quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Sexta, 03 de dezembro de 2021

 

sexta-feira da I semana do Advento

 

 

LITURGIA

 

Sexta-feira da semana I

S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro das Missões – MO

Branco – Ofício da memória.
Missa da memória, pf. I do Advento.

L 1 Is 29, 17-24; Sal 26 (27), 1. 4. 13-14
Ev Mt 9, 27-31
* No Ordinariado Castrense – Aniversário da tomada de posse de D. Rui Manuel Sousa Valério, Bispo das Forças Armadas e de Segurança.
* Na Companhia de Jesus e nos Missionários Combonianos do Coração de Jesus – S. Francisco Xavier, Padroeiro Universal das Missões – FESTA
* Na Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – S. Francisco Xavier, presbítero, Padroeiro principal da Congregação – FESTA
* No Instituto Missionário da Consolata – S. Francisco Xavier, Padroeiro Universal das Missões e do Instituto – FESTA
* Na Sociedade Missionária da Boa Nova – S. Francisco Xavier, Padroeiro – FESTA
* Nas Dioceses de Cabo Verde – S. Francisco Xavier, Padroeiro das Missões – FESTA

 

 S. FRANCISCO XAVIER, presbítero

 

Nota Histórica

Nasceu no castelo de Xavier, em Navarra (Espanha) no ano de 1506. Quando estudava em Paris, juntou-se ao grupo de S. Inácio. Foi ordenado sacerdote em Roma no ano de 1537 e dedicou se a obras de caridade. Em 1541 partiu para o Oriente. Evangelizou incansavelmente a Índia e o Japão durante dez anos, convertendo muitos à fé. Morreu em 1552 na ilha de Sanchoão, às portas da China.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 95, 3-4
Proclamai entre as nações a glória do Senhor,
anunciai a todos os povos as suas maravilhas.
O Senhor é grande e digno de louvor.

Em África diz-se o Glória.

ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que, pela pregação de São Francisco Xavier, chamastes muitos povos ao conhecimento do vosso nome, concedei a todos os cristãos o mesmo zelo pela propagação da fé, para que, em toda a terra, a santa Igreja se alegre com novos filhos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

LEITURA I 1 Cor 9, 16-19.22-23
«Ai de mim se não evangelizar!»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Anunciar o Evangelho não é para mim um título de glória, é uma obrigação que me foi imposta. Ai de mim se não anunciar o Evangelho! Se o fizesse por minha iniciativa, teria direito a recompensa. Mas, como não o faço por minha iniciativa, desempenho apenas um cargo que me está confiado. Em que consiste, então, a minha recompensa? Em anunciar gratuitamente o Evangelho, sem fazer valer os direitos que o Evangelho me confere. Livre como sou em relação a todos, de todos me fiz escravo, para ganhar o maior número possível. Com os fracos tornei-me fraco, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de ganhar alguns a todo o custo. E tudo faço por causa do Evangelho, para me tornar participante dos seus bens.


Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL Salmo 95 (96), 1-2a.2b-3.7-8a.10 (R. 3)
Refrão: Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor.

Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, ó família dos povos,
dai ao Senhor glória e poder,
dai ao Senhor a glória do seu nome.

Dizei entre as nações: «O Senhor é Rei»,
sustenta o mundo e ele não vacila,
governa os povos com equidade.

ALELUIA Mt 28, 19a.20b
Refrão: Aleluia. Repete-se
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos. Refrão

EVANGELHO Mc 16, 15-20
«Foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, Jesus apareceu aos onze Apóstolos e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor, os dons que Vos apresentamos na festa de São Francisco Xavier e assim como ele foi para terras distantes, levado pelo zelo da salvação dos homens, também nós dêmos testemunho do Evangelho, para irmos ao vosso encontro com muitos irmãos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

