segunda-feira, 27 de julho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Terça, 28 de julho de 2020








Terça-feira da XVII semana do tempo comum







TERÇA-FEIRA da semana XVII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Jer 14, 17-22; Sal 78 (79), 8. 9. 11. 13
Ev Mt 13, 36-43

* Na Ordem dos Carmelitas Descalços – B. João Soreth – MF
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Maria Teresa Kowalska, virgem e mártir, da II Ordem – MF
* Na Instituição Teresiana – S. Pedro Poveda Castroverde, mártir e Fundador – SOLENIDADE
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – I Vésp. de S. Marta.




MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 67, 6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.


ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Jer 14, 17-22
«Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco»



Leitura do Livro de Jeremias

Chorem meus olhos, noite e dia, lágrimas sem fim, porque uma grande ruína, uma chaga atroz, tortura a virgem, filha do meu povo. Se saio para o campo, eis os mortos à espada; se entro na cidade, eis as vítimas da fome. Tanto o profeta como o sacerdote percorrem o país e não compreendem. Acaso rejeitastes inteiramente Judá? Porque Vos desgostastes com Sião? Porque nos feristes sem esperança de remédio? Esperávamos a paz e nada vemos de bom, uma era de restauração e surgiu a angústia. Reconhecemos, Senhor, a nossa impiedade e a culpa dos nossos pais, porque pecámos contra Vós. Não nos rejeiteis, por amor do vosso nome, não deixeis profanar o vosso trono de glória. Recordai e não revogueis a vossa aliança connosco. Pode algum dos falsos deuses das nações fazer que chova? Ou é o céu que nos dá sozinho os aguaceiros? Não sois Vós, Senhor, nosso Deus, em quem esperamos? Na verdade, sois Vós que realizais tudo isto.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 78 (79), 8.9.11.13 (R. 9bc)
Refrão: Salvai-nos, Senhor, para glória do vosso nome. Repete-se

Não recordeis, Senhor, contra nós
as culpas dos nossos pais.
Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia,
porque somos tão miseráveis. Refrão

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador,
para glória do vosso nome.
Salvai-nos e perdoai os nossos pecados,
para glória do vosso nome. Refrão

Chegue à vossa presença, Senhor,
o gemido dos cativos;
pela omnipotência do vosso braço,
libertai os condenados à morte. Refrão
E nós, vosso povo,
ovelhas do vosso rebanho,
louvar-Vos-emos para sempre
e de geração em geração cantaremos a vossa glória. Refrão


ALELUIA
Refrão: Aleluia Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo:
quem O encontra permanece para sempre. Refrão


EVANGELHO Mt 13, 36-43
«Como o joio é apanhado e queimado no fogo,
assim será no fim do mundo»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, Jesus deixou a multidão e foi para casa. Os discípulos aproximaram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Explica-nos a parábola do joio no campo». Jesus respondeu: «Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem e o campo é o mundo. A boa semente são os filhos do reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o Diabo. A ceifa é o fim do mundo e os ceifeiros são os Anjos. Como o joio é apanhado e queimado no fogo, assim será no fim do mundo: o Filho do homem enviará os seus Anjos, que tirarão do seu reino todos os escandalosos e todos os que praticam a iniquidade, e hão de lançá-los na fornalha ardente; aí haverá choro e ranger de dentes. Então, os justos brilharão como o sol no reino do seu Pai. Quem tem ouvidos, oiça».

Palavra da salvação.

ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.

Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.






«A cultura é algo de dinâmico, que um povo recria constantemente, e cada geração transmite à seguinte um conjunto de atitudes relativas às diversas situações existenciais, que esta nova geração deve reelaborar face aos próprios desafios. O ser humano «é simultaneamente filho e pai da cultura onde está inserido»


 Papa Francisco

A Alegria do Evangelho,122










ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS: Jer 14, 17-22: Depois de ter aludido a uma grande catástrofe que se tinha abatido sobre o povo, o profeta apresenta agora, em forma de lamentação, a oração desse mesmo povo, que, arrependido, confessa as suas faltas e faz penitência. As situações são diferentes em cada tempo; mas as atitudes espirituais, que nascem da fé, hão de saber adaptar-se a todas essas circunstâncias.

