terça-feira, 28 de julho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Quarta, 29 de julho de 2020








Quarta-feira da XVII semana do tempo comum







QUARTA-FEIRA da semana XVII
S. Marta – MO

Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.

L 1 1 Jo 4, 7-16 (apropriada)
Ev Jo 11, 19-27 (própria)


* Na Ordem Beneditina – SS. Marta e Maria e S. Lázaro, hospedeiros do Senhor – MO
* Na Ordem de Cister e na Ordem Cisterciense da Estrita Observância – SS. Marta, Maria e Lázaro, hospedeiros do Senhor – MO
* Na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus – SS. Marta e Maria e S. Lázaro, hospedeiros do Senhor – FESTA
* Nas Irmãzinhas dos Anciãos Desamparados – S. Marta, Padroeira – SOLENIDADE




S. Marta

Nota Histórica:
Era irmã de Maria e de Lázaro. Quando recebia o Senhor em sua casa de Betânia, servia-O com grande diligência, e com suas orações obteve a ressurreição de seu irmão.

MISSA


ANTÍFONA DE ENTRADA Lc 10, 38
Jesus entrou numa aldeia
e Marta recebeu-O em sua casa.


ORAÇÃO COLECTA
Deus omnipotente e eterno,
cujo Filho aceitou a hospitalidade
que Santa Marta Lhe oferecia em sua casa,
concedei-nos, por sua intercessão,
que, servindo a Cristo em cada um dos nossos irmãos,
sejamos por Vós recebidos nas moradas eternas.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 1 Jo 4, 7-16
«Se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós»

Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos:
Amemo-nos uns aos outros,
porque o amor vem de Deus;
e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece a Deus.
Quem não ama não conhece a Deus,
porque Deus é amor.
Assim se manifestou o amor de Deus para connosco:
Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito,
para que vivamos por Ele.
Nisto consiste o amor:
não fomos nós que amámos a Deus,
mas foi Ele que nos amou, e enviou o seu Filho
como vítima de expiação pelos nossos pecados.
Caríssimos, se Deus nos amou assim,
também nós devemos amar-nos uns aos outros.
Ninguém jamais viu a Deus.
Se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós
e em nós o seu amor é perfeito.
Nisto conhecemos que estamos n’Ele e Ele em nós:
porque nos deu o seu Espírito.
E nós vimos e damos testemunho
de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Se alguém confessar que Jesus é o Filho de Deus,
Deus permanece nele e ele em Deus.
Nós conhecemos o amor que Deus nos tem
e acreditámos no seu amor.
Deus é amor:
quem permanece no amor permanece em Deus,
e Deus permanece nele.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 2 ou 9a)
Refrão: Em todo o tempo e lugar bendirei o Senhor.
Ou: Saboreai e vede como o Senhor é bom.

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor,
escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.


ALELUIA Jo 8 , 12
Refrão: Aleluia. Repete-se
Eu sou a luz do mundo, diz o Senhor:
quem Me segue terá a luz da vida. Refrão


Em vez deste Evangelho pode ler-se o que se lhe segue.

EVANGELHO Jo 11, 19-27
«Acredito que Tu és o Messias, o Filho de Deus»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria,
para lhes apresentar condolências pela morte do irmão.
Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar,
Marta saiu ao seu encontro,
enquanto Maria ficou sentada em casa.
Marta disse a Jesus:
«Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido.
Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus,
Deus To concederá».
Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará».
Marta respondeu:
«Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia».
Disse-lhe Jesus:
«Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem acredita em Mim,
ainda que tenha morrido, viverá;
e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá.
Acreditas nisto?».
Disse-Lhe Marta:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus,
que havia de vir ao mundo».

Palavra da salvação.


Em vez do Evangelho precedente pode ler-se o seguinte:

EVANGELHO Lc 10, 38-42
«Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo,
Jesus entrou em certa povoação
e uma mulher chamada Marta recebeu-O em sua casa.
Ela tinha uma irmã chamada Maria,
que, sentada aos pés de Jesus,
ouvia a sua palavra.
Entretanto, Marta atarefava-se com muito serviço.
Interveio então e disse:
«Senhor, não Te importas
que minha irmã me deixe sozinha a servir?
Diz-lhe que venha ajudar-me».
O Senhor respondeu-lhe:
«Marta, Marta,
andas inquieta e preocupada com muitas coisas,
quando uma só é necessária.
Maria escolheu a melhor parte,
que não lhe será tirada».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Ao proclamarmos as maravilhas
que realizastes em Santa Marta,
humildemente Vos pedimos, Senhor,
que aceiteis a oferta do nosso ministério
como aceitastes a sua generosa hospitalidade.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Jo 11, 27
Marta disse a Jesus:
Vós sois o Messias,
o Filho de Deus vivo, que veio ao mundo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Fazei, Senhor,
que a comunhão do Corpo e Sangue do vosso Filho
nos afaste das coisas efémeras deste mundo,
para que, a exemplo de Santa Marta,
servindo-Vos com sincera caridade na terra,
contemplemos eternamente o vosso rosto no Céu.
Por Nosso Senhor.






