PARÓQUIAS DE NISA
Quinta, 30 de dezembro de 2021
Quinta-feira, 6º dia da Oitava do Natal
LITURGIA
Quinta-feira,
6º dia da Oitava do Natal
Branco – Ofício como nos dias 25 e 30. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 12-17; Sal 95 (96), 7-8a. 8b-9. 10
Ev Lc 2, 36-40
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial e no primeiro aniversário.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Sab
18, 14-15
Quando um profundo silêncio envolvia todas as coisas
e a noite estava no meio do seu curso, a vossa palavra omnipotente, Senhor,
desceu do seu trono real.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Concedei, Deus omnipotente, que o novo nascimento, segundo a carne, do vosso
Filho Unigénito nos liberte da antiga escravidão em que nos retém o jugo do
pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 12-17
«Aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Escrevo-vos, meus filhos, porque os vossos pecados foram perdoados, pelo nome
de Jesus. Escrevo-vos, pais, porque conheceis Aquele que existe desde o
princípio. Escrevo-vos, jovens, porque vencestes o Maligno. Escrevo-vos, meus
filhos, porque conheceis o Pai. Escrevo-vos, pais, porque conheceis Aquele que
existe desde o princípio. Escrevo-vos, jovens, porque sois fortes e a palavra
de Deus permanece em vós e vencestes o Maligno. Não ameis o mundo nem o que
existe no mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque
tudo o que há no mundo – concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e
orgulho da riqueza – não vem do Pai, mas do mundo. Ora o mundo passa com as
suas concupiscências, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece
eternamente.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 7-8a.8b-9.10 (R.11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a
terra. Repete-se
Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome. Refrão
Levai-Lhe oferendas e entrai nos seus átrios,
adorai o Senhor com ornamentos sagrados,
trema diante d’Ele a terra inteira. Refrão
Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade. Refrão
ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
Santo é o dia que nos trouxe a luz.
Vinde adorar o Senhor.
Hoje, uma grande luz desceu sobre a terra. Refrão
EVANGELHO Lc 2, 36-40
«Falava acerca do Menino
a todos os que esperavam a libertação de Israel»
Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Quando os pais de Jesus levaram o Menino a Jerusalém, a fim de O apresentarem
ao Senhor, estava no templo uma profetiza, Ana, filha de Fanuel, da tribo de
Aser. Era de idade muito avançada e tinha vivido casada sete anos após o tempo
de donzela e viúva até aos oitenta e quatro. Não se afastava do templo,
servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações. Estando presente na mesma
ocasião, começou também a louvar a Deus e a falar acerca do Menino a todos os
que esperavam a libertação de Jerusalém. Cumpridas todas as prescrições da Lei
do Senhor, voltaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré. Entretanto, o
Menino crescia e tornava-Se robusto, enchendo-Se de sabedoria. E a graça de
Deus estava com Ele.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, os dons da vossa Igreja, para que receba nestes
santos mistérios os bens em que pela fé acredita. Por Nosso Senhor.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 16
Da plenitude de Cristo todos nós recebemos
graça sobre graça.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Deus de infinita bondade, que, pela participação, neste sacramento, vindes ao
nosso encontro, fazei-nos sentir os seus frutos de santidade, para que o dom
recebido nos disponha a recebê-lo cada vez melhor. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o
que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga,
atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor,
suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Jo 2, 12-17: O
Apóstolo concretiza a vontade de Deus na vida concreta das pessoas, na dos
pais, na dos filhos, na dos jovens, duas vezes mencionados como triunfadores do
Maligno, o Espírito do Mal, na de todos os que querem viver em Cristo. Estes
são os verdadeiros senhores do mundo e do próprio tempo, porque viverão para
além do tempo.
Lc 2, 36-40: Ao
lado de Simeão estava Ana, a profetiza, aquela que reconheceu também Jesus e
d’Ele falava a todos os que encontrava. Falava-lhes d’Ele como o libertador de
Jerusalém. Ultrapassaria ela a situação política desse tempo? Jerusalém estava
dominada por estrangeiros! A nossa fé leva-nos hoje ainda mais longe: Jesus é o
Salvador de todos os homens, para além dos condicionalismos temporais e
terrenos de cada um.
AGENDA DO DIA:
14.00
horas: Funeral em Tolosa
15.30
horas: Funeral em
18.00
horas: Missa em Nisa.
PENSAMENTO DO DIA
«Buscai primeiramente o que une, em vez de
buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR
SEMPRE EM CONSTRUÇÃO... SEMPRE INACABADA ...
Individualmente,
em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de
Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar
o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto
veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa.
Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e
construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar,
esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer
pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da
paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se
tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue,
sofrimento e morte que a todos envergonha.
Logo a seguir do Natal
de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família
migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de
esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de
ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma
a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da
história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de
amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável”
(AL66).
Em Nazaré, cada um dos
esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na
caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam
as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum
estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um
amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e
os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que
a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há
neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de
se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se,
continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e
esperança, com carinho e ternura.
A família, constituída
por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é
dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos
que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos
os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura
e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria
e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se
fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas
gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da
tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à
Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da
generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da
troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela
construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se
constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode
colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo
esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da
humanidade.
Com
o Papa Francisco, rezemos pela Família:
“Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do verdadeiro
amor,
confiantes, a Vós nos
consagramos.
Sagrada Família de
Nazaré,
tornai também as nossas
famílias
lugares de comunhão e
cenáculos de oração,
autênticas escolas do
Evangelho
e pequenas igrejas
domésticas.
Sagrada Família de
Nazaré,
que nunca mais haja nas
famílias
episódios de violência,
de fechamento e divisão;
e quem tiver sido
ferido ou escandalizado
seja rapidamente
consolado e curado.
Sagrada Família de
Nazaré,
fazei que todos nos
tornemos conscientes
do carácter sagrado e
inviolável da família,
da sua beleza no
projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a
nossa súplica.
Amém.”
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021,
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