PARÓQUIAS
DE NISA
Sexta,
31 de julho de 2020
Quinta-feira da XVII semana do tempo comum
SEXTA-FEIRA
da semana XVII
S. Inácio de Loiola, presbítero –
MO
Branco – Ofício da memória.
Missa da memória.
L 1 Jer 26, 1-9; Sal 68 (69), 5. 8-10. 14
Ev Mt 13, 54-58
* Aniversário da Ordenação episcopal de D. João Miranda Teixeira, Bispo Emérito de Castello Jabar (1983).
* Na Companhia de Jesus – S. Inácio de Loiola, presbítero, Fundador da Companhia de Jesus – SOLENIDADE
* Na Congregação do Santíssimo Redentor – I Vésp. de S. Afonso Maria de Ligório.
S. INÁCIO DE LOIOLA, presbítero
Nota
Histórica:
Nasceu no ano 1491 em
Loiola, na Cantábria (Espanha); seguiu primeiramente a vida da corte e a vida
militar. Depois, consagrando-se totalmente ao Senhor, estudou teologia em Paris
e aí reuniu os primeiros companheiros, com quem mais tarde fundou em Roma a
Companhia de Jesus. Exerceu intensa atividade apostólica e, particularmente com
os seus escritos e com a formação de discípulos, contribuiu grandemente para a
reforma da vida cristã e para a renovação da ação missionária. Morreu em Roma
no ano 1556.
MISSA
ANTÍFONA
DE ENTRADA Filip 2,
10-11
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ao nome de Jesus todos se ajoelhem no céu,
na terra e nos abismos
e toda a língua proclame que Jesus Cristo é o Senhor
para glória de Deus Pai.
ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus, que suscitastes na vossa Igreja Santo Inácio de Loiola para propagar a maior glória do vosso nome, concedei que, à sua imitação e com o seu auxílio, combatendo o bom combate na terra, participemos da sua vitória no Céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
LEITURA I 1 Cor 10, 31 -11, 1
«Fazei tudo para glória de Deus»
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos: Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus. Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à Igreja de Deus. Fazei como eu, que em tudo procuro agradar a toda a gente, não buscando o próprio interesse, mas o de todos, para que possam salvar-se. Sede meus imitadores, como eu o sou de Cristo.
Palavra do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R. 9a)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias.
O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.
Temei o Senhor, vós os seus fiéis,
porque nada falta aos que O temem.
Os poderosos empobrecem e passam fome,
aos que procuram o Senhor não faltará riqueza alguma.
ALELUIA 1 Pedro 1, 25
Refrão: Aleluia Repete-se
A palavra do Senhor permanece eternamente.
Esta é a palavra que vos foi anunciada. Refrão
EVANGELHO Mt 13, 54-58
«Não é Ele o filho do carpinteiro? Donde Lhe vem tudo isto?»
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto?». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres.
Palavra da salvação.
ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Aceitai benignamente, Senhor, a oblação que Vos apresentamos na festa de Santo Inácio de Loiola e concedei que os santos mistérios que instituístes como fonte de toda a santidade nos santifiquem na verdade. Por Nosso Senhor.
ANTÍFONA DA COMUNHÃO Lc 12, 49
Eu vim trazer o fogo à terra, diz o Senhor;
e que quero Eu senão que ele se acenda?
ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Nós Vos pedimos, Senhor nosso Deus, que este sacrifício de louvor, oferecido em acção de graças, na festa de Santo Inácio de Loiola, nos conduza à bem-aventurança eterna para louvarmos sem fim a vossa imensa glória. Por Nosso Senhor.
«Quem quiser pregar, deve primeiro estar disposto a
deixar-se tocar pela Palavra e fazê-la carne na sua vida concreta. Assim, a
pregação consistirá na atividade tão intensa e fecunda que é «comunicar aos
outros o que foi contemplado»
Papa Francisco
Cf. A Alegria
do Evangelho,150
ORAÇÃO BÍBLICA
Reza a PALAVRA do dia
1.
Leitura: Lê, respeita,
situa o que lês
- Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste
2. Meditação:
Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
-
Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”
3. Oração: Louva
o Senhor, suplica, escuta
-
Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra
LEITURAS:
Mt 13, 54-58 : A
fé tem de ultrapassar a experiência dos sentidos: estes podem até dificultar a
fé. Foi o que aconteceu aos conterrâneos de Jesus, que, à força de O verem no
meio deles, não conseguiram penetrar mais profundamente e reconhecer n’Ele o
Filho de Deus. Não souberam entender os sinais de Deus que Se manifestava no
seu tempo e tão junto de si. Se através dos sinais se não vai até à
significação dos mesmos, não se chega à fé, mas apenas ao aspeto material da
experiência.
