PARÓQUIAS
DE NISA
Terça-feira,
07 de julho de 2020
Terça da XIV semana do tempo comum
TERÇA-FEIRA
da semana XIV
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Os 8, 4-7. 11-13; Sal 113 B (115), 3-4. 5-6. 7ab-8. 9-10
Ev Mt 9, 32-38
* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da entrada solene de D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Cardeal Patriarca.
* Na Companhia de Jesus – B. Diogo Carvalho, presbítero e mártir – MF
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Maria Romero, virgem – MF e MO.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).
L 1 Os 8, 4-7. 11-13; Sal 113 B (115), 3-4. 5-6. 7ab-8. 9-10
Ev Mt 9, 32-38
* No Patriarcado de Lisboa – Aniversário da entrada solene de D. Manuel José Macário do Nascimento Clemente, Cardeal Patriarca.
* Na Companhia de Jesus – B. Diogo Carvalho, presbítero e mártir – MF
* Na Congregação Salesiana e no Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora – B. Maria Romero, virgem – MF e MO.
MISSA
ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo
47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Os 8, 4-7.11-13
«Já que semeiam ventos, colhem tempestades»
Leitura da Profecia de Oseias
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.
ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I (anos pares) Os 8, 4-7.11-13
«Já que semeiam ventos, colhem tempestades»
Leitura da Profecia de Oseias
Eis o que diz o Senhor: «Os filhos de Israel nomearam reis sem o meu consentimento, escolheram chefes sem Me terem consultado. Com a prata e o ouro que possuíam, fabricaram ídolos para sua perdição. – Considero abominável, ó Samaria, o bezerro que adoras! – Contra eles se inflamou a minha ira: até quando serão incapazes de se purificarem? Aquele ídolo provém de Israel; foi um artífice que o fez, ele não é Deus! Mas o bezerro de Samaria será feito em pedaços: já que semeiam ventos, colhem tempestades. Caule sem espiga não produz farinha; e ainda que a produzisse, os estrangeiros a comeriam. Efraim levantou muitos altares, mas só lhe serviram para pecar ainda mais. Se Eu lhe puser por escrito mil preceitos da minha lei, serão considerados como obra de um estranho. Eles oferecem sacrifícios e comem a carne imolada, mas o Senhor não os aceitará. O Senhor recordará o seu pecado e castigará as suas faltas e eles terão de voltar para o Egipto».
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 113 B (115), 3-4.5-6.7ab-8.9-10 (R. 9a)
Refrão: A casa de Israel confia no Senhor. Repete-se
Ou: Aleluia. Repete-se
O nosso Deus está no céu,
faz tudo o que Lhe apraz.
Os ídolos dos gentios são ouro e prata,
são obra das mãos do homem. Refrão
Têm boca e não falam,
têm olhos e não vêem.
Têm ouvidos e não ouvem,
têm nariz mas sem olfacto. Refrão
Têm mãos e não palpam,
têm pés e não andam.
Serão como eles os que os fazem
e quantos neles põem a sua confiança. Refrão
A casa de Israel confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo.
A casa de Aarão confia no Senhor,
Ele é o seu auxílio e o seu escudo. Refrão
ALELUIA Jo 10, 14
Refrão: Aleluia Repete-se
Eu sou o bom pastor, diz o Senhor;
conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-Me. Refrão
EVANGELHO Mt 9, 32-38
«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, apresentaram a Jesus um mudo possesso do demónio. Logo que o demónio foi expulso, o mudo falou. A multidão ficou admirada e dizia: «Nunca se viu coisa semelhante em Israel». Mas os fariseus diziam: «É pelo príncipe dos demónios que Ele expulsa os demónios». Jesus percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Jesus disse então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara».
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
«Muitos tentam escapar dos outros fechando-se na sua privacidade confortável ou no círculo reduzido dos mais íntimos, e renunciam ao realismo da dimensão social do Evangelho. Porque, assim como alguns quiseram um Cristo puramente espiritual, sem carne nem cruz, também se pretendem relações interpessoais mediadas apenas por sofisticados aparatos, por ecrãs e sistemas que se podem acender e apagar à vontade »
Papa
Francisco
A Alegria do
Evangelho, 88
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS :
I Os 8, 4-7.11-13: Não são dos tempos passados as infidelidades do
povo de Deus para o seu Senhor; são de todos os tempos. Grande parte da
pregação dos profetas é dirigida a um povo infiel. Na leitura de hoje fala-se
até de idolatria, ou seja, a substituição de Deus por deuses falsos, como diz o
profeta. Tal maneira de proceder é uma sementeira de ventos, que só pode dar
como colheita a tempestade.
