sábado, 11 de julho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Domingo, 12 de julho de 2020







 XV domingo do tempo comum








DOMINGO XV DO TEMPO COMUM
Verde – Ofício do domingo (Semana III do Saltério). Te Deum.
+ Missa própria, Glória, Credo, pf. dominical.

L 1 Is 55, 10-11; Sal 64 (65), 10abcd. 10e-11. 12-13. 14
L 2 Rom 8, 18-23
Ev Mt 13, 1-23 ou Mt 13, 1-9


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Congregação das Irmãs Servas de Maria Reparadoras – Aniversário da fundação (1900).
* Na Diocese de Leiria-Fátima (Sé) – I Vésp. do aniversário da Dedicação da Igreja Catedral.
* II Vésp. do domingo – Compl. dep. II Vésp. dom.





MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 16, 15
Eu venho, Senhor, à vossa presença:
ficarei saciado ao contemplar a vossa glória.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor nosso Deus,
que mostrais aos errantes a luz da vossa verdade
para poderem voltar ao bom caminho,
concedei a quantos se declaram cristãos
que, rejeitando tudo o que é indigno deste nome,
sigam fielmente as exigências da sua fé.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Is 55, 10-11
«A chuva faz a terra produzir»



Leitura do Livro de Isaías

Eis o que diz o Senhor: «Assim como a chuva e a neve que descem do céu não voltam para lá sem terem regado a terra, sem a terem fecundado e feito produzir, para que dê a semente ao semeador e o pão para comer, assim a palavra que sai da minha boca não volta sem ter produzido o seu efeito, sem ter cumprido a minha vontade, sem ter realizado a sua missão».
 
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 64 (65), 10abcd.10e-11.12-13.14 (R. Lc 8, 8)
Refrão: A semente caiu em boa terra e deu muito fruto. Repete-se

Visitastes a terra e a regastes,
enchendo-a de fertilidade.
As fontes do céu transbordam em água
e fazeis brotar o trigo. Refrão

Assim preparais a terra;
regais os seus sulcos e aplanais as leivas,
Vós a inundais de chuva
e abençoais as sementes. Refrão

Coroastes o ano com os vossos benefícios,
por onde passastes brotou a abundância.
Vicejam as pastagens do deserto
e os outeiros vestem-se de festa. Refrão

Os prados cobrem-se de rebanhos
e os vales enchem-se de trigo.
Tudo canta e grita de alegria. Refrão


LEITURA II Rom 8, 18-23
«As criaturas esperam a revelação dos filhos de Deus»



Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos: Eu penso que os sofrimentos do tempo presente não têm comparação com a glória que se há de manifestar em nós. Na verdade, as criaturas esperam ansiosamente a revelação dos filhos de Deus. Elas estão sujeitas à vã situação do mundo, não por sua vontade, mas por vontade d’Aquele que as submeteu, com a esperança de que as mesmas criaturas sejam também libertadas da corrupção que escraviza, para receberem a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a criatura geme ainda agora e sofre as dores da maternidade. E não só ela, mas também nós, que possuímos as primícias do Espírito, gememos interiormente, esperando a adoção filial e a libertação do nosso corpo.
 
Palavra do Senhor.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
A semente é a palavra de Deus e o semeador é Cristo.
Quem O encontra viverá eternamente. Refrão


EVANGELHO – Forma longa Mt 13, 1-23
«Saiu o semeador a semear»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar. Reuniu-se à sua volta tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem. Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos: «Saiu o semeador a semear. Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho: vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra, e logo nasceram, porque a terra era pouco profunda; mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz. Outras caíram entre espinhos e os espinhos cresceram e afogaram-nas. Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta por um. Quem tem ouvidos, oiça». Os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram-Lhe: «Porque lhes falas em parábolas?». Jesus respondeu: «Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos Céus, mas a eles não. Pois àquele que tem dar-se-á e terá em abundância; mas àquele que não tem, até o pouco que tem lhe será tirado. É por isso que lhes falo em parábolas, porque vêem sem ver e ouvem sem ouvir nem entender. Neles se cumpre a profecia de Isaías que diz: ‘Ouvindo ouvireis, mas sem compreender; olhando olhareis, mas sem ver. Porque o coração deste povo tornou-se duro: endureceram os seus ouvidos e fecharam os seus olhos, para não acontecer que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos e compreendendo com o coração, se convertam e Eu os cure’. Quanto a vós, felizes os vossos olhos porque vêem e os vossos ouvidos porque ouvem! Em verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram. Escutai, então, o que significa a parábola do semeador: Quando um homem ouve a palavra do reino e não a compreende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração. Este é o que recebeu a semente ao longo do caminho. Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe de momento com alegria, mas não tem raiz em si mesmo, porque é inconstante, e, ao chegar a tribulação ou a perseguição por causa da palavra, sucumbe logo. Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra, que assim não dá fruto. E aquele que recebeu a palavra em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende. Esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta por um».