AGENDA DO DIA
11.00 horas: Funeral em Tolosa
18.00 horas: Missa em Nisa
18.00 horas: Missa em Alpalhão.
A VOZ DO PASTOR
I.
DE NOVO A DESGRAÇA DOS INCÊNDIOS
A
nossa Diocese de Portalegre-Castelo Branco, mais uma vez está a ser
tragicamente atingida pelos incêndios. Um flagelo constante, que mata, faz
sofrer, angustia.
Quanta dor nas populações, quanto sofrimento, quanto aflição, quanto desânimo e quanta mais pobreza a curto e a longo prazo!
Sentindo-nos
pequeninos e impotentes perante tanta calamidade, apresentamos as nossas mais
sentidas condolências à família do jovem Diogo Dias, Bombeiro de 21 anos que,
na primavera de vida tão promissora, foi vítima de trágico acidente neste
incêndio.
Que
descanses em paz, amigo Diogo.
Manifestamos
a nossa proximidade e gratidão junto das Cooperações dos Bombeiros que, de
forma tão abnegada, atuam no terreno. Exprimimos a nossa comunhão junto dos
Senhores Presidentes das Câmaras Municipais, das Juntas de Freguesia, dos
Senhores Padres das Paróquias atingidas, e, particular e afetuosamente, junto
das queridas populações tão sofridas. Formulamos votos de rápidas melhoras aos
outros Bombeiros que foram vítimas do mesmo acidente.
Estando
a acompanhar, com tristeza, tais acontecimentos com a fúria do fogo, apelo à
união de toda a Diocese para que, fazendo o que devemos fazer, não deixemos de
rezar ao nosso Deus que, em Jesus Cristo, se revelou um Deus próximo de cada
experiência humana, sobretudo a experiência da dor e do sofrimento. Que n’Ele
todos possam encontrar a serenidade e a força para darmos as mãos e, na
caridade cristã, nos valermos uns aos outros.
Antonino Eugénio Fernandes Dias
Bispo da Diocese de Portalegre-Castelo
Branco
Dia dos Avós - 26-07-2020
II.
AS FESTAS CRISTÃS MERECEM
ATENÇÃO!...
Foi com a palavra que Jesus conquistou o
coração das pessoas que vinham ao seu encontro ou das quais Ele se abeirava.
Todos ficavam maravilhados com o que Ele dizia, pois falava como quem tem
autoridade. De entre os seus discípulos, escolheu doze, a quem chamou
Apóstolos. Chamou-os para estarem com Ele. Constituiu-os em corpo colegial
estável, com Pedro a presidir. Enviou-os a pregar por toda a parte sob a
assistência do Espírito Santo e com uma autoridade que não se cifraria em
termos de poder mas de serviço. Por sua vez, os fiéis leigos, participantes
também, a seu modo, do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, são
chamados a exercer esta mesma missão de ir e anunciar segundo a sua própria
condição e circunstâncias concretas da sua vida, em comunhão eclesial. A fé
nasce da pregação. Quem anuncia não se anuncia a si mesmo, mas a Cristo Jesus,
o Senhor, que se entregou por nós, por amor, para nos salvar. Caminhar com
alegria entre o abraço que Deus Pai nos deu aquando do nosso Batismo e o abraço
que o mesmo Pai misericordioso espera dar-nos aquando da chegada à sua glória é
o desafio (cf. EG144). “O pregador tem a belíssima e difícil missão de unir os
corações que se amam: o do Senhor e os do seu povo” (EG143). Por isso, o Papa
Francisco refere que quem não se prepara “é desonesto e irresponsável quanto
aos dons que recebeu” (EG145). E todos nós, clérigos e leigos, pais e mães,
confrarias e irmandades, comissões de festas e outras instituições eclesiais e
agentes da pastoral, todos temos de bater com a mão no peito. Nem sempre
estamos à altura da responsabilidade que nos cabe. Todos somos destinatários da
evangelização, é certo. Mas todos somos também protagonistas da mesma, somos
evangelizadores, anunciadores, pregadores, pela palavra e pelo testemunho, como
verdadeiros discípulos. O Senhor confiou em nós, embora as circunstâncias, as
funções, os tempos e o espaço de ação sejam diferentes. E agora que alguns
cristãos deixam de viver uma adesão cordial à Igreja na sua rica diversidade e
se encostam a este ou àquele grupo, diferente e especial (EG98), ou se julgam
portadores duma verdade subjetiva própria que nada mais vê senão a
concretização dos seus desejos pessoais, é sempre muito mais exigente a
evangelização e o modo de a fazer.