Mt 13, 36-43: Este mundo é o campo onde a palavra cai como semente e onde ela cresce e se desenvolve e dá fruto no coração de quem a acolhe com fé. Mas outras sementes há que nesse campo são semeadas e nele crescem, com o perigo de prejudicarem a boa seara. É o mistério da vida da Igreja sobre a terra: trigo e joio a crescerem misturados, e Deus, o dono da seara, na sua paciência infinita, esperando até à hora da colheita! Então, o joio, isto é, os filhos do Maligno, revelar-se-ão como palha, que só serve para o fogo, enquanto que os filhos do reino brilharão como o Sol no reino do Pai.





AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.





A VOZ DO PASTOR

I.

DE NOVO A DESGRAÇA DOS INCÊNDIOS

A nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, mais uma vez está a ser tragicamente atingida pelos incêndios. Um flagelo constante, que mata, faz sofrer, angustia. 

Quanta dor nas populações, quanto sofrimento, quanto aflição, quanto desânimo e quanta mais pobreza a curto e a longo prazo!
 Sentindo-nos pequeninos e impotentes perante tanta calamidade, apresentamos as nossas mais sentidas condolências à família do jovem Diogo Dias, Bombeiro de 21 anos que, na primavera de vida tão promissora, foi vítima de trágico acidente neste incêndio.
 Que descanses em paz, amigo Diogo.
 Manifestamos a nossa proximidade e gratidão junto das Cooperações dos Bombeiros que, de forma tão abnegada, atuam no terreno. Exprimimos a nossa comunhão junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais, das Juntas de Freguesia, dos Senhores Padres das Paróquias atingidas, e, particular e afetuosamente, junto das queridas populações tão sofridas. Formulamos votos de rápidas melhoras aos outros Bombeiros que foram vítimas do mesmo acidente.
Estando a acompanhar, com tristeza, tais acontecimentos com a fúria do fogo, apelo à união de toda a Diocese para que, fazendo o que devemos fazer, não deixemos de rezar ao nosso Deus que, em Jesus Cristo, se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo a experiência da dor e do sofrimento. Que n’Ele todos possam encontrar a serenidade e a força para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos valermos uns aos outros. 

Antonino Eugénio Fernandes Dias
Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco
Dia dos Avós - 26-07-2020

II.

AS FESTAS CRISTÃS MERECEM ATENÇÃO!...

Foi com a palavra que Jesus conquistou o coração das pessoas que vinham ao seu encontro ou das quais Ele se abeirava. Todos ficavam maravilhados com o que Ele dizia, pois falava como quem tem autoridade. De entre os seus discípulos, escolheu doze, a quem chamou Apóstolos. Chamou-os para estarem com Ele. Constituiu-os em corpo colegial estável, com Pedro a presidir. Enviou-os a pregar por toda a parte sob a assistência do Espírito Santo e com uma autoridade que não se cifraria em termos de poder mas de serviço. Por sua vez, os fiéis leigos, participantes também, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, são chamados a exercer esta mesma missão de ir e anunciar segundo a sua própria condição e circunstâncias concretas da sua vida, em comunhão eclesial. A fé nasce da pregação. Quem anuncia não se anuncia a si mesmo, mas a Cristo Jesus, o Senhor, que se entregou por nós, por amor, para nos salvar. Caminhar com alegria entre o abraço que Deus Pai nos deu aquando do nosso Batismo e o abraço que o mesmo Pai misericordioso espera dar-nos aquando da chegada à sua glória é o desafio (cf. EG144). “O pregador tem a belíssima e difícil missão de unir os corações que se amam: o do Senhor e os do seu povo” (EG143). Por isso, o Papa Francisco refere que quem não se prepara “é desonesto e irresponsável quanto aos dons que recebeu” (EG145). E todos nós, clérigos e leigos, pais e mães, confrarias e irmandades, comissões de festas e outras instituições eclesiais e agentes da pastoral, todos temos de bater com a mão no peito. Nem sempre estamos à altura da responsabilidade que nos cabe. Todos somos destinatários da evangelização, é certo. Mas todos somos também protagonistas da mesma, somos evangelizadores, anunciadores, pregadores, pela palavra e pelo testemunho, como verdadeiros discípulos. O Senhor confiou em nós, embora as circunstâncias, as funções, os tempos e o espaço de ação sejam diferentes. E agora que alguns cristãos deixam de viver uma adesão cordial à Igreja na sua rica diversidade e se encostam a este ou àquele grupo, diferente e especial (EG98), ou se julgam portadores duma verdade subjetiva própria que nada mais vê senão a concretização dos seus desejos pessoais, é sempre muito mais exigente a evangelização e o modo de a fazer.

