PARÓQUIAS
DE NISA
Quinta,
30 de julho de 2020
Quinta-feira da XVII semana do tempo comum
QUINTA-FEIRA
da semana XVII
S. Pedro Crisólogo, bispo e doutor
da Igreja – MF
Verde ou br. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Jer 18, 1-6; Sal 145 (146), 2abc. 2d-4. 5-6
Ev Mt 13, 47-53
* Na Ordem dos Franciscanos Capuchinhos – B. Francisco Solano Casey, presbítero da I Ordem – MF
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Justino de Jacobis, bispo – MO
* Na Companhia de Jesus – I Vésp. de S. Inácio de Loiola.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Salmo 67,
6-7.36
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Jer 18, 1-6
«Como o barro nas mãos do oleiro,
assim estais vós na minha mão»
Leitura do Livro de Jeremias
Deus vive na sua morada santa,
Ele prepara uma casa para o pobre.
É a força e o vigor do seu povo.
ORAÇÃO COLECTA
Deus, protetor dos que em Vós esperam:
sem Vós nada tem valor, nada é santo.
Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia,
para que, conduzidos por Vós,
usemos de tal modo os bens temporais
que possamos aderir desde já aos bens eternos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Jer 18, 1-6
«Como o barro nas mãos do oleiro,
assim estais vós na minha mão»
Leitura do Livro de Jeremias
Palavra que o Senhor dirigiu ao profeta Jeremias: «Levanta-te e desce à casa do oleiro; ali te farei ouvir as minhas palavras». Eu desci à casa do oleiro e encontrei-o a trabalhar na roda. Quando o vaso que ele estava a moldar não saía bem, como acontece com o barro nas mãos do oleiro, ele começava de novo e fazia outro vaso, como lhe parecia melhor. Então o Senhor dirigiu-me a palavra, dizendo: «Não poderei Eu tratar-vos como este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor –. Como o barro nas mãos do oleiro, assim estais vós na minha mão, ó casa de Israel».
Palavra do Senhor.
«SALMO RESPONSORIAL Salmo 145 (146), 2abc.2d-4.5-6 (R.5a)
Refrão: Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
Louva, minha alma, o Senhor.
Louvarei o Senhor toda a minha vida,
cantarei hinos ao meu Deus,
enquanto viver. Refrão
Não ponhais a confiança nos poderosos,
no homem que nem a si se pode salvar.
Vai-se-lhe o espírito e volta ao pó da terra
e assim ficam desfeitos os seus planos. Refrão
Feliz o que tem por auxílio o Deus de Jacob,
o que põe a sua confiança no Senhor, seu Deus,
que fez o céu e a terra,
o mar e quanto neles existe. Refrão
ALELUIA cf. Atos 16, 14b
Refrão: Aleluia Repete-se
Abri, Senhor, o nosso coração,
para recebermos a palavra do vosso Filho. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 47-53
«Escolhem os bons para os cestos
e o que não presta deitam-no fora»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: «O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora. Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. Entendestes tudo isto?». Eles responderam-Lhe: «Entendemos». Disse-lhes então Jesus: «Por isso, todo o escriba instruído sobre o reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas». Quando acabou de proferir estas parábolas, Jesus continuou o seu caminho.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai, Senhor,
os dons que recebemos da vossa generosidade
e trazemos ao vosso altar,
e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça,
nos santifiquem na vida presente
e nos conduzam às alegrias eternas.
Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 2
Bendiz, ó minha alma, o Senhor
e não esqueças os seus benefícios.
Ou Mt 5, 7-8
Bem-aventurados os misericordiosos,
porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho,
fazei que este dom do seu amor infinito
sirva para a nossa salvação.
Por Nosso Senhor.
«Quem ama o povo fiel de Deus, não pode
ver estas ações da piedade popular
unicamente como uma busca natural da divindade; são a manifestação duma
vida teologal animada pela ação do Espírito Santo, que foi derramado em nossos
corações »
Papa Francisco
Cf. A Alegria
do Evangelho,125
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Jer 18, 1-6: Por
meio de um exemplo tirado da observação do trabalho de um oleiro, Deus faz
compreender como o destino do povo está nas suas mãos. É aí que ele se encontra
em segurança apesar da sua fragilidade, e todas as provações, por que Deus o
vai fazendo passar, são tentativas para que ele se deixe moldar e assim encontre
a forma cada vez mais perfeita.
Mt 13, 47-53: Uma
nova parábola pretende fazer compreender o que é o reino dos Céus. Se o
entenderam, os discípulos estão agora capazes de o anunciar aos outros. Esta
nova parábola refere-se à presença simultânea de bons e maus no seio da
comunidade cristã até ao fim dos tempos. Mas nesta parábola insiste-se
particularmente no perigo que ameaça aquilo “que não presta”, como diz o texto.
