quarta-feira, 1 de julho de 2020







PARÓQUIAS DE NISA






Quinta-feira, 02 de julho de 2020












Quinta da XIII semana do tempo comum











QUINTA-FEIRA da semana XIII
Verde – Ofício da féria.
Missa à escolha

L 1 Am 7, 10-17; Sal 18 B (19B), 8. 9. 10. 11
Ev Mt 9, 1-8


* Na Companhia de Jesus – SS. Bernardino Realino, João Francisco de Régis e Francisco de Jerónimo; Bb. Julião Maunoir e António Baldinucci, presbíteros – MO






MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Salmo 46, 2
Louvai o Senhor, povos de toda a terra,
aclamai a Deus com brados de alegria.


ORAÇÃO COLECTA
Senhor, que pela vossa graça nos tornastes filhos da luz,
não permitais que sejamos envolvidos pelas trevas do erro,
mas permaneçamos sempre no esplendor da verdade.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I (anos pares) Am 7, 10-17
«Vai, profeta, ao meu povo»


Leitura da Profecia de Amós

Naqueles dias, Amasias, sacerdote de Betel, mandou dizer a Jeroboão, rei de Israel: «Amós conspira contra ti no meio da casa de Israel. O país já não pode suportar os suas palavras. Porque Amós anda a dizer: ‘Jeroboão morrerá à espada e Israel será deportado para longe da sua terra’». Depois, Amasias disse a Amós: «Vai-te embora daqui, vidente. Foge para a terra de Judá. Aí ganharás o pão com as tuas profecias. Mas não continues a profetizar aqui em Betel, que é o santuário real, o templo do reino». Amós respondeu a Amasias: «Eu não era profeta, nem filho de profeta. Era pastor de gado e cultivava sicómoros. Foi o Senhor que me tirou da guarda do rebanho, foi o Senhor que me disse: ‘Vai profetizar ao meu povo de Israel’. E agora escuta a palavra do Senhor: Tu dizes: ‘Não profetizes contra Israel, nem faças vaticínios contra a casa de Isaac’. Por isso, assim fala o Senhor: ‘A tua mulher será desonrada na cidade, os teus filhos e filhas cairão mortos à espada, as tuas terras serão repartidas a cordel. Tu próprio morrerás em terra impura. E Israel será levado para o exílio, para longe da sua terra’».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 18 B (19 B), 8.9.10.11 (R. 10b)
Refrão: Os juízos do Senhor são verdadeiros e retos. Repete-se


A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta a alma.
As ordens do Senhor são firmes
e dão sabedoria aos simples. Refrão

Os preceitos do Senhor são rectos
e alegram o coração.
Os mandamentos do Senhor são claros
e iluminam os olhos. Refrão

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente.
Os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos. Refrão

São mais preciosos que o ouro,
o ouro mais fino;
são mais doces que o mel,
o puro mel dos favos. Refrão


ALELUIA 2 Cor 5, 19
Refrão: Aleluia Repete-se


Em Cristo, Deus reconcilia o mundo consigo
e confiou-nos a palavra da reconciliação. Refrão


EVANGELHO Mt 9, 1-8
«Glorificaram a Deus por ter dado tal poder aos homens»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo seg. São Mateus
 
Naquele tempo, Jesus subiu para um barco, atravessou o mar e foi para a cidade de Cafarnaum. Apresentaram-Lhe então um paralítico que jazia numa enxerga. Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: «Filho, tem confiança; os teus pecados estão perdoados». Alguns escribas disseram para consigo: «Este homem está a blasfemar». Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: «Porque pensais mal em vossos corações? Na verdade, que é mais fácil: dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’? Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados, ‘Levanta-te – disse Ele ao paralítico – toma a tua enxerga e vai para casa’. O homem levantou-se e foi para casa. Ao ver isto, a multidão ficou cheia de temor e glorificava a Deus por ter dado tal poder aos homens.

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Senhor nosso Deus,
que assegurais a eficácia dos vossos sacramentos,
fazei que este serviço divino
seja digno dos mistérios que celebramos.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 102, 1
A minha alma louva o Senhor,
todo o meu ser bendiz o seu nome santo.

Ou cf. Jo 17, 20-21
Pai santo, Eu rogo por aqueles que hão-de acreditar em Mim,
para que sejam em Nós confirmados na unidade
e o mundo acredite que Tu Me enviaste.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei-nos, Senhor,
que o Corpo e o Sangue do vosso Filho,
oferecidos em sacrifício e recebidos em comunhão,
nos dêem a verdadeira vida,
para que, unidos convosco em amor eterno,
dêmos frutos que permaneçam para sempre.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.







