PARÓQUIAS DE NISA
Quarta, 29 de dezembro de 2021
Quarta-feira, 5º dia da Oitava do Natal
LITURGIA
Quarta-feira, 5º dia da Oitava do Natal
Branco
– Ofício como nos dias 25 e 29. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 2, 3-11; Sal 95 (96), 1-2a. 2b-3. 5b-6
Ev Lc 2, 22-35
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial e no primeiro aniversário.
* Pode celebrar-se a memória de S. Tomás Becket (de Cantuária), bispo e mártir,
como se indica na p. 33, n.9.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Jo 3, 16
Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho Unigénito.
Quem acredita n’Ele tem a vida eterna.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e invisível, que iluminastes as trevas do mundo com a luz da
vossa vinda, lançai sobre nós um olhar de paz, para podermos louvar dignamente
o glorioso nascimento do vosso Filho Unigénito, que é Deus convosco na unidade
do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 2, 3-11
«Quem ama o seu irmão permanece na luz»
Leitura da
Primeira Epístola de São João
Caríssimos:
Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l’O mas não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a
verdade não está nele. Mas se alguém guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus
é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos n’Ele. Quem diz que permanece n’Ele
deve também proceder como Ele procedeu. Caríssimos, não vos escrevo um
mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o princípio.
Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes. No entanto, é um mandamento
novo que vos escrevo – o que é verdadeiro n’Ele e em vós –, porque as trevas
estão a passar e já brilha a luz verdadeira. Quem diz que está na luz e odeia o
seu irmão ainda se encontra nas trevas. Quem ama o seu irmão permanece na luz e
não há nele ocasião de pecado. Mas quem odeia o seu irmão encontra-se nas
trevas, caminha nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe
cegaram os olhos.
Palavra do
Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2a.2b-3.5b-6 (R. 11a)
Refrão: Alegrem-se os céus, exulte a
terra. Repete-se
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome. Refrão
Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas. Refrão
Foi o Senhor quem fez os céus:
diante d’Ele a honra e a majestade,
no seu templo o poder e o esplendor. Refrão
ALELUIA Lc 2, 32
Refrão: Aleluia Repete-se
Luz para se revelar às nações
e glória do vosso povo Israel. Refrão
EVANGELHO Lc 2, 22-35
«Luz para se revelar às nações»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a
Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao
Senhor, como está escrito na Lei do Senhor: «Todo o filho primogénito varão
será consagrado ao Senhor», e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou
duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor. Vivia em Jerusalém um homem
chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o
Espírito Santo estava nele. O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria
antes de ver o Messias do Senhor; e veio ao templo, movido pelo Espírito.
Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei
no que lhes dizia respeito, Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus,
exclamando: «Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o
vosso servo, porque os meus olhos viram a vossa salvação, que pusestes ao
alcance de todos os povos: luz para se revelar às nações e glória de Israel,
vosso povo». O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d’Ele se
dizia. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: «Este Menino foi
estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de
contradição; – e uma espada trespassará a tua alma – assim se revelarão os
pensamentos de todos os corações».
Palavra da
salvação.
Não se diz o Credo.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, a oblação que trazemos ao vosso altar nesta admirável permuta
de dons, de modo que, oferecendo-Vos o que nos destes, mereçamos receber-Vos a
Vós mesmo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 1, 78
Graças ao coração misericordioso do nosso Deus,
das alturas nos visitou o sol nascente.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Deus todo-poderoso, que a nossa vida seja constantemente
fortalecida pela comunhão nos vossos santos mistérios. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem
que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS: 1 Jo 2, 3-11: O
acontecimento do Natal é a manifestação aos homens do amor de Deus por eles.
Acreditar em Jesus é acreditar no amor de Deus e acolher este amor, para com
ele amar os seus irmãos. Não se tem fé viva, se a fé não leva a amar os outros,
à imitação do que Deus faz para com os homens. É este o mandamento por
excelência que o Senhor nos deixou: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao
próximo como a nós mesmos”.
Lc 2, 22-35: O
primeiro acontecimento do Novo Testamento, que já se orientava para o
nascimento de Jesus, a anunciação a Zacarias (dia 19), situava-se no templo: no
templo terminam hoje os episódios da infância do Senhor, com o encontro de
Jesus e de Simeão. Simeão, como já Zacarias o tinha feito, proclama o Senhor
como luz, porque Ele vem como Luz de Deus para iluminar os homens, os libertar
das trevas e os transferir para a Luz do Reino de Deus.
AGENDA DO DIA:
17.00
horas: Missa em Gáfete
18.00
horas: Missa em Tolosa
18.00
horas: Missa em Nisa.
PENSAMENTO DO DIA
«Buscai primeiramente o que une, em vez de
buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR
SEMPRE EM CONSTRUÇÃO... SEMPRE INACABADA ...
Individualmente,
em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de
Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar
o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio
trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa.
Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e
construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar,
esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer
pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da
paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se
tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue,
sofrimento e morte que a todos envergonha.
Logo a seguir do Natal
de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família
migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de
esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de
ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma
a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da
história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de
amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável”
(AL66).
Em Nazaré, cada um dos
esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na
caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam
as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum
estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um
amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e
os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que
a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há
neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de
se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se,
continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e
esperança, com carinho e ternura.
A família, constituída
por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é
dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos
que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos
os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura
e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria
e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se
fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas
gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da
tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à
Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da
generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da
troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela
construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se
constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode
colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo
esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da
humanidade.
Com
o Papa Francisco, rezemos pela Família:
“Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do
verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos
consagramos.
Sagrada Família de
Nazaré,
tornai também as nossas
famílias
lugares de comunhão e
cenáculos de oração,
autênticas escolas do
Evangelho
e pequenas igrejas
domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais haja nas
famílias
episódios de violência,
de fechamento e divisão;
e quem tiver sido
ferido ou escandalizado
seja rapidamente
consolado e curado.
Sagrada Família de
Nazaré,
fazei que todos nos
tornemos conscientes
do carácter sagrado e inviolável
da família,
da sua beleza no
projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a
nossa súplica.
Amém.”
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021,
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