domingo, 26 de dezembro de 2021

 

PARÓQUIAS DE NISA 

 

Segunda, 27 de dezembro de 2021

 

Segunda-feira, 3º dia da Oitava do Natal

 

 

 

LITURGIA

 

 

S. João, Apóstolo e Evangelista – FESTA


Branco – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. do Natal.

L 1 1 Jo 1, 1-4; Sal 96 (97), 1-2. 5-6. 11-12
Ev Jo 20, 2-8

* Proibidas as Missas de defuntos, exceto a exequial.

 

S. JOÃO, APÓSTOLO E EVANGELISTA

 

Nota Histórica

Filho de Zebedeu, rico pescador de Bethsaida (Mc. 1, 20; Mt. 4, 18--22; Jo. 1, 44), e de Salomé, que mais tarde se viria a consagrar ao serviço de Jesus e dos Apóstolos, foi educado, com o seu irmão Tiago, na seita dos zelotes. Tornado discípulo de João Baptista, por ele seria encaminhado para Jesus, vindo a ser bem depressa, um dos membros mais ativos do grupo.
A João confiou Jesus não só o maior número de missões, mas também os Seus mais íntimos segredos. A ele confiará igualmente Sua Mãe, que terminará os Seus dias na companhia do «Discípulo amado». Após uma longa vida apostólica, o Apóstolo do amor será exilado para a ilha de Patmos (Apoc. 1), no tempo de Domiciano, sendo o último dos Doze a deixar a terra.
João é o autor de vários Cartas, do Apocalipse e do quarto Evangelho.

 

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
Este é João, que, na última Ceia,
reclinou a cabeça sobre o peito do Senhor.
Feliz o Apóstolo a quem foram revelados os mistérios celestes
e que anunciou a todo o mundo a Palavra da vida.

Ou Sir 15, 5
O Senhor deu-lhe a palavra no meio da assembleia,
encheu-o com o espírito de sabedoria e inteligência
e revestiu-o com um manto de glória.

Diz-se o Glória.


ORAÇÃO COLECTA
Deus todo-poderoso e eterno,
que por meio do apóstolo São João
nos revelastes os mistérios do Verbo,
concedei-nos a graça de compreender e amar
as maravilhas que ele nos fez conhecer.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 1, 1-4
«Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos»


Leitura da Primeira Epístola de São João

 
Caríssimos:
O que era desde o princípio,
o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos,
o que contemplámos, o que tocámos com as nossas mãos
acerca do Verbo da Vida,
é o que nós vos anunciamos.
Porque a Vida manifestou-Se
e nós vimos e damos testemunho dela.
Nós vos anunciamos a Vida eterna,
que estava junto do Pai e nos foi manifestada.
Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos,
para que estejais também em comunhão connosco.
E a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.
E vos escrevemos tudo isto,
para que a vossa alegria seja completa.


Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 96 (97), 1-2.5-6.11-12 (R. 12a)
Refrão: Alegrai-vos, justos, no Senhor.

O Senhor é Rei: exulte a terra,
rejubile a multidão das ilhas.
Ao seu redor, nuvens e trevas;
a justiça e o direito são a base do seu trono.

Derretem-se os montes como cera,
diante do Senhor de toda a terra.
Os céus proclamam a sua justiça
e todos os povos contemplam a sua glória.

A luz resplandece para o justo
e a alegria para os corações rectos.
Alegrai-vos, ó justos, no Senhor,
e louvai o seu nome santo.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Nós Vos louvamos, ó Deus;
nós Vos bendizemos, Senhor.
O coro glorioso dos Apóstolos
canta os vossos louvores. Refrão


EVANGELHO Jo 20, 2-8
«O outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predileto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.


Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Santificai, Senhor,
os dons que trazemos ao vosso altar
e fazei que este sagrado banquete
nos leve a compreender os mistérios do Verbo eterno,
que na última Ceia revelastes ao apóstolo São João.
Por Nosso Senhor.


Prefácio do Natal


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 1, 14.16
O Verbo fez-Se carne e habitou no meio de nós.
Da sua plenitude todos nós recebemos.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Por este sacramento que celebrámos,
concedei, Deus todo-poderoso,
que habite sempre em nós o Verbo feito carne,
que o apóstolo São João anunciou no seu Evangelho.
Por Nosso Senhor.

