quinta-feira, 9 de julho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Sexta-feira, 10 de julho de 2020








Sexta da XIV semana do tempo comum








SEXTA-FEIRA da semana XIV
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Os 14, 2-10; Sal 50 (51), 3-4. 8-9. 12-13. 14 e 17
Ev Mt 10, 16-23

* Na Diocese de Coimbra – Aniversário da tomada de posse e entrada solene de D. Virgílio do Nascimento Antunes.
* Na Ordem Franciscana – S. Verónica Giuliani, virgem, da II Ordem – MF; na II Ordem – MO
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – S. Verónica Giuliani, virgem, da II Ordem – FESTA
* Na Congregação dos Sagrados Corações – S. Agostinho Zhao Rong, presbítero e Companheiros, mártires – MF
* Na Diocese de Bragança-Miranda – I Vésp. de S. Bento.
* Na Ordem Beneditina – I Vésp. de S. Bento.
* Na Ordem de Cister – I Vésp. de S. Bento.





MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Os 14, 2-10
«Não chamaremos ‘nosso Deus’ à obra das nossas mãos»


Leitura da Profecia de Oseias

Assim fala o Senhor: «Israel, converte-te ao Senhor, teu Deus, porque foram os teus pecados que te fizeram cair. Vinde com palavras de súplica, voltai para o Senhor e dizei-Lhe: “Perdoai todas as nossas faltas e aceitai o dom que Vos oferecemos, a homenagem dos nossos lábios. Não é a Assíria que nos pode salvar; não montaremos mais a cavalo, nem chamaremos ‘Nosso Deus’ à obra das nossas mãos, porque só em Vós o órfão encontra piedade”. Curarei a sua infidelidade, amá-los-ei generosamente, pois a minha ira afastou-se deles. Serei como orvalho para Israel, que florirá como o lírio e lançará raízes como o cedro do Líbano. Os seus ramos estender-se-ão ao longe, a sua opulência será como a da oliveira e a sua fragrância como a do Líbano. Voltarão a sentar-se à minha sombra, farão reviver o trigo; florescerão como a vinha, criarão fama como o vinho do Líbano. Que terá ainda Efraim de comum com os ídolos? Sou Eu que o atendo e olho por ele. Sou como o cipreste verdejante: graças a Mim darás muito fruto». Quem for sábio entenderá estas palavras, quem for inteligente poderá compreendê-las. Porque são retos os caminhos do Senhor: por eles caminham os justos e neles tropeçam os pecadores.
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 50 (51), 3-4.8-9.12-13.14 e 17 (R. 17b)
Refrão: A minha boca proclamará o vosso louvor. Repete-se

Compadecei-Vos de mim, ó Deus, pela vossa bondade,
pela vossa grande misericórdia,
apagai os meus pecados.
Lavai-me de toda a iniquidade
e purificai-me de todas as faltas. Refrão

Amais a sinceridade de coração
e fazeis-me conhecer a sabedoria no íntimo da alma.
Aspergi-me com o hissope e ficarei puro,
lavai-me e ficarei mais branco do que a neve. Refrão

Criai em mim, ó Deus, um coração puro
e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença
e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. Refrão

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com espírito generoso.
Abri, Senhor, os meus lábios
e a minha boca cantará o vosso louvor. Refrão


ALELUIA Jo 16, 13a; 14, 26d
Refrão: Aleluia. Repete-se

Quando vier o Espírito da verdade,
Ele vos ensinará toda a verdade
e vos recordará tudo o que Eu vos disse. Refrão


EVANGELHO Mt 10, 16-23
«Não sereis vós a falar, mas o Espírito de vosso Pai»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Envio-vos como ovelhas para o meio de lobos. Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas. Tende cuidado com os homens: hão-de entregar-vos aos tribunais e açoitar-vos nas sinagogas. Por minha causa, sereis levados à presença de governadores e reis, para dar testemunho diante deles e das nações. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em saber como falar nem com o que dizer, porque nessa altura vos será sugerido o que deveis dizer; porque não sereis vós a falar, mas é o Espírito do vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará à morte o irmão e o pai entregará o filho. Os filhos hão-de erguer-se contra os pais e causar-lhes a morte. E sereis odiados por todos por causa do meu nome. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, antes de vir o Filho do homem».
 
