quarta-feira, 8 de agosto de 2018






PARÓQUIAS DE NISA




Terça, 09 de agosto de 2018












Terça da XVIII semana do tempo comum
Salt. II







QUINTA-FEIRA da semana XVIII

S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir,
Padroeira da Europa – FESTA

Vermelho – Ofício da festa. Te Deum.
Missa própria, Glória, pf. dos mártires.
Leituras próprias indicadas no Leccionário Santoral.

L 1 Os 2, 16b. 21-22
Sal 44, 11-12. 14-15. 16-17 Aleluia
Ev Mt 25,1-13

* Na Ordem Carmelita e na Ordem dos Carmelitas Descalços – S. Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), virgem e mártir – FESTA



S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mártir

Nota Histórica
Edith Stein, filha de pais judaicos, nasceu em Breslau no dia 12 de Outubro de 1891. Tendo-se dedicado aos estudos filosóficos, empenhou-se perseverantemente na procura da verdade, até que encontrou a fé em Deus e se converteu à Igreja Católica. Foi batizada no dia 1 de Janeiro de 1922. Desde então serviu a Deus na função de professora e escritora. Agregada às irmãs carmelitas em 1933 com o nome Teresa Benedita da Cruz por ela escolhida, dedicou a sua vida ao serviço do povo judaico e do povo alemão. Deixando a Alemanha por causa da perseguição aos Judeus, foi recebida a 31 de Dezembro de 1938 no convento das carmelitas de Echt (Holanda). No dia 2 de Agosto de 1942 foi presa pelas autoridades que exerciam o poder aterrador na Alemanha e enviada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau (Polónia), destinado ao genocídio do povo judaico. Aí foi cruelmente morta no dia 9 de Agosto.

MISSA

ANTÍFONA DE ENTRADA cf. Gal 6, 14
Toda a minha glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo


ORAÇÃO
Senhor, Deus dos nossos pais,
que conduzistes a mártir Teresa Benedita
ao conhecimento do vosso Filho crucificado
e à sua imitação até à morte,
concedei que, pela sua intercessão,
todos os homens conheçam o Salvador, Jesus Cristo,
e por Ele cheguem à perpétua visão do vosso rosto.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


LEITURA I Os 2, 16b.17b.21-22
«Desposar-te-ei para sempre»


Leitura da Profecia de Oseias
Eis o que diz o Senhor:
«Hei-de conduzir Israel ao deserto
e falar-lhe ao coração.
Ali corresponderá como nos dias da sua juventude,
quando saiu da terra do Egipto.
Naquele dia, diz o Senhor,
farei de ti minha esposa para sempre,
desposar-te-ei segundo a justiça e o direito,
com amor e misericórdia.
Desposar-te-ei com fidelidade
e tu conhecerás o Senhor».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 44 (45), 11-12.14-15.16-17 (R. cf. 11a)
Refrão: Escuta e inclina-te diante do Senhor.


Ouve, filha, vê e presta atenção,
esquece o teu povo e a casa de teu pai.
Da tua beleza se enamora o Rei,
Ele é o teu Senhor, presta-Lhe homenagem.

A filha do Rei avança cheia de esplendor,
de brocados de ouro são os seus vestidos.
Com um manto multicolor é apresentada ao Rei,
seguem-na as donzelas, suas companheiras.

Cheias de alegria e entusiasmo,
entram no palácio do Rei.
Teus filhos substituirão os teus pais,
estabelecê-los-ás príncipes sobre toda a terra.


ALELUIA
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vem, esposa de Cristo, recebe a coroa de glória,
que o Senhor te preparou para sempre. Refrão


EVANGELHO Mt 25, 1-13
«Aí vem o Esposo: ide ao seu encontro»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a dez virgens,
que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do esposo.
Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas lâmpadas,
não levaram azeite consigo,
enquanto as prudentes,
com as lâmpadas, levaram azeite nas almotolias.
Como o esposo se demorava,
começaram todas a dormitar e adormeceram.
No meio da noite ouviu-se um brado:
‘Aí vem o esposo; ide ao seu encontro’.
Então, as virgens levantaram-se todas
e começaram a preparar as lâmpadas.
As insensatas disseram às prudentes:
‘Dai-nos do vosso azeite,
que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’.
Mas as prudentes responderam:
‘Talvez não chegue para nós e para vós.
Ide antes comprá-lo aos vendedores’.
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo:
as que estavam preparadas
entraram com ele para o banquete nupcial;
e a porta fechou-se.
Mais tarde, chegaram também as outras virgens e disseram:
‘Senhor, senhor, abre-nos a porta’.
Mas ele respondeu:
‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’.
Portanto, vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».

Palavra da salvação.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
Recebei e santificai, Senhor,
os dons que trazemos ao vosso altar
na festa de Santa Teresa Benedita, vossa mártir,
Vós que levastes à perfeição todos os sacrifícios da antiga aliança
no único sacrifício que Jesus Cristo, vosso Filho,
Vos ofereceu com o seu sangue.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.