«A piedade popular é  ‘uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma forma de ser missionários’; comporta a graça da missionariedade, do sair de si e do peregrinar: ‘O caminhar juntos para os santuários e o participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador’. Não coartemos nem pretendamos controlar esta força missionária! »


 Papa Francisco

A Alegria do Evangelho,124










ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS:





AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Nisa
18.45 horas; Funeral em Nisa





A VOZ DO PASTOR

I.

DE NOVO A DESGRAÇA DOS INCÊNDIOS

A nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, mais uma vez está a ser tragicamente atingida pelos incêndios. Um flagelo constante, que mata, faz sofrer, angustia. 

Quanta dor nas populações, quanto sofrimento, quanto aflição, quanto desânimo e quanta mais pobreza a curto e a longo prazo!
 Sentindo-nos pequeninos e impotentes perante tanta calamidade, apresentamos as nossas mais sentidas condolências à família do jovem Diogo Dias, Bombeiro de 21 anos que, na primavera de vida tão promissora, foi vítima de trágico acidente neste incêndio.
 Que descanses em paz, amigo Diogo.
 Manifestamos a nossa proximidade e gratidão junto das Cooperações dos Bombeiros que, de forma tão abnegada, atuam no terreno. Exprimimos a nossa comunhão junto dos Senhores Presidentes das Câmaras Municipais, das Juntas de Freguesia, dos Senhores Padres das Paróquias atingidas, e, particular e afetuosamente, junto das queridas populações tão sofridas. Formulamos votos de rápidas melhoras aos outros Bombeiros que foram vítimas do mesmo acidente.
Estando a acompanhar, com tristeza, tais acontecimentos com a fúria do fogo, apelo à união de toda a Diocese para que, fazendo o que devemos fazer, não deixemos de rezar ao nosso Deus que, em Jesus Cristo, se revelou um Deus próximo de cada experiência humana, sobretudo a experiência da dor e do sofrimento. Que n’Ele todos possam encontrar a serenidade e a força para darmos as mãos e, na caridade cristã, nos valermos uns aos outros. 

Antonino Eugénio Fernandes Dias
Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco
Dia dos Avós - 26-07-2020

II.

AS FESTAS CRISTÃS MERECEM ATENÇÃO!...

Foi com a palavra que Jesus conquistou o coração das pessoas que vinham ao seu encontro ou das quais Ele se abeirava. Todos ficavam maravilhados com o que Ele dizia, pois falava como quem tem autoridade. De entre os seus discípulos, escolheu doze, a quem chamou Apóstolos. Chamou-os para estarem com Ele. Constituiu-os em corpo colegial estável, com Pedro a presidir. Enviou-os a pregar por toda a parte sob a assistência do Espírito Santo e com uma autoridade que não se cifraria em termos de poder mas de serviço. Por sua vez, os fiéis leigos, participantes também, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, são chamados a exercer esta mesma missão de ir e anunciar segundo a sua própria condição e circunstâncias concretas da sua vida, em comunhão eclesial. A fé nasce da pregação. Quem anuncia não se anuncia a si mesmo, mas a Cristo Jesus, o Senhor, que se entregou por nós, por amor, para nos salvar. Caminhar com alegria entre o abraço que Deus Pai nos deu aquando do nosso Batismo e o abraço que o mesmo Pai misericordioso espera dar-nos aquando da chegada à sua glória é o desafio (cf. EG144). “O pregador tem a belíssima e difícil missão de unir os corações que se amam: o do Senhor e os do seu povo” (EG143). Por isso, o Papa Francisco refere que quem não se prepara “é desonesto e irresponsável quanto aos dons que recebeu” (EG145). E todos nós, clérigos e leigos, pais e mães, confrarias e irmandades, comissões de festas e outras instituições eclesiais e agentes da pastoral, todos temos de bater com a mão no peito. Nem sempre estamos à altura da responsabilidade que nos cabe. Todos somos destinatários da evangelização, é certo. Mas todos somos também protagonistas da mesma, somos evangelizadores, anunciadores, pregadores, pela palavra e pelo testemunho, como verdadeiros discípulos. O Senhor confiou em nós, embora as circunstâncias, as funções, os tempos e o espaço de ação sejam diferentes. E agora que alguns cristãos deixam de viver uma adesão cordial à Igreja na sua rica diversidade e se encostam a este ou àquele grupo, diferente e especial (EG98), ou se julgam portadores duma verdade subjetiva própria que nada mais vê senão a concretização dos seus desejos pessoais, é sempre muito mais exigente a evangelização e o modo de a fazer.