Isso não poderá ser recebido no reino dos Céus, quando chegar a hora de se
fazer a recolha da rede.
AGENDA DO DIA
18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas: Adoração ao Santíssimo na Ugreja do Espírito Santo
A VOZ DO PASTOR
I.
DE NOVO A DESGRAÇA DOS INCÊNDIOS
A
nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, mais uma vez está a ser tragicamente
atingida pelos incêndios. Um flagelo constante, que mata, faz sofrer,
angustia.
Quanta dor nas populações, quanto sofrimento, quanto aflição, quanto desânimo e quanta mais pobreza a curto e a longo prazo!
Sentindo-nos
pequeninos e impotentes perante tanta calamidade, apresentamos as nossas mais
sentidas condolências à família do jovem Diogo Dias, Bombeiro de 21 anos que,
na primavera de vida tão promissora, foi vítima de trágico acidente neste
incêndio.
Que
descanses em paz, amigo Diogo.
Manifestamos
a nossa proximidade e gratidão junto das Cooperações dos Bombeiros que, de
forma tão abnegada, atuam no terreno. Exprimimos a nossa comunhão junto dos
Senhores Presidentes das Câmaras Municipais, das Juntas de Freguesia, dos
Senhores Padres das Paróquias atingidas, e, particular e afetuosamente, junto
das queridas populações tão sofridas. Formulamos votos de rápidas melhoras aos
outros Bombeiros que foram vítimas do mesmo acidente.
Estando
a acompanhar, com tristeza, tais acontecimentos com a fúria do fogo, apelo à
união de toda a Diocese para que, fazendo o que devemos fazer, não deixemos de
rezar ao nosso Deus que, em Jesus Cristo, se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo a experiência da dor e do sofrimento. Que n’Ele todos
possam encontrar a serenidade e a força para darmos as mãos e, na caridade
cristã, nos valermos uns aos outros.
Antonino Eugénio Fernandes Dias
Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo
Branco
Dia dos Avós - 26-07-2020
II.
AS FESTAS CRISTÃS MERECEM ATENÇÃO!...
Foi com a palavra que Jesus conquistou o
coração das pessoas que vinham ao seu encontro ou das quais Ele se abeirava.
Todos ficavam maravilhados com o que Ele dizia, pois falava como quem tem
autoridade. De entre os seus discípulos, escolheu doze, a quem chamou
Apóstolos. Chamou-os para estarem com Ele. Constituiu-os em corpo colegial
estável, com Pedro a presidir. Enviou-os a pregar por toda a parte sob a
assistência do Espírito Santo e com uma autoridade que não se cifraria em
termos de poder mas de serviço. Por sua vez, os fiéis leigos, participantes
também, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, são
chamados a exercer esta mesma missão de ir e anunciar segundo a sua própria
condição e circunstâncias concretas da sua vida, em comunhão eclesial. A fé
nasce da pregação. Quem anuncia não se anuncia a si mesmo, mas a Cristo Jesus,
o Senhor, que se entregou por nós, por amor, para nos salvar. Caminhar com
alegria entre o abraço que Deus Pai nos deu aquando do nosso Batismo e o abraço
que o mesmo Pai misericordioso espera dar-nos aquando da chegada à sua glória é
o desafio (cf. EG144). “O pregador tem a belíssima e difícil missão de unir os
corações que se amam: o do Senhor e os do seu povo” (EG143). Por isso, o Papa
Francisco refere que quem não se prepara “é desonesto e irresponsável quanto
aos dons que recebeu” (EG145). E todos nós, clérigos e leigos, pais e mães,
confrarias e irmandades, comissões de festas e outras instituições eclesiais e
agentes da pastoral, todos temos de bater com a mão no peito. Nem sempre
estamos à altura da responsabilidade que nos cabe. Todos somos destinatários da
evangelização, é certo. Mas todos somos também protagonistas da mesma, somos
evangelizadores, anunciadores, pregadores, pela palavra e pelo testemunho, como
verdadeiros discípulos. O Senhor confiou em nós, embora as circunstâncias, as
funções, os tempos e o espaço de ação sejam diferentes. E agora que alguns
cristãos deixam de viver uma adesão cordial à Igreja na sua rica diversidade e
se encostam a este ou àquele grupo, diferente e especial (EG98), ou se julgam
portadores duma verdade subjetiva própria que nada mais vê senão a
concretização dos seus desejos pessoais, é sempre muito mais exigente a
evangelização e o modo de a fazer.