Prefácio do Comum dos Mártires ou das Santas (Religiosas)


ANTÍFONA DA COMUNHÃO cf. Salmo 22, 4-5
Ainda que tenha de passar por vales tenebrosos,
não temerei nenhum mal, porque Vós estais comigo.


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Concedei, Deus clementíssimo,
que, celebrando a festa de Santa Teresa Benedita,
recebamos em nossos corações
os frutos celestes da árvore da cruz,
de modo que, seguindo fielmente a Cristo na terra,
mereçamos comer da árvore da vida no reino celeste.
Por Nosso Senhor.







«Sangue de mártires, semente de novos cristãos»

Provérbio cristão





MÉTODO DE ORAÇÃO BÍBLICA

3.Leitura:  Lê, respeita, situa o que lês 
     - Detém-te no conteúdo de fé e da passagem que leste

 2. Meditação: Interioriza, dialoga, atualiza o que leste
     - Deixa que a passagem da Palavra de Deus que leste “leia a tua vida”

 3. Oração: Louva o Senhor, suplica, escuta
      - Dirige-te a Deus que te falou através da Sua Palavra.

LEITURA:  MEDITAÇÃO: -

ORAÇÃO: - Senhor, dá-nos a graça de nos parecermos como a mulher cananeia. Que saibamos procurar-Te, seguir-Te e ajoelharmo-nos diante de Ti em cada momento.






AGENDA


18.00 horas: Missa na Igreja do Espírito Santo
21.00 horas: adoração ao Santíssimo na Igreja do Espírito Santo




A VOZ DO PASTOR


IMPOSSÍVEL! … ESTOU UMA DESGRAÇA!... mas foi!...