«A Igreja deve aprofundar a consciência de si mesma, meditar sobre o seu próprio mistério (...). Desta consciência esclarecida e operante deriva espontaneamente um desejo de comparar a imagem ideal da Igreja, tal como Cristo a viu, quis e amou, ou seja, como sua Esposa santa e imaculada (Ef 5, 27), com o rosto real que a Igreja apresenta hoje. (…) Em consequência disso, surge uma necessidade generosa e quase impaciente de renovação, isto é, de emenda dos defeitos, que aquela consciência denuncia e rejeita, como se fosse um exame interior ao espelho do modelo que Cristo nos deixou de Si mesmo
»

Papa Francisco
A Alegria do Evangelho 25.
Cf Paulo VI: Esslsiam suam 10-12







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra



LEITURAS : Am 7, 10-17: As palavras do profeta não agradaram às gentes ligadas ao serviço oficial do reino de Israel, como era o caso do sacerdote Amasias. O profeta é então aconselhado a retirar-se para o reino de Judá. No entanto, ele não faz mais do que cumprir a missão para que o Senhor o enviou. O reino de Israel está na eminência de ser deportado para terra estrangeira, como de facto o veio a ser. As perspetivas demasiado humanas não deixaram ver o portador da palavra de Deus.

Mt 9, 1-8: Ao mesmo tempo que revela o seu poder sobre as próprias leis da natureza, Jesus mostra que também tem o poder de perdoar os pecados. E é sempre em seu nome que a Igreja os continuará a perdoar, ela que é o sacramento universal da salvação, como disse o Concílio, que torna presente, no meio dos homens, a obra da salvação realizada pelo Senhor.



AGENDA DO DIA

17.00 horas: Adoração ao Santíssimo – Primeira quinta-feira
18.00 horas: Missa em Nisa
18.30 horas: Funeral em Salavessa.






A VOZ DO PASTOR


SEMPRE HOUVE DESMANCHA-PRAZERES!...

As Festas fazem parte da natureza humana. Espontâneas ou programadas, elas assinalam o ritmo da vida dos povos, das sociedades, das comunidades, das famílias, das pessoas. As causas que lhe estão na origem são imensas e diversificadas. Quer aconteçam a nível mundial ou nacional, quer a nível local, familiar ou de sectores, elas fazem parte da vida social, religiosa, cultural, desportiva, política, laboral e outras. São momentos de rutura com o quotidiano e marcam a diferença, na comunhão e na alegria. Fomentam uma maior consciência de pertença, solidificam a unidade entre todos, assinalam as opções fundamentais na caminhada de cada um, refrescam e renovam a vida e a esperança no futuro. Muitas vezes potenciam projetos comuns, outras vezes são ponto de partida para iniciativas de capital interesse.

         Ora, se a festa é parte estruturante da vida humana, estranho seria que houvesse pessoas incapazes de se converterem à festa, inclusive às festas da vida para se rejuvenescerem a si próprias e aos outros. No entanto, mesmo que seja exceção, encontramos gente que não gosta de festas. Pior, é contra as festas, implica, complica, nunca desintrinca nem se aplica. Em jeito de zangados com a vida, se as celebram, fazem-no de forma avinagrada, azedos. Não são capazes de dar um ar da sua graça, parece que trazem o mundo às costas e vivem eternamente voltados para o cantar às almas, tristes, sempre com ares de luto e xaile pela cabeça. Nem um bom vinho desta minha terra páscoa, o Alentejo, os consegue alegrar. Tampouco um “Muralhas” ou um “Alvarinho” da minha terra natal os cativa.

E cá para nós, caro leitor, cá para nós que ninguém nos ouve e me perdoará esta alusão, até porque lhe tornará mais leve a leitura deste texto: acredito que um bom vinho alentejano, sem se abusar, sem se perder o equilíbrio, sem que ele faça cair da prancha ou prestar culto a Baco, acredito que será uma boa companhia para ajudar esses alguns a se desembrulharem para a festa. É um mero palpite meu, mas um palpite muito mais certeiro do que o de saber quem vai ganhar o campeonato de futebol ou quando é que acabará esta pandemia que a todos espreita! E não haveria grande dificuldade em escolher se fossem muitos, todos os vinhos alentejanos são bons. Ou, então, a única alternativa honrada e muito mais eficaz, digo eu, claro está, acho que seria um “Alvarinho”, pois é mais que bom e sempre tem ajudado a viver as festas da vida e a fazer da vida uma festa, que o digam os meus conterrâneos, e não só...