Palavra da salvação.


EVANGELHO
– Forma breve Mt 13, 1-9
«Saiu o semeador a semear»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-Se à beira-mar. Reuniu-se à sua volta tão grande multidão que teve de subir para um barco e sentar-Se, enquanto a multidão ficava na margem. Disse muitas coisas em parábolas, nestes termos: «Saiu o semeador a semear. Quando semeava, caíram algumas sementes ao longo do caminho: vieram as aves e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra, e logo nasceram, porque a terra era pouco profunda; mas depois de nascer o sol, queimaram-se e secaram, por não terem raiz. Outras caíram entre espinhos e os espinhos cresceram e afogaram-nas. Outras caíram em boa terra e deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; outras, trinta por um. Quem tem ouvidos, oiça».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Olhai, Senhor, para os dons da vossa Igreja em oração
e concedei aos fiéis que os vão receber
a graça de crescerem na santidade.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 83, 4-5
As aves do céu encontram abrigo
e as andorinhas um ninho para os seus filhos,
junto dos vossos altares, Senhor dos Exércitos,
meu Rei e meu Deus.
Felizes os que moram em vossa casa
e a toda a hora cantam os vossos louvores.

Ou Jo 6, 57
Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue
permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentais à vossa mesa santa,
humildemente Vos suplicamos:
sempre que celebramos estes mistérios,
aumentai em nós os frutos da salvação.
Por Nosso Senhor.






«Precisamente nesta época, inclusive onde são um «pequenino rebanho» (Lc 12, 32), os discípulos do Senhor são chamados a viver como comunidade que seja sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5, 13-16). São chamados a testemunhar, de forma sempre nova, uma pertença evangelizadora. Não deixemos que nos roubem a comunidade!»



 Papa Francisco
A Alegria do Evangelho, 93









ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS : I Is 55, 10-11: Na terceira leitura deste domingo, o Senhor vai comparar a palavra de Deus à semente, que é lançada à terra. Mas, desde já, nesta primeira leitura, nos é dito, pela boca do profeta, que a semente da palavra tem em si mesma uma força divina que a torna eficaz, cheia de capacidade para que possa produzir todo o alimento de que o homem necessita para o seu espírito.

Rom 8, 18-23: O pecado do homem faz com que toda a criação, de que o homem é a cabeça, participe no estado de escravatura a que ele próprio se reduziu, mas a libertação, que de Deus nos vem por Jesus Cristo, há de estender-se a todas as criaturas e fazer como que uma nova criação. E assim todos e tudo encontrarão a unidade em Deus, por Jesus Cristo.

Mt 13, 1-23: Jesus fala em parábolas. Hoje apresenta a do semeador. A palavra de Deus, fonte de vida, continua a ser semeada sobre a terra imensa dos homens, e produzirá muito fruto, se essa terra for capaz de a receber. A palavra vem a nós em cada celebração litúrgica, na leitura individual da Sagrada Escritura, no eco que dentro de nós se faz ouvir a partir das vezes em que, no passado, a escutámos, desde os tempos, talvez distantes, da catequese ou da família onde crescemos, e até nos acontecimentos da vida e na própria voz da criação. Tudo nos repete a palavra de Deus.
 





AGENDA DO DIA


09.30 horas:  Missa em Amieira do Tejo
10.00 horas:  Missa em Arez
10.45 horas:  Missa em Tolosa
11.00 horas:  Missa em Nisa
12.00 horas:  Missa em Gáfete
12.00 horas:  Missa em Alpalhão
15.30 horas:  Missa em Montalvão
15.30 horas:  Missa no Cacheiro
15.30 horas:  Missa no Arneiro.
21.00 horas; Novena  em Nisa





A VOZ DO PASTOR


VAMOS À FESTA...A FESTA JÁ COMEÇOU!...

