quinta-feira, 9 de agosto de 2018






PARÓQUIAS DE NISA




Sexta, 10 de agosto de 2018












Sexta da XVIII semana do tempo comum
Salt. II







SEXTA-FEIRA da semana XVIII
S. Lourenço, diácono e mártir – FESTA
Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos mártires.

L 1 2 Cor 9, 6-10; Sal 111, 1-2. 5-6. 7-8. 9
Ev Jo 12, 24-26


* Proibidas as Missas de defuntos, excepto a exequial.
* Na Ordem Franciscana (II Ordem) – I Vésp. de S. Clara de Assis.

S. LOURENÇO, diácono e mártir


Nota Histórica

Era diácono da Igreja Romana e morreu mártir na perseguição de Valeriano, quatro dias depois do papa Sisto II e seus companheiros, os quatro diáconos romanos. O seu sepulcro encontra se junto à Via Tiburtina, no Campo Verano. Constantino Magno erigiu uma basílica naquele lugar. O seu culto já se tinha difundido na Igreja no século IV.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA
São Lourenço dedicou a sua vida ao serviço da Igreja;
por isso mereceu a palma do martírio
e subiu glorioso à presença de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Diz-se o Glória.

ORAÇÃO
Senhor nosso Deus,
que inflamastes no fogo da caridade o bem-aventurado São Lourenço
e o fizestes resplandecer na fidelidade ao serviço da Igreja
e na glória do martírio,
fazei-nos amar o que ele amou
e praticar o que ele ensinou.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I 2 Cor 9, 6-10
«Deus ama aquele que dá com alegria»


Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos:
Lembrai-vos disto:
Quem semeia pouco também colherá pouco
e quem semeia abundantemente
também colherá abundantemente.
Dê cada um segundo o impulso do seu coração,
sem tristeza nem constrangimento,
porque Deus ama aquele que dá com alegria.
E Deus é poderoso para vos cumular de todas as graças,
de modo que, tendo sempre e em tudo o necessário,
vos fique ainda muito para toda a espécie de boas obras,
como está escrito:
«Repartiu com largueza pelos pobres;
a sua justiça permanece para sempre».
Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para alimento
também vos dará a semente em abundância
e multiplicará os frutos da vossa justiça.

Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 111 (112), 1-2.5-6.7-8.9 (R. cf. 5a)
Refrão: Ditoso o homem de coração bondoso e compassivo.


Feliz o homem que teme o Senhor
e ama ardentemente os seus preceitos.
A sua descendência será poderosa sobre a terra,
será abençoada a geração dos justos.

Ditoso o homem que se compadece e empresta
e dispõe das suas coisas com justiça.
Este jamais será abalado;
o justo deixará memória eterna.

Ele não receia más notícias,
seu coração está firme, confiado no Senhor,
O seu coração é inabalável, nada teme
e verá os adversários confundidos.

Reparte com largueza pelos pobres,
a sua generosidade permanece para sempre
e pode levantar a cabeça com dignidade.


ALELUIA Jo 8, 12bc
Refrão: Aleluia. Repete-se

Quem Me segue não anda nas trevas,
mas terá a luz da vida, diz o Senhor. Refrão


EVANGELHO Jo 12, 24-26
«Se alguém Me servir, meu Pai o honrará»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos:
«Em verdade, em verdade vos digo:
Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só;
mas se morrer, dará muito fruto.
Quem ama a sua vida, perdê-la-á,
e quem despreza a sua vida neste mundo
conservá-la-á para a vida eterna.
Se alguém Me quiser servir, que Me siga,
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.
E se alguém Me servir, meu Pai o honrará».
Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei benignamente, Senhor,
os dons que Vos apresentamos com alegria
na festa de São Lourenço
e fazei que se tornem para nós sacramento de salvação.
Por Nosso Senhor.


ANTÍFONA DA COMUNHÃO Jo 12, 26
Se alguém Me quiser servir, siga-Me, diz o Senhor;
e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Senhor, que nos alimentastes com os vossos dons sagrados
na festa de São Lourenço,
fazei que, ao celebrarmos estes santos mistérios,
sintamos aumentar em nós os frutos da salvação.
Por Nosso Senhor.