É por isso que todas as oportunidades
que surgem para anunciar e avivar a fé das pessoas devem ser bem preparadas e
bem aproveitadas. Quem ama quer o bem do outro. Uma festa religiosa, mesmo no
meio de toda a alegria que a envolve, é uma dessas oportunidades. Deus quer
alcançar a todos pela força da sua Palavra. Isso acontece através da iniciativa
e da linguagem humana, em fidelidade ao Espírito. É evidente que nesta
preparação se deve envolver toda a comunidade cristã. Se todos se estimularem
uns aos outros, todos virão a beneficiar. Por isso, a própria sensibilização
para esta preparação não deve ser entendida como uma tarefa apenas do Pároco e
dos seus colaboradores mais próximos, nem estes a devem centralizar em si. É de
toda a comunidade, a começar pelas famílias com todo o seu agregado familiar,
os filhos precisam de perceber isso pelo testemunho dos pais. É importante que
se possa auscultar o sentir da comunidade sobre qual a melhor formação neste
ano ou para esta festa, e ser bem ponderada a melhor hora, ou horas, para a
formação. Manter a hora que é costume, só porque é costume, e manter o mesmo
estilo pastoral ou nenhum, empobrece e desmotiva as pessoas. Quem orienta essas
formações e momentos de oração deve preparar-se o melhor possível para o fazer
com sabedoria e humildade, de forma simples, direta, clara e adaptada, como a
Igreja nos pede. Nesse caminho, não deve faltar o apelo à conversão e a
disponibilidade, a horas convenientes, para o atendimento das pessoas no
Sacramento da Reconciliação.
É de bom senso que “os costumes, os
estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um
canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que `à auto
preservação” (EG27). Como refere a última Instrução sobre a conversão pastoral
da comunidade paroquial ao serviço da missão evangelizadora da Igreja, “a mera
repetição de atividade sem incidência na vida das pessoas concretas, permanece
uma tentativa estéril de sobrevivência, diversas vezes acolhida pela
indiferença geral. Caso não se viva o dinamismo espiritual comum da
evangelização, a paróquia corre o risco de se tornar autorreferencial e de se
esclerosar” (Instrução da Congregação do Clero, n. 17, 29/06/2020).
Se a vivência cristã da festa implica
preparação, as Comissões de Festas devem ter este objetivo como prioritário.
Não podem esquecer a sua missão e responsabilidade e deveriam ser as primeiras
a provocar a reflexão e a programação conjunta para todos se sentirem
comprometidos em alcançar os objetivos traçados. Sabemos que há, por vezes,
dificuldade em reunir com estes responsáveis. Muitas vezes até vivem um pouco à
margem da comunidade cristã e apresentam-se com todos os direitos e nenhuns
deveres. No entanto, já é importante o facto de quererem colaborar. Sem quebrar
a cana rachada ou apagar a torcida que ainda fumega (Is 42,3; Mt 12,20), tudo
deve ser conseguido em clima de empatia e diálogo fraterno. Muita coisa
acontece, ou não acontece, por ignorância das normas, por falta de formação
cristã, por falta de acolhimento amigo, por não haver disponibilidade para o
diálogo sem preconceitos. Só desarmados e em ambiente de abertura será possível
“ver a realidade com os olhos de Deus, na ótica da unidade e da comunhão” (F.
12/06/2019). Embora não seja a única instância de evangelização, o Papa
Francisco afirma que a paróquia “possui uma grande plasticidade, pode assumir
formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária
do Pastor e da comunidade”. E acrescenta que temos de reconhecer que o apelo à
revisão e renovação das paróquias ainda não deu o fruto suficiente» (cf. EG28).
Na sua longa história, a paróquia foi respondendo às exigências pastorais na
diversidade dos tempos e das mudanças culturais. E os tempos não param. Como
refere a Instrução já citada, hoje, a “rapidez das alterações, a mudança dos
modelos culturais, a facilidade para as deslocações e a velocidade da
comunicação estão a transformar a perceção do espaço e do tempo” (n.8). O
vínculo com o território “tende a ser sempre menos observado, os lugares de
pertença tornam-se múltiplos e corre-se o risco das relações interpessoais se
dissolverem no mundo virtual sem compromisso nem responsabilidade com o próprio
contexto relacional” (n. 9).
A nossa missão é viver a tempo o nosso próprio
tempo. O tempo que nos é dado viver é este com todos os seus avanços e
retrocessos, com todas as suas conquistas e desafios. Caminhemos com esperança. Quem nos enviou
deu-nos o seu Espírito, confiou em nós. Não defraudemos a confiança que ELE em
nós depositou.
Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 24-07-2020.
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