ANTÍFONA DA COMUNHÃO Mc 16, 15; Mt 28, 20
Ide por todo o mundo e proclamai o Evangelho. Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos, diz o Senhor.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
A celebração destes santos mistérios, Senhor, desperte em nós o ardor da caridade que levou São Francisco Xavier a trabalhar incansavelmente pela salvação das almas, de modo que, vivendo dignamente a nossa vocação, mereçamos com ele a recompensa prometida aos bons trabalhadores do Evangelho. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 1 Cor 9, 16-19.22-23 : Consciente de que o chamamento ao apostolado é um encargo confiado por Deus, S. Francisco Xavier viveu com inquebrantável fidelidade, total desinteresse e extraordinário zelo apostólico, a sua missão. A ordem do Senhor – «Proclamai a Boa Nova a todas as cristuras» (Mc. 16, 15) – fazia-lhe vencer todas as dificuldades. «Suportar todos estes trabalhos por amor d'Aquele por Quem os devemos suportar, eis a grande alegria» (Carta de 1542).

 

Mc 16, 15-20 : Angustiado por não poder realizar o seu sonho de levar o Evangelho a todos os povos da imensa Ásia, S. Francisco Xavier escreve aos seus antigos colegas da Universidade de Paris uma carta patética, que é um veemente apelo, saído do seu coração de Apóstolo. É necessário – diz-lhes ele – que não se contentem com uma vida confortável e uma glória puramente humana. Que eles não fechem os ouvidos ao apelo de multidões incontáveis, que ignoram ainda que Cristo veio salvá-las! Este apelo do Apóstolo das Índias continua o ser dirigido aos jovens do nosso tempo.



 

AGENDA DO DIA:

 

 

 

18.00 horas: Missa em Alpalhão

18.00 horas: Missa em Nisa.

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

ADVENTO - ESPERAR É FAZER ACONTECER

 

Fazer esperar é uma prerrogativa do poder mal entendido ou da pessoa egocêntrica. Ninguém gosta de esperar. Ninguém tem o direito de fazer esperar. Fazer esperar só porque sim não é bonito, é falta de respeito e de caridade para com quem tem de esperar. Ninguém gosta de esperar no multibanco, na farmácia, no hospital, na fila dos serviços públicos ou privados, aqui ou acolá onde precisamos de ser atendidos. Impacienta-nos esperar o transporte que se atrasa, o trânsito interrompido que nos testa a paciência, a longínqua consulta médica que tínhamos como urgente e acaba por não chegar, a falta de alguém a um compromisso que, atrasando-se, também nos atrasa e faz desesperar. Enfim, mesmo quando não há que fazer, aborrece-nos ver o tempo correr e nada se resolver. Ficar à espera é vivido como uma prisão sofrida, uma espécie de martírio.

Ora, estamos habituados a falar do Advento como tempo de fazer esperar. Esperamos o Salvador, é verdade! No entanto, não podemos confundir este ‘fazer esperar’ com a passividade de ‘ficar à espera’ de alguém que chega atrasado, ou de outros que não se despacham e nos impacientam na fila. Na permanente aprendizagem do Mistério de Cristo, o Advento, este tempo de espera é um tempo útil. É uma experiência de vida, é uma proposta de discernimento, é um tempo para redescobrir a identidade de Cristo cada vez com mais profundidade e em crescente identificação com Ele. Não para aprofundar uma identidade de Cristo meramente teórica, abstrata, inconsequente, apenas para entreter. Mas para redescobrir a identidade relacional de Cristo que, fazendo-se próximo e irmão, nos cativa e compromete, partilha connosco o dom do seu Espírito filial e nos convida a ser discípulos ao seu jeito, de forma simples, pobre, humilde, próxima, fraterna e salvadora. E se nos cansamos de esperar, não é Ele que chega atrasado. São as opções e os dinamismos da nossa vida que podem retardar esse feliz encontro, já que Ele, mesmo que se faça encontrado, não se impõe, não força, não arromba portas, o amor é paciente. O verdadeiro Advento coloca-nos assim, de forma sincera e convicta, em atitude de espera, mas uma espera ativa, atenta, alegre e confiante. Não é uma espera vã e enervante. É uma espera que queremos preencher com dinâmicas de transformação, purificação e crescimento. Essa é a atitude própria do Advento. É juntar a essa espera a memória, a expectativa, a aprendizagem, a fé, a fidelidade, a criatividade, a capacidade de nos deixarmos surpreender e abrir às provocações do amor de Deus manifestadas em Jesus Menino. É nesta forma de saber esperar que surge sempre a verdadeira esperança. E surge com uma densidade muito diferente a influenciar a vida pessoal, familiar e coletiva. O Advento sempre foi, é e será o tempo favorável da caminhada histórica da Igreja até ao fim dos tempos.