Passeando pelas páginas da própria Bíblia, encontramos, a título de exemplo, o escriba Esdras, o qual, no dia consagrado ao Senhor, em que o povo israelita chorava, comovido, ao escutar a leitura da Lei, aconselhou os presentes a que não ficassem tristes nem chorassem, mas que fossem para casa, fizessem uma boa refeição, bebessem um bom vinho, fizessem festa (Ne 8,10). São Paulo aconselhou Timóteo a que não continuasse a beber só água, mas que tomasse um pouco de vinho, e diz porquê (1Tim 5,23). Perante o embasbacado chefe de mesa, o vinho bom das Bodas de Caná foi fonte de alegria para a nova família, é o vinho novo da aliança de Cristo com a humanidade (Jo 2,1-11). Ben Sirá interrogava-se sobre que sentido teria a vida se faltasse o vinho e afirmava que o vinho foi criado para alegrar as pessoas, pois, se bebido na devida altura e na medida certa, sempre traz gozo ao coração e alegria à alma (Ec 31, 27ss).

Pois, pois, se bebido com moderação!... Se assim não for, também lá se diz que os responsáveis esquecerão as leis e o direito dos pobres, fará esquentar a briga dos arrogantes, arruinará quem se excede por vício ou desafio, fará sofrer muita gente, fará com que alguns façam a figura de Noé, Lot ou Nabal, que adormeceram com uma bebedeira de se lhe tirar o chapéu. Sim, se a moderação pode ajudar à festa, o excesso pode-a estragar e trazer amargura... ah ah ah ah... Até parece que estou a fazer a apologia do vinho... Mas não, estou apenas a falar da necessidade da festa e da alegria na vida, mesmo no meio das tormentas existenciais, assim como nos testemunham os músicos do Titanic.

O nosso Deus é o Deus da Alegria e da Festa. A sua alegria é a nossa força. Ele quis que a sua alegria estivesse em nós e a nossa alegria fosse completa. Jesus participava nas festas do seu tempo, iniciou a sua vida pública numa festa, provocou várias festas, falou da grandiosa festa das Bodas do Cordeiro, quis que, em comunhão com Ele, fizéssemos da vida uma festa.

No entanto, se o leitor escutar bem o som dos martelinhos do seu sótão pensante, constatará que sempre houve gente a esbodegar a alegria dos outros, a esfrangalhar a festa. Também na própria Bíblia, donde menos se haveria de esperar tal coisa, aparecem-nos atitudes dessas. No entanto, elas transmitem-nos uma mensagem, colocam-nos em alerta, denunciam a fraqueza humana, são lições para a vida. O rei Saul, por exemplo, em vez de se associar, não suportava as festas do povo pelos êxitos de David, ficava abespinhado ao ponto de o querer matar, a inveja dominava-o. O irmão mais velho do filho pródigo não entrou na festa que o pai organizara aquando da chegada do filho mais novo. Não foi capaz de enxergar a alegria do pai e até resmungou e bateu o pé, não entrou, não quis associar-se, mostrou-se amargurado com a atitude do pai, reivindicava que ele e só ele é que era merecedor duma festa assim. Aquele outro que, por preguiça, negligência ou falta de respeito para com os convidados, entrou na festa das bodas do filho do rei sem se preparar convenientemente para a festa, sem vestir o traje próprio, perturbou o ambiente e a alegria, não colaborou na festa de todos. E se a festa continuou, continuou sem ele, e ele ouviu o que não tinha necessidade de ouvir. As cinco jovenzinhas imprudentes, na sua indolência ou falta de entusiasmo, também não entraram na alegria da festa do noivo. Descuidaram-se, as suas lâmpadas acabaram por dormitar, secas e mui tristes. Eram loucas, coitadas, se em alguma coisa pensaram pensaram em tudo menos no que deviam. Os fariseus, sempre de olhar pesado e vesgo para a alegria de tantos que gostavam da vida e de viver, opuseram-se à festa da entrada do Senhor em Jerusalém. E o próprio Senhor os criticou, a eles e aos doutores da lei, porque se assemelhavam à pequenada que, sentada na praça, se dirigia aos seus colegas como que a perguntar-lhes o que é que afinal eles queriam, pois já tinham tocado flauta para eles e eles não foram capazes de dançar, já tinham tocado músicas tristes e eles também não foram capazes de chorar... De facto, as festas são parte integrante da natureza humana, mas têm as suas exigências, sobretudo não devem ser festas de fachada, a alimentar hipocrisias, falsidades e excessos, de vinho e outros. Devem servir para que todos se encontrem e não para dar encontrões.

Porque este tema das festas é um tema importante e vasto, voltarei a ele, sobretudo para falar das festas religiosas das nossas comunidades e das festas da família cristã: festas do Padroeiro, do Batismo, da Primeira Comunhão, da Crisma, do Matrimónio, das Celebrações Jubilares e outras.

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 26-06-2020.



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