PARÓQUIAS DE NISA
Segunda, 27 de dezembro de 2021
Segunda-feira, 3º dia da Oitava do Natal
LITURGIA
S. João, Apóstolo e Evangelista – FESTA
Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.
L 1 1 Jo 1, 1-4; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 11-12
Ev Jo 20, 2-8
* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.
S.
JOÃO, APÓSTOLO E EVANGELISTA
Nota
Histórica
Filho de Zebedeu, rico pescador de Bethsaida (Mc. 1, 20; Mt. 4, 18--22;
Jo. 1, 44), e de Salomé, que mais tarde se viria a consagrar ao serviço de
Jesus e dos Apóstolos, foi educado, com o seu irmão Tiago, na seita dos
zelotes. Tornado discípulo de João Baptista, por ele seria encaminhado para
Jesus, vindo a ser bem depressa, um dos membros mais ativos do grupo.
A João confiou Jesus não só o maior número de missões, mas também os Seus mais íntimos
segredos. A ele confiará igualmente Sua Mãe, que terminará os Seus dias na
companhia do «Discípulo amado». Após uma longa vida apostólica, o Apóstolo do
amor será exilado para a ilha de Patmos (Apoc. 1), no tempo de Domiciano, sendo
o último dos Doze a deixar a terra.
João é o autor de vários Cartas, do Apocalipse e do quarto Evangelho.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA
Este é João, que, na última Ceia,
reclinou a cabeça sobre o peito do Senhor.
Feliz o Apóstolo a quem foram revelados os mistérios celestes
e que anunciou a todo o mundo a Palavra da vida.
Ou Sir 15, 5
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória.
Diz-se o Glória.
ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso e eterno,
que por meio do apóstolo São João
nos revelastes os mistérios do Verbo,
concedei-nos a graça de compreender e amar
as maravilhas que ele nos fez conhecer.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Jo 1, 1-4
«Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos»
Leitura da Primeira Epístola de São João
Caríssimos:
O que era desde o princípio,
o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos,
o que contemplámos, o que tocámos com as nossas mãos
acerca do Verbo da Vida,
é o que nós vos anunciamos.
Porque a Vida manifestou-Se
e nós vimos e damos testemunho dela.
Nós vos anunciamos a Vida eterna,
que estava junto do Pai e nos foi manifestada.
Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos,
para que estejais também em comunhão connosco.
E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
E vos escrevemos tudo isto,
para que a vossa alegria seja completa.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1-2.5-6.11-12 (R. 12a)
Refrão: Alegrai-vos, justos, no Senhor.
O Senhor é Rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.
Derretem-se os montes como cera,
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.
A luz resplandece para o justo
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor,
e louvai o seu nome santo.
ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Nós Vos louvamos, ó Deus;
nós Vos bendizemos, Senhor.
O coro glorioso dos Apóstolos
canta os vossos louvores. Refrão
EVANGELHO Jo 20, 2-8
«O outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao
sepulcro»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predileto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor,
os dons que trazemos ao vosso altar
e fazei que este sagrado banquete
nos leve a compreender os mistérios do Verbo eterno,
que na última Ceia revelastes ao apóstolo São João.
Por Nosso Senhor.
Prefácio do Natal
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 14.16
O Verbo fez-Se carne e habitou no meio de nós.
Da sua plenitude todos nós recebemos.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por este sacramento que celebrámos,
concedei, Deus todo-poderoso,
que habite sempre em nós o Verbo feito carne,
que o apóstolo São João anunciou no seu Evangelho.
Por Nosso Senhor.
MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA
1. Leitura: - Lê, respeita, situa o que lês.
- Detém-te no conteúdo de fé e da
passagem que leste
2. Meditação: - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.
- Deixa que a passagem da Palavra de
Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: - Louva o Senhor, suplica, escuta.
- Dirige-te a Deus que te falou através
da Sua Palavra.
LEITURAS:
AGENDA DO DIA:
PENSAMENTO DO DIA
«Buscai primeiramente o que une, em vez de
buscar o que divide»
São João XXIII
A VOZ DO PASTOR
SEMPRE EM CONSTRUÇÃO ... SEMPRE INACABADA ...
Individualmente, em
família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de Jesus,
o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar o Natal
de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio trazer
à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa. Embora, na
liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e construir
uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar, esquecer,
minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer pela humanização
e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da paz, o caminho, a
verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se tenta manipular, o
homem é desprezado e a história fica escrita com sangue, sofrimento e morte que
a todos envergonha.
Logo a seguir do Natal
de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família
migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de
esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de
ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma
a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da
história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de
amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável”
(AL66).
Em Nazaré, cada um dos
esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na
caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam
as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum
estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um
amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e
os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que
a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há
neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de
se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se,
continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e
esperança, com carinho e ternura.
A família, constituída
por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é
dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos
que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos
os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura
e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria
e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se
fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas
gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da
tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à
Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da
generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da
troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela
construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se
constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode
colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo
esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da
humanidade.
Com
o Papa Francisco, rezemos pela Família:
“Jesus, Maria e José,
em Vós contemplamos
o esplendor do
verdadeiro amor,
confiantes, a Vós nos consagramos.
Sagrada Família de
Nazaré,
tornai também as nossas
famílias
lugares de comunhão e
cenáculos de oração,
autênticas escolas do
Evangelho
e pequenas igrejas
domésticas.
Sagrada Família de
Nazaré,
que nunca mais haja nas
famílias
episódios de violência,
de fechamento e divisão;
e quem tiver sido
ferido ou escandalizado
seja rapidamente
consolado e curado.
Sagrada Família de
Nazaré,
fazei que todos nos
tornemos conscientes
do carácter sagrado e
inviolável da família,
da sua beleza no
projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
ouvi-nos e acolhei a
nossa súplica.
Amém.”
Antonino Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 24-12-2021
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