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 






«O mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão».

Papa Francisco
A Alegria do Evangelho, 53








ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS : I Os 14, 2-10: Depois de grandes censuras e até de ameaças, o Senhor convida agora o povo à conversão e ao caminho da sabedoria. E promete-lhe a sua proteção constante que os ídolos não poderão, evidentemente, oferecer-lhe, eles que não são nada. Mas, só a sabedoria verdadeira pode fazer compreender convite tão insistente!


Mt 10, 16-23: Jesus dá algumas instruções aos Apóstolos em ordem à sua atividade missionária, põe-os de sobreaviso em relação às perseguições futuras que virão a sofrer, como Ele as havia de sofrer também. Mas promete-lhes a sua presença junto deles até ao fim, depois de lhes fazer compreender que o testemunho que eles derem é já antecipação do último juízo de Deus. Não foi fácil a missão dos Apóstolos, como ainda hoje o não é a da Igreja. A palavra de Deus desencadeia sempre, ao lado do bom acolhimento de alguns, a indiferença, a irritação e até a perseguição de muitos. Porque será o homem tão obstinado em relação à palavra da salvação, quando é tão aberto a todas as demais palavras, por vezes tão sem sentido?




AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão
21.00 horas; Novena na Igreja de Nossa Senhora da Graça – Matriz.






A VOZ DO PASTOR


MESMO COM SAUDADES ... BRINDEMOS À FESTA!...

Se esse desmancha-prazeres que é o convi19 não nos deixa viver as festas, não deixemos de brindar à festa, as festas fazem falta. Não porque nos devam ser impostas a partir de fora, mas porque elas partem de dentro, fazem parte de nós. Embora cada um as possa viver de forma diferente, não há recanto, pequeno ou grande, com muita ou pouca gente, que não faça festa. A pessoa tem uma dimensão naturalmente festiva. No entanto, mesmo que alguém possa ser multifacetado em saberes, palhaçadas, talentos, acrobacias, pífaros e adufes, ninguém consegue fazer festa sozinho. Umas serão espontâneas e com pouca gente, outras há que reclamam organização responsável e concertada, para que, de facto, o maior número dos participantes se sinta envolvido, sem atropelos nem chinfrins.

Continuando o texto anterior, hoje, para além de tudo o que pode engrandecer uma festa, hoje vou falar daquilo que é o ponto alto de qualquer festa cristã, refiro-me à festa cristã. A festa implica gente. E se as festas podem ter várias origens, causas e pretextos e, porventura, na mente de quem as organiza, possam ter objetivos concretos a alcançar, a festa cristã também não se faz sem gente, e tem alguns objetivos. Precisa de gente que dance, ria, conviva, se divirta, aprecie a arte, a beleza e tudo o que envolve a festa. Mas a festa cristã também tem objetivos importantes: avivar a comunhão com Deus, adorar, louvar, pedir perdão, renovar-se na alegria de viver, agradecer o dom da vida e tudo quanto nela tem acontecido de bom e menos bom, reforçar a vontade de tocar a vida para a frente, com esperança, em comunhão com os outros, na justiça e na verdade, sentindo-se amado por Deus. Quem tem queimado as pestanas nesses estudos diz que a Bíblia nunca condena as festas, sejam elas quais forem, nem sequer as festas do mundo pagão ou extra bíblico. Condena, sim, e de que maneira! os abusos e as contradições que possam existir a pretexto ou por ocasião das festas. O próprio rei David e toda a casa de Israel, a título de exemplo, “dançavam diante do Senhor com todo o entusiasmo e cantavam ao som de liras, cítaras, tamborins, sistros e címbalos” (2Sm 6, 5). Se algum leitor pretender aprofundar este tema das festas, posso aconselhar, de momento, o número 4 da Série Científica da Revista Bíblica de novembro de 1995, da Difusora Bíblica, com a participação de vários colaboradores e que tem como título “A Festa e as Festas na Bíblia e na Vida”.

