quarta-feira, 8 de julho de 2020






PARÓQUIAS DE NISA





Quinta-feira, 09 de julho de 2020







Quinta da XIV semana do tempo comum







QUINTA-FEIRA da semana XIV

SS. Agostinho Zao Rong, presbítero,
e Companheiros, mártires – MF
Verde ou verm. – Ofício da féria ou da memória.
Missa à escolha (cf. p. 18, n. 18).

L 1 Os 11, 1-4. 8c-9; Sal 79 (80), 2ac e 3b. 15-16
Ev Mt 10, 7-15

* Na Ordem Carmelita – B. Joana Scopelli, virgem – MF
* Na Ordem Franciscana – SS. Nicolau Pick, Wilhaldi e Companheiros, mártires, da I Ordem – MO
* Na Ordem de São Domingos – S. João de Colónia, presbítero e Companheiros, mártires – MO
* Na Congregação da Missão e na Companhia das Filhas da Caridade – S. Francisco Régis Clet, presbítero e mártir – MO
* Na Congregação da Paixão de Jesus Cristo – Nossa Senhora, Mãe da Santa Esperança – MF
* Na Congregação dos Sagrados Corações – Virgem Santa Maria, Rainha da Paz – FESTA



MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA Salmo 47, 10-11
Recordamos, Senhor, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo.
Toda a terra proclama o louvor do vosso nome,
porque sois justo e santo, Senhor nosso Deus.


ORAÇÃO COLECTA
Deus de bondade infinita,
que, pela humilhação do vosso Filho,
levantastes o mundo decaído,
dai aos vossos fiéis uma santa alegria,
para que, livres da escravidão do pecado,
possam chegar à felicidade eterna.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 11, 1-4.8c-9
«O meu coração agita-se dentro de mim»

Leitura da Profecia de Oseias

Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; e, para o fazer sair do Egipto, chamei o meu filho. Mas quanto mais Eu os chamava, mais eles se afastavam de Mim. Ofereciam sacrifícios a Baal e queimavam incenso aos ídolos. Contudo, Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles. Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem pega um menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer. O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão. Não cederei ao ardor da minha ira, nem voltarei a destruir Efraim. Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho para destruir».

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 79 (80), 2ac e 3b. 15-16 (R. 4b)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso rosto
e seremos salvos. Repete-se

Pastor de Israel, escutai,
Vós que estais sentado sobre os Querubins, aparecei.
Despertai o vosso poder
e vinde em nosso auxílio. Refrão

Deus dos Exércitos, vinde de novo,
olhai dos céus e vede, visitai esta vinha.
Protegei a cepa que a vossa mão direita plantou,
o rebento que fortalecestes para Vós. Refrão


ALELUIA Mc 1, 15
Refrão: Aleluia Repete-se

Está próximo o reino de Deus:
arrependei-vos e acreditai no Evangelho. Refrão


EVANGELHO Mt 10, 7-15
«Recebestes de graça; dai de graça»


Tudo o que Deus colocou na igreja, nos seus ministros, o em cada um de nós, em ordem à salvação dos homens é dom seu. Por vezes, chamamos-lhe poderes; mas, antes de mais, tudo é graça, tudo são dons, por isso mesmo mais eles exigem serem comunicados aos outros. Aqueles que Deus envia são portadores da Salvação de Deus o por isso acolhê-los ou rejeitá-los é acolher ou rejeitar Aquele de quem são mensageiros.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus Apóstolos: «Ide e proclamai que está próximo o reino dos Céus. Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expulsai os demónios. Recebestes de graça; dai de graça. Não adquirais ouro, prata ou cobre, para guardardes nas vossas bolsas; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; porque o trabalhador merece o seu sustento. Quando entrardes em alguma cidade ou aldeia, procurai saber de alguém que seja digno e ficai em sua casa até partirdes daquele lugar. Ao entrardes na casa, saudai-a, e se for digna, desça a vossa paz sobre ela; mas se não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber nem ouvir as vossas palavras, saí dessa casa ou dessa cidade e sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo que haverá mais tolerância, no dia do Juízo, para a terra de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade».
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Fazei, Senhor,
que a oblação consagrada ao vosso nome nos purifique
e nos conduza, dia após dia,
a viver mais intensamente a vida da graça.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Salmo 33, 9
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia.