«Aquilo que nos dará mais satisfação no fim da vida , será tudo aquilo que é mais importante que a vida»

PhiliP Ryken






3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA:  MEDITAÇÃO: -

ORAÇÃO: - Senhor, dá-nos a graça de nos parecermos como a mulher cananeia. Que saibamos procurar-Te, seguir-Te e ajoelharmo-nos diante de Ti em cada momento.






AGENDA

09.00 horas: Funeral em Tolosa
18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo




A VOZ DO PASTOR


IMPOSSÍVEL! … ESTOU UMA DESGRAÇA!... mas foi!...

Celebramos o Padroeiro dos Párocos e modelo de todo o ministério sacerdotal: São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars!...  Todos os anos celebramos a sua memória em 4 de agosto, data da sua morte. Ao dirigir-se para a paróquia que lhe fora confiada, não conseguia enxergar bem o caminho, era já o cair da noite de 9 de fevereiro de 1818, uma terça-feira sob manta de nevoeiro. Então, dirigiu-se a um jovenzinho, de seu nome Antoine Givre, que por ali apascentava as ovelhas para ver se ele lhe indicaria o caminho para Ars. Satisfeito com as indicações do miúdo, volta-se para ele e diz-lhe: “Meu amiguinho, mostraste-me o caminho para Ars; vou-te mostrar o caminho para o céu”.
Esta é, na verdade, a meta de toda a vida humana e o objetivo do ministério do Padre: conduzir ao Céu, à vida trinitária, convocar os homens à família de Deus, na Igreja. Saudamos todos os Párocos e rogamos ao Senhor que os fortaleça e anime na comunhão e na ação. Os Padres, dizia o Papa Francisco, são como os aviões. Os aviões andam por esses ares aos milhares, fazendo o bem, levando e trazendo as pessoas e sem ninguém dar por isso. Só se fala deles quando algum cai, isso sim, ressoa no mundo inteiro. Assim os Padres, só se fala deles - e para desancar de forma persecutória e generalizada! -, quando algum deles cai em desgraça. Como afirmava W. Shakespeare, “as falhas dos homens eternizam-se no bronze. As suas virtudes escrevemo-las na água”. Não estamos a crer justificar o pecado, os escândalos, os desleixos e as atitudes menos boas a que todos estamos sujeitos. Estamos tão só a reconhecer o imenso trabalho de serviço à comunidade que eles prestam, inclusive nas paróquias. Um poste de alta-tensão, ou coisa semelhante no meio de um campo, torna-se incómodo para alguns e inútil para outros, parece que não está ali a fazer nada. Se, porém, tirarmos o poste, a eletricidade deixa de passar, ficaremos às escuras. O Padre também pode ser olhado assim: pode ser incómodo para uns e escusado para outros, mas se o tirarmos de entre o povo, depressa brotará o deserto espiritual. O Santo Cura d’Ars dizia: “Deixai uma paróquia vinte anos sem padre, e acabará por adorar os animais”. Sim, o abandono da Palavra de Deus a tudo pode levar, nas paróquias, nas famílias, na sociedade!... Ciente desta responsabilidade e missão, Frei Bartolomeu dos Mártires alertava os seus sacerdotes: “Ficai sabendo que a tranquilidade da vossa consciência depende do cumprimento de dois preceitos: pregação e exemplo. Mas, se quereis ser prudentes, juntai-lhe um terceiro: o amor da oração. E, assim, ficam estas três coisas: a pregação, o exemplo e a oração, mas a principal é a oração; pois, embora a pregação e as obras sejam virtudes necessárias, só a oração consegue graça e eficácia para as obras e para a pregação”. E o seu colega e amigo São Carlos Borromeu, ambos Padres Conciliares em Trento, dizia aos seus: “É tua missão pregar e ensinar? Estuda e consagra-te a quanto é necessário para desempenhar devidamente esse ministério. Procura, antes de tudo, pregar com a tua própria vida e os teus costumes, para não acontecer que, vendo-te dizer uma coisa e fazer outra, comecem a menear a cabeça e a troçar das tuas palavras. Exerces a cura de almas? Não descures então o cuidado de ti próprio, para não te dares desinteressadamente aos demais que nada reserves para ti. Sem dúvida, é necessário que te lembres das almas que diriges, mas desde que não te esqueças de ti (…) Se administras sacramentos, irmão, medita no que fazes; se celebras missa, pensa no quer ofereces; se cantas no coro, considera a quem falas e o que dizes; se diriges almas, medita em que sangue foram purificadas. Tudo entre vós se faça com espírito de caridade … assim teremos força para fazer nascer Cristo em nós e nos outros”. O Apóstolo Paulo, por sua vez, recomendava ao seu amigo Tiago: “Tem cuidado contigo e com o teu ensino. Sê perseverante em tudo isso. Se assim procederes, salvar-te-ás a ti e àqueles que te ouvem” (ITim 4,16).