Não ouves os foguetes?... E o altifalante?... E o ribombar dos zabumbas?... E o repenicar dos sinos?... Vê, o programa está no cartaz!...

Há cartazes e cartazes, claro. Uns, mais culturais, outros, a fazer a ligação entre fé e cultura, alguns, mais comerciais e tristonhos, outros, muito piegas, noutras festas não há cartaz, se houve projeto, entenderam que o cesto dos papéis seria o melhor destino. É verdade que quem não tem cão caça com o gato, mas um bom cartaz implica reflexão, objetivo, arte e bom gosto. Em muitos lugares, no cartaz, a festa é, de facto, muito promissora, timbrosa e imponente. Não raro, a concretização da festa anunciada vem a contradizer a espampanante promessa do cartaz: paciência, são sortes!. Mas ali, no cartaz, está manifestada toda a sua grandeza e o brio incontestado dos festeiros de turno. Sem vontade de alterar as terminologias tradicionais porque são pomposas e acham que são intocáveis, ali consta que há “feéricas iluminações”, um “consagrado orador sacro”, uma “majestosa procissão” com muitos anjinhos, andores e figurado, bandas musicais de elite, desfile de grupos etnográficos e folclóricos, zabumbas e cabeçudos, poço da morte e carrocéis, pista de carrinhos, de aviões e montanha russa, um grande meio-dia de fogo, conjuntos musicais de estalo e um artista de gabarito a encabeçar o elenco do sarau de variedades que terminará com um grande espetáculo de fogo de artifício. Tudo e muito mais - ou muito menos, claro!... -, mas seja como for, a festa ali está, grande e sublime. Esticando bem os olhos, os olhos de ver e de quem quer festejar numa dinâmica da fé, a imagem do titular da festa, se lá consta, deixa dúvidas sobre se é o verdadeiro centro da festa ou apenas um pretexto para que a festa seja grande. Ela, a imagem, se lá está, está envergonhada e triste, espreita de um canto sumido ou braceja naufragada no meio do assoberbado número de tralha e anúncios comerciais lá do sítio e arredores, de perto e de mais longe, pois a festa implica organização, a organização tem despesas, as despesas têm de ser pagas, e, por vezes, os festeiros também querem deixar obra e placa, lá no coreto ou algures, mesmo à revelia do bom gosto e de quem superentende.

Mas a festa ainda só começou, hoje não passaremos do cartaz. Algumas, apesar de continuarem a ser festas, grandes e interessantes, esqueceram um pouco a sua dimensão cristã, uma maneira legítima de o povo professar e avivar a fé em sã alegria. Não é por mal que isso acontece, mas acontece, e é pena. O cartaz, a fazer-se, merece atenção, tanto pode enaltecer como vexar os responsáveis que o sonharam. Há locais onde os cartazes, pela sua qualidade e sentido, são estimados como acervo e coleção. É verdade que, por serem festas cristãs, não têm de ser apenas religiosas, embora, conforme os costumes, algumas sejam totalmente religiosas e o povo, porque elas são diferentes, as procure e viva intensamente. Há festas e romarias que, por mercê de os responsáveis as quererem iguais a todas as outras, se desvirtuaram e perderam o seu valor e interesse. Festas iguais, e com muito barulho, existem por toda a parte e não será bom que, em nome das modas e à margem das normas e comunhão eclesial, se queira que as que são diferentes e apreciadas por isso, se tornem como todas as outras. Entendemos, no entanto, que quem dinamiza, quer umas quer outras, com tanta dedicação e esforço, não pode deixar de se sentir sempre missionário, verdadeiro evangelizador, o que exige reuniões antecipadas de formação, reflexão e debate sobre o que se pretende e como concretizar. A piedade popular é um tesouro da Igreja que deve ser respeitado e valorizado, não usado!