Ou Mt 11, 28
Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei, diz o Senhor.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos saciastes com estes dons tão excelentes,
fazei que alcancemos os benefícios da salvação
e nunca cessemos de cantar os vossos louvores.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.





«
As formas próprias da religiosidade popular são encarnadas, porque brotaram da encarnação da fé cristã numa cultura popular. Por isso mesmo, incluem uma relação pessoal, não com energias harmonizadoras, mas com Deus, Jesus Cristo, Maria, um Santo. Têm carne, têm rostos »

Papa Francisco
A Alegria do Evangelho, 90







ORAÇÃO BÍBLICA

Reza a PALAVRA do dia



1. Leitura: Lê, respeita, situa o que lês
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
      - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida” 

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra




LEITURAS : I Os 11, 1-4.8c-9 :O profeta apresenta Deus a falar consigo mesmo como que em meditação sobre o que tem sido a história do seu amor pelos homens. Passa então em revista alguns momentos mais significativos dessa história. E ainda então ela não tinha chegado ao fim! O coração de Deus havia de vir a encarnar num coração humano. O Coração de Jesus Cristo será o testemunho maior do amor de Deus por nós
Mt 10, 7-15 : Tudo o que Deus colocou na igreja, nos seus ministros, o em cada um de nós, em ordem à salvação dos homens é dom seu. Por vezes, chamamos-lhe poderes; mas, antes de mais, tudo é graça, tudo são dons, por isso mesmo mais eles exigem serem comunicados aos outros. Aqueles que Deus envia são portadores da Salvação de Deus o por isso acolhê-los ou rejeitá-los é acolher ou rejeitar Aquele de quem são mensageiros.




AGENDA DO DIA


18.00 horas: Missa em Nisa
21.00 horas; Novena e com adoração ao Santíssimo




A VOZ DO PASTOR


MESMO COM SAUDADES ... BRINDEMOS À FESTA!...

Se esse desmancha-prazeres que é o convi19 não nos deixa viver as festas, não deixemos de brindar à festa, as festas fazem falta. Não porque nos devam ser impostas a partir de fora, mas porque elas partem de dentro, fazem parte de nós. Embora cada um as possa viver de forma diferente, não há recanto, pequeno ou grande, com muita ou pouca gente, que não faça festa. A pessoa tem uma dimensão naturalmente festiva. No entanto, mesmo que alguém possa ser multifacetado em saberes, palhaçadas, talentos, acrobacias, pífaros e adufes, ninguém consegue fazer festa sozinho. Umas serão espontâneas e com pouca gente, outras há que reclamam organização responsável e concertada, para que, de facto, o maior número dos participantes se sinta envolvido, sem atropelos nem chinfrins.

Continuando o texto anterior, hoje, para além de tudo o que pode engrandecer uma festa, hoje vou falar daquilo que é o ponto alto de qualquer festa cristã, refiro-me à festa cristã. A festa implica gente. E se as festas podem ter várias origens, causas e pretextos e, porventura, na mente de quem as organiza, possam ter objetivos concretos a alcançar, a festa cristã também não se faz sem gente, e tem alguns objetivos. Precisa de gente que dance, ria, conviva, se divirta, aprecie a arte, a beleza e tudo o que envolve a festa. Mas a festa cristã também tem objetivos importantes: avivar a comunhão com Deus, adorar, louvar, pedir perdão, renovar-se na alegria de viver, agradecer o dom da vida e tudo quanto nela tem acontecido de bom e menos bom, reforçar a vontade de tocar a vida para a frente, com esperança, em comunhão com os outros, na justiça e na verdade, sentindo-se amado por Deus. Quem tem queimado as pestanas nesses estudos diz que a Bíblia nunca condena as festas, sejam elas quais forem, nem sequer as festas do mundo pagão ou extra bíblico. Condena, sim, e de que maneira! os abusos e as contradições que possam existir a pretexto ou por ocasião das festas. O próprio rei David e toda a casa de Israel, a título de exemplo, “dançavam diante do Senhor com todo o entusiasmo e cantavam ao som de liras, cítaras, tamborins, sistros e címbalos” (2Sm 6, 5). Se algum leitor pretender aprofundar este tema das festas, posso aconselhar, de momento, o número 4 da Série Científica da Revista Bíblica de novembro de 1995, da Difusora Bíblica, com a participação de vários colaboradores e que tem como título “A Festa e as Festas na Bíblia e na Vida”.