É por isso que todas as oportunidades que surgem para anunciar e avivar a fé das pessoas devem ser bem preparadas e bem aproveitadas. Quem ama quer o bem do outro. Uma festa religiosa, mesmo no meio de toda a alegria que a envolve, é uma dessas oportunidades. Deus quer alcançar a todos pela força da sua Palavra. Isso acontece através da iniciativa e da linguagem humana, em fidelidade ao Espírito. É evidente que nesta preparação se deve envolver toda a comunidade cristã. Se todos se estimularem uns aos outros, todos virão a beneficiar. Por isso, a própria sensibilização para esta preparação não deve ser entendida como uma tarefa apenas do Pároco e dos seus colaboradores mais próximos, nem estes a devem centralizar em si. É de toda a comunidade, a começar pelas famílias com todo o seu agregado familiar, os filhos precisam de perceber isso pelo testemunho dos pais. É importante que se possa auscultar o sentir da comunidade sobre qual a melhor formação neste ano ou para esta festa, e ser bem ponderada a melhor hora, ou horas, para a formação. Manter a hora que é costume, só porque é costume, e manter o mesmo estilo pastoral ou nenhum, empobrece e desmotiva as pessoas. Quem orienta essas formações e momentos de oração deve preparar-se o melhor possível para o fazer com sabedoria e humildade, de forma simples, direta, clara e adaptada, como a Igreja nos pede. Nesse caminho, não deve faltar o apelo à conversão e a disponibilidade, a horas convenientes, para o atendimento das pessoas no Sacramento da Reconciliação.

É de bom senso que “os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que `à auto preservação” (EG27). Como refere a última Instrução sobre a conversão pastoral da comunidade paroquial ao serviço da missão evangelizadora da Igreja, “a mera repetição de atividade sem incidência na vida das pessoas concretas, permanece uma tentativa estéril de sobrevivência, diversas vezes acolhida pela indiferença geral. Caso não se viva o dinamismo espiritual comum da evangelização, a paróquia corre o risco de se tornar autorreferencial e de se esclerosar” (Instrução da Congregação do Clero, n. 17, 29/06/2020).

Se a vivência cristã da festa implica preparação, as Comissões de Festas devem ter este objetivo como prioritário. Não podem esquecer a sua missão e responsabilidade e deveriam ser as primeiras a provocar a reflexão e a programação conjunta para todos se sentirem comprometidos em alcançar os objetivos traçados. Sabemos que há, por vezes, dificuldade em reunir com estes responsáveis. Muitas vezes até vivem um pouco à margem da comunidade cristã e apresentam-se com todos os direitos e nenhuns deveres. No entanto, já é importante o facto de quererem colaborar. Sem quebrar a cana rachada ou apagar a torcida que ainda fumega (Is 42,3; Mt 12,20), tudo deve ser conseguido em clima de empatia e diálogo fraterno. Muita coisa acontece, ou não acontece, por ignorância das normas, por falta de formação cristã, por falta de acolhimento amigo, por não haver disponibilidade para o diálogo sem preconceitos. Só desarmados e em ambiente de abertura será possível “ver a realidade com os olhos de Deus, na ótica da unidade e da comunhão” (F. 12/06/2019). Embora não seja a única instância de evangelização, o Papa Francisco afirma que a paróquia “possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do Pastor e da comunidade”. E acrescenta que temos de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu o fruto suficiente» (cf. EG28). Na sua longa história, a paróquia foi respondendo às exigências pastorais na diversidade dos tempos e das mudanças culturais. E os tempos não param. Como refere a Instrução já citada, hoje, a “rapidez das alterações, a mudança dos modelos culturais, a facilidade para as deslocações e a velocidade da comunicação estão a transformar a perceção do espaço e do tempo” (n.8). O vínculo com o território “tende a ser sempre menos observado, os lugares de pertença tornam-se múltiplos e corre-se o risco das relações interpessoais se dissolverem no mundo virtual sem compromisso nem responsabilidade com o próprio contexto relacional” (n. 9).

A nossa missão é viver a tempo o nosso próprio tempo. O tempo que nos é dado viver é este com todos os seus avanços e retrocessos, com todas as suas conquistas e desafios.  Caminhemos com esperança. Quem nos enviou deu-nos o seu Espírito, confiou em nós. Não defraudemos a confiança que ELE em nós depositou.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-07-2020.




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