É por isso que todas as oportunidades
que surgem para anunciar e avivar a fé das pessoas devem ser bem preparadas e
bem aproveitadas. Quem ama quer o bem do outro. Uma festa religiosa, mesmo no
meio de toda a alegria que a envolve, é uma dessas oportunidades. Deus quer
alcançar a todos pela força da sua Palavra. Isso acontece através da iniciativa
e da linguagem humana, em fidelidade ao Espírito. É evidente que nesta
preparação se deve envolver toda a comunidade cristã. Se todos se estimularem
uns aos outros, todos virão a beneficiar. Por isso, a própria sensibilização
para esta preparação não deve ser entendida como uma tarefa apenas do Pároco e
dos seus colaboradores mais próximos, nem estes a devem centralizar em si. É de
toda a comunidade, a começar pelas famílias com todo o seu agregado familiar,
os filhos precisam de perceber isso pelo testemunho dos pais. É importante que
se possa auscultar o sentir da comunidade sobre qual a melhor formação neste
ano ou para esta festa, e ser bem ponderada a melhor hora, ou horas, para a
formação. Manter a hora que é costume, só porque é costume, e manter o mesmo
estilo pastoral ou nenhum, empobrece e desmotiva as pessoas. Quem orienta essas
formações e momentos de oração deve preparar-se o melhor possível para o fazer
com sabedoria e humildade, de forma simples, direta, clara e adaptada, como a
Igreja nos pede. Nesse caminho, não deve faltar o apelo à conversão e a
disponibilidade, a horas convenientes, para o atendimento das pessoas no
Sacramento da Reconciliação.
É de bom senso que “os costumes, os
estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um
canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que `à auto
preservação” (EG27). Como refere a última Instrução sobre a conversão pastoral
da comunidade paroquial ao serviço da missão evangelizadora da Igreja, “a mera
repetição de atividade sem incidência na vida das pessoas concretas, permanece
uma tentativa estéril de sobrevivência, diversas vezes acolhida pela
indiferença geral. Caso não se viva o dinamismo espiritual comum da
evangelização, a paróquia corre o risco de se tornar autorreferencial e de se
esclerosar” (Instrução da Congregação do Clero, n. 17, 29/06/2020).
Se a vivência cristã da festa implica
preparação, as Comissões de Festas devem ter este objetivo como prioritário.
Não podem esquecer a sua missão e responsabilidade e deveriam ser as primeiras
a provocar a reflexão e a programação conjunta para todos se sentirem
comprometidos em alcançar os objetivos traçados. Sabemos que há, por vezes,
dificuldade em reunir com estes responsáveis. Muitas vezes até vivem um pouco à
margem da comunidade cristã e apresentam-se com todos os direitos e nenhuns
deveres. No entanto, já é importante o facto de quererem colaborar. Sem quebrar
a cana rachada ou apagar a torcida que ainda fumega (Is 42,3; Mt 12,20), tudo
deve ser conseguido em clima de empatia e diálogo fraterno. Muita coisa
acontece, ou não acontece, por ignorância das normas, por falta de formação
cristã, por falta de acolhimento amigo, por não haver disponibilidade para o
diálogo sem preconceitos. Só desarmados e em ambiente de abertura será possível
“ver a realidade com os olhos de Deus, na ótica da unidade e da comunhão” (F.
12/06/2019). Embora não seja a única instância de evangelização, o Papa
Francisco afirma que a paróquia “possui uma grande plasticidade, pode assumir
formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária
do Pastor e da comunidade”. E acrescenta que temos de reconhecer que o apelo à
revisão e renovação das paróquias ainda não deu o fruto suficiente» (cf. EG28).
Na sua longa história, a paróquia foi respondendo às exigências pastorais na
diversidade dos tempos e das mudanças culturais. E os tempos não param. Como
refere a Instrução já citada, hoje, a “rapidez das alterações, a mudança dos
modelos culturais, a facilidade para as deslocações e a velocidade da
comunicação estão a transformar a perceção do espaço e do tempo” (n.8). O
vínculo com o território “tende a ser sempre menos observado, os lugares de
pertença tornam-se múltiplos e corre-se o risco das relações interpessoais se
dissolverem no mundo virtual sem compromisso nem responsabilidade com o próprio
contexto relacional” (n. 9).
A nossa missão é viver a tempo o nosso
próprio tempo. O tempo que nos é dado viver é este com todos os seus avanços e
retrocessos, com todas as suas conquistas e desafios. Caminhemos com esperança. Quem nos enviou
deu-nos o seu Espírito, confiou em nós. Não defraudemos a confiança que ELE em
nós depositou.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-07-2020.
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