Mt
9, 32-38 Para
ser capaz de reconhecer a intervenção de Deus é necessário ter-se um coração
simples, como o de uma criança. Foi assim já no tempo de Jesus: os simples
tinham fé, os entendidos negavam-se até ao que era evidente. Jesus nem por isso
desiste de anunciar o reino de Deus; só lamenta que poucos se entreguem ao trabalho
que este reino exige. Mas esses serão sempre um dom de Deus; é necessário,
pois, pedir que Ele os envie. Sem a luz da Palavra de Deus, os homens
transviam-se e perdem-se. Quem lha anunciará?
AGENDA DO DIA
10.00 horas: Funeral em Montalvão
18,00 horas: Missa em Nisa
18,00 horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
MESMO COM SAUDADES ... BRINDEMOS À
FESTA!...
Se
esse desmancha-prazeres que é o convi19 não nos deixa viver as festas, não
deixemos de brindar à festa, as festas fazem falta. Não porque nos devam ser impostas
a partir de fora, mas porque elas partem de dentro, fazem parte de nós. Embora
cada um as possa viver de forma diferente, não há recanto, pequeno ou grande,
com muita ou pouca gente, que não faça festa. A pessoa tem uma dimensão
naturalmente festiva. No entanto, mesmo que alguém possa ser multifacetado em
saberes, palhaçadas, talentos, acrobacias, pífaros e adufes, ninguém consegue
fazer festa sozinho. Umas serão espontâneas e com pouca gente, outras há que
reclamam organização responsável e concertada, para que, de facto, o maior
número dos participantes se sinta envolvido, sem atropelos nem chinfrins.
Continuando
o texto anterior, hoje, para além de tudo o que pode engrandecer uma festa,
hoje vou falar daquilo que é o ponto alto de qualquer festa cristã, refiro-me à
festa cristã. A festa implica gente. E se as festas podem ter várias origens,
causas e pretextos e, porventura, na mente de quem as organiza, possam ter
objetivos concretos a alcançar, a festa cristã também não se faz sem gente, e
tem alguns objetivos. Precisa de gente que dance, ria, conviva, se divirta,
aprecie a arte, a beleza e tudo o que envolve a festa. Mas a festa cristã
também tem objetivos importantes: avivar a comunhão com Deus, adorar, louvar,
pedir perdão, renovar-se na alegria de viver, agradecer o dom da vida e tudo
quanto nela tem acontecido de bom e menos bom, reforçar a vontade de tocar a
vida para a frente, com esperança, em comunhão com os outros, na justiça e na
verdade, sentindo-se amado por Deus. Quem tem queimado as pestanas nesses
estudos diz que a Bíblia nunca condena as festas, sejam elas quais forem, nem
sequer as festas do mundo pagão ou extra bíblico. Condena, sim, e de que
maneira! os abusos e as contradições que possam existir a pretexto ou por
ocasião das festas. O próprio rei David e toda a casa de Israel, a título de
exemplo, “dançavam diante do Senhor com todo o entusiasmo e cantavam ao som de
liras, cítaras, tamborins, sistros e címbalos” (2Sm 6, 5). Se algum leitor
pretender aprofundar este tema das festas, posso aconselhar, de momento, o
número 4 da Série Científica da Revista Bíblica de novembro de 1995, da
Difusora Bíblica, com a participação de vários colaboradores e que tem como
título “A Festa e as Festas na Bíblia e na Vida”.