Na Bíblia, as festas tinham sempre origem em Deus e partiam normalmente de uma realidade do passado. Aliás, assim acontece, ainda hoje, com quase todas as festas. Mas a Festa por excelência do povo judeu era a Páscoa. Essa era a Festa das festas! O povo israelita sentia necessidade de celebrar, cantar e agradecer as maravilhas que Deus tinha realizado em seu favor, chamando-o, da escravidão do Egito, a ser nação livre e povo da Aliança. No entanto, se a Páscoa era a sua Festa por excelência, ela continha em si um alcance muito maior, uma esperança para toda a humanidade. Deus, que através de Moisés salvara o povo da escravidão, assim haveria de chegar uma nova e verdadeira salvação através do Messias esperado. Se fazia memória desse acontecimento do passado, a Páscoa apontava sobretudo para uma outra realidade muito mais promissora e de importância capital na História da Salvação. Apontava sobretudo para a pessoa do Messias, verdadeiro Cordeiro Pascal, sem defeito. Só Ele seria o verdadeiro protagonista, só Ele revelaria o plano de salvação de Deus para a humanidade, só Ele daria sentido ao presente e ao futuro, só Ele concretizaria verdadeiramente todas as promessas bíblicas e daria um sentido muito mais profundo às esperanças da humanidade. E assim aconteceu!... Ao mesmo tempo que se imolavam os cordeiros no Templo, Jesus, no alto do calvário, cumpria o ritual do cordeiro sacrificado. A prefiguração dava lugar à realidade de forma definitiva. Pelo sangue da sua Cruz, Ele trouxe ao mundo a luz e a vida, expiou os pecados da humanidade, libertou a todos da escravidão do pecado, estabeleceu uma nova e eterna Aliança com uma nova Lei, não escrita em tábuas como no Monte Sinai, mas escrita no coração de cada um de nós pelo Espírito Santo, morreu pelo povo, venceu a morte, ressuscitou. O seu gesto tem valor de redenção universal, é a suprema expressão da liberdade e do amor de Deus no seu Filho, que quis, de forma voluntária e solidária, dar a vida por todos e com todos estabelecer uma nova Aliança, fruto desse amor de Deus por nós.

Antes, porém, Cristo quis celebrar a sua Páscoa com os seus discípulos. E na sua Ceia Pascal, fez-se não só o Cordeiro imolado, uma vez por todas, mas também a comida da refeição pascal do povo da Nova Aliança, da nova Criação. Antecipou o Sacrifício com que no dia seguinte selaria essa Nova Aliança: “Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós... Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”.

Se aconteceu há dois mil anos e tem o seu ponto alto na manhã da Ressurreição, ela tem também um alcance muito maior no presente e no futuro. A Eucaristia é o “hoje” da Páscoa de Jesus, é atualização, é memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. É celebrada para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a Igreja enquanto esperamos a última vinda do Senhor Jesus. É memorial, atualiza, anuncia e celebra ao mesmo tempo a passagem da morte para a vida em todos os que são inseridos pelo batismo em Jesus Cristo, devendo-a manter viva no quotidiano da sua vida enquanto peregrinam em direção aos novos céus e à nova terra.

 A Páscoa de Jesus é a nossa Páscoa, é a Festa das festas dos cristãos, o fundamento e o centro de todas as festas cristãs. Se anualmente a celebramos com grande solenidade e a prolongar-se por 50 dias, a Igreja repete-a em cada Domingo do ano. A comunidade crente, em cada Domingo, o Dia em que o Senhor ressuscitou, abstém-se do trabalho, prepara-se como convém, reúne-se para fazer memória desse acontecimento com tudo aquilo que isso implica, atualiza-o, manifesta exteriormente essa alegria. É o dia da família, da comunidade cristã, dos irmãos em Cristo, da caridade, da comunhão. É o “hoje” da Páscoa de Jesus, que, como afirma São Paulo, não deve ser celebrado “com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade”. O que dizemos do Domingo, podê-lo-emos dizer das festas cristãs.... A Eucaristia é o ponto mais alto e mais solene. Tudo para ela deve convergir, tudo dela deve partir, não pode ser um mero número para encher o programa...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-07-2020.



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