A propósito (ou não!), recordo um gesto extraordinário de São João Paulo II para com um sacerdote cujas chicotadas da vida lhe deixaram grandes mossas ao ponto de sentir o vazio de Deus, a perda da autoestima e se reduzir à situação de mendigo e sem abrigo. Este facto, depois de ter sido divulgado, correu mundo, podendo-se encontrar em muitos sítios na net. O próprio Papa Francisco, ao falar, numa das suas reflexões, sobre a grande dignidade dos mendigos, também tornou presente este caso.
Nas escadarias duma Igreja de Roma, estavam alguns sem-abrigo a mendigar, como, aliás, é habitual. Estas pessoas, na medida do possível, vão sendo acompanhadas pelos serviços sociais da Igreja e da comunidade romana. Um dia, um desses mendigos falou de si a quem teve a caridade de o ouvir até ao fim. Lá foi desfiando os caminhos andados até chegar àquela triste situação de mendigo e sem abrigo. Era um sacerdote polaco feito farrapo humano. O caso chegou aos ouvidos do Santo Padre João Paulo II que ficou muito comovido com o caso. Segundo narra o Papa Francisco, o nome deste sacerdote sem-abrigo foi reconhecido por João Paulo II como tendo sido seu colega no Seminário, quarenta anos atrás. Passados alguns dias desta informação dada a São João Paulo II, alguém recebeu um convite do Vaticano para jantar com o Papa na sua residência particular e que levasse consigo o sacerdote mendigo. “Impossível”, disse o mendigo a quem o foi informar e chamar. “Olha para mim. Estou uma desgraça. Não tomo banho há bastante tempo...”. Mas a insistência fez-se ouvir: “Tenho um quarto de hotel onde podes tomar banho e barbear-te, e tenho roupas que te servem”. Na hora aprazada, partiram para o jantar com o Papa, que os acolheu com nobre cortesia.
Depois do jantar, João Paulo II quis ficar a sós com o mendigo, tendo-lhe pedido, depois de alguma conversa bem-humorada, que o ouvisse em Confissão. O homem, impressionado, respondeu-lhe que já não se sentia sacerdote, ao que o Papa retorquiu: “uma vez sacerdote, sacerdote sempre”. Julgando-se ninguém e indigno de tudo perante todos, voltou a insistir: “Mas eu estou fora das minhas faculdades de presbítero”. O Papa, porém, sem fazer qualquer pergunta menos agradável, não desarmou: “Eu sou o Bispo de Roma, posso-me encarregar disso”. O Padre ouviu, então, o Papa em Confissão, mas como já não se lembrava bem da fórmula da absolvição, teve de ser ajudado pelo Santo Padre. No fim, pediu ao Papa que, agora, também o ouvisse a ele em Confissão. Depois de ter chorado longa e amargamente nos braços de São João Paulo II, o Papa perguntou-lhe em que paróquia é que ele mendigava. Nomeou-o colaborador do Pároco dessa paróquia e encarregou-o do atendimento, também espiritual, aos mendigos.
Tudo na vida nos pode acontecer. Mas também tudo pode converter-se em riqueza e feliz liberdade quando existir a coragem de regressar a casa. Alguém sempre nos espera, nos recebe em seus braços, nos perdoa sem fazer perguntas, nos anima e continua a confiar em nós. E basta, por vezes, um amigo autêntico que ao cruzar-se connosco reconheça a nossa situação, se abeire de nós, nos oiça até ao fim, nos estenda a mão e, com uma palavra amiga e eficaz, nos mova para esse encontro festivo com o Pai, diante do qual todos somos mendigos! Dêmos-Lhe os cacos, e Deus, o Oleiro, concertará sempre um coração caído e estilhaçado!

Antonino Dias
Portalegre, 03-08-2018.









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