Para desanuviar: lá nas minhas origens, que eu me lembre, e já vai ao tempo em que as galinhas tinham dentes e as cobras andavam de pé, a festa do Padroeiro tinha, umas semanas ou dias antes, a tarde festiva do levantamento do mastro da bandeira, do “pau da bandeira”. Tinha um ritual muito próprio. Era vivido com grande entusiasmo, desde o chegar, em cortejo, do grande tronco, regra geral de eucalipto por ser mais alto, até à complicada arte de o erguer lá no adro do mosteiro, com cordas e outros meios a que fosse necessário deitar a mão. Se isso já fazia parte da festa, esse momento ficava a anunciar, atempadamente, o grande dia ou dias da verdadeira festa, logo se avaliando o desempenho dos festeiros. Desempenho esse que era medido pela altura do mastro que, lá no bem longe dos céus, no seu cume, ficava a sustentar a bandeira da festa defraudada ao “irmão Vento, que rebrame e rola”, como rezava São Francisco”!

A véspera do grande dia da festa obrigava-se a um prolongado estralejar de fogo de pirotecnia de referência, nunca menos de uma hora. Um exagero e um desperdício, diziam uns, foi fraquinho e pouco, comentavam outros, foi grande e bom, assumiam os envolvidos, mas sempre motivo de regozijo para aquela garotada que gostava de se distinguir em apanhar o maior número de canas dos foguetes, feito épico a narrar no primeiro dia de escola. E tanto mais épico quanto mais se conseguisse encontrar foguetes cuja pólvora não tinha estourado. Muitos iam descalços, era a pobreza que o impunha à alegria de viver e ser criança. Criança feliz com quase nada ou nada, mas a parecer que tudo tinha com algumas canas de foguetes em convívio traquina e criativo! Quem gemia eram as cebolas e outras novidades hortícolas naquele vale de terra muito fértil e fofa, com muita água para regar, onde quase toda a gente das redondezas tinha as suas leiras de amanho para colher, comer, guardar e vender os mimos da terra e do trabalho.

O “consagrado orador sacro”, no zeloso cumprimento da sua missão, no púlpito, com mais ou menos arte, lá se esmerava a fazer valer a Palavra pela força da sua oratória, perante uma assembleia concentrada por entre os andores e de olhos e ouvidos esticados para o pregador. Não raro, saltavam lágrimas de emoção. Sermões havia que se o pregador não fizesse chorar alguém, não era sermão digno desse consagrado orador sacro. Nós, pequenitos e sentados por lá, descobrir quem primeiro deixasse rolar umas lágrimas por cara abaixo, embora interiormente arrepiados em pele de galinha por ambiente tão sério, já era para nós um desporto favorito! Eram tempos de filhos na guerra, alguns já regressados em quatro tábuas de aconchego, outros em preparação ou já em saída para lá! Eram tempos de fuga à guerra para os mais expeditos e de emigração clandestina sem se saber se a ida a assalto para a França ou para aqui ou acolá, tinha chegado a bom porto. Eram tempos de carências e de saudade dos que tinham ido lutar pela pátria ou pela vida, já que nem o contrabando associado ao trabalho possível lhes dava o desafogo necessário para viverem com dignidade. Por isso, o fazer estrebuchar o sentimento, se nos parecia ser uma das importantes e espremidas virtudes do “consagrado orador sacro”, não era bem assim, as pessoas é que estavam interiormente feridas e demasiadamente sensíveis pela ausência de familiares próximos e as notícias, as cartas e os aerogramas eram raros e distantes. Fracos tempos!... tempos difíceis e modas desse tempo!... mas o importante é que era dia de festa, e pronto, ponto, chorar também fazia parte da festa!...

De quando em vez, porém, e não para logo pôr em prática os conselhos do pregador, a festa também não tinha jeito nem grandeza se não terminasse com alguma zaragata e com a fuga acobardada de um ou mais dos litigantes nessas andanças da pancadaria. Por campos abaixo, lá se viam obrigados a dar à perna antes que as pauladas ou lá o que fosse lhes afagasse ainda mais o canastro já socado tanto quanto bastasse. E nós, curiosos e atentos a que não viesse a sobrar para nós, escutando os comentários das claques que atiçavam os ânimos, espreitávamos os fugitivos e perseguidores por aqueles longos vales abaixo em dia festivo do Padroeiro da terra. Para nós, tudo era festa... e que festa!... Muito maior ainda se houvesse roscas!...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 10-07-2020.



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