Celebramos o Padroeiro dos Párocos e modelo de todo o ministério sacerdotal: São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars!...  Todos os anos celebramos a sua memória em 4 de agosto, data da sua morte. Ao dirigir-se para a paróquia que lhe fora confiada, não conseguia enxergar bem o caminho, era já o cair da noite de 9 de fevereiro de 1818, uma terça-feira sob manta de nevoeiro. Então, dirigiu-se a um jovenzinho, de seu nome Antoine Givre, que por ali apascentava as ovelhas para ver se ele lhe indicaria o caminho para Ars. Satisfeito com as indicações do miúdo, volta-se para ele e diz-lhe: “Meu amiguinho, mostraste-me o caminho para Ars; vou-te mostrar o caminho para o céu”.
Esta é, na verdade, a meta de toda a vida humana e o objetivo do ministério do Padre: conduzir ao Céu, à vida trinitária, convocar os homens à família de Deus, na Igreja. Saudamos todos os Párocos e rogamos ao Senhor que os fortaleça e anime na comunhão e na ação. Os Padres, dizia o Papa Francisco, são como os aviões. Os aviões andam por esses ares aos milhares, fazendo o bem, levando e trazendo as pessoas e sem ninguém dar por isso. Só se fala deles quando algum cai, isso sim, ressoa no mundo inteiro. Assim os Padres, só se fala deles - e para desancar de forma persecutória e generalizada! -, quando algum deles cai em desgraça. Como afirmava W. Shakespeare, “as falhas dos homens eternizam-se no bronze. As suas virtudes escrevemo-las na água”. Não estamos a crer justificar o pecado, os escândalos, os desleixos e as atitudes menos boas a que todos estamos sujeitos. Estamos tão só a reconhecer o imenso trabalho de serviço à comunidade que eles prestam, inclusive nas paróquias. Um poste de alta-tensão, ou coisa semelhante no meio de um campo, torna-se incómodo para alguns e inútil para outros, parece que não está ali a fazer nada. Se, porém, tirarmos o poste, a eletricidade deixa de passar, ficaremos às escuras. O Padre também pode ser olhado assim: pode ser incómodo para uns e escusado para outros, mas se o tirarmos de entre o povo, depressa brotará o deserto espiritual. O Santo Cura d’Ars dizia: “Deixai uma paróquia vinte anos sem padre, e acabará por adorar os animais”. Sim, o abandono da Palavra de Deus a tudo pode levar, nas paróquias, nas famílias, na sociedade!... Ciente desta responsabilidade e missão, Frei Bartolomeu dos Mártires alertava os seus sacerdotes: “Ficai sabendo que a tranquilidade da vossa consciência depende do cumprimento de dois preceitos: pregação e exemplo. Mas, se quereis ser prudentes, juntai-lhe um terceiro: o amor da oração. E, assim, ficam estas três coisas: a pregação, o exemplo e a oração, mas a principal é a oração; pois, embora a pregação e as obras sejam virtudes necessárias, só a oração consegue graça e eficácia para as obras e para a pregação”. E o seu colega e amigo São Carlos Borromeu, ambos Padres Conciliares em Trento, dizia aos seus: “É tua missão pregar e ensinar? Estuda e consagra-te a quanto é necessário para desempenhar devidamente esse ministério. Procura, antes de tudo, pregar com a tua própria vida e os teus costumes, para não acontecer que, vendo-te dizer uma coisa e fazer outra, comecem a menear a cabeça e a troçar das tuas palavras. Exerces a cura de almas? Não descures então o cuidado de ti próprio, para não te dares desinteressadamente aos demais que nada reserves para ti. Sem dúvida, é necessário que te lembres das almas que diriges, mas desde que não te esqueças de ti (…) Se administras sacramentos, irmão, medita no que fazes; se celebras missa, pensa no quer ofereces; se cantas no coro, considera a quem falas e o que dizes; se diriges almas, medita em que sangue foram purificadas. Tudo entre vós se faça com espírito de caridade … assim teremos força para fazer nascer Cristo em nós e nos outros”. O Apóstolo Paulo, por sua vez, recomendava ao seu amigo Tiago: “Tem cuidado contigo e com o teu ensino. Sê perseverante em tudo isso. Se assim procederes, salvar-te-ás a ti e àqueles que te ouvem” (ITim 4,16).
A propósito (ou não!), recordo um gesto extraordinário de São João Paulo II para com um sacerdote cujas chicotadas da vida lhe deixaram grandes mossas ao ponto de sentir o vazio de Deus, a perda da autoestima e se reduzir à situação de mendigo e sem abrigo. Este facto, depois de ter sido divulgado, correu mundo, podendo-se encontrar em muitos sítios na net. O próprio Papa Francisco, ao falar, numa das suas reflexões, sobre a grande dignidade dos mendigos, também tornou presente este caso.
Nas escadarias duma Igreja de Roma, estavam alguns sem-abrigo a mendigar, como, aliás, é habitual. Estas pessoas, na medida do possível, vão sendo acompanhadas pelos serviços sociais da Igreja e da comunidade romana. Um dia, um desses mendigos falou de si a quem teve a caridade de o ouvir até ao fim. Lá foi desfiando os caminhos andados até chegar àquela triste situação de mendigo e sem abrigo. Era um sacerdote polaco feito farrapo humano. O caso chegou aos ouvidos do Santo Padre João Paulo II que ficou muito comovido com o caso. Segundo narra o Papa Francisco, o nome deste sacerdote sem-abrigo foi reconhecido por João Paulo II como tendo sido seu colega no Seminário, quarenta anos atrás. Passados alguns dias desta informação dada a São João Paulo II, alguém recebeu um convite do Vaticano para jantar com o Papa na sua residência particular e que levasse consigo o sacerdote mendigo. “Impossível”, disse o mendigo a quem o foi informar e chamar. “Olha para mim. Estou uma desgraça. Não tomo banho há bastante tempo...”. Mas a insistência fez-se ouvir: “Tenho um quarto de hotel onde podes tomar banho e barbear-te, e tenho roupas que te servem”. Na hora aprazada, partiram para o jantar com o Papa, que os acolheu com nobre cortesia.
Depois do jantar, João Paulo II quis ficar a sós com o mendigo, tendo-lhe pedido, depois de alguma conversa bem-humorada, que o ouvisse em Confissão. O homem, impressionado, respondeu-lhe que já não se sentia sacerdote, ao que o Papa retorquiu: “uma vez sacerdote, sacerdote sempre”. Julgando-se ninguém e indigno de tudo perante todos, voltou a insistir: “Mas eu estou fora das minhas faculdades de presbítero”. O Papa, porém, sem fazer qualquer pergunta menos agradável, não desarmou: “Eu sou o Bispo de Roma, posso-me encarregar disso”. O Padre ouviu, então, o Papa em Confissão, mas como já não se lembrava bem da fórmula da absolvição, teve de ser ajudado pelo Santo Padre. No fim, pediu ao Papa que, agora, também o ouvisse a ele em Confissão. Depois de ter chorado longa e amargamente nos braços de São João Paulo II, o Papa perguntou-lhe em que paróquia é que ele mendigava. Nomeou-o colaborador do Pároco dessa paróquia e encarregou-o do atendimento, também espiritual, aos mendigos.
Tudo na vida nos pode acontecer. Mas também tudo pode converter-se em riqueza e feliz liberdade quando existir a coragem de regressar a casa. Alguém sempre nos espera, nos recebe em seus braços, nos perdoa sem fazer perguntas, nos anima e continua a confiar em nós. E basta, por vezes, um amigo autêntico que ao cruzar-se connosco reconheça a nossa situação, se abeire de nós, nos oiça até ao fim, nos estenda a mão e, com uma palavra amiga e eficaz, nos mova para esse encontro festivo com o Pai, diante do qual todos somos mendigos! Dêmos-Lhe os cacos, e Deus, o Oleiro, concertará sempre um coração caído e estilhaçado!

Antonino Dias
Portalegre, 03-08-2018.







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