Na
Bíblia, as festas tinham sempre origem em Deus e partiam normalmente de uma
realidade do passado. Aliás, assim acontece, ainda hoje, com quase todas as
festas. Mas a Festa por excelência do povo judeu era a Páscoa. Essa era a Festa
das festas! O povo israelita sentia necessidade de celebrar, cantar e agradecer
as maravilhas que Deus tinha realizado em seu favor, chamando-o, da escravidão
do Egito, a ser nação livre e povo da Aliança. No entanto, se a Páscoa era a
sua Festa por excelência, ela continha em si um alcance muito maior, uma
esperança para toda a humanidade. Deus, que através de Moisés salvara o povo da
escravidão, assim haveria de chegar uma nova e verdadeira salvação através do
Messias esperado. Se fazia memória desse acontecimento do passado, a Páscoa
apontava sobretudo para uma outra realidade muito mais promissora e de
importância capital na História da Salvação. Apontava sobretudo para a pessoa
do Messias, verdadeiro Cordeiro Pascal, sem defeito. Só Ele seria o verdadeiro
protagonista, só Ele revelaria o plano de salvação de Deus para a humanidade,
só Ele daria sentido ao presente e ao futuro, só Ele concretizaria
verdadeiramente todas as promessas bíblicas e daria um sentido muito mais
profundo às esperanças da humanidade. E assim aconteceu!... Ao mesmo tempo que
se imolavam os cordeiros no Templo, Jesus, no alto do calvário, cumpria o
ritual do cordeiro sacrificado. A prefiguração dava lugar à realidade de forma
definitiva. Pelo sangue da sua Cruz, Ele trouxe ao mundo a luz e a vida, expiou
os pecados da humanidade, libertou a todos da escravidão do pecado, estabeleceu
uma nova e eterna Aliança com uma nova Lei, não escrita em tábuas como no Monte
Sinai, mas escrita no coração de cada um de nós pelo Espírito Santo, morreu
pelo povo, venceu a morte, ressuscitou. O seu gesto tem valor de redenção
universal, é a suprema expressão da liberdade e do amor de Deus no seu Filho,
que quis, de forma voluntária e solidária, dar a vida por todos e com todos
estabelecer uma nova Aliança, fruto desse amor de Deus por nós.
Antes,
porém, Cristo quis celebrar a sua Páscoa com os seus discípulos. E na sua Ceia
Pascal, fez-se não só o Cordeiro imolado, uma vez por todas, mas também a
comida da refeição pascal do povo da Nova Aliança, da nova Criação. Antecipou o
Sacrifício com que no dia seguinte selaria essa Nova Aliança: “Tomai, todos, e
comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós... Isto é o meu sangue, o
sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para
remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”.
Se
aconteceu há dois mil anos e tem o seu ponto alto na manhã da Ressurreição, ela
tem também um alcance muito maior no presente e no futuro. A Eucaristia é o
“hoje” da Páscoa de Jesus, é atualização, é memorial da Paixão, Morte e
Ressurreição de Cristo. É celebrada para glória do seu nome, para nosso bem e
de toda a Igreja enquanto esperamos a última vinda do Senhor Jesus. É memorial,
atualiza, anuncia e celebra ao mesmo tempo a passagem da morte para a vida em
todos os que são inseridos pelo batismo em Jesus Cristo, devendo-a manter viva
no quotidiano da sua vida enquanto peregrinam em direção aos novos céus e à
nova terra.
A
Páscoa de Jesus é a nossa Páscoa, é a Festa das festas dos cristãos, o
fundamento e o centro de todas as festas cristãs. Se anualmente a celebramos
com grande solenidade e a prolongar-se por 50 dias, a Igreja repete-a em cada
Domingo do ano. A comunidade crente, em cada Domingo, o Dia em que o Senhor
ressuscitou, abstém-se do trabalho, prepara-se como convém, reúne-se para fazer
memória desse acontecimento com tudo aquilo que isso implica, atualiza-o,
manifesta exteriormente essa alegria. É o dia da família, da comunidade cristã,
dos irmãos em Cristo, da caridade, da comunhão. É o “hoje” da Páscoa de Jesus,
que, como afirma São Paulo, não deve ser celebrado “com o fermento da malícia e
da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade”. O que dizemos do
Domingo, podê-lo-emos dizer das festas cristãs.... A Eucaristia é o ponto mais
alto e mais solene. Tudo para ela deve convergir, tudo dela deve partir, não
pode ser um mero número para encher o programa...
Antonino
Dias
Portalegre-Castelo
Branco, 03-07-2020.
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