Nesta esperança de que o encontro de Jesus com todos e cada um aconteça, continuamos a esperar, do fundo do coração, que a humanidade inteira possa convergir num caminho que, salvaguardando as legítimas diferenças, comungue valores e possa fazer caminho. Esperamos, a cada instante, poder estabelecer relações de confiança mútua, de maior verdade, com tudo aquilo que isso exige de transparência, de equilíbrio, de autenticidade. Esperamos que a sociedade sinta a necessidade duma justiça social mais abrangente possível, de ajuda aos mais expostos e fragilizados, aos menos acompanhados e mais esquecidos. Esperamos, para além de todas as imperfeições ou mesmo traições, esperamos que haja uma verdade superior como porto comum de chegada que a todos eleve e se revele. Esperamos que a diversidade de povos, saberes e tradições, seja uma riqueza e não origem constante de guerras fratricidas. Esperamos que a dignidade de cada ser humano seja reconhecida e salvaguardada, que a paz possa ser uma realidade e não apenas um discurso. Esperamos que as instituições nacionais e internacionais não sejam apenas uma cosmética açucarada, que as nações sejam capazes de perceber a necessidade de cuidar da casa comum, que a economia ultrapasse os frios números sem se tornar em défice desgovernado, que a vida política seja funcional em relação à cidadania com os seus direitos e deveres. Esperamos …

A nível eclesial, porém, esperamos uma Igreja cada vez mais comunhão, uma Igreja que escute mais a Palavra de Deus e as palavras dos homens, uma Igreja mais sinodal onde o batismo ilumine todas as vocações e promova fraternidade, uma Igreja onde o ministério seja colegial, a autoridade não seja apenas poder, a verdade impere e não se arrogue da sua propriedade. Esperamos uma Igreja com vida espiritual densa e dinâmica, uma Igreja santa e a santificar-se, uma Igreja que ultrapasse a cristandade mas não esqueça o entusiasmo da primeira hora. Esperamos! Esperamos uma Igreja que defenda sempre a proteção dos mais fracos e vulneráveis, que integre os pobres que passam a vida a esperar sem pressa de ninguém, que promova o diálogo interior até ao debate e à correção evangélica. Esperamos uma Igreja que respeite sempre o verdadeiro primado da consciência, que caminhe com os que procuram, que acompanhe os que duvidam, que ajude a reconstruir os que erram, que estenda a mão aos desanimados. Esperamos uma Igreja missionária que cuide da transmissão da fé, que celebre com alegria, que tenha rosto e essência jovem. Esperamos! …

Esperamos mas “não ficamos passivamente à espera”. Esperamos e fazemos acontecer. É a dinâmica própria da esperança cristã, uma esperança que compromete, conjuga a expectativa com o ideal cristão, purifica, fortalece o desejo, faz o discernimento, empenha a colaborar com a Salvação que nos é dada.

O Advento é sempre tempo de esperança. O nascimento histórico de Jesus já aconteceu, da sua vinda no final dos tempos não sabemos a data e ocasião. Mas cada dia, cada vida, cada história, cada processo é o momento favorável para deixar Cristo nascer e para nascermos para Cristo. Esperar é fazer acontecer.

 

Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 26-11-2021.

 

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