Na Bíblia, as festas tinham sempre origem em Deus e partiam normalmente de uma realidade do passado. Aliás, assim acontece, ainda hoje, com quase todas as festas. Mas a Festa por excelência do povo judeu era a Páscoa. Essa era a Festa das festas! O povo israelita sentia necessidade de celebrar, cantar e agradecer as maravilhas que Deus tinha realizado em seu favor, chamando-o, da escravidão do Egito, a ser nação livre e povo da Aliança. No entanto, se a Páscoa era a sua Festa por excelência, ela continha em si um alcance muito maior, uma esperança para toda a humanidade. Deus, que através de Moisés salvara o povo da escravidão, assim haveria de chegar uma nova e verdadeira salvação através do Messias esperado. Se fazia memória desse acontecimento do passado, a Páscoa apontava sobretudo para uma outra realidade muito mais promissora e de importância capital na História da Salvação. Apontava sobretudo para a pessoa do Messias, verdadeiro Cordeiro Pascal, sem defeito. Só Ele seria o verdadeiro protagonista, só Ele revelaria o plano de salvação de Deus para a humanidade, só Ele daria sentido ao presente e ao futuro, só Ele concretizaria verdadeiramente todas as promessas bíblicas e daria um sentido muito mais profundo às esperanças da humanidade. E assim aconteceu!... Ao mesmo tempo que se imolavam os cordeiros no Templo, Jesus, no alto do calvário, cumpria o ritual do cordeiro sacrificado. A prefiguração dava lugar à realidade de forma definitiva. Pelo sangue da sua Cruz, Ele trouxe ao mundo a luz e a vida, expiou os pecados da humanidade, libertou a todos da escravidão do pecado, estabeleceu uma nova e eterna Aliança com uma nova Lei, não escrita em tábuas como no Monte Sinai, mas escrita no coração de cada um de nós pelo Espírito Santo, morreu pelo povo, venceu a morte, ressuscitou. O seu gesto tem valor de redenção universal, é a suprema expressão da liberdade e do amor de Deus no seu Filho, que quis, de forma voluntária e solidária, dar a vida por todos e com todos estabelecer uma nova Aliança, fruto desse amor de Deus por nós.

Antes, porém, Cristo quis celebrar a sua Páscoa com os seus discípulos. E na sua Ceia Pascal, fez-se não só o Cordeiro imolado, uma vez por todas, mas também a comida da refeição pascal do povo da Nova Aliança, da nova Criação. Antecipou o Sacrifício com que no dia seguinte selaria essa Nova Aliança: “Tomai, todos, e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós... Isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança que será derramado por vós e por todos para remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”.

Se aconteceu há dois mil anos e tem o seu ponto alto na manhã da Ressurreição, ela tem também um alcance muito maior no presente e no futuro. A Eucaristia é o “hoje” da Páscoa de Jesus, é atualização, é memorial da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. É celebrada para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a Igreja enquanto esperamos a última vinda do Senhor Jesus. É memorial, atualiza, anuncia e celebra ao mesmo tempo a passagem da morte para a vida em todos os que são inseridos pelo batismo em Jesus Cristo, devendo-a manter viva no quotidiano da sua vida enquanto peregrinam em direção aos novos céus e à nova terra.

 A Páscoa de Jesus é a nossa Páscoa, é a Festa das festas dos cristãos, o fundamento e o centro de todas as festas cristãs. Se anualmente a celebramos com grande solenidade e a prolongar-se por 50 dias, a Igreja repete-a em cada Domingo do ano. A comunidade crente, em cada Domingo, o Dia em que o Senhor ressuscitou, abstém-se do trabalho, prepara-se como convém, reúne-se para fazer memória desse acontecimento com tudo aquilo que isso implica, atualiza-o, manifesta exteriormente essa alegria. É o dia da família, da comunidade cristã, dos irmãos em Cristo, da caridade, da comunhão. É o “hoje” da Páscoa de Jesus, que, como afirma São Paulo, não deve ser celebrado “com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da pureza e da verdade”. O que dizemos do Domingo, podê-lo-emos dizer das festas cristãs.... A Eucaristia é o ponto mais alto e mais solene. Tudo para ela deve convergir, tudo dela deve partir, não pode ser um mero número para encher o programa...

Antonino Dias
Portalegre-Castelo Branco, 03-07-2020.





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