Leitura da
Primeira Epístola de S. João
Meus filhos, esta é a última hora.
Ouvistes dizer que há de vir o Anticristo. Pois bem, surgiram já muitos
anticristos e por isso sabemos que é a última hora. Eles saíram do meio de nós,
mas não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, teriam ficado connosco. Assim
sucedeu para ficar bem claro que nem todos eram dos nossos. Vós, porém, tendes
a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência. Não vos escrevo por
ignorardes a verdade, mas porque a conheceis e porque nenhuma mentira provém da
verdade.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2.11-12.13 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a
terra. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira.
Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome,
anunciai dia a dia a sua salvação. Refrão
Alegrem-se os céus, exulte a terra,
ressoe o mar e tudo o que ele contém.
Exultem os campos e quanto neles existe
alegrem-se as árvores dos bosques. Refrão
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra.
Julgará o mundo com justiça
e os povos com fidelidade. Refrão
ALELUIA Jo 1, 14a.12a
Refrão: Aleluia Repete-se
O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Àqueles que O receberam deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus. Refrão
EVANGELHO Jo 1, 1-18
«O Verbo fez-Se carne»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No princípio era o Verbo e o Verbo
estava com Deus e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo se
fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito. N’Ele estava a vida e a vida era a
luz dos homens. A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam. Apareceu
um homem enviado por Deus, chamado João. Veio como testemunha, para dar
testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele. Ele não era a
luz, mas veio para dar testemunho da luz. O Verbo era a luz verdadeira, que,
vindo ao mundo, ilumina todo o homem. Estava no mundo e o mundo, que foi feito
por Ele, não O conheceu. Veio para o que era seu e os seus não O receberam. Mas
àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne,
nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo fez-Se carne e habitou entre
nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito,
cheio de graça e de verdade. João dá testemunho d’Ele, exclamando: «Era deste
que eu dizia: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia
antes de mim’». Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça
sobre graça. Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade
vieram por meio de Jesus Cristo. A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho
Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus, fonte da verdadeira devoção e da paz, fazei que esta oblação
Vos glorifique dignamente e que a nossa participação nos sagrados mistérios
reforce os laços da nossa unidade. Por Nosso Senhor.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO 1 Jo 4, 9
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que n’Ele tenhamos a vida.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Sustentai, Senhor, o vosso povo no presente e no futuro, com os auxílios da
vossa infinita bondade, para que, com as alegrias que dispondes no seu caminho,
se dirija mais confiadamente para os bens eternos. Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Jo 2, 18-21 :O
Santo é Jesus: a unção é a Palavra de Deus que vem d’Ele, a Palavra que Se fez
carne para poder ser escutada pelos homens. Essa Palavra dá-nos o conhecimento
íntimo de Deus e o sentido profundo da vida e das coisas. Foi para que A
escutássemos que Ela Se fez carne..
Jo 1, 1-18: Começamos
hoje a ler o Evangelho de S. João de forma contínua, e, para tal, repetimos
hoje a leitura da missa do Dia de Natal. É o hino com que abre o Evangelho
sacramental de S. João. Tudo nele é revelação e aprofundamento do mistério do
Verbo feito carne.
AGENDA DO DIA:
18.00
horas: Missa em Nisa
18.00
horas: Missa em Alpalhão.
PENSAMENTO DO DIA
«Buscai primeiramente o que une, em vez de
buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR
SEMPRE EM CONSTRUÇÃO... SEMPRE INACABADA ...
Individualmente,
em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de
Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar
o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto
veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa.
Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e
construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar,
esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer
pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da
paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se
tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue,
sofrimento e morte que a todos envergonha.
Logo a seguir do Natal
de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família
migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de
esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de
ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma
a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da
história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de
amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável”
(AL66).
Em Nazaré, cada um dos
esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na
caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam
as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum
estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um
amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e
os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que
a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há
neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de
se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se,
continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e
esperança, com carinho e ternura.
A família, constituída
por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é
dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos
que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos
os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura
e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria
e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se
fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas
gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da
tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à
Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da
generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da
troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela
construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se
constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode
colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo
esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da
humanidade.
Com
o Papa Francisco, rezemos pela Família:
“Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do
verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos
consagramos.
Sagrada Família de
Nazaré,
tornai também as nossas
famílias
lugares de comunhão e
cenáculos de oração,
autênticas escolas do Evangelho
e pequenas igrejas
domésticas.
Sagrada Família de
Nazaré,
que nunca mais haja nas
famílias
episódios de violência,
de fechamento e divisão;
e quem tiver sido
ferido ou escandalizado
seja rapidamente
consolado e curado.
Sagrada Família de
Nazaré,
fazei que todos nos
tornemos conscientes
do carácter sagrado e
inviolável da família,
da sua beleza no
projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a
nossa súplica.
Amém.”
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021,
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