 

 

MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

 

 

1. Leitura:  - Lê, respeita, situa o que lês.

     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste 

2. Meditação:  - Interioriza, dialoga, atualiza o que leste.

     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

3. Oração:  - Louva o Senhor, suplica, escuta.

     - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURAS: 

 

AGENDA DO DIA:

 

 

 

 

PENSAMENTO DO DIA

 

 

«Buscai primeiramente o que une, em vez de buscar o que divide»

São João XXIII

 

A VOZ DO PASTOR

 

 

SEMPRE EM CONSTRUÇÃO ... SEMPRE INACABADA ...

 

Individualmente, em família e em comunidade, celebramos a grande solenidade do nascimento de Jesus, o acontecimento mais sublime de toda a história da humanidade. Celebrar o Natal de Jesus faz vir ao de cima sentimentos de gratidão por tudo quanto veio trazer à história da humanidade, à vida de cada família e de cada pessoa. Embora, na liberdade que lhe assiste, o mundo moderno queira endeusar o homem e construir uma humanidade nova sem Deus, não é lícito nem saudável negar, esquecer, minimizar ou querer substituir aquele que tudo fez e continua a fazer pela humanização e salvação da humanidade, apresentando-se como o príncipe da paz, o caminho, a verdade e a vida. Sempre que Deus tem sido ignorado ou se tenta manipular, o homem é desprezado e a história fica escrita com sangue, sofrimento e morte que a todos envergonha.

Logo a seguir do Natal de Jesus, temos a festa da Sagrada Família, a família de Jesus. Uma família migrante e pobre, das periferias. Uma família sofrida, mas feliz e cheia de esperança. A sua aliança de amor e fidelidade a Deus, de um ao outro, e de ambos a Jesus, mesmo no meio da fragilidade, “ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história”. A vida desta Família ensina “o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado e inviolável” (AL66).

Em Nazaré, cada um dos esposos é o companheiro de coração do outro, um cúmplice na história e na caminhada da sua vida. É um companheiro por excelência, com quem se enfrentam as alegrias e as tristezas da vida em saudável intimidade. Há um projeto comum estável, assumido numa decisão do coração e a envolver toda a existência. Há um amor mutuamente prometido, capaz de superar os mal entendidos, os conflitos e os possíveis sentimentos ou estados de ânimo. Acima de todas as vergastadas que a vida vai infligindo, acima de toda e qualquer circunstância menos boa, há neles um querer-se bem mais profundo a manter viva a decisão de se amarem, de se pertencerem, de partilharem a vida inteira, amando-se, perdoando-se, continuando a amar-se e a perdoar-se, celebrando cada nova etapa com alegria e esperança, com carinho e ternura.

A família, constituída por um homem e uma mulher e aberta à vida, não é uma realidade estática, é dinâmica, é um caminho de crescimento, sem idealismos utópicos nem pessimismos que entorpeçam . É uma tarefa sempre inacabada e sempre em construção por todos os seus membros. Reclama pormenores de qualidade e arte no trato. Exige ternura e delicadeza de gestos. Pede criatividade em surpresas mútuas que gerem alegria e bem estar. É um espaço sagrado, um lugar de refúgio, uma escola onde se fomenta a cultura da entreajuda, do respeito pela diferença e pelas diversas gerações. É a primeira escola do diálogo, da amizade, da compreensão, da tolerância, da delicadeza, do perdão, da paciência. Ali se transmite o amor à Igreja, se reza e ensina a rezar, se aprende o sentido da partilha, da generosidade, da gratidão, do apoio aos fragilizados, do saber esperar, da troca de experiências que ajudam a crescer, do interesse e compromisso pela construção do bem comum, da cidadania responsável. A família que se ama, se constrói e reconstrói com alegria e esperança, é lâmpada que não se pode colocar debaixo do alqueire mas bem alto no candelabro. Aí, sendo em Cristo esperança e luz do mundo, ela alumia a todos como boa nova para o futuro da humanidade.

 

Com o Papa Francisco, rezemos pela Família:


“Jesus, Maria e José,

em Vós contemplamos

o esplendor do verdadeiro amor,

confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré,

tornai também as nossas famílias

lugares de comunhão e cenáculos de oração,

autênticas escolas do Evangelho

e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré,

que nunca mais haja nas famílias

episódios de violência, de fechamento e divisão;

e quem tiver sido ferido ou escandalizado

seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré,

fazei que todos nos tornemos conscientes

do carácter sagrado e inviolável da família,

da sua beleza no projeto de Deus.

Jesus, Maria e José,

ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.

Amém.”


Antonino Dias

Portalegre-Castelo Branco, 24-12-2021

 

 

 

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