É por isso que todas as oportunidades que surgem para anunciar e avivar a fé das pessoas devem ser bem preparadas e bem aproveitadas. Quem ama quer o bem do outro. Uma festa religiosa, mesmo no meio de toda a alegria que a envolve, é uma dessas oportunidades. Deus quer alcançar a todos pela força da sua Palavra. Isso acontece através da iniciativa e da linguagem humana, em fidelidade ao Espírito. É evidente que nesta preparação se deve envolver toda a comunidade cristã. Se todos se estimularem uns aos outros, todos virão a beneficiar. Por isso, a própria sensibilização para esta preparação não deve ser entendida como uma tarefa apenas do Pároco e dos seus colaboradores mais próximos, nem estes a devem centralizar em si. É de toda a comunidade, a começar pelas famílias com todo o seu agregado familiar, os filhos precisam de perceber isso pelo testemunho dos pais. É importante que se possa auscultar o sentir da comunidade sobre qual a melhor formação neste ano ou para esta festa, e ser bem ponderada a melhor hora, ou horas, para a formação. Manter a hora que é costume, só porque é costume, e manter o mesmo estilo pastoral ou nenhum, empobrece e desmotiva as pessoas. Quem orienta essas formações e momentos de oração deve preparar-se o melhor possível para o fazer com sabedoria e humildade, de forma simples, direta, clara e adaptada, como a Igreja nos pede. Nesse caminho, não deve faltar o apelo à conversão e a disponibilidade, a horas convenientes, para o atendimento das pessoas no Sacramento da Reconciliação.

É de bom senso que “os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que `à auto preservação” (EG27). Como refere a última Instrução sobre a conversão pastoral da comunidade paroquial ao serviço da missão evangelizadora da Igreja, “a mera repetição de atividade sem incidência na vida das pessoas concretas, permanece uma tentativa estéril de sobrevivência, diversas vezes acolhida pela indiferença geral. Caso não se viva o dinamismo espiritual comum da evangelização, a paróquia corre o risco de se tornar autorreferencial e de se esclerosar” (Instrução da Congregação do Clero, n. 17, 29/06/2020).

Se a vivência cristã da festa implica preparação, as Comissões de Festas devem ter este objetivo como prioritário. Não podem esquecer a sua missão e responsabilidade e deveriam ser as primeiras a provocar a reflexão e a programação conjunta para todos se sentirem comprometidos em alcançar os objetivos traçados. Sabemos que há, por vezes, dificuldade em reunir com estes responsáveis. Muitas vezes até vivem um pouco à margem da comunidade cristã e apresentam-se com todos os direitos e nenhuns deveres. No entanto, já é importante o facto de quererem colaborar. Sem quebrar a cana rachada ou apagar a torcida que ainda fumega (Is 42,3; Mt 12,20), tudo deve ser conseguido em clima de empatia e diálogo fraterno. Muita coisa acontece, ou não acontece, por ignorância das normas, por falta de formação cristã, por falta de acolhimento amigo, por não haver disponibilidade para o diálogo sem preconceitos. Só desarmados e em ambiente de abertura será possível “ver a realidade com os olhos de Deus, na ótica da unidade e da comunhão” (F. 12/06/2019). Embora não seja a única instância de evangelização, o Papa Francisco afirma que a paróquia “possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do Pastor e da comunidade”. E acrescenta que temos de reconhecer que o apelo à revisão e renovação das paróquias ainda não deu o fruto suficiente» (cf. EG28). Na sua longa história, a paróquia foi respondendo às exigências pastorais na diversidade dos tempos e das mudanças culturais. E os tempos não param. Como refere a Instrução já citada, hoje, a “rapidez das alterações, a mudança dos modelos culturais, a facilidade para as deslocações e a velocidade da comunicação estão a transformar a perceção do espaço e do tempo” (n.8). O vínculo com o território “tende a ser sempre menos observado, os lugares de pertença tornam-se múltiplos e corre-se o risco das relações interpessoais se dissolverem no mundo virtual sem compromisso nem responsabilidade com o próprio contexto relacional” (n. 9).

A nossa missão é viver a tempo o nosso próprio tempo. O tempo que nos é dado viver é este com todos os seus avanços e retrocessos, com todas as suas conquistas e desafios.  Caminhemos com esperança. Quem nos enviou deu-nos o seu Espírito, confiou em nós. Não defraudemos a confiança que ELE em nós depositou.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-07-2020.




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